Matérias Mais Lidas


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Claustrofobia: em entrevista ao site A Ilha do Metal

Por Mayara Puertas
Fonte: A Ilha do Metal
Postado em 12 de fevereiro de 2012

Batalhando na cena Brazuca desde 1994, o Claustrofobia com seu "Metal Maloka" é considerado uma das mais importantes bandas da cena underground brasileira. Depois de muitas experiências, entre elas as Turnês na Europa, após o lançamento do muito bem aceito "I See Red" (2010), o Claustrofobia retorna com força total em seu ultimo álbum, "Peste" (2011), eleito por inúmeros sites e revistas especializados como um dos melhores lançamentos do ano. O guitarrista do grupo Alexandre de Orio, cedeu gentilmente uma entrevista ao site A ilha do Metal conduzida por Mayara Puertas, comentando sobre o ultimo trabalho do Claustrofobia, sobre o lançamento de seu livro "Metal Brasileiro" e mostrando um outro lado do musico que poucos conhecem. Confira abaixo alguns trechos da entrevista:

Alexandre, a maioria das pessoas (headbangers) te conhece pelo Claustrofobia, mas você atua também em um quarteto de cordas, o Kroma, que não tem nem um pouco a ver com o Claustrofobia!

Alexandre: Realmente é bem diferente e apresenta uma nova forma estética para a guitarra elétrica. É uma salada musical, tocamos desde música clássica, chorinho, blues, moda de viola, baião até rock. Será lançado o novo álbum daqui alguns meses. Vai se chamar "DesConstruindo" e conta com três grandes participações: Heraldo do Monte, Vera Figueiredo e Roger Moreira.

Claustrofobia - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Considerando a sua formação musical, seria meio difícil associar o Alexandre músico ao Claustrofobia! Nós que escutamos o som "Metal Maloka" não imaginamos um guitarrista lendo livros e mais livros... Estudando e se especializando... Teoria e afins (N.R.: Alexandre, além de guitarrista na famosa banda Metal Maloka, também é formado em música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado-FAAM-, com pós graduação em Linguagem Musical pela Faculdade de Música Carlos Gomes e Docência Superior em Música-FAAM-).

Alexandre: Exatamente. A maioria das pessoas me conhece mesmo pelo Claustrofobia, mas estes dias mesmo recebi uma mensagem de um headbanger que me conheceu por causa do quarteto e só depois ficou sabendo que eu tocava no Claustro também. Em geral, quando as pessoas descobrem o quanto já estudei, de ter feito faculdade de música, pós-graduações etc., ficam meio admiradas por tocar metal. De certa forma é um tipo de preconceito. Acho que isso mostra o quanto o metal também tem que ser valorizado por muitos músicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Levando em consideração tudo isso, você traz essas influencias de outras vertentes para o Claustrofobia?

Alexandre: Sim! Pra cacete! Já faz muito tempo que sofro essa influência. O fato de eu ter cursado uma faculdade de música, e atuar em outros projetos musicais tocando jazz, música brasileira, fui cada vez mais me aprofundado em outras áreas. Às vezes estou tocando algum outro gênero musical e penso "Putz... isso aqui dá pra usar, acho que ficaria legal", vou experimentando. A idéia do livro surgiu a partir destas pesquisas, criando riffs em cima de levadas e ritmos da música brasileira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Isso influenciou diretamente no "Peste"? Afinal é o primeiro álbum do Claustro cantado integralmente em português...

Alexandre: Na verdade, já faz muitos anos que vínhamos cogitando a idéia de fazer um álbum em português, mas nunca encontramos o momento certo. Fomos deixando e fazendo os álbuns em inglês. Depois de muitos acontecimentos, como turnê na Europa e tudo mais foram um grande amadurecimento e experiência para a banda, tanto musicalmente quanto nas letras (normalmente eu não escrevo as letras). O público sempre reagiu muito bem com nossas músicas em português, acho que foi à hora certa pra isso, depois de alguns discos em inglês também. Em geral, compor em inglês acaba sendo diferente, a gente acaba tendo outra postura, mesmo que inconsciente; o português é um pouco mais direto e é a nossa língua! Sem muita firula ou complexidade. Não digo que influenciou diretamente, mas indiretamente sim.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Este ano em especial, depois de algumas declarações de músicos brasileiros na internet polemizando sobre a cena brasileira, é de se perceber certa onda de "nacionalismo" musical. Não que estejam valorizando mais o metal nacional agora, mas talvez estejam começando a acordar para enxergar o que temos no metal brasileiro. O lançamento do "Peste" em português traz essa coisa de "metal brasileiro" cantado na nossa língua.Foi uma tentativa de valorizar a identidade lingüística brasileira?

