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Guitarristas: Os 10 maiores dos anos 80 segundo a revista Fuzz

Por Adalto Guedes
Postado em 20 de maio de 2005

A revista alemã de guitarra Fuzz em sua edição de maio de 2005 elegeu os 10 maiores guitarristas da década de 80, com uma breve história sobre cada um. Confira abaixo.

Melhores e Maiores - Mais Listas

Markus Spiske @ www.unsplash.com
Markus Spiske @ www.unsplash.com

1 - Eddie Van Halen (Van Halen)
2 - Yngwie Malmsteen (Rising Force)
3 - Randy Rhoads (Ozzy Osbourne)
4 - Steve Vai (Whitesnake)
5 - John Norum (Europe)
6 - Joe Satriani (Deep Purple)
7 - George Lynch (Dokken)
8 - Jake E.Lee (Ozzy Osbourne)
9 - Adrian Smith (Iron Maiden)
10 - Mathias Jabs (Scorpions)

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Eddie Van Halen – Ficou famoso depois de revolucionar a guitarra elétrica no final dos anos 70. Com sua guitarra criada com um braço de Strato e captador humbucker, o guitarrista revolucionou a guitarra com seus two-hands e alavancadas floyd-rose, e também inovou na concepção sonora, sendo conhecido como o melhor de sua geração. Apesar de seus vícios com drogas e álcool, seu talento levou não só como "o maior guitarrista pós-Hendrix" como também sua banda, Van Halen, ao estrelato mundial e influenciando toda a geração hard rock oitentista.

Suas Influências são de Allan Holdsworth. Você pode ouvir em suas linhas de ligado e fraseado excêntrico. Mas Eddie sempre teve também a influência de Eric Clapton dos tempos de Cream, embora você nunca saberia escutando um álbum do Van Halen. Outro fator essencial ao seu desenvolvimento na guitarra foram suas aulas de piano, fundamentais mais tarde na sua maneira de tocar guitarra, e também a melodia forte que os teclados trouxeram para o Van Halen, como o maior clássico, "Jump".

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Eddie queria inovar. Ele testava o som previamente não desejado que uma guitarra elétrica era capaz de fazer, e em vez de propositadamente evitar aqueles sons, ele incorporava em seu estilo original. Eddie popularizou os two-hands (tappings). A instrumental Eruption mostrou todo o talento de Eddie e é considerado o maior solo de guitarra de todos os tempos. Isso foi uma mania nos anos 80. Todos os guitarristas queriam executar esta música e seus two-hands.. Mas quase todos saíram os mesmos e ambos começaram a serem acusados de soar como Eddie, se aquele era seu alvo ou não. Eddie popularizou também o que veio a ser conhecido como a super strato. Uma strato com um humbucker na posição da ponte, com a vibração do Floyd Rose, eventualmente sem nenhum botão de controle ou de tom. Ele aparafusou mais tarde uma placa articulada na parte traseira de sua Strato, assim que poderia sustentá-la horizontalmente e para também batê-la como se estivesse tocando teclado. Uma outra força é que Eddie é que ele sempre foi um ótimo tocador de piano e teclado. Teve muitos anos de lições de piano, assim que teve uma fundação musical contínua.

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Nenhum outro guitarrista cria frases no contra-tempo como Eddie, isso poderia ser uma fraqueza, mas que Eddie realiza perfeitamente. Há diversos aspectos do estilo de Eddie que seriam chamados provavelmente de fraqueza em outros músicos. Eddie tem seu estilo próprio de tocar, com seus riffs enlouquecedores e solos espetaculares, e por mais que imitem, ninguém será nunca igual a ele. Nenhum outro guitarrista trabalha mais com os dedos na guitarra do que ele, pois Eddie é o mestre dos two-hands, dos harmônicos artificiais e dos vibratos. Eddie tem um sentido melódico bom, porém você não ouve muita melodia dele na guitarra. Você ouve mais sua melodia quando está tocando teclados.

