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Melhores de 2015: A opinião do colaborador Daniel Tavares

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 13 de janeiro de 2016

Chegou a hora de ser injusto. Num ano que pareceu ter 730 dias e que terminou de forma tão sombria, mal conseguimos escrever nossa matéria com os melhores álbuns lançados no ano. Como em toda lista, esta, que não esgota nem pretende esgotar o assunto, terá mais injustiças que acertos, mas aqui estão os álbuns que mais tocaram este colaborador em 2015, ou que mais tocaram em minhas playlists. A ordem das bandas e álbuns na matéria não segue qualquer tipo de classificação (talvez cronológica, uma vez que começa com o do ANGRA - lançado no Japão e vazado no mundo inteiro ainda em 2014 - e termina com o do TANK, que, embora não tenha sido o último lançado, foi o último que ouvi e achei que merecia estar neste espaço). Confira e comente.

Melhores e Maiores - Mais Listas

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ANGRA - "Secret Garden"

Das cinzas de um show que foi um desastre - o do Rock In Rio 2011 (seja por algo técnico, problemas de saúde ou outros motivos pessoais), o ANGRA renasceu mais uma vez com uma nova formação. E em 2015 (na verdade, no apagar das luzes de 2014), esta formação fez seu primeiro lançamento, um álbum conceitual (ok, o conceito é meio nada a ver, mas, tudo bem). O disco traz bons exemplos de power metal na voz de Fabio Leone (que cada vez mais torna-se a cara do ANGRA), como as duas faixas que o abrem (coincidência ou não, o ANGRA novamente renasce com uma faixa com renascimento no título, "Newborn Me"), traz boas participações femininas (Simone Simmons e Doro) e surpreende nas faixas cantadas pelo guitarrista e agitador-mor, Rafael Bittencourt (as lindas "Violet Sky" e "Silent Call" e o dueto "Storm of Emotions", séria candidata a melhor canção do ano). Como se tudo isso não bastasse, a faixa "Final Light" ganhou um dos mais bem produzidos clipes brasileiros e o guitarrista Kiko Loureiro foi mostrar (um pouco mais) que o Brasil tem mais que samba.

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IRON MAIDEN - "The Book of Souls"

Um álbum para agradar a gregos, troianos e maias. O novo álbum do IRON MAIDEN tem todas as características que atraem tanto seus mais fanáticos admiradores quanto aos mais apaixonados detratores. Algumas canções rápidas e enérgicas, algo de conceitual (embora o álbum não seja exatamente um álbum conceitual) em algumas faixas, canções longas de forte influência progressiva (inclusive a mais longa de toda a discografia da banda), solos, solos, solos (e mais alguns solos) e o baixinho piloto esgrimista historiador cantando como se jamais tivesse tido qualquer problema de saúde. "Be Quick or Be Dead", o IRON MAIDEN colocou tudo na panela (ou panelas, já que não coube tudo num disco só) e fez uma enorme salada, mas o resultado do samba do criolo doido que lançou em 2015 é uma obra que, quando acaba o disco 2, você não tem problema em voltar imediatamente para o disco 1. Resta saber que faixas vão aparecer na turnê que vai passar pelo Brasil em março de 2016 (e lamentar pelas que vão ficar de fora - tomara que "The Red and The Black" seja uma delas, mas podemos sonhar com "Empire of The Clouds"?). Quanto à capa, é, mais uma vez a capa decepciona. Os cartazes da campanha para trazê-los a Fortaleza sempre foram bem mais decentes.

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BLIND GUARDIAN - Beyond The Red Mirror

O Blind Guardian passou pelo Brasil mostrando esse novo disco, com uma longa (e corajosa) faixa de abertura, "The 9th Wave", colocando todo mundo pra cantar nos vários shows que fez por aqui (cada um com surpresas especiais no setlist). O álbum não é um dos melhores de sua carreira, mas, tem grandes canções (e aqui não falo apenas da duração) e principalmente pelo forma como foi divulgado (muitos shows, um setlist diferente a cada noite) merece estar entre os melhores de 2015.

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CIDADÃO INSTIGADO - Fortaleza

Uma das bandas cearenses que mais nos orgulham Brasil afora. E uma das mais difíceis de ouvir também. Dizer que a voz de Fernando Catatau é irritante é elogiá-la. Ela é bem mais que isso. Mas é impossível dissociar o som extremamente inventivo do CIDADÃO de todas as partes que o compõe, inclusive da voz de Catatau. No álbum, onde cada novo beco, cada nova viela, pode trazer uma nova surpresa, um pote de ouro no fim do arco-iris ou o "mirin" que vai te mandar pra um encontro com Deus, Catatau e cia contam as belezas e mazelas da metrópole, com o distanciamento de quem a vê já de longe (a banda está radicada em São Paulo há alguns anos), mas não a tirou do coração.

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LAMB OF GOD: VII: Sturm and Drang

Um bom disco muitas vezes precisa de uma boa estória por trás. E "VII: Sturm and Drang" tem bastante. Randy Blythe esteve preso na República Tcheca, acusado da morte de um fã durante um show (ele foi inocentado depois, mas pediu que, por respeito à família do fã, isso não fosse comemorado). Na cela 512, Randy escreveu algumas das canções do álbum, que seguem o padrão LoG, mas parecem aqui ter muito mais significado.

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PERIPHERY: Juggernaut: Alpha & Omega

Um álbum duplo de uma banda quase desconhecida pode se tornar cansativo. E realmente isso acontece com o "Juggernaut", que, na verdade, foi lançado como um álbum em duas partes (o que dá na mesma, até porque ambas foram lançadas no mesmo dia). Mas, se você tiver paciência para percorrer o longo caminho e absorver tudo o que o PERIPHERY entrega nessas duas bolachas, vai ter muitos momentos bons durante o percurso. Instrumentos afiados e um vocalista que ora soa agressivo, ora ataca de Prince, garantem que existe sim alternativas para o Heavy Metal fora a mesmice. Uma boa surpresa.

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KEEP OF KALESSIN - Epistemology

A som dessa banda chegou aos meus ouvidos de forma bem diferente da natural. Eu não os conhecia até o concurso que promoveram para escolher a arte da capa, inclusive com alguns brasileiros muito bem cotados. No fim, o prêmio, ou a oportunidade de fazer a arte saiu mesmo para um brasileiro. Quanto ao som, há muito mais que o Black Metal comum aqui, com algumas faixas bem longas e imperdíveis. Soube que a banda enfrentara a saída do vocalista, mas, se isso contribuiu para o que foi finalmente entregue, a contribuição só pode ter sido positiva, pois este trabalho é muito recomendável.

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FAITH NO MORE - Sol Invictus

O FAITH NO MORE já era bizarro antes que a maior parte dos leitores do Whiplash soubessem a diferença entre hard rock e heavy metal (este colaborador, por exemplo, achava que era tudo rock pauleira, admito). E não lançava um álbum desde mais ou menos a mesma época. Ter a banda de volta e lançando bom material, canções como "Superhero", que se equiparam ao que os malucos faziam antes os credenciam a ter seu "Sol Invictus" e "Motherfucker" nesta lista. É claro que não gostamos de todo o álbum, mas, se o tivéssemos feito, não seria um álbum do FAITH NO MORE.

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DAVID GILMOUR - "Rattle That Lock"

Um show nos moldes do "Pulse" no Brasil? Balela. Era o que se podia pensar até 2016. Se o responsável por trazer o icônico guitarrista ao nosso país (para divulgá-lo, além de encantar os brasileiros com muitos clássicos do PINK FLOYD) foi esse álbum, então ele já tem lugar garantido em nossos corações. Claro, o acento mais pop e até jazzístico do disco não mata a sede de algo mais na linha do que Gilmour fazia com a sua desafortunadamente (para nós) extinta banda e, comparado a tudo com o que GILMOUR já nos presenteou, o que temos aqui é um trabalho apenas mediano. Lembrem-se apenas que, mediano na escala pinkfloydiana é algo que pode ser tão amado quanto um "Momentary Lapse of Reason".

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NIGHTWISH - "Endless Forms Most Beautiful"

A epopeia humana vem bem contada neste álbum do NIGHTWISH, que é o primeiro na voz da gigante Floor Jansen. A obra dos finlandeses tem ainda mais partes folk, com a posição de Troy Donockley mais consolidada, e distancia-se um pouco da parte sinfônica apenas nos vocais de Floor (que praticamente não usa os vocais operísticos que tanto caracterizavam a música do grupo). Há quem torça o nariz, há quem prefira assim. Acreditamos que, como as espécies podem evoluir, também pode o som de uma banda. E mais um hino nasceu, a longa, bela, mágica "The Greatest Show on Earth". Certamente, o NIGHTWISH pode dizer, com esse álbum, que "esteve aqui" e esteve muito bem.

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SLAYER - "Repentless"

Toda a agressividade e velocidade do SLAYER estão aqui (e até um pouco de "Stilness" também, na faixa "When The Stillness Comes"). Embora não haja, fora a faixa título e a já citada, uma ou outra faixa a se destacar, o álbum prima por aquilo que os fãs do SLAYER esperam e eles sabem fazer como ninguém. Obviamente, Jeff Hanneman fará sempre falta, mas o álbum é uma porradaria que clama por uma nova audição logo que termina (a não ser que você tenha adquirido a versão deluxe, com os clássicos do SLAYER ao vivo - aí não tem como escapar, é a bolacha bônus que vai pro repeat).

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TANK - Valley of Tears

Hard rock misturado com NWOBHM num dos álbuns mais aguardados do ano (pelo menos por este que vos escreve). A nova formação do TANK, com a dupla de guitarristas Tucker/Evans mais ex-membros do SODOM e DRAGONFORCE e BLIND GUARDIAN e o baixtista de turnê do BLIND GUARDIAN, mostrou em seu debut (debut da formação, ressalte-se) que o NWOBHM vai continuar sendo muito mais além do IRON MAIDEN.

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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