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Painside: Glória à Inovação no Metal Nacional

Por Marcos Garcia
Postado em 13 de fevereiro de 2011

Para os que acompanham e valorizam o Metal Nacional, o ano de 2010 foi um dos que trouxe à vida alguns CDs que realmente serão considerados clássicos daqui a alguns anos, seja na vertente que for. E um dos melhores foi, sem sombra de dúvidas ‘Dark World Burden’, da banda carioca de Heavy Metal PAINSIDE, que teve lançamento nos Estados Unidos e Europa.

Além do peso, melodia, e agressividade bem particulares, a banda teve convidados ilustres em várias faixas do CD, como Gus Monsanto (TAKARA, ADAGIO (FRA), OVERDOSE, ASTRA, JULIEN DAMOTTE, REVOLUTION RENAISSANCE), Chris Boltendahl (GRAVE DIGGER), Edu Fernandez (TRIBUZY, RAIN) e Renato Tribuzy (TRIBUZY), sendo que este último ainda produziu o álbum. Uma oportunidade surgiu, e o Whiplash foi lá entrevistar o guitarrista Carlos Saione, que nos falou um pouco do passado, presente e futuro da banda.

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Uma bem de praxe, já que esta é a primeira entrevista com vocês aqui: conte um pouco sobre a história da banda para os leitores, quais bandas influenciam vocês, como surgiu a idéia de formar o PAISIDE, sua proposta sonora e mesmo o nome.

A PAINSIDE surgiu da evolução de uma banda anterior; sentimos que ficamos um pouco limitados a rótulos e fórmulas, devido a nossa própria inexperiência ou pela expectativa do público, as quais não estavam alinhadas com o direcionamento que imaginado para trabalhos futuros. Acabamos por zerar tudo e começar um novo trabalho, com uma nova "vibe" e contando com alguns dos melhores músicas de metal do RJ.

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A proposta sonora desde o início sempre foi a de criar um som que fluísse de forma natural para nós, sem se limitar a rótulos de Thrash, Power, Tradicional etc. Para a gente é um tipo de metal que une um som mais tradicional com uma roupagem moderna. Acredito que isso tenha sido facilitado por nossas influências vindas de clássicos como MAIDEN, JUDAS, METALLICA que sempre ouvimos e de elementos mais recentes também como DISTURBED e NEVERMORE.

‘Dark World Burden’ é um CD que chama a atenção do ouvinte pela bela união entre peso, melodias ganchudas bem feitas, agressivas e modernas, ou seja, é Metal Tradicional, mas com uma roupagem atual e cheia de energia. Você diria que esta sonoridade bem característica de vocês surgiu de forma natural, ou a produção de Renato Tribuzy foi definitiva para tanto? E por falar nisso, como foi tê-lo produzindo o CD? Vocês estão satisfeitos com o resultado final? E como anda a recepção do CD, tanto no Brasil quanto fora dele?

É uma característica que acredito ter surgido naturalmente já que ouvimos um pouco de tudo e assimilamos no nosso trabalho as características que achamos relevantes. O trabalho do Renato foi importante no sentido de dar o empurrão extra em termos de produção que as músicas precisavam para atingir o padrão de qualidade que definimos como meta. Acredito que ele acertou em cheio e julgando pelo feedback que temos recebido, o resultado final foi aprovado tanto aqui quanto lá fora.

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Ainda falando do álbum, como foi trabalhar com músicos conhecidos do quilate de Chris Boltendahl e Gus Monsanto? Foi difícil conciliar as agendas? E por que Edu Fernandez (TRIBUZY, RAIN) gravou os solos de guitarra?

Na verdade foi uma experiência bem tranqüila e empolgante, pois não é todo dia que conseguimos trabalhar com músicos talentosos como o Gus, por exemplo que além de ser um grande amigo e entusiasta da banda é um músico fenomenal. Infelizmente, não foi possível trazer o Chris pessoalmente pro Rio para gravar suas partes, mas devido ao seu profissionalismo e a tecnologia de hoje foi muito tranqüilo enviar e receber a faixa em que ele participa.

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Já o Eduardo é um amigo de longa data que se dispôs a gravar os solos já que na época da gravação eu era o único guitarrista e venho da escola James Hetfield de metalizar as coisas e as músicas pediam por um estilo de solo que é fora do que me proponho a fazer.

As letras da banda parecem ter mensagens interessantes aos ouvintes. Poderia comentar um pouco sobre o assunto?

Para mim, letra e música têm que andar lado a lado e tentamos sempre imbuir um significado relevante nas músicas. Há desde músicas com mensagens positivas a algumas com um tom mais deprê. Simplesmente escrevo sobre o que se passa na minha cabeça no momento, sobre o "vibe" que a música me passa e fico feliz que as pessoas possam encontrar elementos que as interessem consigam refletir sobre eles.

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Um outro aspecto que chama a atenção é o fato de vocês terem disponibilizado gratuitamente a música ‘God Made Me Unbreakable’, tendo Jean Dolabella (SEPULTURA) nas baquetas, e que é tema de entrada de Ronys Torres, conhecido lutador da UFC (Ultimate Fight Championship). A música foi composta com esta finalidade? E como se deu idéia de Jean participar dela? Vocês possuem algum contato com Ronys, ou são fãs da UFC? Se forem, isso seria uma verdadeira aplicação do ditado japonês ‘pena e espada trabalham juntas’...

Sim, essa foi sob encomenda e realmente aplicamos o ditado com esse projeto! Além de sermos fãs de MMA, fizemos como uma homenagem ao espírito guerreiro do Ronys que é um grande lutador com uma história de vida de superação que nos inspira desde que o conhecemos. Foi um trabalho feito de coração e achamos que seria legal dar esse presente não só aos nossos fãs, mas a todas as pessoas que se superam todos os dias para perseverar na vida. A participação do Jean foi uma espécie de salvação; como havia um prazo para deixar a música pronta até a luta de estréia e nosso batera não podia participar na época, procuramos o Jean não só por ser um monstro na bateria, mas também porque era um cara que ia conseguir interpretar o "punch" extra que planejamos.

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O PAINSIDE acaba de ter uma mudança de formação, já que o guitarrista Daemon Ross deixou sua vaga para Leandro Carvalho (ex-UNLIVER). A transição foi tranqüila? E o que podemos esperar da nova formação?

Foi apenas uma separação profissional, sem ressentimentos ou brigas, o que é de se esperar quando se trata de músicos de grande profissionalismo e caráter como o Daemon. Todos ainda são amigos e se falam numa boa. Essa mudança acabou por renovar a dinâmica da banda e os fãs podem ficar tranqüilos: nosso show vem aí com mais punch e garra do que nunca.

No Brasil, fazer Metal não é algo muito fácil, visto que viver do estilo é um caminho cheio de espinhos e dificuldades quase impossíveis de serem transpostas. E para uma banda com o nível profissional do PAINSIDE, isso torna as coisas ainda mais difíceis. Como vocês conseguem lidar com este fato? E a banda já teve problemas graves de algum tipo justamente por isso?

Você está certo quando avalia que é muito difícil fazer Metal no Brasil. A situação se torna ainda pior se levarmos em conta que os recursos necessários para realizar apresentações e gravações nas condições que o gênero exige. Na minha opinião, as dificuldades estão aí para serem transpostas a qualquer custo, mas é necessário ter um objetivo claro, além de muito planejamento, paciência e, acima de tudo, paixão pelo som. É assim que lidamos com este fato e nunca tivemos problemas graves. Tudo é superável.

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Atualmente, o Metal anda um tanto quanto separatista, ou seja, muitos fãs se forçam a curtir apenas esta ou aquela vertente do estilo. Você não acredita que esta postura acabe prejudicando a cena nacional e bandas mais novas?

Prejudica e muito. Quando todos acordarem e perceberem que estamos todos no mesmo barco, acredito que a cena vai testemunhar o início de uma mudança gradativa no panorama atual. No PAINSIDE, todos ouvem de tudo: do pop americano ao Death extremo. Mas sinceramente acho que essa postura está começando a mudar aos poucos, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. Hoje consigo ver fãs em shows de extremo e em seguida curtindo um rock mais clássico sem a separação e preconceito que ocorria até um tempo atrás. Acredito que a geração mais nova hoje também já está chegando livre desses preconceitos e aberta a tudo, o que é ótimo para a cena. Precisamos dessa mentalidade sem barreiras para manter as engrenagens da cena ativas.

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Apesar do ‘Dark World Burden’ ter saído ano passado, já há idéias para um novo CD, ou seja, a banda já possui novas composições? Assim sendo, o que podemos esperar do som do PAINSIDE no futuro?

Sim, já temos novas músicas para o novo trabalho. Estamos sempre compondo material novo até para testar novas perspectivas para o direcionamento do futuro trabalho. Mas já aviso que não vamos abandonar as nossas características de melodias grudentas com muito peso e groove!

E sobre shows? Já há uma excursão em andamento, ou mesmo planejada para a divulgação do CD pelo Brasil? E como o disco foi lançado no exterior, há a possibilidade de irem tocar no eixo EUA-Europa ainda este ano?

Com certeza! Ficamos muito tempo fora da estrada e no momento estamos organizando nossa agenda de shows e o plano de divulgação do trabalho primeiro para o Brasil e depois mundo afora. Em breve anunciaremos as datas.

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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