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O seu som revolucionário foi conseguido usando uma Strato com uma garganta de bordo e um Humbucker da Gibson na posição da ponte. Este som soou como uma guitarra dos anos 60, e um amplificador de 100 watts da Marshall. Nos efeitos, Eddie usou um Echoplex, e sempre gostou de pedais da MXR: certamente o Phase 90, e o Flanger. Estranhamente o som da guitarra do álbum "Van Halen" (onde Eddie começou a revolucionar a guitarra), só se escuta a guitarra de um lado. A parte seca do som do ritmo vem do lado esquerdo do espectro estereofônico, e o lado molhado, de um ambiente de quarto grande do lado direito. A mesma história ocorre quando Eddie sola ao vivo durante a tomada do ritmo. Eddie não é um guitarrista que segue a música no mesmo ritmo, ele quebra as regras, dita o seu ritmo, e é isso o que torna um guitarrista surpreendente. Eddie Van Halen é o ícone da guitarra dos anos 80 e similarmente, ele não se preocupa em deixar erros em uma gravação se a vibração for direita. Pra ele, tem que ser do seu jeito, e cabe ao ouvinte dizer se aquela maneira de tocar está certa ou não. Com isso, Eddie revolucionou e conquistou milhares de admiradores no mundo da guitarra. Eddie Van Halen não é blues, e não é melódico freqüentemente. Ele tem seu estilo próprio, e isso foi fundamental para a guitarra e para o sucesso do Van Halen.

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Guitarras: Nos anos 80 Eddie passou a ter seu modelo de guitarra construído pela Kramer, com sua assinatura. A guitarra ficou exatamente nos mesmos moldes do modelo que ele criou. Com isso as vendas da Kramer foram ao céu nos anos 80. Nos anos 90, o guitarrista trocou a Kramer pela Peavey, que criou a Peavey Wolfgang Edward Van Halen, que foi feita especialmente para ele. Eddie achou o novo modelo mais fácil de executar sua técnica e usa até hoje.

Yngwie Malmsteen – Ficou famoso por criar um novo estilo inconfundível de tocar guitarra. Malmsteen trouxe toda sua influência de música clássica para o rock, apresentando também uma forma de tocar guitarra absolutamente inacreditável, que consistia em solar rápido pelo maior tempo possível, mesmo em músicas mais lentas. Mesmo sendo um cara temperamental, sua repercussão musical só não foi maior do que a de Eddie Van Halen.

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Suas influências são quase que exclusivamente vindas da música clássica. Bach, Beethoven, Mozart, Vivaldi, Paganinni, entre outros. Mas Ritchie Blackmore também foi fundamental na sua influência, além de Jimi Hendrix.

Juntando este embasamento teórico, Malmsteen revolucionou com seu estilo inconfundível de tocar. E por ser muito perfeccionista, alguns um o acham chato e metido, mas ninguém pode negar que ele é o guitarrista mais veloz e neo-clássico de todos os tempos. Seus desentendimentos com outros músicos ocorrem, porque ele sempre foi um músico que tem a intenção de dar o melhor de si, e por isso ele é extraordinário. Quando lançou o álbum "Rising Force" (que é quase que exclusivamente instrumental), o impacto musical foi tão grande que o guitarrista foi chamado de "o maestro da guitarra", e com isso ele chegou a ser indicado para o Grammy.

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Suas características principais na guitarra são as palhetadas alternadamente precisas, com arpejos sensacionais, e velocidade constante. Com isso surgiram muitos guitarristas que quiseram imitar seu estilo, mas que não chegam nem a sombra do gigante sueco. Outro fator importante foram os elementos de música clássica em suas músicas, que nunca tinham sido ouvidas daquela maneira dentro do rock.

