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Deep Memories: entrevista com Douglas Martins, o rosto por trás da banda

Por Mateus Ribeiro
Postado em 06 de dezembro de 2018

O Deep Memories é uma one man band de Americana,cidade do interior paulista. O compositor e multi-instrumentista Douglas Martins é o rosto por trás do projeto que mescla (com muita maestria) elementos de Doom, Black, Gothic, Death e Progressive Metal.

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Após muitos anos de trabalho em cima do projeto, no último mês de setembro foi lançado "Rebuilding The Future", álbum que vem fazendo um grande barulho na cena.

Douglas aceitou gentilmente bater um papo sobre o disco, a banda, o cenário musical e muitas outras coisas nessa entrevista. Aperte o play, leia a entrevista, e fique por dentro da história do Deep Memories.

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MATEUS RIBEIRO: Douglas, como começou sua carreira musical?

DOUGLAS MARTINS: Me interessei pela música ainda muito novo, quando ganhei um violão de presente dos meus pais, aos cinco anos de idade. Com o passar dos anos, fui conhecendo um pouco do mundo do rock através do meu pai, que sempre foi admirador de bandas como Pink Floyd e Genesis. Já em 1994, fazia parte de uma banda aqui de Americana/SP que tirava covers de bandas como Megadeth, Pantera, Judas Priest e Metallica, e em 1996 que passei a fazer parte da Desdominus, onde iniciei minha carreira no metal extremo. Com o Desdominus gravei as duas primeiras demotapes: "Autopsy of the Mind" de 1997, "Judgement of the Souls" de 1999, além do primeiro álbum "Without Domain", de 2003. Deixei o Desdominus em 2005 e permaneci sem banda até 2016.

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MR: Quando você resolveu montar o Deep Memories? Fale um pouco sobre como e porque decidiu montar a banda.

DM: Cara, nunca deixei de tocar. Nos finais de semana ligava minha guitarra para praticar um pouco e sempre saia alguma ideia nova, um riff, uma estrutura de música, e fui registrando com meu celular para não esquecer. A quantidade de material estava crescendo e eu tinha a intenção (mas não tinha a coragem) de gravar aqueles sons. Durante anos aquele sonho de gravar novamente permaneceu adormecido.

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DM: Quando percebi, tinha muito material registrado e tomei a coragem de gravar para valer. Então,comprei alguns equipamentos para captação de áudio e iniciei as gravações. No início não tinha o objetivo definido de fazer uma banda ou um álbum, só queria ver como ficariam minhas composições registradas de maneira profissional, e o resultado começou a me deixar bem animado, quando em março de 2016 resolvi que iria gravar e produzir meu próprio álbum. Sou muito fã do Quorton do Bathory e me admira até hoje como uma única pessoa conseguiu compor e gravar um álbum inteiro como o "Twilight of the Gods". Durante as gravações consolidei a ideia de uma "one man band", então nasceu o DEEP MEMORIES.

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MR: Uma banda normalmente já é algo complicado para se manter. Imagino que uma banda formada apenas por um membro deva ser algo extremamente complexo, afinal, todos os assuntos são de sua responsabilidade. Fale um pouco sobre como é conciliar tudo isso com os demais compromissos do cotidiano.

DM: Realmente não é uma tarefa muito simples. Quando concluí o álbum e iniciei a busca por selos para lançamento, tive o privilégio de conseguir fechar um acordo de lançamento simultâneo do álbum em 3 países (Brasil, Rússia e Japão) através da HEAVY METAL ROCK e MISANTHROPIC RECORDS aqui no Brasil, GS PRODUCTIONS na Rússia e INVASION OF SOLITUDE RECORDS no Japão. Isso mudou totalmente a perspectiva que eu tinha do montante de trabalho e precisei de apoio profissional. Hoje conto com a Metal Media para me auxiliar na parte de imprensa aqui no Brasil e com a Against PR de Portugal para Europa, Ásia e America do Norte.

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DM: Conciliar minha família e meu trabalho com as atividades do DEEP MEMORIES é um desafio, principalmente agora que o álbum tem tido uma boa aceitação. Tento dividir bem meu tempo, colocando limites para não afetar estas outras áreas da minha vida, mas nem sempre é possível. Gosto muito de interagir com a galera, respondo todos os e-mails, mensagens e retribuo cada palavra de incentivo ligada ao DEEP MEMORIES.

MR: Pode se notar influências de inúmeros estilos no disco, como elementos de Doom, Gothic e Death Metal. Quais as bandas que serviram de inspiração na hora de compor?

DM: Na hora de compor me inspiro apenas no que surge de ideia, não forço nada, deixo surgir bem naturalmente. Porém as bandas que ouço e admiro me influenciam diretamente, como Amorphis, In Flames, Dimmu Borgir, Bathory, Lacuna Coil, Katatonia, At the Gates, Whitin Temptation, Theatre of Tragedy, Hypocrisy, Tiamat, My Dying Bride, Dismember, entre outras.

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MR: Além dos estilos musicais mencionados, quais outros estilos você costuma ouvir?

DM: Ouço muito heavy metal tradicional, rock progressivo e metal progressivo. Bandas como Iron Maiden, Black Sabbath, Pink Floyd, Ozzy Osbourne, Nevermore, Kiss, Dream Theater, Megadeth fazem parte do meu playlist diário.

