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RockHard-Valhalla: Pitty comenta "Reinventing Hell", do Pantera

Postado em 29 de fevereiro de 2008

A Mesa Redonda é aquela seção da RockHard-Valhalla que sempre surpreende o leitor com bate-papos engraçados, reveladores e bem informais. E nessa edição, esses três fatores estiveram mais do que presentes. Sabíamos desde o inicio o que esperar desta matéria com a cantora Pitty, mas estaríamos mentindo se disséssemos que não nos surpreendemos com tantos fatos interessantes revelados pela cantora. Muito simpática e bastante extrovertida, a musa teen gentilmente nos recebeu em seu apartamento na zona central de SãoPaulo e nos falou mais sobre o seu envolvimento e o gosto pessoal pela música pesada, que vai deixar muito marmanjo boquiaberto. Alguém aí gosta de Carcass ou do Obituary? A Pitty sim! Confira.

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Participantes: Eliton Tomasi, Vinicius Mariano e Pepe Brandão.

Faixa 1 – Cowboys From Hell

ET: Desde quando soubemos que você gostava de metal, decidimos fazer essa matéria para mostrar ao publico esse seu outro lado.

VM: Sabíamos que você gostava muito do Pantera e por isso escolhemos essa coletânea.

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PI: É verdade, eu curto bastante. A primeira banda mais pesada que eu ouvi foi o Metallica, deveria ter uns 13 ou 14 anos e pirei. Foi assim que comecei a gostar e me interessar por outras bandas. Era uma fase bem heavy e o Guns N’ Roses tava bombando.

ET: Foi no começo dos anos 90, depois no Rock In Rio II.

PI: Sim, mais ou menos por aí. Depois, fui conhecendo outras bandas como o Black Sabbath e o metal mais antigo. AC/DC e Iron Maiden só fui conhecer bem depois. Durante a minha adolescência tinha uma banda que eu gostava muito chamada Obituary. Tinha até um pôster deles na parede do meu quarto.

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ET: Essa declaração vai impressionar muitas pessoas que estão lendo essa matéria, já que ninguém poderia imaginar que você gostasse de Obituary.

PI: Pois é. Além do Obituary, gostava muito do Carcass.

ET: Sério? E você ainda ouve essas bandas?

PI: Não ouço por que essas bandas antigas eu ouvi muito e algumas não existem mais, como o Carcass. Hoje estou ouvindo muitas coisas novas. Por falar nisso, estou muito curiosa pra ouvir esse novo disco do Slayer. Adoro a banda e sou fã do Dave Lombardo. Ele é o melhor batera do mundo!

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VM: Esse novo disco tá do caralho! Tenho certeza que você vai gostar.

Faixa 2 – Domination

PB: Naquela época lá na Bahia era difícil pra vocês conseguirem os discos das bandas que vocês gostavam?

PI: Ainda morava em Porto Seguro quando comecei a gostar do som mais pesado. Se em Salvador era difícil ter acesso, imagine como era em Porto Seguro! Só sabíamos que as coisas estavam sendo lançadas por amigos que moravam em outros estados. Esse lance do Metallica foi engraçado porque conhecemos a banda através de um amigo que tinha um disco gravado em fita K7 e a cidade inteira copiou a gravação [risos].

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VM: No interior era mais ou menos assim também, já que não tínhamos grana pra vir todo final de semana pra São Paulo, nem pra comprar os discos.

PI: Na época, tinha uma diferença muito grande, já que o som chegava primeiro do que a imagem. Passei muito tempo sem saber como eram os caras do Metallica. Gostava da música, mas não estava nem aí pra saber se eles eram cabeludos ou não.

ET: Falando em imagem, sabia que você foi eleita Sex Symbol na votação de melhores de 2006 promovida pela RockHard-Valhalla?

PI: Eu? Oxente!

ET: Sim, e foi uma eleição realizada só com profissionais da imprensa especializada.

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PI: Vocês são loucos [risos]! Não era pra ser a Syang? Ela tem mais vocação pra ser Sex Symbol [risos].

ET: A Syang ficou em segundo lugar. E em terceiro ficou o Andre Matos [risos].

PI: Ah, pára vai pessoal. Que loucura [risos]! Isso foi surpreendente.

ET: É um exemplo dessa questão da imagem. Criticam o som mas gostam da aparência.

PI: É verdade. Há garotos que nem ouviram o som, mas vê umas fotos legais e já piram no visual da banda.

ET: O gosto pelas bandas de metal influenciou também na sua música, certo?

PI: Sim. Todos aqueles riffs do nosso primeiro disco foram influenciados pelo metal.

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VM: A própria "Admirável Chip Novo" tem umas viradinhas meio Judas Priest.

PI: Sim, tem muito de Black Sabbath também. Eu gosto muito dessa coisa de riff e peguei esse gosto pelo metal. O metal dá muita importância pros riffs.