Mas apesar de ser um mago da guitarra, suas músicas enjoam, pois são sempre com elementos clássicos. Alguns vocalistas que passaram por sua banda também foram enjoativos, mesmo sendo muito técnicos. Malmsteen também sempre exagerou na velocidade, e o que é seu ponto forte, também é seu ponto fraco, pois ele deveria ser mais moderado em seus excessos de rapidez. Além disso, sua música deveria ser mais acessível, e o guitarrista até hoje não conseguiu apagar essa imagem de brigão. Apesar de tudo, Malmsteen marcou a história da guitarra e da música clássica dentro do rock, e com sua inconfundível maneira de tocar e sua Fender Stratocaster amarela, ele é um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

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Guitarras: A Fender Stratocaster amarela foi a guitarra que o marcou, porém o guitarrista ainda use uma Gibson Flying V, entre outras.

Randy Rhoads – Ficou famoso por ser uma das maiores estrelas da guitarra do metal dos anos 80, sendo até hoje o melhor guitarrista que Ozzy Osbourne já teve. Escolhido por Ozzy durante uma sessão de testes para ser seu guitarrista após sua saída do Black Sabbath, Randy colocou em sua guitarra elementos de música clássica introduzida na estrutura do metal dos anos 80. Com suas guitarras Jackson Flying V e Gibson Les Paul creme, Randy marcou a história da guitarra dos anos 80 em sua curta carreira, pois morreu num acidente aéreo em 26 de março de 1982.

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Suas influências são complicadas, pois Randy apesar de escutar muito música clássica, era original, e o mais próximo de sua influência foi Eddie Van Halen, pois ambos começaram a tocar na mesma época. Porém Eddie ficou famoso primeiro, e Randy ainda estava no Quiet Riot. Randy também teve influências de Richie Blackmore e Michael Schenker, pois ambos usavam elementos de música clássica no hard rock dos anos 70.

Seus riffs clássicos em apenas dois álbuns marcaram a história do metal, o que espanta até hoje. Seus solos bonitos e brilhantes, mostravam traços clássicos e melódicos dentro da música, como "Mr.Crowley" e "Crazy Train". Apesar de Ozzy ter tido depois bons guitarristas como Jake E.Lee e Zakk Wylde, nenhum dos dois jamais conseguiu tocar com o mesmo brilhantismo que Randy, que era professor de guitarra, conhecia teoria, harmonia e a história da música. Entretanto, Randy não era somente um conhecedor geral da teoria, mas também da técnica. Seu harmônicos e two-hands eram originais e diferentes dos outros guitarristas, que imitavam Eddie Van Halen. Seus two-hands (tappings) consistiam em sucessão rápidas com a mão direita seguida por um tapping dobrado com o dedo esquerdo. Esta técnica deu a impressão de mais velocidade, mas na verdade é mais difícil do que a do estilo de Eddie, que tinha popularizado os two-hands. Entretanto Randy executava seus tappings com mais leveza do que os de Eddie, mais com certeza neste quesito Eddie era o primeiro, e ele o segundo na época.

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Quanto a alguma fraqueza, é difícil você encontrar alguma nele, mas as gravações em estúdio dos álbuns com ele não saíram com uma boa qualidade sonora. E durante essa curta carreira Randy apenas mostrou ser um guitarrista de metal, e poderia ter rendido mais do que isso se não tivesse morrido cedo. Mas mesmo assim, em sua curta carreira Randy Rhoads deixou seu talento marcado na história da guitarra.

Guitarras: Gibson Les Paul Gold Top, Jackson Flying V (com sua assinatura).

Steve Vai – Ficou famoso por combinar sua técnica perfeita na guitarra, além de ter sido também o guitarrista do Whitesnake. Começou como guitarrista da banda de Frank Zappa , mais foi substituindo Yngwie Malmsteen no Alcatrazz onde ele começou a mostrar seu talento. Em pouco tempo, chegou à banda de David Lee Roth, mas começou a ganhar nome no Whitesnake de David Coverdale. Mas Vai só transformou-se num gigante da guitarra instrumental após sair do Whitesnake, quando começou sua carreira solo. Foi o estudante mais famoso de Joe Satriani, e encontrou a fama mundial finalmente.

