Matérias Mais Lidas


Gestos Grosseiros: "90% das pessoas que ouviram gostaram"

Por Bruno Blackened
Postado em 19 de agosto de 2012

Na ativa desde 1996, o GESTOS GROSSEIROS já é reconhecido como um dos principais expoentes do Death Metal brasileiro, principalmente por já ter passado por países como Chile e Uruguai. Conversamos com Andy Souza (bateria e vocal), Kleber Hora (guitarra) e Danilo Dill (baixo) para saber mais sobre a banda, os planos para o futuro, Satanchandising e a expectativa para o show que o power trio vai fazer em 11/08/2011, no Biroska Concept Bar, em Macapá, no Estado do Amapá, como parte da turnê de divulgação do novo álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Bruno Monteiro: Como foi o início do GESTOS GROSSEIROS? Quais as principais dificuldades que vocês enfrentaram?

Andy Souza: A banda começou em 1996 na cidade de Guarulhos. As dificuldades foram as mesmas que a maioria das bandas underground têm: você quer gravar e lançar uma demo e não tem condição financeira. Mas com dedicação e o apoio de algumas pessoas conseguimos gravar a primeira demo em 2001, a No Rest, e a segunda demo em 2003, a First Pain. Começamos a conquistar espaço no underground, chegamos a abrir para o Krisiun em Santa Catarina, no Festival River Rock. Então as coisas começaram a fluir mais naturalmente. Participamos de algumas compilations, em 2008 lançamos o debut, o Countdown to Kill, e, recentemente, em 2010, lançamos Satanchandising, que é o nosso segundo full-length...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Danilo Dill (interrompendo): 2011.

Andy: É, 2011, desculpa (risos). Estamos agora em turnê divulgando o álbum. Ficamos praticamente um ano mexendo nas músicas e compondo. Queríamos fazer algo melhor do que Countdown to Kill. Não dizendo que ele não foi um álbum legal, pelo contrário, sem Countdown to Kill a gente não teria o espaço que a gente tem hoje, mas queríamos ter algo superior e Satanchandising tem conseguido superar não só as nossas expectativas, mas também a do público e da mídia especializada, que estão elogiando bastante.

Bruno: Por que GESTOS GROSSEIROS? De quem foi a ideia? O que esse nome significa pra vocês?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Andy: Antes de GESTOS GROSSEIROS, a banda se chamava Versaine. Isso foi antes de 1998. O rapaz que fundou a banda, na verdade, já faleceu, era baterista e russo. Ele achava que Versaine era alguma coisa ligada com gestos grosseiros, tipo um trocadilho. E como já estávamos fazendo shows, em 98, deixamos caracterizado como GESTOS GROSSEIROS mesmo, com as músicas em português, inclusive. Nunca sofremos nenhum preconceito no sentido de dizerem "Vocês não vão tocar no nosso festival porque GESTOS GROSSEIROS não tem nada a ver com Metal! Lembra o nome de uma banda Punk/Hardcore". Então permaneceu GESTOS GROSSEIROS. Não tem nenhum significado, é apenas o nome da banda mesmo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Bruno: Vocês já realizaram uma minitour pelo Chile para promover Countdown to Kill. Qual foi a recepção do publico chileno?

Andy: Fomos para o Chile em dezembro de 2006. Na ocasião estávamos divulgando Countdown to Kill, que era pra ter saído antes. Mas estávamos tentando achar uma parceria para lançar o CD porque não tínhamos dinheiro para lançar de maneira independente. A receptividade foi legal, só que a banda não tinha um conhecimento bacana daquela cidade, então não foi aquilo que a gente esperava. Mas vamos voltar mês que vem ao Chile, dias 7 e 8 de setembro, com outro suporte e a banda sendo um pouco mais reconhecida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Bruno: Qual a sensação de tocar ao lado de bandas como Krisiun, Dark Funeral, Vader e Marduk?

