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Black Crowes: baterista conquista direito de abrir a boca

Por Paulo Caldoncelli
Fonte: Times Colonist
Postado em 09 de setembro de 2008

Segue abaixo tradução de matéria publicada originalmente no Times Colonist:

Steve Gorman tem sido membro dos BLACK CROWES por quase metade de sua vida. Ele entrou para a banda em 1987, quando ainda eram conhecidos na cena musical de Atlanta como Mr. Crowe’s Garden, e tem estado atrás da bateria em todos os sete álbuns de estúdio da banda, incluindo o último, "Warpaint".

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Para uma banda que viu 16 músicos diferentes em sua formação desde 1989, e a volatilidade dos irmãos Robinson, lideres e fundadores da banda, isso só pode ser visto como um elogio. Dado o tempo de seu "mandato", e o valor de suas contribuições para o grupo, o nativo de Muskegon, Michigan, conquistou o direito de abrir a boca, o que ele fez com sinceridade durante uma entrevista exclusiva com o Times Colonist.

Qualquer um familiar com a banda, notoriamente combativa, espera que Gorman tenha visto um pouco de drama por esses anos. Ele não se apresenta como um anjinho: você tem a impressão ao falar com ele, seja por sua cadência ou observações precisas, que ele dá seu melhor. Mas como o pára-choque entre os talentosos e briguentos irmãos dos BLACK CROWES, Gorman tem uma visão imparcial de sua estada na banda. "É uma coisa difícil, manter uma banda unida," Gorman conta de sua casa em Nashville, Tennesse. "Bandas não se juntam aos 40, quando todos sabemos quem somos como pessoas; você começa na adolescência e com seus 20 anos, quando você é um completo idiota. É difícil enfrentar o aprendizado, despertar e expandir seu mundo, e como você o vê, quando se está preso num ônibus de turnê".

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A banda está aparentemente trancafiada num ônibus desde seu debute, "Shake Your Money Maker", de 1990, que deixou o BLACK CROWES multiplatinado e mundialmente conhecido. Durante os 17 meses de turnê para promover o álbum, a banda fez 350 shows. Isso significa um show a cada um dia e meio por 18 meses.

O plano funcionou. Sucessos do 1º álbum ("Jealous Again", "Hard to Handle" e "She Talks to Angel") proclamaram um novo estilo de se tocar rock n’ roll, estilo que deve mais ao rock clássico e soul do que o heavy metal que influenciou alguns dos maiores artistas que apareceram logo depois. As calças boca de sino e o cabelo laqueado dos integrantes combinaram perfeitamente com a música, mas isso não era retro-rock, como alguns diriam. Os Crowes, um bando de sulistas que chegaram pela honestidade, tocava rock n’ roll áspero e denso.

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As comparações sem fim com outros grupos (ROLLING STONES, FACES, AEROSMITH) não eram elogios e elas machucavam, diz Gorman. Mas na medida que ele foi envelhecendo, a raiva de nunca ter sido reconhecido pelos críticos ficou de lado. "Tem um monte de coisas que todas as bandas fazem, e uma é achar que você é o único que está passando por isso," ele diz.

Os irmãos sempre foram a cara da banda e escreveram quase todo o material do BLACK CROWES. Chris, vocalista e Rich, guitarrista, carregaram o peso do estrago quando a maré virou; o fato deles já serem temperamentais não ajudou muito.

Os irmãos se tornaram conhecidos como dois dos maiores desordeiros e briguentos artistas de seu tempo. Em 1991, durante uma turnê com o ZZ TOP, a banda foi expulsa da excursão depois de Chris Robinson destruir, repetidamente, os anúncios dos patrocinadores. O abuso de drogas e álcool eventualmente destruiu a banda, mas com álbuns a promover, a máquina BLACK CROWES marchou em frente, Gorman acrescentou.

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Agora ele percebe que a banda deveria ter tirado mais férias – das turnês e deles mesmos. "Quando tirávamos ferias, nenhum de nós nos permitia sair da rotina. Chegávamos em casa, e dois dias depois ligávamos uns para os outros. Você esquece como viver. Quando você dá o primeiro grande passo, e está deixando sua marca, você tende a esquecer tudo que te levou até lá. Todos os anos que te prepararam para esse momento é fácil dizer que eles não importaram. Isso gera muita confusão."

Confusão atormentou a banda na metade dos anos 90. Depois de lançar seu melhor álbum, "The Southern Harmony and Musical Companion", de 1992, trabalho que atingiu o topo das paradas e colocou 4 sucessos em 1º lugar – a banda caiu numa espiral. O último grande álbum do período, "Amorica", de 1994, exalou deboche e excesso. "Só nos últimos anos eu conseguiria ouvir e apreciar o álbum ['Amorica']. Eu não estava feliz com muita coisa quando estávamos criando o disco. Foram dias nublados. Recordo que tivemos grandes momentos naquela turnê, mas se lembro quando estávamos em Los Angeles e gravando o álbum, eu estava infeliz".

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A criação de "Warpaint" foi uma experiência completamente diferente, de acordo com Gorman. As músicas fluíram como nunca antes, ele diz, e a qualidade era excelente. "Warpaint" estreou no começo do ano na posição de nº 5 nas paradas, sendo a mais alta posição conquistada pela banda nos últimos 16 anos.

A natureza frágil da rotativa formação, que trouxe nove troca de membros desde 2005, se foi por completo. Os novos integrantes (o guitarrista Luther Dickinson e tecladista Adam MacDougall) estão se integrando bem com os já estabilizados membros, que incluem o baixista Sven Pipien, e a turnê para promover o disco parece um retorno às raízes, acrescenta Gorman.

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A banda está no meio de uma turnê de 90 cidades, que vai até o Natal, e ao contrário dos primeiros anos, ele diz que a banda está se dando melhor que nunca. "Existe um ponto comum entre o ficar cansado e realmente encontrar o ‘groove’ juntos, e nós finalmente encontramos esse ponto."

Chris Robinson escolhe o repertório pra cada show. Meia-dúzia de canções do ultimo disco, "Warpaint", entram em ação toda noite, assim como os clássicos do catalogo do grupo. O que torna interessante para Gorman são as escolhas de covers que Chris faz, que freqüentemente dão o tom da noite. "Em algumas noites eu olho pro repertório e penso, ‘Cara, isso é meio chato,’ mas a resposta da platéia é impressionante. Nós somos o tipo de banda em que nada é planejado. A mesma canção de uma noite pra outra pode gerar uma reação completamente diferente e pode ter um sentimento totalmente diferente. Nunca é a mesma coisa pra gente."

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Sobre Paulo Caldoncelli

23 anos, jogador de basquete profissional e amante de boa música em geral. Nascido em Timóteo/MG, suas bandas favoritas são Black Sabbath, Led Zeppelin, Pink Floyd, Deep Purple, The Black Crowes, The Beatles, The Rolling Stones, Gov't Mule, Metallica, Slayer, Genesis e Yes. Gosta de vários outros estilos, do mais extremo black metal até o jazz mais "roots".
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