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Suas influências são claramente de Frank Zappa e Joe Satriani, mas Joe é geralmente muito mais melódico e convencional do que Vai. Eddie Van Halen também o influenciou um pouco, além também de Jimi Hendrix, Frank Marino e Jimmy Page. Vai aprendeu muito a desenvolver sua técnica com Joe Satriani, e acabou-o superando seu mestre.

Vai tem sua própria pegada e originalidade, totalmente habilidosa e veloz, comandando seu instrumento. Ele tem um dos estilos mais completos e versáteis da guitarra de todos os tempos. O conhecimento musical de Vai é vasto, com técnica e habilidade de ler e escrever a notação da guitarra legendária. Vai usa mais palhetadas alternadas e menos ligados do que Joe Satriani. Foi um dos primeiros guitarristas a usar uma guitarra de 7 cordas, e também marcou encarnando o herói de guitarra do diabo no filme "Crossroads". Neste filme, Vai tem um duelo de guitarra com o ator Ralph Macchio.

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Ele é perfeitamente capaz de tocar qualquer coisa em todo o estilo, mas sua fraqueza está ao sair de seu estilo, onde ele não brilha tanto e soa como um guitarrista inferior. Suas raízes não vêm do blues. Vai pode tocar blues, como fez no Whitesnake, mas ali ele não se sentiu sincero. Vai não brilhou no Whitesnake, e quem acabou brilhando foi seu parceiro de guitarra, Adrian Vanenberg, um típico guitarrista de blues. Outro ponto fraco é a acessibilidade de suas músicas. A música instrumental de Vai é interessante e agradável em determinados níveis, mas falta alguma coisa, como por exemplo à presença de um vocalista. Muitos álbuns instrumentais não rendem, pois a música precisa ter letras e uma voz para chegar a índices altos na mídia.

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Na época em que tocou com David Lee Roth, Vai compôs muitas músicas próprias, e cantadas por David. Isso levou a banda a altíssimos índices na mídia. Mas o outro lado da moeda é que quando os trabalhos de Vai são instrumentais, muita de suas músicas são ecléticas e enjoam freqüentemente. Alguns odeiam, outros amam.

Atualmente Vai tem ocupado muito seu tempo com seu amigo e ex-professor Joe Satriani, no projeto G3, que consiste nos dois, mais um terceiro convidado. Os três saem em turnê executando músicas próprias e covers, numa aula de talento e harmonia. Steve Vai é um guitarrista instrumental fenomenal e ficou provavelmente mais famoso em fazer a guitarra falar.

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Guitarras: Ibanez Jem (com sua assinatura).

John Norum – Ficou famoso por ser o guitarrista da formação clássica do Europe, que chegou ao sucesso mundial com seu rock de arena no meio da década de 80. Sua técnica apurada, tendo como ponto forte as frases totalmente velozes, o levou a ser um dos maiores guitarristas da história do hard rock, influenciando muitos guitarristas não só do estilo, como também os do metal. Norum surgiu como uma revelação da guitarra no final dos anos 80. Quando ninguém esperava que surgisse outro talento como Yngwie Malsmteen, este sueco prodígio conseguiu conquistar a guitarra aplicada do hard rock com seu talento.

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Suas influências são claramente Gary Moore (sobretudo), Richie Blackmore e Michael Schenker, além também de Yngwie Malmsteen e John Sykes. O estilo de Norum se deve muito à escola do Thin Lizzy. Mas na técnica, ele soa muito mais como uma mistura de Gary Moore, pelo blues, Yngwie Malmsteen, pela velocidade, e George Lynch, pela pegada. Isso o leva a um grau honorário.
Norum tem uma pegada própria, combinando velocidade, melodia e precisão. Ele sempre misturou blues e música clássica em seus solos. Porém seu crescimento musical só se tornou conhecido mundialmente após sair do Europe, chegando ao ápice no fim dos anos 80. Na sua passagem pela banda de Don Dokken, ele foi comparado a George Lynch, que tem um estilo muito parecido com o seu. Em seus álbuns solos, Norum variou durante os anos. Em Total Control, encontramos solos neo-clássicos ao estilo de Yngwie Malmsteen como Let Me Love You e Eternal Flame. Mas nos álbuns seguintes o guitarrista passou a se dedicar mais ao blues de Gary Moore.