ET: Os outros caras da banda também gostam?

PI: Muito, principalmente o Duda que é o nosso baterista e o Martin, nosso guitarrista. O Duda teve aula com o André, que é o maior fã de Slayer que eu conheço. Já o Martin chegou a tocar no Malefactor. Mas, além disso, ele tocou numa banda de Salvador chamada Shadows, que depois virou o Drearylands. O Leão, o vocalista da banda, é meu amigaço.

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ET: Lembro da Shadows desde quando a Valhalla ainda era zine.

PI: A Shadows era uma banda muito antiga, assim também como o Mercy Killing, que também era da época. Todos são super amigos da gente. Lá em Salvador, a galera convivia junto, pois a cena era muito pequena e cada um tinha um estilo. A minha banda da época era de hard core, mas eu era brother dos caras do metal. Estavam todos no mesmo barco.

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ET: O pessoal realmente não esperava por essas declarações.

PI: Normal [risos].

Faixa 3 – Cemetary Gates

ET: E o pessoal hoje fala que o seu som é pra molecada, sem saber de toda essa sua relação com o som pesado. Talvez até pelo fato da banda tocar direto na MTV e nas rádios.

PI: Isso faz parte do preconceito das pessoas. Nós que estamos mais velhos, sempre pensamos que estamos livres, que aprendemos e evoluímos, mas depois que comecei a passar por essas paradas de bandas, vi que as coisas não são bem assim. Muita gente se acha evoluída e desprovida de preconceito, mas esbarra na questão de que se tocou no rádio ou apareceu na MTV já não presta. Até entendo parte do pessoal porque quando eu era fã, também agia dessa maneira.

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ET: Sim, porque você veio do underground.

PI: É que a gente vê tanta merda acontecer que parece que criamos essa defesa. Toda vez que via alguém na rádio, pensava: "Ah, os caras tão pagando pra tocar" e já não botava mais a mesma fé na parada. E depois que o nosso som começou a rolar na rádio e na MTV, foi como se eu tivesse tomado uma dose do meu próprio veneno, o que me fez ver que eu estava agindo de forma errada. Às vezes, as pessoas tomam essa atitude também pra não fazer feio na frente dos amigos, pois se você ou qualquer outro chegar numa rodinha de amigos e dizer que foi a um show da Pitty e que gostou, você vai cair no conceito desse pessoal. As pessoas renegam alguns gostos pra não deixarem de ser inseridas num contexto. E tem muita gente também que se orgulha de conhecer bandas que ninguém conhece. Eu deixei tudo isso pra trás faz muito tempo.

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ET: São coisas que não acrescentam em nada.

PI: Exatamente. Tem um monte de som horrível tocando na rádio e na TV, assim como no underground. Vocês recebem demo pra caralho. Diga aí de quantas demos que vocês recebem, quantas valem a pena.

VM: Sim, realmente é um número pequeno.

PI: Então, é por isso que as pessoas têm que parar com essa história. Eu to aí dando a cara pra bater e mandando um foda-se geral. Se alguém quiser chegar junto pra trocar uma idéia, tomar uma, conversar, é só chegar, mas se não quiser também, foda-se. Não vou ficar tentando provar nada pra ninguém.

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VM: A verdade é que muitas pessoas gostam de muitas coisas diferentes, mas tem vergonha de admitir.

PI: Sim, segmentar nunca é legal. Por que se fechar cada um num grupo? Se você vai a um festival e não curte alguma banda, aproveite o tempo e vá para o bar tomar uma cerveja, sem arrumar confusão.

ET: No final das contas, tudo é rock. Desde Elvis até a banda mais extrema de metal. Hoje talvez não estivéssemos ouvindo o Pantera se não tivesse existido um Beatles, um Rolling Stones, um Black Sabbath...

PI: Tudo é uma questão de dar liberdade. Ninguém é dono da verdade. Não é porque você gosta de determinada banda que você é melhor que outra pessoa que não tem o mesmo gosto musical que o seu. Todo mundo tem direito a uma opinião. Você pode gostar de algo ou não, mas você não tem direito de julgar uma pessoa por isso. Deixa o cara curtir, saca? Eu não tenho esse preconceito por ninguém. Uma vez eu encontrei o Júnior, da Sandy & Junior, e ele ficou até meio sem saber como falar comigo.

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ET: Você nunca tinha falado com ele antes?

PI: Nunca, mas aí a gente se cumprimentou e ficou tudo de boa. Até falei que eu poderia gravar um CDR com vários sons mais pesados pra ele conhecer. Pode ser que ele goste ou que pelo menos venha a conhecer.

Faixa 4 – Mouth For War

ET: Qual fase do Pantera você gostava mais?

PI: Eu gostava mais do Vulgar Display Of A Power e Far Beyond Driven.

ET: Você assistiu algum show do Pantera quando eles vieram ao Brasil?

PI: Não porque na época eu morava em Salvador, mas um show bacana que eu vi foi do Ministry.

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ET: Vi pela sua coleção que você também gosta do Helmet.

PI: Sim, bastante. Este novo disco é um pouco diferente do que a gente conhece do Helmet, mas é bom.

ET: Você também gosta bastante do In Flames, certo?

PI: Adoro o In Flames, acho do caralho. Os refrães deles são inacreditáveis. Dá vontade de ficar repetindo várias vezes. Essa renovada é uma coisa muito legal do metal. O estilo já existe há muitos anos e precisa disso. Não tenho mais paciência de ouvir aquelas bandas que pensam que ser fiéis é repetir os clichês.

Faixa 5 – Walk

PI: Eu nunca fui chegada muito em bandas tipo Helloween, Marilion... o Iron Maiden eu até aturo por que os caras são foda. Eles têm muito mérito e eu respeito muito o som deles, mas não sei se eu conseguiria ouvir um disco inteiro. Não gosto muito de vocalistas que cantam dessa forma aguda.

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ET: Então você não gostava dos primeiros discos do Pantera?

PI: Eu nem quis ouvir pra não me decepcionar [risos]. Meu irmão, de 18 anos, que gosta muito de coisas assim. Às vezes sento pra ouvir som com ele e é super engraçado. Ele faz uns trampos com o João [da loja Maniac, de Salvador] e quase morreu porque não conseguiu ver o show do Dream Theater, em São Paulo.

PB: E o Slipknot?

PI: Demorei pra gostar do Slipknot. Eu sou meio chata pra essas coisas que aparecem e as pessoas ficam fazendo muita propaganda. Fico com um pé atrás [risos]. Mas eu gostei do segundo disco deles, que foi produzido pelo Rick Rubin e é bem feito pra caralho. Além do System Of A Down, que eu também acho foda.

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Faixa 6 – This Love

ET: Também acho do caralho.

PI: Não tem o que discutir, brother. É uma mistura de Dead Kennedys com Slayer, escala árabe, eu acho fodaço. Sem contar as letras.

ET: Você sabia que o Rick Rubin não quis produzir o novo álbum do Slayer?

PI: Verdade? Por quê?

VM: Ele simplesmente chegou pros caras e disse: "Não, obrigado. Prefiro produzir o novo do Metallica".

PI: Caralho, tá tirando onda.

ET: Pior que se você listar tudo o que ele produziu, vai ver que só tem clássico.

PI: Parece o Midas, onde põe a mão, vira ouro. Ele tem a manha de fazer o negócio soar acessível, sem fazer com que perca a energia e pegada, algo que é difícil pra caralho.

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

ET: Falando mais sobre sua carreira, como você chegou ao som que você faz hoje?

PI: Eu tinha uma banda antes de hard core mais basicão.

ET: E você só cantava?

PI: Sim, só cantava. Era um hard core rápido, mais gritadão e menos melódico. Depois, quando a banda acabou, comecei a escrever estas outras músicas já querendo mudar um pouco. O Encoma era uma banda que já tinha uma proposta e eu me adeqüei a ela, já que ouvia muito o hard core internacional e muito Ramones. Só que fazer só hard core era uma coisa que não me completava. Essa coisa de te prender é sufocante pra quem faz arte. Queria fazer o que desse na telha, então comecei a buscar isso depois que a banda acabou. Quando pintou o lance de gravar, já estava com as composições prontas e aí rolou.

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PB: Lembro de ter visto um show seu na Galeria do Rock.

PI: Sim, foi um dos primeiros.

PB: Tinha cachorro-quente e cerveja Skol de graça!

PI: Foi um dos primeiros aqui em São Paulo. Fiz questão de fazer lá por que a Galeria do Rock tem um significado muito importante pra mim, já que eu era da Bahia e vinha pra São Paulo.

ET: Você vinha sempre pra São Paulo?

PI: Eu só tinha vindo duas vezes antes da banda, antes de tudo. Vim pro Hollywood Rock em 1996 e depois só pra ir na Galeria. Tinha aquela lenda da Galeria, o paraíso dos discos.

PB: Era raro banda tocar na Galeria.

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PI: Pois é. Enchi o saco do Toninho e aí ele liberou [risos].

ET: Já tinha saído o primeiro disco?

PI: Sim, tinha acabado de sair. Era coisa bem recente. Pouca gente conhecia, mas deu uma galera legal.

PB: O andar de cima tava lotado. Lembro de ter pegado fila pra subir, não tava entendendo nada do que estava acontecendo, mas achei bem bacana. Anos mais tarde, você está aqui na nossa frente [risos].

Faixa 7 – Fucking Hostile

PB: E essa parada da morte do Dimebag Darrel?

PI: Foi bem triste. Aquele cara é um idiota. Isso é mais uma prova da intolerância do ser humano. Fiquei muito puta de raiva com esse cara. Se fosse eu que tivesse morrido por causa disso, assombraria esse cara por toda eternidade. O Pantera era uma banda que eu ainda tinha esperança de ver ao vivo.

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ET: Você que gosta mais de hard core, deve ter adorado o Superjoint Ritual...

PI: Sim, gostei pra caralho.

Faixa 8 – Becoming

PI: Eu acho esse som muito foda.

ET: Pelo lance de você curtir um som diferente, já pensou em fazer um projeto mais pesadão ou algo assim?

PI: Já pensei em fazer milhões de coisas, até mesmo de montar uma banda de jazz [risos]. Aliás, no momento estou numa fase mais viajante, meio Radiohead.

ET: Então você também gosta do Muse?

PI: Sim, muito mesmo. Hoje é uma das minhas bandas preferidas. Estou até indo pra Europa pra ver o show deles. Se algum dia eu conseguir tocar piano e cantar como o Bellamy, ficarei muito feliz.

ET: O Coldplay eu também acho do caralho.

PI: No começo eu não gostava por causa daqueles lances que falei do "oba-oba" da imprensa. Mas depois comecei a gostar também. Meu gosto musical é muito amplo. Adoro também coisa mais experimentais, tipo Zappa, essas paradas assim...

Faixa 9 – I’m Broken

PI: Gosto muito também de Fantomas...

PB: O Fantomas quebrou tudo naquele show do Claro que é Rock.

PI: Eu fui nesse show só pra ver o Fantomas, mas o Iggy Pop foi foda. Muita gente saiu lá da frente do palco porque a maioria não entendeu aquele som tipo anti-música do Fantomas. O Nine Inch Nails também foi lindo.

ET: E Oasis? Você não gosta?

PI: É uma banda que não amo nem desprezo. Acho que não sou muito fã porque eles tentam demais ser os Beatles. Imitam as melodias, os cortes de cabelo, tudo.

ET: Numa das célebres declarações do Noel, ele disse que o problema do John Lennon era que ele pensava ser Deus, enquanto que ele, Noel, pensava ser John Lennon. Até acho legal essa atitude meio esnobe deles.

PI: Mas acho que tem que ter um limite. Virou meio que um cartão de visitas dos caras e, na moral: tem hora que essas coisas enchem o saco! Tem que ter bom senso.

ET: Sem dúvida. Mas falando em esnobes, me lembrei do Morrissey. Você gosta dele?

PI: Adoro! O Morrissey é foda! Acho que ele é um dos maiores letristas de todos os tempos. Ele é um mestre em transmitir em palavras aquilo que sentimos por dentro. O guitarrista do Smiths também é muito foda.

Faixa 10 – 5 Minutes Alone

VM: Uma coisa que realmente eu não consigo entender é essa parada de emocore.

PI: Eu também não tenho muita paciência pra esse som.

ET: Os caras do Inocentes falaram na Mesa passada que curtiam o CPM22.

PI: Mas tem coisas que eu gosto. O problema é que falamos da moda. Explode uma banda e aparecem 15 iguais, fica uma produção em massa. Acho legal que as pessoas evoluam e tentem criar coisas novas, que faça o estilo evoluir juntando coisas diferentes, mas não em massa como são essas modinhas. No caso do CPM22, eles têm a praia deles e fazem um lance legal. Quando uma banda é boa, é boa em qualquer estilo.

ET: A única coisa que eu acho é que eles deveriam apenas ficar com o emo e deixar o "core" de lado.

PI: Realmente. Este "core" está no lugar errado.

ET: Hard core me lembra Agnostic Front, nego se matando na platéia. Tipo de som que incita violência.

PI: Você escuta e fica numas de sair socando alguém [risos]. Na verdade, estamos passando por um momento de transição e quando isso ocorre, sempre tem que passar por algumas barreiras. Só o tempo vai dizer se o que está ocorrendo com o emocore é consciente ou simplesmente mais uma moda.

Faixa 11 – Planet Caravan

PI: Que música linda pra gente acabar, não?

ET: A trilha sonora já está perfeita. Agora só falta mesmo você deixar uma mensagem final pra galera do metal que não conhecia esse perfil "metal" da Pitty.

PI: Nossa, sou péssima em deixar mensagens [risos]. Mas, sei lá, acho que a mensagem que posso deixar é para que as pessoas vejam que nem tudo é o que parece, e que tentem ver o livro além da capa. Eu mesma caí nessa armadilha e já deixei de conhecer muitas coisas legais. Qualquer um é bem-vindo pra chegar num show da gente, conversar e ver qual é da banda ao vivo, já que o nosso show também é bem pesado.

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