MR: As letras do Deep Memories são bem profundas, com o perdão do trocadilho. Gostaria de falar do que o inspirou na hora de compor?

DM: Neste álbum as cinco primeiras músicas contam uma história que detalha a experiência post mortem de um homem. Narram desde seu leito de morte, onde sente que irá morrer, realmente morre e acaba percebendo que sua mente continuou funcionando normalmente. Ele se depara fora do planeta terra, em locais bem estranhos, com criaturas bizarras, vai parar na espécie de um "hospital" onde lhe é proposto retornar à terra para reparar seus erros do passado, enfim, uma história bem instigante. Já as outras foram embasadas em experiências pessoais com uma ótica sobre a evolução do indivíduo e as possibilidades que podem nos permear sem se quer estarem evidentes.

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MR: Existe alguma música em especial que você gostou mais de escrever, ou que te traga mais memórias?

DM: Gostaria de destacar a letra de "LOOKING AT THE BLACK MIRROR".

DM: Para mim esta letra é diferenciada pelo amplo horizonte que apresenta, podendo ser interpretada de maneira literal ou não. Ela tem uma conexão direta com o título do álbum ("Reconstruindo o futuro" – Rebuilding the Future).

DM: No meu ponto de vista, ter a oportunidade de consertar os erros do passado seria algo sensacional! Ainda mais quando temos noção dos danos que geramos. Fico me imaginando olhando para este espelho negro, observando minhas ações ao longo da vida, tendo a opção de me aprimorar ou me desculpar, não porque algo me obriga e sim por minha própria vontade. Me pergunto se realmente fosse assim, será que tudo se tornaria mais justo ou no mínimo, menos dolorido?

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MR: Como vem sendo a repercussão do disco, Douglas?

DM: Vem sendo muito maior do que imaginávamos. Tenho recebido ótimos feedbacks de vários estados do Brasil, da Rússia e parte da Europa, em especial Alemanha, Polônia e Holanda. Os veículos de mídia estão falando muito bem, isto vai se multiplicando e o pessoal tem apoiado muito. Cara, quando finalizei o álbum nem de longe pensei que tomaria esta proporção. Uma galera imensa adquiriu o material, CDs de todas as versões, camisetas... Participamos de alguns programas de rádio com destaque para uma rádio da Alemanha chamado "Das Metal magazin hart & direkt". Enfim, só tenho que agradecer a todos que estão apoiando o Deep Memories!!!

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MR: Quais os planos futuros para o Deep Memories?

DM : Neste momento estou focado em difundir o nome Deep Memories e o álbum entre a galera que curte metal. Temos ainda algumas resenhas e entrevistas para ser publicadas. Para 2019, tenho o planejamento de iniciar as gravações do próximo álbum em janeiro, com previsão de lançamento no primeiro semestre de 2020.

MR: Como você vê o cenário do metal para músicos e fãs no Brasil? Existe espaço para as bandas, existe algo para ser melhorado?

DM: Sempre achei o movimento metal muito forte. Recentemente eu assisti o documentário sobre o Sepultura e desde aquela época os metaleiros não mediam esforços para adquirir seus instrumentos, ensaiar, ter o material das bandas na mão ou ir a shows escassos. Hoje tudo está mais acessível: materiais (YouTube, plataformas de streaming, o retorno do Vinil), estúdios, instrumentos, shows, velocidade de divulgação... Por outro lado, muitos selos se fecharam e os shows continuam escassos - sem uma infraestrutura de som e iluminação adequada. Isso não interfere na qualidade e determinação das bandas que vem crescendo muito, porém, a profissionalização do metal underground nacional ainda está longe do que vemos em outros países.

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MR: Algum(a) integrante de alguma banda grande ouviu o disco? Pretende enviar o trabalho para algum artista ou banda que você gosta?

DM: Tenho uma história muito interessante. Em uma conversa com o brother Alcides Burn de Recife ele me disse que era muito amigo do Tommy Lindal, guitarrista da primeira formação do Theatre of Tragedy, que há alguns anos mora no Brasil, em Natal. Eu sempre fui muito fã do Theatre of Tragedy, em especial os primeiros álbuns, época em que ele fez parte. O Alcides me passou o Messenger do Tommy e eu mandei uma mensagem com meu material. Poucos minutos depois recebo um áudio com um português bem arrastado agradecendo o envio, falando que tinha achado o Deep Memories muito interessante. Cara, meu coração foi a mil! Isso foi fantástico pois ele me influencia muito em meu estilo de tocar, principalmente com o álbum "Velvet Darkness They Fear" e o EP "A Rose for the Dead". Isso não vou me esquecer jamais!

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MR: Por fim, gostaria que você deixasse uma mensagem para seus fãs!

DM: Primeiramente gostaria de agradecer ao Whiplash pelo espaço, depois, todos os brothers que estão caminhando lado a lado com o Deep Memories o meu muito obrigado. Para os que ainda não conheciam e leram a entrevista até aqui, acessem nossas redes sociaispara mais informações! Metal acima de tudo! Horns Up!!!

Site:
https://deepmemories.com.br/

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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