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Viper: vinte anos batendo cabeça

Fonte: AOL Música
Postado em 12 de abril de 2005

No ano em que completam duas décadas de existência, os headbangers brazucas do Viper prometem disco novo e DVD comemorativo em retorno triunfal

Por Thiago Cardim, da Redação AOL

Tudo começou em 85, quando os irmãos Pit e Yves Passarell (respectivamente baixista e guitarrista), empolgados com o crescimento do heavy metal, resolveram montar uma banda com alguns amigos. Foram convocados Felipe Machado (guitarrista), Casio Audi (baterista) e André Matos (vocalista, atualmente no Shaaman). Na época do lançamento da fita demo "The Killera Sword", todos tinham em média 16 anos. E, com certeza, não estavam preparados para o turbilhão que viria a seguir: lançamento por um selo oficial, um dos álbuns brasileiros do gênero mais festejados da história ("Soldiers of Sunrise"), 10.000 cópias vendidas em poucos meses e críticas pra lá de positivas numa série de veículos internacionais. Nascia aí o Viper.

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"Acho que fomos pioneiros, sim, ao lado do Sepultura, na divulgação do rock pesado brasileiro lá fora. Principalmente no Japão, onde o Viper foi o primeiro a ter status de estrela", afirma Felipe. "A gente olha e vê que na nossa época era tudo mais romântico, aquele sonho quase impossível de gravar um disco - quanto mais de tocar no exterior".

Passaram-se vinte anos e, depois de várias mudanças de formação, enfim o grupo está de volta à ativa com força total. Além de Felipe e Pit, completam o quinteto Val Santos (guitarra), Guilherme Martin (bateria) e o novo vocalista, Ricardo Bocci - que, por sinal, é um antigo aluno de André Matos. "A gente ouviu várias demos, e escolheu o Ricardo porque ele gravou uma versão perfeita de 'Prelude to Oblivion', do disco 'Theatre of Fate'. O legal é que ele não usou a base do disco e cantou por cima: ele gravou uma base totalmente nova, tocou teclado e gravou a voz".

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Depois de algum tempo desaparecida, a banda fez seu retorno triunfal em outubro do ano passado, na abertura do evento "Rock The Planet", em São Paulo - cuja atração principal foram os alemães do Edguy. "Foi a estréia oficial do Ricardo, num show bem grande. E ele mandou bem, deu um gás para nós, velhos (hahaha) A reação do público também foi demais, deu pra ver que a galera tem um carinho grande pela banda e gosta das músicas", confessa o guitarrista. "Foi esta a razão para a gente voltar ao som do 'Theatre', é o que a galera quer ouvir. E estamos nos divertindo com isso, afinal, fomos nós que criamos este estilo no Brasil. As outras bandas podem falar o que quiserem, mas são todas 'filhotes' (alguns bastardos) do Viper".

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O estilo ao qual Felipe se refere é o que se convencionou chamar hoje em dia pela alcunha de "metal melódico" - cujo rótulo, por sinal, incomoda o músico até hoje. "Virou um estilo de nerds, uma coisa de aprender a tocar rápido, cantar em falsete e só". Segundo ele, quando o Viper começou, a idéia era soar como o Iron Maiden, só que mais rápido. "Manter um tipo de emoção, com melodias usadas para isso. Hoje, as músicas de metal melódico são tão 'melódicas', que perdem qualquer tipo de sentimento, viram um tipo de masturbação musical".

Na verdade, o som do Viper não foi sempre metal melódico. Houveram passagens, na verdade, em que ele mal se parecia com metal. Foi o caso do polêmico "Coma Rage", de 94, que dividiu os fãs por soar muito mais hardcore do que metal. "Acho só que ele foi mal mixado. A gente não estava lá, porque tínhamos que tocar no Monsters of Rock. O Bill Metoyer colocou as guitarras muito altas, ficou mais agressivo até do que a gente queria". E o que dizer, então, do ainda mais controverso "Tem Pra Todo Mundo" (96), uma espécie de disco de pop-rock todo cantado em português? "Olhando agora, acho que fomos muito radicais ao mudar o som e cantar em português no mesmo disco. Devíamos ter mudado gradualmente, mas isso só dá para ver agora. É um disco bem legal para quem consegue ouvir sem preconceito. As músicas são ótimas, as letras do Pit também", defende Felipe.

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De volta aos trilhos, ele até ameaçaram uma volta em 2001 - que acabou não acontecendo porque Yves Passarell assumiu as guitarras do Capital Inicial. A debandada do irmão de Pit, por sinal, causou verdadeira comoção entre os headbangers, que logo o taxaram como "vendido". "Este é um pensamento bem atrasado. O cara é músico, é convidado para entrar numa das maiores bandas do país, viajar numa megaturnê e ganhar um p* grana. As pessoas mudam, os gostos mudam, ele pode até continuar gostando de metal e tocar no Capital. Uma coisa não impede a outra".

Já em negociação com uma gravadora, eles estão preparando o disco novo - que foi prometido aos fãs ainda para este ano. "Pensamos em fazer uma continuação da história do 'Theatre', uma sequência nas letras. Seria o lado B do Theatre, algo como o 'Theatre 2'. Vamos ver, ainda estamos compondo material novo". Já no segundo semestre, a promessa fica por conta de um DVD comemorativo. "Tem o show do Japão, de 1993, os clipes, e um documentário bem legal, com todos os integrantes e ex-integrantes numa entrevista divertidíssima. É imperdível para quem gostava da banda, e imperdível para quem não conhece também".

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Será que, num mercado dominado por nomes como Angra e Shaaman, há espaço para o Viper no coração desta nova geração de fãs de metal? "Não sei, não faço a menor idéia. Acho que o VIPER tem mais carisma que essas outras bandas, e orincipalmente algo que eles não tem: o talento do Pit para compor. A acho que falta emoção. Espero que a garotada curta nosso som, é só o que dá para dizer". Fica dado o recado.

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