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Apesar de ser um guitarrista fenomenal, Norum tem uma fraqueza. Assim como Yngwie Malmsteen, ele exagera no excesso de velocidade, que é desnecessário para ele, que já é altamente veloz. Quanto mais rápido ele sola freqüentemente, menos impacto seu solo possui. Norum deveria criar ligados de apenas 16/17 notas por segundo ou 32/33 notas em 2 segundos. Ele sempre quer ultrapassar essa marca, que já é fantástica, mas também pode perder o sentido querendo ultrapassar seus limites. Outro fator negativo, o que não é uma fraqueza, é que ele acabou marcado pela execução do solo de guitarra de "The Final Countdown", e existem muitos solos superiores a esse.

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Há também algumas colheres de Ritchie Blackmore e um traço de Michael Schenker em seus riffs e solos. Norum lembra muito Blackmore na improvisação ao vivo. Sua palhetada alternada é precisa, e seus ligados habilidosos e velozes são melódicos, ricos e emocionais. Contudo seu grande recurso é o que a maioria dos poucos guitarristas com habilidade similar não possuem, maturidade e crescimento. John Norum é um seguidor ao estilo de Gary Moore, Yngwie Malmsteen e George Lynch, e um dos guitarristas mais importantes que o hard rock já teve até hoje.

Guitarras: Fender Stratocaster, Gibson Les Paul, Gibson Flying V.

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Joe Satriani – Ficou famoso por ser o maior guitarrista instrumental depois de Jeff Beck. Foi professor de guitarra de Steve Vai, Kirk Hammett e Alex Skolnick, entre outros. Além disso, substituiu Richie Blackmore em alguns shows do Deep Purple, no início dos anos 90.

Sua maior influência é Jeff Beck, mas Joe estudou com Billy Bauer e com o pianista Lennie Tristano, que foram fundamentais no aprendizado teórico. Joe ainda cita Jimi Hendrix, Jimmy Page, Eric Clapton, Wes Montgomery e Mile Davis como "inspirações", não influências diretas.

Joe é provavelmente o guitarrista mais perfeito de rock que já exisitiu. Seu conhecimento de teoria musical é de deixar qualquer um desconcertado. O conhecimento de Joe deixa-o criar ritmos e solos que vão bem além das escalas do rock. Seu grande sentido de melodia é realmente o que faz ou quebra a música instrumental. A diversidade de seus álbums são uma característica própria, pois variam: agressivo, balanço de tempo, sombrios, carregadas de blues. Joe é perfeito e fantástico, com técnica formidável, apresentando ligados e two-hands de entortar nossos cérebros.

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A maioria dos guitarristas ficam satisfeitos ao basear uma canção em um riff ou em uma progressão boa carregada de instinto. Joe é um guitarrista que executa ligados em 99,9% dos seus solos. Isso é incomum entre os guitarristas. Quanto aos two-hands (tappings), Joe é superior ao seu aluno Vai, porém ainda não supera Eddie Van Halen, pois Joe é melhor na palheta do que nos dedos em seus tappings, e Eddie nunca usou a palheta pra executá-los. Isso é um ponto fraco em Joe, que apesar de não ser tão bom em two-hands com os dedos, é um mestre nisso com as palhetas. Assim como Vai, Joe também tem seu tempo muito ocupado com o G3, que faz turnês por todo o mundo. Independente de ser superior ou inferior ao seu aluno Steve Vai, Joe Satriani revolucionou a guitarra instrumental e influenciou toda uma geração.

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Guitarras: Ibanez JS (Joe Satriani), com sua assinatura.

