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Instincted: "o Heavy Metal nacional precisa de renovação"

Por Kito Vallim
Fonte: Meavy Hetal
Postado em 27 de outubro de 2013

A Banda Instincted vem divulgando seu primeiro EP, a obra "... Is All That I Am" que conta com uma sonoridade diferente de tudo o que se faz hoje em dia em termos de heavy metal, misturando música eletrônica de uma forma diferente das outras bandas que se aventuram por essas águas. Nós, do Meavy Hetal, batemos um papo com o ex-quinteto e agora quarteto formado por Rogério Fergam (vocal e programações), Rafael Sousa (guitarra) Fábio Carito (baixo) e Roberto Santos (bateria) após um dos ensaios, juntamente com o blog Menina Headbanger, para saber como andam os planos da banda, futuros lançamentos e a repercussão do EP atual.

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MH: E como a banda enxerga o cenário musical brasileiro hoje?

Fábio: Eu enxergo o pior possível. Eu enxergo o pior possível porque o pessoal fala da união do metal, da união do metal nacional e, na verdade, na minha opinião, não tem nada disso. Eu acho que o pessoal um quer passar por cima o outro, um quer cobrar cachê mais alto, claro, eu sou a favor da banda cobrar cachê, ajuda de custo, é algo que eu acho completamente plausível, só que eu acho que tem muita concorrência, muita gente falando mal pelas costas, tanto pessoalmente, tanto em rede social, o pessoal mete muito o pau e eu acho que, na verdade, é uma profissão como qualquer outra, acho que uma empresa tem funcionário que fala mal do outro, tem panelinha, e, com a música, não é diferente, todo mundo é músico, todo mundo tem um emprego, não é diferente. Mas eu acho que não, eu não vejo um caminho muito bom para a gente, assim, infelizmente.

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Rogério: Assim, o Fábio tem uma visão até um pouco mais ampla do que a gente por conta do SupreMa e do Shadowside, ele fez turnê e tal. Ele tá vivendo disso, hoje, então ele tem uma visão mais legal. Eu acho que assim, o heavy metal nacional, de novo, eu vou bater na mesma tecla, eu acho que só falta renovação. O pessoal que não concorda comigo fala que "não o pessoal faz, tem banda que faz coisa nova e tal" não, não faz, desculpa, desculpa, mas não faz. Está muito longe de ser novo. Eu acho que falta surgir alguma coisa nova da parte das bandas, não só no cenário nacional. A gente tá vivendo de Iron Maiden, Metallica, de Kiss há muito tempo. Os caras lotam shows aqui e parece que só existem essas bandas, o Ian Gillan lá no palco quase de bengala, e o show abarrotado de gente. Legal! Acho do c4r4lh0 as bandas, mas eu fico meio dividido na opinião, eu não sei se é realmente a falta das bandas começarem a fazer alguma coisa nova ou se o público tá acomodado.

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Fábio: É um pouco de cada, né?

Rogério: É um pouco de cada! E também, tem um excesso de banda! É muita banda, cara! A gente mesmo, a gente tocou num show há umas 3 semanas, mês passado. Se a gente fizesse um show no dia seguinte, já não iria ninguém! Antigamente você pegava as bandas nacionais, vou dar um exemplo de rock nacional que fez bastante sucesso, o Legião Urbana, o Capital Inicial, essas mais novas, o Rappa, que junta uma galera legal, mas se O Rappa faz show em dois dias seguidos em São Paulo, acabou, no segundo dia não tem ninguém. Eu não sei, eu acho que é um monte de coisa. A internet está ajudando muito a saturar. Agora tem a Anitta, fazendo sucesso com o Show Das Poderosas. O que ela faz? Ela faz alguma coisa nova? Não. Ela talvez esteja fazendo o que o Latino faz só que a versão feminina, sabe? E virou!

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Fábio: É divulgação e divulgação.

Rogério: É, então! Hoje o youtube é nosso parâmetro, sabe? Não é mais o show lotado. Eu acho que, o que a gente tem que fazer, na verdade, é trocar um pouquinho a visão de sucesso. Da parte do público, eu falo. Eu também sou público, eu também gosto das bandas, eu também vivo caçando e tal. E eu acho que essa visualização em si do público pra essas bandas nacionais tá inflada, eu acho que tá bem inflada. O pessoal não sabe mais o que assistir. Shadowside é uma put4 banda! Eu fui ver um show dos caras, é animal! Um put4 show! Eu fiquei com vontade de ver de novo, a gente foi ver um show e tava meio vazio. Por que tava vazio? Sei lá. Porque não tem, não tem gente querendo ver, né? Agora coloca no mesmo lugar, no mesmo dia o Deep Purple, com o Gillan de bengala (risos) Não caberia de gente lá dentro! Agora faz ele fazer 5 shows seguidos no mesmo lugar. Os 5 shows vão ser lotados!

