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Black Coffins: já estão dando o que falar underground afora

Por Vitor Franceschini
Fonte: Blog Arte Metal
Postado em 12 de março de 2013

Apesar de ser formada há pouco tempo, em 2011 mais precisamente, os paulistanos do The Black Coffins já estão dando o que falar underground afora e tem recebido ótimas críticas em favor de seu primeiro álbum "Dead Sky Sepulchre" (2012). Contando com músicos experientes em sua formação, a banda já está prestes a lançar um novo EP e já tem se consolidado como um dos principais nomes do Death Metal brasileiro. Falamos com o guitarrista J. Martin (ex- Infamous Glory) que nos contou sobre a produção geral do primeiro álbum, sua repercussão e muito mais. Completam o time Vakka (vocal), A. Beer (baixo) e M. Rabelo (bateria).

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Primeiramente conte-nos como se formou o The Black Coffins?

J. Martin: O Black Coffins se formou fisicamente em 2011, mas verbalmente eu e o Vakka vínhamos conversando em ter uma banda desde sempre que nos conhecemos. Isso amadureceu quando eu estava na Suécia prestes a voltar ao Brasil, lá pro final de 2010. Queríamos tocar algo com mais influência de Celtic Frost e Punk, estávamos ouvindo muito na época (e sempre ouvimos) Tyrant, Hellhammer, Nifelheim e claro Celtic Frost. Encontrar o batera e o baixista foi natural e por meio de pessoas que já conhecíamos. O Mario, que era batera do Obitto, e o André, que resenhava pra Horns Up, e conhecia o Vakka.

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Como foi a concepção de "Dead Sky Sepulchre"? O resultado final foi o que a banda esperava?

J.M. : O "Dead Sky Sepulchre" começou a tomar forma durante o "Burial Breed" (N.E.: Split lançado em 2011 ao lado da banda Infamous Glory), cada ensaio que fazíamos tínhamos um riff ou uma música. Foi a primeira vez que trabalhei (trabalhamos) num álbum, em pensar as músicas que combinam juntas, como todas idéias do Vakka para o conceito e letras e principalmente ter o Dmitry Globa-Mikhailenko como participação na intro e interlúdios. Também foi a primeira vez que entrávamos em estúdio, procuramos timbres, testamos amplificadores, captação de bateria, amplificadores de baixo, linhas de voz. Trabalhar com alguém conceituado como Bernado Pacheco fez diferença também em todos esses aspectos. Parece que ele sempre tem uma solução inteligente pra fazer a banda soar melhor.

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Qual a principal diferença entre o novo trabalho em relação às composições gravadas no split "Burial Breed" (2011) ao lado do Infamous Glory?

J.M. : O "Burial Breed" foi uma demo de luxo, por todos os motivos. Tínhamos gravado 4 músicas, sem muita pretensão, com estúdios caseiros. Então o Infamous Glory tinha músicas para lançar também, depois veio a arte do Vberkvlt. A partir desse momento eu comecei a enxergar a banda de outra forma, me dedicar mais, melhorar performance em shows, ter um equipamento decente para tocar por aí. Para mim a principal diferença é como passei a encarar a banda, a receptividade que tiveram sobre o "Burial Breed", e creio que isso tudo refletiu onde queríamos chegar com o "Dead Sky Sepulchre".

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Aliás, você tocou no Infamous Glory. A relação estreita que vocês têm entre bandas e por contar até com um ex-membro deles têm alguma influência na hora de compor ou até mesmo no resultado final das composições?

J.M. : O Infamous Glory foi minha banda por quase 8 anos. O que aprendi de Metal foi principalmente por causa do Kexo e do Coroner, dos roles, dos ensaios. Com certeza eu aprendi muito a tocar guitarra com eles, na parte de compor, eu creio que o Black Coffins e o Infamous Glory não tenham muita semelhança além do amor pelo Death Metal. Eu tento colocar muito mais das minhas influências mais distintas de Melvins à Integrity e o Infamous Glory tem uma dupla de guitarristas de verdade, munidos de mais técnicas e acho que aí as bandas trilham por caminhos diferentes.

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A sonoridade do The Black Coffins, principalmente em "Dead Sky Sepulchre", mescla diversas influências resultando em um som característico, próprio. Algumas composições, por exemplo, possuem uma pegada Rock 'n' Roll, resultando no contestado Death 'n' Roll (estilo eternizado por bandas como Entombed, por exemplo) e em outros momentos há faixas com a levada mais séria do Death Metal tradicional. Tudo sem perder a característica. O que você pode nos falar sobre isso?