George Lynch – Famoso pelo estilo e pela técnica aplicada sobre a guitarra durante sua passagem pelo Dokken. George sempre teve diversas variações nas suas guitarras tigre-listradas. Porém sua personalidade forte sempre atrapalhou seu trabalho em qualquer banda, mas se tornou num dos maiores guitarrista da história do hard rock.

Suas influências são de Jeff Beck, Michael Schenker, Eddie Van Halen e Jimi Hendrix. Mas ele misturou todas juntas e criou seu estilo próprio de tocar, sendo reconhecido na primeira audição.

Ele incorporou várias técnicas novas em seu trabalho. Embora seja capaz de atingir a velocidade de guitarristas como Yngwie Malmsteen, Steve Vai e John Norum, George nunca a deixa sair do controle. Seus solos não soam compostos mas possuem bastantes elementos, como bom contrapeso dos ligados e a palhetada alternada, além dos two-hands (tappings), como na execução de "Tooth And Nail".

Uma fraqueza que atrapalhou George foi o fato de estar no Dokken, não só pelas brigas com Don Dokken, mas também por sempre ter ofuscado o talento do vocalista. Don nunca foi um vocalista adequado para uma linhagem mais metal, e George nunca trabalhou com um vocalista que pudesse prosseguir com ele em sua carreira solo quando saiu da banda. Mas apesar das idas e vindas com o Dokken, o guitarrista marcou época e influenciou muitos guitarristas de hard rock e metal.

Guitarras: Sua guitarra preliminar era uma strato da Kramer, mas o guitarrista passou a usar guitarras strato da ESP, com sua assinatura.

Jake E.Lee – Ficou famoso ao ser escolhido o terceiro substituto de Randy Rhoads na banda de Ozzy Osbourne. Jake se tornou num grande guitarrista de metal e foi um substituto a altura de Randy, pois Bernie Torme e Brad Gillis não conseguiram se sair bem. Jake também tocou com Dio e os Badlands.

Sua principal influência é o próprio Randy Rhoads, pois ele apresentou muitos das idéias rítmicas de Randy na banda de Ozzy. Mas Jimmy Page, Tommy Bolin, Uli Jon Roth, Ritchie Blackmore, Eddie Van Halen, Jimi Hendrix e Jeff Beck também lhe influenciaram.

Sua combinação de controle e a consistência fizeram a diferença no seu estilo de tocar, pois é um guitarrista versátil ao tocar qualquer canção. Com Ozzy, Jake teve que golpear um contrapeso entre a caça com armadilhas neo-clássicas de Rhoads que a música exigiu, e alguns bocados mais blues que eram mais naturais a ele. Jack usou tappings nos oitavadores e nas cordas Jake é um guitarrista muito rítmico no geral, como em "Bark At The Moon". E é nas passagens melódicas que Jack é mais forte, embora seus solos se iniciem freqüentemente com algum material selvagem.

Suas fraquezas começam com o vício pelas drogas, que atrapalharam muito mais a sua carreira do que por exemplo a de Eddie Van Halen. E para todo seu talento, a falta de produtividade de Jack o atrapalhou.

Guitarras: Jake sempre usou guitarras strato da ESP e da Jackson, com sua assinatura.

Adrian Smith – Ficou famoso ao fazer parte da formação clássica do Iron Maiden, umas das maiores bandas da história do metal. Adrian marcou com sua guitarra Lado Explorer preta, além da Gibson Les Paul dourada nas turnês do Iron Maiden. Mostrou ser o melhor, o mais técnico e o mais melódico dos guitarristas que já passaram pela banda.

Suas influências são percebidas facilmente, sendo Michael Schenker uma delas. No geral ele e seu parceiro Dave Murray mostraram duetos de guitarra fundamentais para o metal, com influências notáveis dos duetos do Thin Lizzy. Por sinal, na época eles eram descritos como "duetos em alta velocidade do Thin Lizzy". Outras influências de Adrian são Jimi Hendrix e Richie Blackmore.

