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Thiago Schiefer: entrevista para a Rock Hard italiana

Por Thiago Schiefer Management
Fonte: Rock Hard Italy
Postado em 15 de fevereiro de 2014

O compositor, guitarrista e vocalista brasileiro THIAGO SCHIEFER concedeu recentemente uma entrevista para a versão italiana da revista Rock Hard. Confira, na íntegra, a tradução da entrevista conduzida por Maurizio de Paola:

Um dos melhores e mais versáteis guitarristas brasileiros, Thiago Schiefer chega a seu álbum de estreia com um álbum maduro e técnico como Prototype: Freedom, uma coleção de faixas com instrumentação crua, misturando progressivo, rock e experimentação, que são notáveis ​​pela variedade composicional e pela busca constante em dar "voz" às linhas de guitarra para transmitir sensações que as palavras não conseguem dizer.

Você disse, falando sobre a capa do álbum: "Somos socialmente obrigados a seguir os mesmos padrões de comportamento há milênios, enquanto as mulheres estão aí conquistando novos direitos todos os dias - as calças, e tudo o que significavam, elas já conquistaram faz tempo. Precisamos mudar". O que você quis dizer? Poderia explicar para nossos leitores?

Isso está diretamente relacionado ao fato de eu usar saias. Veja, o feminismo nasceu da busca das mulheres por igualdade, e isso abrangia desde o uso de calças até a possibilidade de trabalhar em escritórios e tudo o mais. Lutando, elas conseguiram mudar seu paradigma, conquistar direitos e ocupar posições que antes eram apenas ocupadas por homens (ainda que continue existindo discriminação). Mas a figura social masculina não muda há muito tempo! Não sei ao certo como isso funciona em outras cidades e países, mas em São Paulo, se um homem andar na rua usando saias, há uma boa chance de ele ser agredido física ou psicologicamente, porque as pessoas não conseguem suportar o que foge ao seu padrão conhecido. A saia, neste caso, não é apenas literalmente uma saia, mas também (e principalmente) uma metáfora de tudo aquilo que as mulheres conquistaram e nós não. Por que homens não podem ocupar posições hoje consideradas "tipicamente femininas", como ficar em casa para cuidar dos filhos, por exemplo? Por que é frequentemente considerado vergonhoso para um homem ganhar menos dinheiro que sua esposa? Por que temos que ser sempre fortes, por que não podemos ser sensíveis... Essa discussão não é originalmente minha, mas do cartunista brasileiro Laerte (que colocou em questão, entre muitas outras coisas, a necessidade de uma revolução masculina) e de pessoas que vêm pensando sobre sua revolução pessoal, como a jornalista Eliane Brum.

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Todas as canções do álbum estão relacionadas à ideia de liberdade. Na sua opinião, qual é a mais importante liberdade? E qual a que nos está faltando?

Qualquer tipo de liberdade nasce dentro de você. Então, você deve aceitar a si mesmo, suas ideias, sua opinião, e se sentir livre por dentro. Conquistando isso, é mais fácil sair por aí exigindo respeito e assim conseguir a liberdade exterior, porque em você ela já está sólida. E provavelmente é exatamente isso que nos está faltando. Nós assistimos TV, navegamos na internet, e em todos os lugares as pessoas nos dizem o que deveríamos fazer ou pensar. Entramos nas redes sociais e as pessoas só mostram seus pontos fortes, e nós começamos a achar que deveríamos ser mais como elas, ou como aquele personagem na TV, etc. Então eu acredito que nós deveríamos fazer um mergulho profundo dentro de nós mesmos e descobrir como nós achamos que deveríamos ser, e aí quem sabe possamos de fato começar a pensar em liberdade.

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Prototype: Freedom é seu álbum de estreia. Como as músicas nasceram?

Algumas foram escritas muito tempo atrás (como Rays on the Water, por volta de 2006, e Frantic, 2008) e outras são mais recentes. Mas eu retrabalhei todas as mais antigas para se encaixarem no estilo que eu queria dar ao álbum. As mais recentes, no entanto (Rise e She Spoke), acabaram ficando bem experimentais, na minha opinião. Especialmente Rise, tendo sido a última a ser composta, acabou ganhando sua sonoridade principalmente devido à influência do Ale [Souza] e do Fabio [Ribeiro, co-produtores do álbum]. Eles fazem um rock pesado e com amplo uso de sons eletrônicos com o Remove Silence, e me apresentaram bandas como o Nine Inch Nails... me fizeram querer ter algo semelhante no meu trabalho.

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Você criou um "encarte virtual" muito especial para o disco. Qual é a ideia?

Eu adorava folhear os encartes dos meus CDs recém-adquiridos quando eu era adolescente, mas conforme o tempo foi passando eu parei de comprar CDs físicos com tanta frequência (como boa parte das pessoas). Evidentemente, a experiência com o encarte também se foi. Então eu quis criar uma experiência parecida com aquela, mas apropriada a esta era online que vivemos. E assim surgiu a ideia de um encarte virtual, como uma solução democrática para qualquer pessoa que queira ver as letras e informações do álbum, com uma bela arte gráfica, enquanto o escuta em seu computador, celular ou tablet. Para quem quiser explorá-lo:
http://thiagoschiefer.com/prototype-freedom/pt

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No seu press release você não fala de "influências", mas sim de "artistas recomendados". O que eles significam para você?

São todos influências, mas não as únicas... eu tentei reduzi-las àquelas que realmente podem ser vinculadas à minha música - por exemplo, se você estivesse criando uma playlist para um programa de rádio ou algo assim, você conseguiria colocar minhas músicas entre as desses caras e provavelmente soaria bem. Eu tenho muitas influências fora do rock, como Nobuo Uematsu (compositor da maioria das trilhas sonoras da série de videogame Final Fantasy) e Camille (performer francesa), mas seria meio estranho colocar este álbum pra tocar junto com as músicas deles!

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Você é um multi-instrumentista e também cantor. Como você se sente mais confortável para compor?

Infelizmente eu ainda sou muito ruim no piano (risos), então minhas músicas quase sempre surgem ao violão. Eu toco principalmente instrumentos da família das guitarras, e estou tentando me entender com alguns apps musicais para iPad. Muitas vezes também tenho uma melodia na cabeça, a escrevo num programa de notação musical e começo a desenhar outras melodias em torno dela (baixo, voz, guitarra solo...). Enfim, varia bastante de música para música.

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