Alexandre: Tem isso também. Mas como falei, isso é uma idéia antiga, bem antes de toda essa polêmica que aconteceu há pouco tempo. A gente sempre percebeu que a reação do público nas músicas em português sempre foi maior, pelo fato de cantarem a letra toda, o refrão e saber o que está sendo dito. Quando aparece um palavrão então, os caras berram (risos).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Sobre seu livro "Metal Brasileiro: Ritmos Brasileiros Aplicados na Guitarra Metal – Novos Caminhos para Riffs de Guitarra", conte pra gente um pouco da idéia e o contexto que ele aborda.

Alexandre: Como disse, há muitos anos venho experimentando ritmos diferentes no Claustro, e aos poucos foi surgindo coisas interessantes. Mas a idéia mesmo de começar a transformar todo esse material em um livro, foi quando comecei a estudar livros de bateria na guitarra...

Bateria na guitarra? (risos)

Alexandre: Isso! Comecei a pegar umas levadas de música brasileira que tem em livros de bateria e fui procurando alguma forma de executar isso na guitarra, criando riffs ou encontrando formas de palhetar determinada célula rítmica... Então fui catalogando tudo que descobria, me baseando em vários ritmos. Comecei estudando o livro "Novos Caminhos da Bateria Brasileira", de Sérgio Gomes, que inclusive era o professor de bateria da faculdade de música que cursei. O primeiro ritmo que ele aborda é o samba e no desenrolar percebi que poderia criar uma série para abordar diferentes ritmos. Esse primeiro livro, que é o primeiro volume, aborda somente o samba; então encontrará várias levadas dentro das ramificações do samba como Samba-Funk, Samba-de-Roda etc – assim como células rítmicas características do gênero, mas tudo aplicado na guitarra voltada ao metal. Além de ter como objetivo um estudo mais técnico, ligado ao ritmo e palhetada, a idéia é também ajudar no processo criativo de riffs. Abre a possibilidade de um estudo para bateristas também porque além da escrita para guitarra tem as partes de bateria, que foi de onde surgiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

E na hora juntar isso com o Heavy Metal, é possível fazer isso sem fugir das origens da música pesada? Pois são dois estilos totalmente opostos...

Alexandre: O único cuidado que se deve tomar é que a música não se torne uma caricatura, que não fique uma coisa muito forçada. Garanto que dá para usar mesmo e o resultado é muito bom. Confira o vídeo "Metal Brasileiro" postado na internet. Faz você criar coisas diferentes, te leva para outros caminhos. Tem algumas frases, por exemplo, o "telecoteco" para dar um exemplo, uma coisa é você fazer isso num tamborim; agora você executar isso na guitarra, com uma abordagem voltado ao metal vira uma coisa totalmente diferente e agressiva. Ai então você une com uma bateria já com uma pegada mais metal, ninguém vai associar isso ao samba. Aliás muita coisa, se eu não falasse de onde teria vindo ninguém saberia que nasceu de uma levada de samba ou qualquer outro lugar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

E você já tem idéia de que outros ritmos vão ser abordados nos próximos volumes da série?

Alexandre: Já tenho alguns esboços, mas não sei dizer ao certo qual será o próximo...

E tem um ritmo brasileiro em especial que você acha que deveria ser mais explorado no Metal Brasileiro?

Alexandre: Acho que não tem um em especial, na verdade, tudo pode ser explorado desde que tenha bom senso. O negócio é experimentar. Mas tem que saber o limite para não descaracterizar o metal no caso ou deixá-lo chato. O que proponho não é só utilizar um batuque aqui ou ali e sim dar um tratamento no riff de guitarra, na palhetada utilizando esses elementos como "pano de fundo", isto só tende a enriquecer.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Confira entrevista completa em A Ilha do Metal:

http://www.ailhadometal.com/blog/claustrofobia-muito-alem-do-metal-maloka-em-entrevista-com-alexandre-de-orio/

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Jethro Tull
Stamp

Lista: dez grandes bandas de heavy metal que surgiram no Brasil - Parte 1


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Mayara Puertas

Antes de se dedicar a carreira de vocalista, Mayara Puertas contribuiu com a divulgação de bandas nacionais e internacionais desde 2011 através do site Whiplash.net . Suas matérias abordam novidades sobre o metal extremo ao redor do mundo realizando cobertura de eventos, reviews de CDs e entrevistas.
Mais matérias de Mayara Puertas.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS