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Betty57: entrevista com banda paulistana

Por Igor Miranda
Fonte: Blog Van do Halen
Postado em 26 de maio de 2011

Com uma proposta despretensiosa, ambiciosa e até mesmo irreverente, o trio paulista Betty57 traz ao público um Rock direto, básico e perfeito pra curtir uma noite de diversão. Apenas a palavra "Rock" pode definir de verdade o som dos caras. Confira abaixo a entrevista que conduzimos com os três integrantes.

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Site oficial: http://www.betty57.com/

Van do Halen: Primeiramente, gostaria que vocês apresentassem a banda.

Paulo Betty (vocal e guitarra): Ladies and gentleman, Betty57!

Jones (baixo): O Betty57 já tem uns bons anos na bagagem, apesar do primeiro disco ter saído agora em 2011. A banda nasceu em 2003 em São Paulo, mas muito antes disso, em 97, eu tocava em uma banda de Hard Rock e o Paulo fez alguns ensaios como vocalista, mas acabou não dando certo. Mantivemos o contato e em 2003 ele me chamou para tocar nessa nova banda que ele havia montado com o Robssey (nosso primeiro batera e co-fundador da banda). Essa formação durou até o final de 2008 e, nesse período, fizemos muitos shows, rodamos praticamente todo o circuito underground, das casas mais legais aos inferninhos mais podres que você possa imaginar.

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Samuel Frade (bateria): Eu entrei na banda no início de 2009, mas vivia trombado com os caras do Betty em várias ocasiões. Inclusive, eu conheci o Paulo e o Jones pouco antes do Betty surgir, em um show que nossas bandas na época tocaram juntas. Minha banda tocou um cover de Is it My Body, do ALICE COOPER, e no final do show eles vieram falar comigo. Daí pensei "esses caras são esquisitos, mas ao menos têm bom gosto"! (risos)

Van do Halen: O som do Betty57 é um Rock direto e, dependendo do referencial, simplório. Mas que é bem feito, traz letras inteligentes e melodias coerentes com a proposta do conjunto. Quais as influências musicais da banda?

Paulo: Glam & Rock’n Rolla.

Samuel: Para citar apenas alguns, de T-REX, BEATLES, AC/DC, KISS, STOOGES, SWEET, SLADE até a fase rock’n roll do Robertão e, por aí vai.

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Jones: Nosso som realmente não tem segredo algum... e nem queremos que tenha!! Não fazemos laboratório musical, é o rock que eu, você e todo mundo gosta – ao menos foi isso o que o Marcelo Nova, do CAMISA DE VÊNUS, disse depois de ouvir o disco – foi o maior elogio que poderíamos receber!!

Van do Halen: O Betty57 lançou, neste ano e de forma independente, seu primeiro álbum full-length, intitulado "Ilegal, Imoral e Engorda". Como foi o processo de composição, gravação e lançamento?

Paulo: Full-length?? Estamos mais para full leiros!!

Jones: Dizem que o primeiro disco de uma banda é sempre o mais fácil, porque existe um monte de músicas já compostas há um bom tempo e foi exatamente isso o que aconteceu com a gente. Mas o que nos impulsionou mesmo foi o fato do nosso amigo Felipe Godoy, que na época estava se formando em produção musical, precisar fazer uma gravação profissional de algumas músicas, como trabalho de conclusão de curso. Aí ele acabou nos escolhendo. Isso nos animou bastante para gravar um disco inteiro e, como retribuição natural, o escolhemos para ser o produtor.

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Samuel: As gravações foram num clima bem relax porque além de estarmos a vontade com as músicas e o produtor, o estúdio ainda ficava dentro de uma casa no interior de SP, em Jundiaí. Uma coisa bem legal foi poder contar com a participação do Pedro Pelotas, tecladista do Cachorro Grande. Nós o convidamos e ele topou de boa, acabou gravando 3 músicas com a gente.

Van do Halen: Antes de lançar "Ilegal, Imoral e Engorda", vocês já haviam lançado demos ou EPs? Se sim, qual foi a recepção do público? Se não, como foi "enfiar a cara" em um álbum full-length logo de cara – houve algum tipo de resistência ao formato?

