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Feira de discos continua atraindo público

Por Márcio Ribeiro
Postado em 08 de novembro de 2000

Entre os dias 3, 4 e 5 de novembro, respectivamente sexta, sábado e domingo, foi realizado no Metropolitan Pavilion em Nova York, a Feira de Discos promovida pela rádio WFMU. O pavilhão é uma área espaçosa, e como se espera em um evento como este, existem várias bancadas vendendo discos, CD's, vídeos, revistas e memorabilia em geral. O que pode ser uma surpresa para alguns é a quantidade de discos de vinil disponíveis, quase o triplo do que em formato CD.

Distribuídas entre aproximadamente 160 mesas, estavam disponíveis shows em vídeo de diversos artistas, desde os mais conhecidos como Rolling Stones, Beatles e Led Zeppelin até os menos conhecidos como Free e Tom Waits. Cópias piratas de Beatles ao vivo em Munich e Melbourne, Iggy Pop no Brasil, cópias de filmes obscuros como Candy com Richard Burton, Anita Pallenburg e Ringo Starr, ou THE T.A.M.I. Show, com apresentações de todo mundo que era alguém em 1966, com excessão do quarteto de Liverpool.

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Pelo menos duas lojas vendiam exclusivamente material dos Beatles; a primeira oferecia artigos como um compacto dos Wings com a obscura canção Zoo Gang por US$20,00 e uma coleção completa das famosas Get Back Sessions, com sete CD's, pela módica quantia de US$370,00. A outra loja é de outro calibre, onde pude ver discos que só conhecia por ler a respeito. Como exemplos poderia citar o disco "The Beatles vs. Frank Ifield," álbum duplo por US$600,00 ou o famoso disco "Beatles Yesterday & Today," com a capa do açougueiro, escondida atrás da capa atual, ainda colada por cima. Preço? US$1.250,00 se não estiver lacrado. Submarinos Amarelos, bonecos do quarteto e até a velha lancheira para criança, com os personagens do desenho animado "Yellow Submarine". Tudo com preços variando conforme sua importância histórica.

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Hippies, yuppies, punks e metaleiros, todos circulando pacificamente entre os corredores de mesas, caçando aquela relíquia que continua faltando em suas coleções. Discos variando em estilos, abrangendo desde progressivos e afins, onde encontrei coisas como o álbum Indiscipline, pirata da excursão de 1982 do King Crimson ou Monster Movies e Soon Over Babaluma do grupo alemão Can, todos em excelente estado. Entre os discos mais caros estavam os discos do Frank Zappa, principalmente aqueles pelo selo Verve que rondam sempre em torno de $50 à $70 dolares. Outro item difícil de pechinchar foram os álbuns do The Fugs, banda politizada, esquerdista americana da década de sessenta, que variavam entre US$50 à US$120, este último, o preço do raríssimo "The Fugs First Album," em primeira prensagem, impresso em papel azulado.

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É uma emoção circular entre tantas relíquias de uma época, onde, embora já tenha passado, vivemos hoje colhendo os frutos da liberdade de expressão conquistados então. Fale o que quiser sobre a glória do som vindo de um CD, afora bandas já gravando em digital, pois ele continua sendo apenas uma reprensagem digitalizada de uma obra análoga e nada mais. Um disco de vinil, o Long Play, ao contrario, é a mídia da época e assim sendo, um legítimo representante daquela história. E este é o sentimento geral entre os freqüentadores e vendedores.

A rádio WFMU passou os três dias transmitindo diretamente do pavilhão e ainda ofereceu de lambuja, uma apresentação relâmpago da velha banda da década de sessenta, The Troggs. Um misto de alegria e curiosidade me toma vendo o vocalista Reggie Presley, calvo, obeso, de casaco de couro e com um sorriso safado estampado no rosto. Obeso estão todos da banda menos o guitarrista, que já quase careca, sorri mostrando os dentes esverdeados, salvo alguns que não sobreviveram os tempos de abuso. Engraçados ou não, fechando os olhos, a musicalidade da banda continua intacta e foi, pelo menos aos meus ouvidos, um prazer inesperado ver e ouvir ao vivo, a banda que criou e gravou Wild Thing, além de inspirar Jimi Hendrix e tantos outros.

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O público total dos três dias girou em torno de 4.000 pessoas, o que continua viabilizando a repetição do evento ano que vem, com data já marcada (coisa de gringo ser tão organizado assim) para o primeiro fim de semana do mês de maio. Se você está pensando em freqüentar, é bom depois do Natal começar a guardar dinheiro, pois provavelmente vai encontrar coisas interessantes para comprar.

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
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