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Rock in Rio: 10 Motivos que o transformam num evento satisfatório

Por Júlio Verdi
Fonte: Rock Opinion
Postado em 28 de setembro de 2013

O nome "Rock" consta no batismo do evento, que aconteceu no Brasil pela primeira vez em 1985. Por isso existe muita indignação dos fãs de rock pela presença de artistas de outros estilos em alguns dias do festival. Mas esqueçamos os interesses de mídia, gravadoras, etc. Afinal, pra quem anuncia (investe milhões em publicidade) tem muito interesse em ter artistas populares no evento.

1) Dos três grandes shows de headliners TODOS eram de rock: Metallica, Bruce Springsteen e Iron Maiden

2) Dos headliners comentados, dois eram de heavy metal, um estilo que mais sofre ojeriza e rejeição, mesmo dentro de consumidores do mercado rock em geral.

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3) O Metallica, que já havia brilhado em 2011 (na edição desse mesmo evento) é essencialmente uma banda de thrash metal (foi o que constou no último disco da banda, "Death Magnetic"), um dos estilos mais agressivos de rock. Mesmo que tenha caído nas graças do mundo da música popular com o disco "Metallica", de 1991, a aura de seu show é de músicas rápidas e pesadas. E ainda tivemos a deliciosa agressão sonora do Slayer no Palco Mundo. Jamais os conhecedores da música pesada imaginariam tal atração em frente a 80 mil pessoas num festival deste tipo.

4) O Iron Maiden brilhou como sempre, em sua terceira aparição neste festival. Uma das bandas mais adoradas no Brasil. Com um show especial (turnê de 25 anos do disco "Seventh Son of a Seventh Son").

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5) Shows de nomes como Alice in Chains, Bon Jovi, Muse e Robie Zombie, por mais que dividam opiniões, agradaram suas plateias e fizeram shows com muita energia. Novidades como Philips Philips e Ben Harper, fizeram shows tecnicamente irrepreensíveis.

6) O palco Sunset, muito criticado pela estrutura na edição anterior, esse ano foi essencial e apresentou shows memoráveis. Sepultura é uma banda que divide opiniões, os antigos acham que estão perdidos e forçados, os mais novos acharam interessante essa parceria com nomes como Zé Ramalho. Mas, mesmo repetindo uma fórmula já explorada na última edição (Tambours Du Bronx), trouxe as tradicionais performances competentes e fez a alegria da massa headbanger.

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7) Nunca se imaginaria que bandas como Slayer, Helloween, Destruction, Sebastian Bach, Offspring tocariam algum dia num evento de apelo popular como o Rock in Rio.

8) Bandas nacionais, sempre relegadas ao circuito undeground em que pese sua história, competência e criação musical, tiveram sua chance. Nomes como Almah, Hibria, Viper, André Matos, Krisiun e Dr. Sin fizeram set excelentes (alguns tiveram performances espetaculares). Em outros tempos quem ocuparia este espaço seriam bandas de emocore, pop-rock ou hardcore melódico. Não esqueçamos que nomes fortes de TV e mídia como Cachorro Grande, Restart, CPM22, Fresno, Los Hermanos, Pitty, O Rappa, Raimundos, RPM são muito mais conhecidos na mídia e foram preteridos por bandas de hard e metal. Isso, a meu ver, é uma amostra da força que estes estilos têm entre os consumidores de rock. E quem atua na mídia de show business deve ter percebido isso (o público do Sunset do domingo foi o maior do festival).

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9) Claro que todo fã de rock teria uma sugestão diferente de cast, para qualquer dia. Muitos se incomodam com presença de nomes como Ivete Sangalo ou Beyonce. Mas, como eu falei em alguns comentários anteriores, pensemos que o festival tivesse outro nome, "Rio Music Festival", por exemplo, que traz durante três ou quatro dias grandes shows de rock. E hoje, com a presença de canais fechados de TV, em quase toda residência, temos a chance de assistir o festival praticamente na íntegra, pra quem não teve a chance de estar lá presente. Se não existisse o Rock in Rio, mesmo com artistas de outros estilos em sua escalação, grandes de bandas de rock não estariam sendo comentadas ou expostas. Mais de uma dezena de bons e memoráveis shows numa só semana.

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10) Não se sabe que, daqui a 15 anos, quando não mais estiverem em atividades nomes como McCartney, AC/DC, U2, Kiss, Van Halen, Maiden, Metallica, Stones, Guns N’Roses, Rush e outros (nomes que lotam estádios sozinhos e sempre serão headliners), quais serão os grandes artistas cotados a fechar megaeventos como o Rock in Rio. Mas isso será futuro, por hoje vimos alguns destes nomes fazerem shows no ápice de suas formas, sem soar caóticos ou cheirando naftalina decadente.

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Sobre Júlio Verdi

Júlio Verdi, 45 anos, consome rock desde 1981. Já manteve coluna de rock em jornal até 1996, com diversas entrevistas e resenhas. Mantém blogs sobre rock (Ready to Rock e Rock Opinion) e colabora com alguns sites. Em 2013 lançou o livro ¨A HISTÓRIA DO ROCK DE RIO PRETO¨, capa dura, 856 páginas, trazendo 50 de história do estilo na cidade de São José do Rio Preto/SP, com centenas de fotos, mais de 250 bandas, estúdios, bares, lojas, festivais e muitos outros eventos. Curte rock de todas as tendências, em especial heavy metal e thrash metal.
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