Paulo: Já gravamos demos no passado mais para marcar shows e darmos aos amigos. Quanto à resistência ao formato, não tivemos não. A gente enfia a cara, a jeba, enfia tudo (não em todos).

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Jones: Gravamos algumas demos, todas em caráter amador. A reação foi bem legal na época, pois o objetivo era conseguir shows, e isso conseguimos bastante! Quando ao disco para valer, a única coisa que fizemos questão era quanto à duração e quantidade de músicas... tínhamos que ser certeiros, direto ao ponto. Ninguém se preza a ouvir por inteiro o disco de uma banda desconhecida, com 1 hora de duração, 16 faixas e por aí vai... nem nossos pais!!

Samuel: Apesar do álbum ser full-length, ele tem a mesma duração do "Raw Power" dos STOOGES!

Van do Halen: Como está a banda atualmente? Há planos para o futuro? Qual deles está mais próximo de se concretizar?

Paulo: Atualmente estamos correndo agendando shows... shows onde aceitarem a gente! Planos para o futuro? Ir no programa do Ronnie Von, usando aquela calça do David Lee Roth (é, vocês sabem qual) e tocar uma versão paulera de Cavaleiro de Aruanda com ele!!

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Samuel: Tocar, tocar, ensaiar, gravar, tocar, tocar e por aí vai!

Jones: Divulgar nosso disco em todos os cantos possíveis e imagináveis para tocarmos em todos os cantos possíveis e imagináveis!!

Van do Halen: Apesar de produzirem o próprio som, acredito que vocês também sejam plateia e estejam atentos às bandas de Rock que aparecem. O que vocês acham sobre a cena musical na região em que vocês residem e no Brasil como um todo?

Paulo: Tá foda!! E isso vocês podem interpretar como quiserem...

Samuel: A cena como um todo tá uma porcaria, porque boa parte das bandas não pensa em se ajudar e fazer algo junto, que seja mais forte, a maioria só enxerga seu próprio umbigo.

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Jones: É, a coisa não anda muito legal mesmo. Aqui em SP, são poucas as casas que apóiam bandas com som próprio e, para piorar, umas legais acabaram fechando recentemente. Outras casas acabam criando certas "panelas" que nada contribuem para incentivar a cena. Mas apesar disso, existe muita banda legal por aí, como os Terríveis, Pink Dolls, Intifai e Johnny Brechó.

Van do Halen: Como é a relação do Betty57 com a Internet? Vocês acreditam que seja uma ferramenta poderosa para os músicos independentes ou vocês preferem o "modo antigo"?

Samuel: Com certeza a internet é a melhor ferramenta de divulgação, indispensável hoje.

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Paulo: A única ferramenta poderosa mesmo é o martelo do meu pai. Fico em casa brincando de Manowar, com uma sunga e o martelo na cintura. Hail and kill!!

Jones: A gente gosta de verdade de Manowar!! Mas voltando à pergunta, nosso disco está inteirinho disponível para download no nosso site, totalmente de graça. Não adianta dar uma de Lars Ulrich e Gene Simmons e querer remar contra a maré... quanto mais livre a música for, melhor. E nada melhor que a internet pra isso. Disco hoje não é mais ganha pão para banda, é um mero cartão de visita! Quando criança, eu cansei de pegar vinil emprestado e gravar em fita K7... hoje é a mesma coisa, só que baixam na internet e botam no celular. Não tem como escapar, temos nosso kit "tudo aquilo que uma banda precisa ter", site oficial, facebook, orkut, myspace, youtube, fotolog, chatolog...

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Van do Halen: Obrigado pela entrevista. Que mensagem vocês gostariam de deixar para os leitores e fãs?

Jones: Só temos a agradecer por todo o apoio e receptividade que temos recebido. E claro, temos que parabenizar vocês pelo site, esse tipo de iniciativa é justamente o que fortalece a cena das bandas independentes.

Samuel: Valeu a todos pela força! Quem quiser conhecer mais sobre a banda, ouça nosso disco no site, lá tem todas as músicas, além de vídeos, fotos e links para todos os outros sites. Não deixem de conferir, todas as novidades e próximos shows estão lá! www.betty57.com

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Paulo: Obrigado e voltem sempre!!

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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