Como já dito ele é o mais melódico dos guitarristas do Iron Maiden de Steve Harris. Seu sentido melódico não é como o de Michael Schenker, mas Adrian captura definitivamente um sabor melódico que chega muito a ele às vezes. Assim como a dupla do Thin Lizzy, Scott Gorham e Brian Roberstson, e do Judas Priest, Gleen Tipton e K.K.Downing, Adrian e Dave tinham estilos similares, mas complementares e com habilidade sábia. Outro fator fundamental foram suas composições, pois escreveu com Bruce Dickinson clássicos como "Flight Of Icarus" e "Two Minutes To Midnight".

Como banda, o Iron Maiden é extremamente agradável e influenciou muitas bandas de metal. Mas sua força real está mais no vocal e no baixo do que no trabalho das guitarras. Como guitarristas, não há nada o que discutir sobre a dupla, pois são ambos muito bons, mas nenhum deles é fantástico como Eddie Van Halen, Randy Rhoads, John Norum ou George Lynch por exemplo.

Adrian é um guitarrista muito básico do rock e não há nada particularmente de especial nele, exceto pelos duetos de guitarra ao estilo Thin Lizzy. O Iron Maiden é uma banda muito direta e por isso não podemos considerar como uma banda extremamente técnica. Nenhum blues, nenhum fusion, nenhum lado neo-clássico. Adrian Smith sempre foi mais rápido e melódico do que Dave Murray, que é apenas mais veloz. E mesmo ambos não sendo fantásticos, tiveram seu papel importante pelos duetos, chamado de "guitarras gêmeas".

Guitarras: Gibson Les Paul, Lado Explorer, Fender Stratocaster e Jackson V (com sua assinatura).

Mathias Jabs – Ficou famoso ao substituir Uli Jon Roth nos Scorpions, fazendo parte da formação clássica. Jabs foi responsável para a descoberta comercial dos Scorpions, e a ascensão mundial ao rock de arena nos meio dos anos 80.

Jabs cita Jimi Hendrix, Johnny Winter, Jeff Beck e Eric Clapton como suas influências, mas admira também o trabalho de Eddie Van Halen. Você ouve claramente essa influência em seus solos e riffs, mostrando que Jabs tem muito mais influências de Van Halen do que seus compatriotas Uli Jon Roth, Rudolph Schenker, Michael Schenker e Wolf Hoffmann, pois todos os citados aqui caem mais para aquele rock setentista.

Jabs apresenta solos rápidos e ligações extensas de licks durante a música sobre o mais básico das progressões da corda. E seu papel no Scorpions é fazer apenas isso. Rudolph Schenker e ele compõem muito diferente da maneira que a maioria das bandas de dois guitarristas trabalham, pelo menos no heavy metal. Enquanto Rudolph tipicamente executa apenas bases e riffs, Jabs executa licks e solos com sua criatividade. Suas introduções rápidas, as melodias, os solos dramáticos de abertura (como "Rock You Like A Hurricane"). Ele cria peças complementares emocionantes na guitarra e a maioria dos solos, pois Rudolph raramente faz isso.

Mas Jabs tem alguns pontos fracos. Ele nunca começa tocando nos Scorpions. É uma tradição do grupo Rudolph abrir a música com sua guitarra, além de também ser quase que sempre ele o solista em baladas lentas (como o primeiro solo de "Still Loving You"). Outro detalhe negativo é a falta de duetos como no Thin Lizzy por exemplo. O Scorpions consiste apenas em solo e base, com exceção da instrumental "Coast To Coast". Mais um ponto negativo é o fato de Jabs não ter lançado nenhum álbum solo em sua carreira. Apesar disso Jabs toca muito e mostra sentimento, mesmo não sendo aquele guitarrista técnico.

Guitarras: Gibson Explorer e Fender Stratocaster (com sua assinatura).

Fonte: Revista Fuzz.

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Sobre Adalto Guedes

Adalto Guedes é jornalista. Formado pela universidade carioca Moacyr Sreder Bastos, gosta de música, futebol e mulheres, como todo brasileiro.
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