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A postos e prontos para a guerra: entrevista com o Panzer

Por Marcos Garcia
Fonte: Metal Samsara
Postado em 01 de agosto de 2012

Quem se encontra na cena há alguns anos lembra-se bem do nome da banda paulista PANZER. Tidos como um dos nomes mais fortes do estilo na época, sendo saudados por público e crítica, e tendo lançado o memorável álbum The Strongest em 2001, a banda infelizmente parou, mesmo tendo tanto a oferecer.

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Mas como uma bomba, a notícia da volta da banda pegou a todos de surpresa no dia 04/07/2012 (sendo que o Metal Samsara foi um dos primeiros a noticiar essa volta, graças à contribuição gentil da Metal Media Management), logo, lá fomos nós bater um papinho com a banda, e saber das novidades, bem como um pouquinho do passado e sobre os planos futuros da banda.

Bem, a primeira é bem óbvia: quais os motivos da banda ter se separado, uma vez que era um dos nomes mais fortes da cena, e 'The Strongest' parecia estar indo bem?

Edson Graseffi: Antes de mais nada obrigado pela oportunidade de falarmos do retorno da banda. Na época tivemos os mesmos problemas de muitas bandas que tem membros trabalhando muito tempo juntos. O passar do tempo e a maturidade pessoal nos fez reavaliar e rever muita coisa e trouxe a banda de volta no momento certo.

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Ainda falando do passado, a banda fez uma extensa tour pelo país na época do lançamento de 'The Strongest', e pensava-se até que iriam sair em tour pela América Latina, já que a Century Media Records distribuiu o CD em alguns países. Isso chegou a ser cogitado? Houve na época barreiras que os impediram de lançar este voo?

Edson: Na verdade na época começamos a trabalhar com a empresaria que cuidava do Andreas Kisser, o plano era nos colocar na estrada. Antes da banda acabar estavam rolando convites de várias partes do país para tocarmos. Quando paramos estávamos negociando alguns shows pelo país, eu acredito que se tivéssemos lançado o terceiro disco nossa ida para o exterior teria sido inevitável.

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Élcio Cruz: A época era diferente também, hoje, com a internet na forma como é, o alcance é bem maior. Na época, em 2001, estava começando os downloads, nem os blogs existiam, nem torrent, apenas p2p. E a cena também era bem menos organizada.

A banda parece ter um problema crônico com baixistas, hein (risos), já que desde o passado, o núcleo da banda sempre foi constante, mas havia um revezamento de baixistas, e desde de a volta até o momento, não há um anunciado. Já existe algum nome cogitado para ocupar as quatro cordas da banda? Ou estão em busca de um?

Élcio: Não temos problemas com baixistas, eles é que tem conosco (risos). O primeiro, o Jan, saiu por causa de uma tendinite crônica, e desde então foram somente dois, o Denis Grunheidt assumindo em 2001-2002, que saiu por causa de estudos e o Maurício Bertoni em 2002-2003, que saiu quando acabou a banda. Mas em breve divulgaremos um nome.

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Ouvindo os discos da banda, vemos que ao mesmo tempo em que há fortes raízes no Thrash dos anos 80, há uma gama de influências enorme, e mesmo uns toques do Thrash do início dos anos 90 e até HC, tendo inclusive pelo insert do BLACK SABBATH na música 'Red Days'. É algo que todos na banda possuem, ou cada um tem um background musical diferente, e na hora de compor, juntam tudo? E por falar nisso, poderiam nos contar como era, e agora é de novo, o processo de vocês na hora de escrever músicas?

Élcio: Legal você citar o Hardcore, nem sempre percebem ele. Sim, temos um pouco de tudo o que você citou e mais algumas outras coisas. Na verdade é um pouco de ambas as coisas, onde cada um tem um background e todos possuem influências em comum, onde também, quando compomos juntamos tudo, cada um trás a sua influência, o seu toque, seu palpite na parte do outro, etc. Em geral não temos fórmula, cada som sai e saiu de um jeito diferente. Às vezes sai de jam em estúdio, às vezes uma idéia de riff, ou uma característica (ex: uma porrada rápida meio Hardcore/um som pesado, arrastado mas com groove, etc), ou mesmo pelo tema de uma letra ou assunto. Depois lapidamos em estúdio, tocando a música até que fique do nosso agrado, coisa que sempre fizemos, nós temos que curtir o som em primeiro lugar.

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Edson: Realmente você sacou esse lance do Hardcore, aquele feito nos 80, esporrento. Eu sou grande fã por exemplo do LOBOTOMIA, que tem essa pegada explosiva na batera. A gente sempre misturou isso, Hardcore, Metal e BLACK SABBATH, que é uma paixão de todos dentro da banda.

André Pars: A sonoridade do PANZER tem muita ligação com o que escutamos. O Thrash Metal é uma de nossas vertentes de Metal favoritas, todos na banda curtem demais os sons Old School. Devemos manter a sonoridade Thrash com influência de Stoner, mas com certeza o som deve acompanhar os tempos atuais.

Hoje em dia, existe uma cena Thrash Metal bem mais forte que antes da banda dar uma parada. Nomes como ANDRALLS, WOSLOM, PROPHECY, ANCESTTRAL e REVIOLENCE já são bem destacados e estabelecidos. Será que a concorrência não irá atrapalhar um pouco o retorno da banda? Comente também as diferenças do final dos anos 90 e início do milênio em relação ao que temos hoje em dia, se é que há grandes diferenças.

Élcio: Não, há espaço para todos! Bem, primeiro tecnologia e internet. Segundo esses dois primeiros possibilitaram o público brasileiro de aproximar-se, de acompanhar a cena mundial em real-time, e isso fez a qualidade das bandas melhorar, pois a exigência do público e a concorrência estrangeira mais presente e acessível pediu essa evolução aqui no Brasil. Mas a tecnologia ajudou, ao mesmo tempo na melhora de qualidade e facilidade das gravações e da distribuição e alcance da nossa cena. É fato, hoje é possível fazer-se notar no mundo sem custo de correio, etc. Melhorou nesses aspectos, agora o profissionalismo de estrutura... nem Copa resolve.

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Edson: Eu vejo uma grande diferença de cenário mesmo. Eu falo do estilo da moda na época. Em toda a década dos 90 no Brasil, a moda era o Metal melódico, todos só queriam saber daquilo e nós nunca estivemos nem ai pra isso, sempre corremos contra a onda do momento , fizemos nosso próprio som. Por consequência as barreiras para serem quebradas foram maiores para o PANZER. Em contrapartida nós tivemos sim ,apoio das rádios FM da época que tocaram nossa música e das revistas especializadas, mas sempre nos mantivemos fieis ao nosso estilo, nós nunca nos rendemos!!! Hoje, como o Élcio disse, a coisa é mais aberta a todos, tem pra todo mundo, o que facilita a exposição de qualquer banda que trabalhe direito.

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Ainda falando lá do passado: as letras da banda são bem subjetivas, mas algumas mensagens ficam claras. Poderiam nos falar quais as mensagens que tem nelas? Óbvio que vocês têm muito a dizer com elas.

Edson: A partir do 'The Strongest', nós dividimos as composições das letras, cada qual falando da sua visão de mundo e de vida, é algo bem pessoal que qualquer pessoa que viva em uma cidade grande se identifica.

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Élcio: Eu sou mais direto e reto, mas em alguns casos deixo aberto à interpretações.

Essa é quente: todos vocês, exceto o bendito do baixista que ainda não sabemos quem é (risos), tocam em alguma banda: Edson no REVIOLENCE, André e Élcio no CIRCLE OF AGONY, logo, isso não irá atrapalhar um pouco o andamento do trabalho?

Edson: O REVIOLENCE está no gelo por tempo indeterminado, meu foco agora é total no trabalho do PANZER!!!

Élcio: Eu e o André, na verdade mudamos o nome da banda para THEMONIAC, que lançou um álbum em 2011. Temos mais material pronto pra lançar, mas é um projeto virtual, de estúdio, não fazemos shows com o THEMONIAC, fizemos alguns com o CIRCLE OF AGONY, mas é passado. Eu ainda tenho outros projetos, o THRASHED MACHINE (Thrash Bay Area/moderno) e o DICTATORSHIP (Thrash/Hardcore) e também um álbum solo de rock alternativo, EZ, que também esta sendo gravado, tudo no forno, mas isso é tudo pra 2013/2014/2015... Eu sempre tive meus projetos e bandas paralelas e nunca foi um problema.

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Outra bem quente: já que a volta está estabelecida, todos querem saber (inclusive este entrevistador, que é fã da banda) se já tem alguma coisa composta, músicas para um Single, EP, ou mesmo um Full da banda? E falando nisso, são músicas de antes da banda parar, ou já possuem material novo? Pô, são 10 anos sem nada de vocês, logo, estamos todos com água na boca!!!

Élcio: O que nós podemos adiantar é que algo será lançado em breve, existe algum material inédito nisso, mas também tem coisa nova preparada. Olha, Marcos, estamos dando um passo de cada vez, não queremos tropeçar, queremos fazer algo honesto e legal para os fãs, afinal são 10 anos parados, não queremos compor um álbum na pressa, tem que ser forte, pesado, e tem que ser algo que nós realmente estejamos satisfeitos com o resultado. Não posso entregar os detalhes, só garanto que é pesado, não é um álbum, mas será lançado em breve.

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André: Aguardem que estamos preparando novidades em breve que serão anunciadas!!!

Com tantas assessorias, vocês optaram pela Metal Media Management. Há algum motivo especial para esta escolha? Se bem que o trabalho da Metal Media é extremamente conhecido pelo profissionalismo e habilidade.

Edson: Optamos pela Metal Media pela seriedade com que eles trabalham, pelos resultados fantásticos que eles obtém em termos de divulgação. Além disso, o Rodrigo e Débora são muito amigos e parceiros, não teria como ser outra assessoria.

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Élcio: É, o Edão falou muito bem do trabalho deles com o REVIOLENCE e eu mesmo cheguei a cogitar algo anteriormente com o THEMONIAC, mas resolvemos deixar a coisa como um projeto de estúdio mesmo e mais underground.

Banda na ativa é banda na estrada, logo, mesmo sendo meio cedo, já estão com algum show em vista? Já devem ter promoters aos montes atrás da banda para fazerem algo...

Edson: Temos o show da volta que já esta agendado para os próximos meses e está sendo programado para ser uma noite muito especial. Em breve vamos divulgar com que banda iremos tocar nessa noite, é uma banda fantástica e o local. Garanto que quem estiver lá vai se surpreender.

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André: Nós já recebemos muitos convites para alguns eventos, mas o retorno deve ser feito de forma organizada e tomando certos cuidados. Em breve, vamos anunciar como será o show da volta!!

Agradecemos de coração por sua gentil atenção, e deixamos o espaço aberto para sua mensagem aos nossos leitores e suas considerações.

André: Nós agradecemos a você, Marcos, por nos abrir este espaço em seu site e a agradecemos também todos que estão apoiando!!!!

Élcio: Nós é que agradecemos o espaço e o apoio do Metal Samsara, Marcos, é bom estar de volta e espero ver você e todos os antigos e futuros fãs da banda no show do retorno e nos que virão, teremos uma surpresa ao vivo vocês! Fiquem ligados que em breve o site estará no ar, e tem bastante novidade a caminho.
Thrash!

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Edson: Obrigado, Marcos, por nos abrir a oportunidade de falar da volta da banda para seus leitores, e breve teremos grandes novidades sobre o PANZER!!!

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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