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Fábio: O que eu quero frisar sobre eu não acreditar no metal nacional é uma mobilização geral. Eu vinha fazendo uma série de shows com Shadowside e com o SupreMa e no final a gente faz meio que uma união, faz uma jam, toca uns clássicos do metal e tudo mais, mas a gente faz uma união ali. A gente mostra pra galera que há esperança. Mas não adianta só Shadowside e SupreMa fazer e todo o resto das bandas não. Então não adianta fazer um mini foco aqui e cadê o resto, a outra massa? Então eu acho assim, se cada um fizesse a sua parte, dava certo. Eu acho que a gente já faz a nossa. Eu acho assim.

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Rogério: Mas tem muita banda também, né? Eu lembro que eu fui ao show do Angra, em 2004, aí o Edu falou uma hora "quem aqui é músico?" TODO MUNDO levantou a mão na hora aí eu olhei assim de cima, eu falei, "tem banda pra c4r4lh0!" imagina agora com internet, a gravação em casa, com autotune (risos).

Fábio: Hoje tem muito guitarrista de quarto, né?

Rogério: É! Qualquer um hoje em dia consegue gravar um CD no quarto e sem saber tocar! Você pode gravar cada nota e vai sair, vai soar lindo no CD. Vocês viram nosso ensaio, a gente erra, claro que erra! E o nosso CD a gente tentou ser o mais natural possível. Não tem muitos recursos. O recurso é pra te ajudar, não pra fazer um milagre. Então hoje é difícil porque toda banda é grande banda! Você ouve sempre como uma grande banda, todo mundo toca tudo certinho. É complicado.

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MH: E quais os planos da banda daqui pra frente, shows, gravação?

Fábio: A prioridade agora é primeiro a gente se alinhar como um quarteto, alinhar as guitarras agora. E a gente já tem algumas músicas agora pra gente começar a pensar num segundo EP. A gente não pensa em gravar um CD, a gente pretende continuar num EP, porque é um número reduzido de músicas, e fica mais fácil de mostrar pra galera também, né?

Rogério: Eu acho legal algumas bandas estão fazendo isso: gravar uma música por vez, só. Grava uma música, trabalha na música. Porque com a internet não dá, né? O cara baixa um CD rapidinho, é um TDA coletivo.

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Fábio: Eu penso que hoje o CD é muito descartável, tem muita banda. Vou escutar, baixei, escutei uma, duas, próximo! Ah, gostei de UMA música, aí vou lá e apago o resto.

Rogério: Não mais que nem a gente da época de ir lá na galeria do rock, voltar pra casa e ouvir, ouvir, ouvir. Não gostei dessa música, mas vou continuar ouvindo! (Risos)

Fábio: Ou ia pra casa ouvindo no Diskman (risos)

Rogério: Eu adorava aquilo de abrir a caixinha do CD, ver o encarte. Não tem o que fazer, perdemos isso.

Fábio: Por isso nosso EP fizemos com um encarte, um encarte de 16 folhas.

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Rogério: Mas assim, a gente tá pensando em entrar de uma maneira diferente aqui. A gente ainda não sabe todos os métodos, mas a gente está planejando alguma coisa para entrar de algum jeito diferente. Porta dos Fundos tá aí pra mostrar. Uma coisa tão simples, fez um put4 sucesso e ganhou uma visibilidade tão grande que, daqui um tempo, vamos estar, quem sabe, vendo finalmente o zorra total sendo enterrado pra entrar o porta dos fundos. (risos) Porque eles viram que a comédia tá mudando. A gente sempre foca na música porque somos todos músicos, todos temos bandas, mas tá mudando tudo! Se o cara é, sei lá, arquiteto, se ele não gerar algum tipo de, pô, o Oscar Niemeyer inovou pra c4c3t3! Ninguém consegue fazer o que ele fazia e ainda hoje o que ele fez é futurista. Eu levo isso pra tudo na minha vida inteira. Se for para eu ser tal coisa, eu vou tentar ser o melhor em tal coisa. Vou ser o vocalista? Vou ser o melhor vocalista. Eu vou compor música eletrônica? Eu vou ser o melhor compositor de música eletrônica. Eu vou criar um timbre? Eu vou fazer o melhor timbre possível. Melhor ou pior não entra muito aqui, né? Mas, assim, vou ser o melhor na minha concepção.

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Fábio: O Niemeyer, por exemplo, tinha uma profissão comum, inovou, criou uma tendência e virou referência. Espero que aconteça isso com a gente, também.

Link para a entrevista completa:
https://www.facebook.com/notes/meavy-hetal/entrevista-instincted/739274646088080

Conheça a banda Instincted:
https://www.facebook.com/Instincted
https://soundcloud.com/instincted
http://instincted.com/

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Sobre Kito Vallim

Kito Vallim, banger, economista, apaixonado por rock/metal. Metalhead que iniciou-se com bandas de metal melódico e logo expandiu sua paixão por todos os estilos de metal e hoje em dia não sabe nem dizer seu estilo favorito direito. Entusiasta do metal nacional e do underground, adora conhecer bandas novas e diferentes, busca divulgar bandas em sua fanpage do Facebook onde também comandam um podcast.
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