J.M. : Eu creio que seja próprio por colocarmos muito do que ouvimos na nossa música. Se tiver uma parte Dinossaur Jr. ou Fleetwood Mac e depois ter um Death Metal à lá Unleashed, para mim está ótimo e assim que funciona para nós quatro. Nunca podar ideias só porque pode fugir do que é o Death Metal ou o som pesado. O som pesado e extremo pode vir por caminhos muito mais inusitados que 'blast beats' e 'powerchords'.

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Ainda há espaço para melodias bem encaixadas nas composições, como em The Cryptborn, por exemplo. Tudo sem tirar em momento algum a agressividade típica do Death Metal. A que você acha que deve este fato?

J.M.: Olha, se fosse resumir numa palavra, Gorefest. Se pedisse outra falaria Anathema - 'old né', por favor (risos). Para mim são duas das bandas que conseguem fazer músicas tão densas que por vezes eu até esqueço o que estou fazendo ou onde estou, mesmo depois de mais de uma década de ter ouvido essas bandas pela primeira vez. Esse é o norte para mim quando se trata dessa mistura. A The Cryptborn tem um valor sentimental pra mim porque foi a primeira música que compus e gravei um solo. Feio ou não, ele está lá, e eu amo (risos).

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Outro fator bem característico da banda são os vocais variados de Vakka. A mistura do gutural com o rasgado caiu como uma luva no som da banda.

J.M. : E ele faz ao vivo, tanto o gutural quanto o rasgado. Eu me surpreendo porque conheço o Vakka há uns 12 anos e o vocal dele nunca decaiu. Engraçado que essa mistura é outro ponto atípico dentro do estilo, e todo mundo parece ter gostado muito.

A produção ficou a cargo de Bernardo Pacheco e o resultado final ficou ótimo. Como foi trabalhar com Bernardo?

J.M. : O cara é foda, como disse na outra pergunta, foi a primeira vez que tive oportunidade de participar da timbragem dos instrumentos até chegar onde queríamos. Isso foi ótimo e único.

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"Dead Sky Sepulchre" conta com a participação de Marissa Martinez (Repulsion), James do Facada e Milosz Gassan (Morne, ex-Filth Of Makind). Como foi a escolha dessas participações e como foi tê-los no álbum de estreia?

J.M.: Tudo ficou a cargo do Vakka, que pelo trabalho no Intervalo Banger teve contato com eles, e ao convidar, eles toparam na hora. O resultado final foi demais.

O trabalho conta com uma bela e atípica arte gráfica (feita em papel fosco e com um belo desenho de capa) feita pela Viral Graphics, da Grécia, e dirigida por Fernando Camacho. Como foi desenvolvido esse trabalho e o que você pode nos falar sobre o resultado final?

J.M. : Foi a primeira vez que trabalhamos sobre um tema, e que na capa diz tudo que está no disco, sem precisar de nomes, logos, está tudo ali. A Viral Graphics merece todo o reconhecimento do mundo, porque faz trabalhos espetaculares a mão. As fotos da banda foram feitas pela mente doentia do Nicolas De Lavy, da Weird Clothing e o Camacho recheou o encarte e estamos bem satisfeito com o resultado

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Aliás, Fernando Camacho é proprietário da Black Hole Productions, selo responsável pelo lançamento de "Dead Sky Sepulchre", como tem sido a parceria com a gravadora e qual a repercussão do trabalho até então?

J.M. : Não poderia ter oportunidade melhor no Brasil para lançar um full length. O Camacho está com a Black Hole desde quando eu sequer tinha tocado uma guitarra, lança grandes álbuns, é profissional, se preocupa com cada aspecto do lançamento. Acho que tudo isso contribuiu para a repercussão do disco, não só a auditiva, que até então foi ótima, mas como a visual, todos comentam da arte, do papel, do kit exclusivo que o Camacho fez para o lançamento. É a historia de que se vai lançar um disco, para o pessoal gastar o dinheiro, precisa ser algo bem feito e o cara ter orgulho de ter isso na prateleira dele.

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Além de divulgar o novo trabalho, quais os planos do The Black Coffins para 2013?

J.M.: Agora ainda no primeiro semestre sai o novo EP "III.Graveyard Incantation" que já está disponível para streaming no nosso bandcamp.

Pode deixar uma mensagem.

J.M. : Obrigado pelo espaço e apoio. E que desçam nossos caixões para sermos devorados em um úmido e quieto abraço do solo.

http://www.facebook.com/theblackcoffins
http://theblackcoffins.bandcamp.com/

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Sobre Vitor Franceschini

Jornalista graduado tem como principal base escrever sobre Rock e Metal, sua grande paixão. Ex-editor do finado Goredeath Zine, atual comandante do blog Arte Metal, além de colaborador de diversos veículos do underground.
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