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Destruction: Metal não é apenas música mas sim um estilo de vida

Por Damaris Hoffman
Fonte: Hoffman & O'Brian
Postado em 26 de janeiro de 2013

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Texto: Homero Pivotto Jr. (Abstratti Produtora)

A destruição está a caminho de Porto Alegre. E vem capitaneada por um homem. Não, não é o armagedom ou o fim dos tempos que está chegando ao sul sob o comando de algum ser mitológico dotado de poderes que vão além da compreensão humana. É o Destruction, seminal trio alemão de thrash metal que tem à frente o carismático baixista e vocalista Marcel Schmier. O grupo aportará na Capital dia 27 de janeiro, no Beco (Av. Independência, 936), às 21h. O show é parte da turnê "Spiritual Genocide: 30 Years of Total Destruction", que divulga o mais recente disco – Spiritual Genocide (2012) – e comemora as três décadas de atividade da banda. A abertura ficará por conta dos thrashers gaúchos da Carniça.

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Schmier retorna a Porto Alegre na companhia de Mike Sifringer (guitarra) e Vaaver (bateria), line up que, segundo ele, garante um dos melhores momentos do Destruction. Desde que retomou o posto de frontman – Schmier saiu da banda no fim dos anos 90 e voltou quase uma década depois –, o alemão de 47 anos e seus colegas conseguiram catapultar novamente o conjunto ao alto escalão do som pesado e veloz. Por telefone, direto de seu país de origem, o experiente e atencioso músico disse que continua apaixonado pelo que faz e, por isso, garante que suas apresentações ainda são demolidoras. Ele ainda falou sobre o futuro do estilo que ajudou a definir e de como tudo começou. Confere aí, pois o cara é thrash till death!

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O Destruction é um dos pioneiros no thrash metal, uma lenda para o estilo surgido nos anos 80. Com mais de três décadas de existência, como você avalia o cenário da música pesada hoje em dia?

Marcel Schmier – Temos nos perguntado como isso sobreviveu. Quando começamos na música não pensávamos que fosse possível ir tão longe. Causa grande surpresa que aquela cena underground tenha crescido e atravessado por tendências que acabaram caindo. No fim, percebe-se que é uma música honesta que conseguiu sobreviver a todas essas modas que apareceram por aí. É algo sensacional de se ver! Para mim, o thrash metal ainda é estimulante. Fico contente que pessoas novas, muito jovens, escutem nosso som. Pelo consenso, os fãs de thrash estão na faixa dos 15 aos 25 anos. Não é algo para qualquer um, mas sim para jovens selvagens. Isso nos deixa orgulhosos!

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No disco novo – Spiritual Genocide – o Destruction mantém a vibração da velha escola do thrash. Depois de tanto tempo, formações diferentes e diversas mudanças na indústria musical, como é preservar o vigor e a intensidade sonora?

Marcel Schmier – Respiramos esse tipo de música e o estilo, tentamos manter suas raízes em nossas mentes, almas e sangue. Claro que isso sempre será uma parte do Destruction. Aprendemos ao longo dos anos que não devemos ouvir algumas coisas que nos dizem para fazer. Sempre há alguém dizendo para você mudar. Uns querem que fique mais melódico, outros dizem para ser mais brutal, ou mais moderno… O melhor a ser feito é não dar ouvidos a essa gente e apenas fazer o que se pode fazer de melhor. Temos focado cada vez mais nisso. Trocamos de baterista há cerca de três anos e o novo integrante (Vaaver) trouxe muito do velho espírito do Destruction: mais agressividade e velocidade. Foi muito bom!

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O que estava acontecendo na Europa, no cenário musical e cultural, que serviu de inspiração para que o Destruction fosse criado?

Marcel Schmier – Não havia quase nada, apenas um punhado de pessoas que formavam a cena. Em minha região, no sudoeste da Alemanha – uma área muito conservadora –, o Destruction e alguns amigos eram os únicos ligados ao heavy metal. Não havia um contexto e tampouco respeito pelo metal. Nós começamos porque queríamos uma fuga, uma revolução contra a sociedade e o mainstream. Queríamos ser diferentes, não seguir as tendências e ser pessoas normais. Por isso, o heavy metal foi um escape. Alguns amigos eram punks, que era algo legal, mas eu achava muito destrutivo. Tudo era ruim para eles. Já as bandas punks da época não tinham vocais tão nervosos, nem a vibe especial do heavy metal. Porém, o punk rock tinha agressividade, velocidade e poder. Isso foi importante para o Destruction.

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Os primeiros discos – Infernal Overkill (1985) e Eternal Devastation (1986) – e o EP Mad Butcher (1987) são clássicos, trabalhos que estão na preferência dos thrashers. Mesmo que a banda tenha produzido excelente material depois, esses registros costumam figurar entre os preferidos dos fãs. Em sua opinião, por que isso acontece?

Marcel Schmier – Porque todos gostam do velho! Se você for ver, em 20 anos, discos como The Antichrist (2001) ou mesmo Spiritual Genocide serão cults também. Somos muito orgulhosos dos álbuns que criamos depois que nos reencontramos como banda. Especialmente, como eu disse, o The Antichrist, que já é apontado como um grande álbum de thrash do novo século. Faixas como ‘Thrash Till Death’ e ‘Nailed to the Cross’ estão sempre em nosso setlist, que mistura músicas dos 30 anos de nossa carreira. Excursionamos com o Sepultura e o Exodus na Alemanha ano passado e as bandas tocaram só material antigo. Em alguns shows as pessoas gritavam por composições mais atuais. Significa que também existe muita gente que gosta dos novos trabalhos e que eles podem se tornar clássicos no futuro.

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Com o disco Release From Agony (1988) o Destruction experimentou um pouco mais em sua musicalidade, desagradando fãs mais xiitas. Por que a banda resolveu ousar mais nesse trabalho? Incomoda o fato de as pessoas não terem compreendido sua proposta de inovar como artista?

Marcel Schmier – Tínhamos um novo guitarrista (Harry Wilkens) e um novo baterista (Oliver ‘Olli’ Kaiser), o que significa novas influências. Éramos muito jovens e não queríamos ficar presos na mesma coisa. A gente queria tentar algo novo, ser músicos melhores e crescer como banda. Claro que pegamos essas novas influências para progredir, mas a evolução foi muito rápida para aquele tempo. O disco tem passagens bem velozes, e outras mais progressivas e doidas que tiraram um pouco da agressividade. Por outro lado, Release From Agony foi o disco de maior sucesso nos EUA e no Japão. Nesses países o álbum teve uma grande influência sobre outras bandas. Em outros lugares do mundo muitos fãs ficaram chateados. Na Alemanha acabamos perdendo alguns admiradores. Mas acho que nunca nos distanciamos de nosso estilo, apenas evoluímos muito rapidamente. É um pouco triste quando quem gosta de sua banda reage de maneira tão negativa. Até no novo trabalho tivemos esse problema. Foi com a faixa ‘Carnivore’, que não é muito rápida e destoa um pouco da sonoridade do Destruction. A música ganhou videoclipe e as pessoas escreveram no Youtube que éramos vendidos e essa baboseira toda. Se você analisar, Spiritual Genocide é brutal e rápido. Sei que temos fãs, mas fazemos o que temos de fazer como músicos. É parte do trabalho.

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Depois de Release From Agony você deixou a banda. O que houve?

Marcel Schmier – A banda me deixou, não tive escolha! Fui chutado, basicamente. O restante dos caras queria ir numa direção mais extrema, progressiva e melódica, mas eu não. Esse foi nosso ponto de discordância. Eu disse que iríamos deformar o estilo do Destruction se fossemos por esse caminho. Tivemos um desentendimento durante as gravações do Cracked Brain (1990) e, depois disso, a banda seguiu sem mim por cerca de 10 anos. Eu continuei fazendo música com um projeto chamado Headhunter e eles (Destruction) fizeram as coisas deles. Às vezes é preciso um tempo para cicatrizar, um período para achar o que é importante na vida. Acredito que quando nos encontramos novamente todos haviam aprendido suas lições. Agora, quase 15 anos após o retorno, é incrível, curtimos mais do que no passado. Estamos mais velhos e sábios, o que nos ajuda a entender melhor algumas coisas.

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Enquanto você estava fora do Destruction, como foi ver a banda de fora? Você gosta dos discos sem sua participação?

Marcel Schmier – (silêncio)… Qual é, cara? Você gosta quando descobre que alguém fodeu sua ex-namorada? (risos). Eu acho que o Cracked Brain é interessante, pois tem coisas boas nesse disco. Mas os três álbuns que vieram na sequência – fase chamada de Neo-Destruction – mexeram muito no estilo do grupo. Não é meu tipo de música, não é o Destruction que eu curto. Não sou magoado nem nada tipo, isso acontece. Porém, não é o melhor período do Destruction.

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Já faz mais de uma década que o Destruction se reuniu. Nesse tempo, vocês lançaram uma sequência matadora de bons discos – All Hell Breaks Loose (2000),The Antichrist (2001), Metal Discharge (2003), Inventor of Evil (2005), D.E.V.O.L.U.T.I.O.N (2008) e Day of Reckoning (2011). De onde vem a inspiração para tantas composições interessantes e para lançar discos com frequência regular?

Marcel Schmier – Para nós, o heavy e o thrash metal não são apenas música. São um estilo de vida, algo que faz parte da nossa existência. Quando tivemos a chance de elevar o Destruction a um outro nível no momento em que nos juntarmos novamente, em 1999, estávamos todos conscientes em colocar nossos esforços e alma na banda. E acho que isso funcionou bem. Reuniões de outras bandas falham porque as pessoas têm outros empregos e focos diferentes. Quando o Destruction voltou, queríamos ter certeza de que daríamos o sangue. Acho que é essa a diferença: colocar o coração naquilo que se faz, não apenas voltar por algum dinheiro. Nossa dedicação é de 24h, não apenas algo que fazemos como um simples emprego.

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O Destruction continua detonando! O resultado do novo álbum agradou a banda? E a reação dos fãs, como está?

Marcel Schmier – As reações têm sido muito boas! O melhor elogio que podemos receber é de que a banda continua soando enérgica e jovem. Isso porque quando você vai ficando velho, existe uma tendência em pegar mais leve. Nos shows da turnê do Spiritual Genocide a banda consegue soar atual e ameaçadora. É legal ver que as pessoas percebem que podemos continuar dessa maneira.

Qual o futuro do estilo, na sua opinião?

Marcel Schmier – O futuro do thrash é para onde as bandas novas o levarão. A velha guarda, como o Kreator, o Slayer e nós, vai dar a direção para os próximos anos. Então, os novos grupos assumirão o controle dessa música apaixonante. Novos nomes surgirão e é ótimo ver isso. O mais importante para essa safra que virá é aprender a criar seu estilo, não copiar o que veio antes. Será thrash metal ainda, mas deve ser repaginado. O gênero pode ser um pouco diferente, os artistas podem colocar suas ideias. Acredito que o futuro seja promissor. As letras não são sobre dragões ou contos de fadas, por exemplo. São sobre a realidade.

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Exato! É como no hardcore, que busca inspiração na vida real.

Marcel Schmier – O hardcore é influenciado pelo punk. Assim como o thrash, que é, na maioria das vezes, realista nos temas das letras. Acho que precisamos desse lado crítico.

Sobre a lenda de que as bandas de thrash germânicas e as americanas da bay area competem entre si, o que você pode nos dizer?

Marcel Schmier – Somos amigos. Nos damos bem com as bandas alemãs, como Kreator, Sodom e Tankard. Também conhecemos o pessoal da Bay Area, tipo Death Angel, Exodus, Slayer e Testament, há muitos anos. Quando nos encontramos sempre nos divertimos, fazemos festa. Não há rivalidade entre a gente. Todos nos respeitamos, pois estamos há muito tempo na estrada.

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Sobre Damaris Hoffman

Damaris Hoffman, 28 anos, concluiu seu curso de Licenciatura em Filosofia, porém logo partiu para a área da Comunicação Social. Desenvolveu um estilo único de trabalho atuando no departamento de marketing artístico e produção de sua própria empresa. Responsável pela comunicação das bandas Cavalera Conspiracy e Soulfly na América Latina e assessora de imprensa full time das bandas Angra, Project46, Sioux66, Rygel, Capadocia, La raza, Bioface, Worst, e inúmeras outras. Assessora de comunicação das empresas Top Link Music e Honorsounds.
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