Andy: Eu particularmente sempre escutei Vader e Krisiun. Quando você vai tocar com os caras, se sente realizado pelo fato de "Pô, estou tocando com os caras que me influenciaram para fazer um som". Então isso não tem preço. Na verdade sempre fomos convidados pelo Edu, que é baterista do Nervochaos. A gente tem uma grande amizade, o cara é um grande brother nosso lá de São Paulo. Tocar com essas bandas abre as portas para você começar a divulgar o seu som de uma maneira diferente e expandir para outros tipos de público.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Bruno: Como tem sido a aceitação e a receptividade com relação a Satanchandising?

Danilo: Satanchandising teve uma recepção muito boa, superou todas as expectativas que tínhamos. Vários releases positivos e críticas construtivas. É difícil você ver algo que agrade todo mundo. Claro que não agrada todo mundo, tem quem não gosta, mas 90% das pessoas que ouviram Satanchandising gostaram. Ele está abrindo muitas portas para nós. O nome é um trocadilho, então sugere várias coisas. É muito legal alguém te adicionar no Facebook e falar que comprou seu CD. Isso está acontecendo direto, cada dia mais. O Satanchandising foi algo que apostamos e que deu certo, mais do que nós esperávamos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Bruno: As parcerias com Thornhate Records, Rapture Records e Underground Brasil Distro contribuíram na promoção de Satanchandising?

Andy: Nossos irmãos de longa data, a Rapture Records, principalmente a Thornhate Records e o Tony da Fly Kintal Zine de Manaus. Eles distribuíram nosso primeiro álbum. Na hora que eu fiz a proposta falei para os caras da banda "Os caras estão querendo abraçar a ideia: cada um vai ajudar um pouquinho para lançar o play. E aí, vamos fechar? Vamos, vamos". Foi sem muita enrolação até porque os caras já conheciam o trampo da banda e a gente já conhecia o trampo deles. Só conseguimos lançar e ter uma receptividade legal por causa do Tony, que é do Underground Brasil Distro/Fly Kintal, do Fábio, que é da Thornhate Records e do Gene, que é da Rapture Records.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Bruno: Vocês concordam que existe uma semelhança entre a capa de Satanchandising e Bestial Devastation [Sepultura]?

Kleber: Vimos a base do cara que fez a arte. No começo, não gostamos muito. Com o tempo, ele foi aprimorando até chegar na conclusão.

Danilo: Coincidiu de parecer com a capa do Bestial Devastation!

Andy: Mas não foi nada intencional!

Danilo: A gente não tinha pensado nisso e também só reparamos bem depois.

Andy: Tanto que depois começaram a falar (aqui Andy levanta as mãos como se estivesse segurando Bestial Devastation e Satanchandising) "Pô, idêntica!".

Danilo: "Pô, pode crer!". Houve várias artes e finalizamos nela.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Bruno: Só depois que surgiu a comparação.

Andy: A temática do CD fala um pouco de alienação. Fala que uma pessoa chega numa determinada igreja de uma determinada religião, por exemplo, e sai de lá totalmente alienada. Acredita num foco pensando que está fazendo o bem, como o Kleber falou várias vezes.

Kleber: Na frente está o bem, mas por trás está o mal.

Bruno: É interessante a letra da primeira faixa, Humanity Victory (Kill by Power). Fala que apenas num mundo existem várias tribos que tentam comandar as demais.

Andy: Exato, correto. O GESTOS GROSSEIROS, na parte de letra, é bem nessa mesmo: não damos o recado na cara. Gostamos de deixar a pessoa ler e interpretar. Sou suspeito pra falar porque eu sou fãzaço dessa música (referindo-se a Humanity Victory), é a que eu mais gosto do CD, e ela realmente faz essa cara. Ali está falando da alienação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp

Bruno: Como aconteceu a escolha para gravar Extreme Aggression [Kreator]?

