Matérias Mais Lidas


Soundgarden: o nascimento e a morte do grunge por Cornell

Por Nacho Belgrande
Fonte: Site do LoKaos Rock Show
Postado em 17 de setembro de 2011

O site Billboard.com conduziu uma sessão de perguntas e respostas com o vocalista do SOUNDGARDEN, Chris Cornell, que falou sobre a ascensão da música de Seattle, ser contratado por uma grande gravadora, e as lições aprendidas com tudo isso.

Soundgarden - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

O que segue abaixo é um pequeno trecho traduzido da entrevista.

Billboard.com: Quando foi que a cena musical de Seattle engrenou, e ficou grande?

Cornell: Com o Soundgarden assinando com uma das grandes (gravadoras), e depois o MOTHER LOVE BONE, e ver a mesma coisa acontecer com o ALICE IN CHAINS. Estávamos de repente fazendo música e gravando ao mesmo tempo, e tínhamos dinheiro pra fazer isso. Não eram gravações de 2 mil dólares que você faria ao longo de um fim de semana. Era tipo, "Wow, talvez isso agora seja o nosso emprego’. Eu me lembro de ouvir as músicas do disco do Mother Love Bone, e ouvir ao Alice In Chains, e sentir que aquilo era mais do que uma moda ou um momento. Eu me lembro da primeira vez que ouvi um cassete demo do NIRVANA que acabou por virar (o álbum) ‘Bleach’, e sentir que tinha muita música boa ali. Eu acho que nós fomos meio paparicados de cara, e não nos apercebemos disso até que saímos em turnê. Nós fizemos algumas turnês de van quando nosso EP lançado pela (gravadora) SubPop, ‘Screaming Life’ foi lançado. Nós fomos a muitas outras cidades que eram conhecidos por ter essas grandes cenas de rock indie – Minneapolis, Atenas, Nova Iorque. Nós não vimos em muitos desses lugares o que tínhamos em casa. Eu percebi que tínhamos algo especial. Nós meio que motivávamos um ao outro. Era amigável, mas havia rivalidade na cena. Se há um monte de bandas boas, isso te força a se mexer mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Billboard.com: Quando foi que a cena morreu?

Cornell: O âmago da cena de verdade morreu tão logo todo mundo saiu pra fazer turnês, fosse por uma gravadora grande ou por uma independente. Uma vez que as bandas estavam viajando, elas não estavam mais em casa. Aquela cena de casas noturnas em particular estava terminada – virou outra coisa. Eu me lembro de voltar de turnê e ver um Dodge do final dos anos 60 em frente de um desses bares que costumávamos tocar. Esses caras saíram, e o carro tinha placas de Minnesota nele. Eles abriram o porta-malas e estavam trocando de roupa pelas que tinham em malas lá dentro. Você percebia que Seattle quase que tinha se tornado A Sunset Strip, porque havia pessoas vindas de todo o mundo pra se mudar pra lá e começar em bandas. Aconteceu tudo muito rápido. Em 1992, nosso técnico de som tinha um estúdio para ensaios com 14 salas diferentes dentro dele, construído em uma vinícola antiga. E eu acho que no fim de 1993 ou 1994, ele tinha 75 salas de ensaio. As bandas do começo da cena estavam todas ocupadas e fora de Seattle – já era. Muitos clubes foram abertos. Outra coisa que eu acho que sempre foi mal-interpretada é a idéia de que parte da cena era essa grande cena de casas noturnas e clubes, e que havia muitos grandes clubes para se tocar. Mas isso não era verdade. Havia alguns. Era mesmo a música que era vibrante. Muitos clubes que se dedicavam à música ao vivo e às bandas abriram depois daquilo, o que foi ótimo. Mas ficou diferente. Mudou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
Mais matérias de Nacho Belgrande.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS