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Rock In Rio, eu (nunca mais) vou!

Por Félix Baumgarten Rosumek
Postado em 26 de setembro de 2013

Muitos roqueiros falam mal do Rock In Rio ou deixam de ir nele por causa da mistura de estilos. A velha história do "como um festival com rock no nome pode ter Beyoncé de headliner?". Mas, birras à parte, continua sendo uma boa oportunidade para ver alguns grandes shows, basta escolher o dia que você prefere. Mas há um motivo muito mais simples para falar mal do festival e desistir de participar: é um evento extremamente zoado.

Não sei se minha impressão vale para todos os dias, e tudo o que posso fazer é comparar os dois que já fui: o do Metallica em 2011 e o do Iron Maiden agora. É bom destacar que, desta vez, foi o dia de encerramento do festival e, na vez passada, o último do primeiro final de semana. Portanto quaisquer problemas sérios já poderiam ter sido resolvidos. Só que Mr. Medina não nos decepciona e, na edição anterior, enfrentei vários problemas de organização. Até dava para dar um desconto, pois fazia 10 anos que o festival não era feito no Rio.

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Daí logicamente imaginei que este ano a coisa seria melhor. Ainda mais que eles anunciaram uma diminuição no número de ingressos por dia e aumentos de área e infraestrutura. Além disso, dois dias de metal e um cast, no geral, bem roqueiro.

Então foi muito triste ver que TODOS os problemas de 2011 voltaram, e, incrivelmente, AINDA PIORES. A começar pela completa desorganização na entrada, uma terra sem lei onde valia a Lei do Cotovelo mais Duro e do FDP Mais Esperto. Tudo ocorrendo sob os olhos de várias pessoas da (des)organização que não estavam nem aí para fazer nada, e não sabiam dar informações ou as davam erradas. Resultado: uma espera de mais de duas horas para entrar e a perda de dois shows por causa disso. O do Viper nem deu para ouvir, o do Krisium só as músicas finais.

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Lá dentro, alguma coisa deu muito errado. Diminuíram o público, mas devem ter piorado todo o resto. Minha impressão subjetiva, em relação a 2011, é que estava mais difícil se deslocar de um lado ao outro. Muito disso graças a espaços fechados colocados, de maneira muito inteligente, bem no meio do caminho entre os dois palcos principais. Como anunciado, colocaram banheiros a mais, mas distribuídos e organizados de forma tão esperta quanto. Sem contar que, diminuindo o público em 15%, parece que se sentiram no direito de compensar aumentando 30% o preço das coisas.

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Mas tudo vale a pena se a alma não é pequena, e fila alguma tira a empolgação de ver os shows, certo? Que tal então a coisa mais básica e fundamental de um festival de música: QUALIDADE DE SOM? Neste domingo, ela estava UMA MERDA. O show do Helloween, no palco Sunset, sofreu do mesmo mal do ano passado: som baixo. Quando o povo se empolgava para cantar, não se ouvia nada da banda. Na hora das palmas, era até engraçado: o som da bateria sumia, com ele a marcação do tempo, e o povo se perdia completamente. Quando você dá 20 minutos para a troca de bandas, é esse o tipo de coisa que acontece. No Sepultura, que teve uma hora para isso, o som estava bem melhor.

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Problema do palco "menor"? Pois bem, o Slayer começou seu show com guitarras em um volume próprio para os violões do show do Lenine, na noite anterior. Foram necessárias várias músicas para melhorar e, mesmo assim, só era possível ouvir a de Kerry King. Nas horas em que este solava, o som perdia a pegada, pois não se ouvia a base. E era até triste ver os dedos de Gary Holt se movendo na velocidade da luz sem fazer som algum. Carente da pegada fornecida pelas guitarras duplas, o show perdeu muita força.

Mas você espera que o super headliner da noite tenha tudo perfeito à sua disposição, certo? ERRADO! O show do Iron começa e novamente se ouviu um som de bosta, só vocal e bumbo. Mais uma vez, a coisa foi sendo arrumada ao longo de várias músicas (passagem de som para que, não é?), mas aí a experiência do show já estava irremediavelmente afetada. Destaco que, em todos os casos, estava à média distância do palco e/ou ao lado das torres com amplificadores, então não era problema de distância. Espero que pelo menos aqueles que estavam próximos tenham tido uma experiência perfeita.

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Importante dizer que os xingamentos à organização não se estendem de modo algum às bandas. As performances dessas três bandas que assisti foram ótimas e os set lists estavam bem redondos. Então foi possível curtir os shows, mas no fundo da garganta dava para sentir aquele gosto de raiva me dizendo "podia ser muito mais foda, se não fosse a organização vagabunda". Inclusive, nos shows que ouvi mais de longe (Krisium, Avenged Sevenfold, Kiara Rocks - vejam só, colocaram uma banda cover no palco principal!), a qualidade do som parecia melhor. Ou era eu que não tinha grandes expectativas...

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Em resumo, foi o PIOR dia de festival que já fui. Não vou pelo caminho fácil de dizer que "brasileiro não sabe organizar festival desse tamanho mesmo", pois no SWU de 2011 não tive problema algum. É o RIR mesmo (ou esse dia em particular) que foi péssimo.

Então eu passo adiante a próxima edição, já anunciada para 2015. e só penso no assunto de novo se essa der muito certo. Vai ser tentador se aparecer um cast fodástico, só que de que adiante se é para ir e dar de cara com uma qualidade de som amadora? Fila e aperto eu aguento, xingo, depois tomo uma gelada e esqueço batendo cabeça. Mas ver um show ao vivo com o mesmo sonzinho mixuruca que passa no Multishow, não. Rock In Rio 2015, só se rolar um show de confraternização do Black Sabbath com todos os ex-membros da banda. Incluindo o Dio.

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