Danilo: O Andy sugeriu e começamos a ensaiar o som. "Vamos colocar no CD? Vamos. Precisa de autorização?" Trocamos uma ideia com o pessoal e deu tudo certo.

Bruno: E por que no encarte do CD está escrito Demo Version?

Andy: A masterização dela é um pouco diferente da masterização das outras músicas do disco. Se você reparar, até o volume dela é mais baixo do que das outras músicas.

Bruno: Ela começa aos 25 segundos...

Danilo: Porque ela não é de gravação do CD mesmo. Ela é uma outra gravação que nós fizemos, mexemos e aí jogamos no CD.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Kleber: Para a banda foi justo porque, quando começamos, o Kreator foi uma dos grupos que ajudou a definir nosso estilo de tocar.

Bruno: Foi difícil para uma banda que já tem mais de dez anos de estrada e dois álbuns lançados a saída do baixista e vocalista Índio?

Andy: O Índio é um grande brother nosso. Tivemos algumas divergências musicais e problemas particulares. Ele saiu da banda uma vez, ficamos parados uns três ou quatro meses, depois pedimos para ele voltar e ele voltou, só que já não era a mesma química. A banda não pode acabar por causa de um membro. Aconteceu com ele, mas poderia ter acontecido comigo, com o Kleber, com qualquer um. Zelamos pelo nome da banda. A prioridade não é um membro e sim a banda. Se, por acaso, não der pra eu tocar um show, ele (indicando Danilo como exemplo) tocar um show e a gente puder substituir alguém para um show, desde que todo mundo concorde, não vemos nada demais nisso. Várias bandas fazem isso. O Índio saiu, mas contribuiu muito. O GESTOS GROSSEIROS só é o que é por causa do Índio também, afinal era o frontman. E entrou o Danilo pra assumir as quatro cordas, agora cinco. Foi tudo numa boa. Toquei com ele (Índio) dez anos, o Kleber também, mas eu conheço o Índio há vinte anos. É irmão mesmo!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Bruno: Qual a expectativa de vocês ao tocarem aqui hoje? O que vocês esperam do público amapaense?

Andy: Pelo que acompanhamos na Internet, divulgação, pessoal mandando e-mail, mandando mensagem, falando "Traz camiseta, traz CD que a gente quer adquirir", a expectativa é a melhor possível. Temos acompanhado a cena também, vemos que várias bandas estão começando a tocar aqui. Estamos passando aqui para fazer história, não para ser só mais uma banda. Queremos chegar aqui, respeitar os headbanguers, fazer um puta show para os guerreiros e tentar voltar aqui, né Danilo? (risos)

Danilo: Com certeza! A nossa intenção é sempre voltar por onde passou, porque se você volta é porque agradou. Sempre procuramos fazer um show bom, respeitando todo mundo para um dia poder voltar e fazer um show melhor ainda, e para uma outra vez voltar e fazer outro show melhor ainda e assim por diante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Bruno: Querem dar um recado final, uma palavra final?

Danilo: Quero mandar um salve pra galera, para os headbanguers do Amapá e região e agradecer pela entrevista. Hoje prometemos fazer um dos melhores shows que já fizemos.

Andy: Agradecer você pela dedicação, um guerreiro do Metal assim como todo mundo. Pode ter certeza que o GESTOS GROSSEIROS hoje vai dar 110% no palco. Vamos detonar!

Kleber: Quero agradecer a você pela entrevista e os headbanguers que vão chegar aí. Se depender da gente vamos dar o sangue no palco pra galera banguear lá!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Bruno Blackened

Metalhead desde os 16, jornalista desde os 23. Grande incentivador da cena Metal amapaense através de resenhas, reportagens, fotos, artigos, entrevistas e assiduidade nos shows. Minhas vertentes favoritas são o Thrash, Death e Power Metal. \m/
Mais matérias de Bruno Blackened.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS