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Imago Mortis: transcendendo os limites da VIDA

Por Rafael Carnovale
Fonte: Mundo Rock
Postado em 15 de novembro de 2006

Doom, Heavy, Thrash... todos esses estilos agora fazem parte do espectro musical do IMAGO MORTIS, quinteto carioca lançando seu terceiro CD, e que eternizou o bordão "QUER DOOM? TOMA DOOM!". Com fortes influências do estilo, o CD "VIDA: The Play Of Change" foi aclamado como uma obra de estilo único. Sua continuação não poderia ser diferente: "Transcedental" é um trabalho intrincado e que requer uma audição cuidadosa para ser apreciado em sua plenitude. Conversamos via email com a banda, que esclareceu vários pontos sobre este novo trabalho e sobre o presente, passado e futuro.

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Entrevista concedida ao
portal MUNDO ROCK

Mundo Rock – Vamos começar falando sobre o "Pós VIDA". Como vocês analisam toda a resposta a este CD, e como foi trabalhá-lo ao vivo? Ainda estão doentes?

Alex Voorhees - A resposta ao CD foi excelente, muitas resenhas favoráveis e muita gente considerando este disco como um clássico do metal nacional. Isso nos deixou muito orgulhosos como artistas, ao mesmo tempo que nos impôs um maior desafio, gerando assim uma responsabilidade muito grande tanto para os shows quanto para próximos trabalhos.

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Alex Voorhees - Ao vivo executamos algumas músicas assim como músicas dos trabalhos anteriores e a receptividade foi imensa, principalmente em canções como a balada-pesada "Me And God", a complexa "Envy" e o rock pesado mais setentista de "The Silent King".

Alex Voorhees - Podemos nos considerar ainda portadores da "doença" Vida, conforme a metáfora usada no supra-citado álbum. (risos)

Mundo Rock – A banda passou por algumas mudanças de formação depois de gravado o CD. Conte-nos o que aconteceu, e como isso afetou a turnê.

Alex Voorhees - Sim, realmente, inclusive a banda chegou a parar e, se não fosse pelos próprios ex-integrantes (Fábio e Fabrício Lopes, os baianos) propondo a continuidade da banda comigo assumindo a responsabilidade, o Imago Mortis teria acabado. As razões pelas quais eles saíram da banda não foram pessoais e sim pura vontade artística de trabalhar com outros formatos, já que se sentiam limitados tocando Heavy-Metal. Como esse não é o meu caso nem dos demais integrantes que formam a banda, pois vemos o Heavy-metal como um grande aliado até porque simplesmente respiramos este estilo, nós decidimos dar prosseguimento à banda, numa corajosa empreitada. A tour seguiu após um longo hiato de alguns meses, até encontrarmos as pessoas certas. Foi um processo árduo, mas conseguimos atingir nosso objetivo.

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Mundo Rock – Por sinal o Imago Mortis não chegou a fazer muitos shows, mas fez shows por todo o Brasil. Como você vê essa boa resposta a uma banda de doom metal?

Alex Voorhees - Sim, realmente conseguimos levar o nosso show a várias regiões do país na Tour of Change. Ao vivo, creio que funcionou, tivemos essa boa resposta, porque montamos um show variado, intercalando momentos mais pesados com momentos doom com o final extremo, descambando para as musicas mais rápidas além de incluir um cover de Slayer ou Sepultura para a alegria da galera que não tem muita intimidade com o nosso material. Para a nova tour o show ficará bem mais pesado e agradará a todos os headbangers, certamente, não apenas os fãs de doom-metal. Somos acima de tudo uma banda de heavy-metal e ao vivo soamos muito pesados e intensos. O nosso show é uma catarse, vale a pena conferir!

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Mundo Rock – Este novo "Transcendental" vem sendo preparado há pelo menos dois anos. Ao que vocês creditam todo esse tempo para o processo completo? Houve alguma pressão pelo fato de terem feito um CD tão intrincado como "VIDA"?

Alex Voorhees - O processo de composição do "Transcendental" nem foi tão lento assim, a gente levou cerca de um ano compondo as músicas depois fizemos arranjos e uma cuidadosa pré-produção. O hiato mesmo entre um CD e outro, de quatro anos, foi porque houve todo esse problema com formação, a "tour" do VIDA, etc... Além disso, houve um demora na confecção do encarte, estudo de contratos com selos e etc... Isso tudo gerou mais atraso. Mas não temos dúvida que valeu toda essa espera.

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Alex Voorhees - Quanto à pressão por fazer algo tão bom quanto o "VIDA", certamente houve. Porém nos desligamos dessas comparações, encarando o "TRANSCENDENTAL" como um novo capítulo na história do Imago Mortis. Deixamos as músicas, os sentimentos e as idéias fluírem, como sempre fizemos, sem nos prender a uma estética pré-definida. Não fizemos algo para superar o "VIDA" e sim o novo álbum.

Mundo Rock – A banda chegou a fazer alguns shows de aquecimento antes de lançar o novo CD, e um deles curiosamente foi tocando com o Massacration. Quais eram as expectativas para este show e como a platéia respondeu, já que o Massacration é uma banda-paródia que explora os clichês do metal?

Alex Voorhees - Quando recebemos o convite, por parte da produção do Circo em um primeiro momento hesitamos. Após analisarmos os prós e contras decidimos fazer por duas razões simples. Primeiro lugar: seria muito interessante tocar no Circo Voador, já que teríamos também tempo para mostrar nosso trabalho em uma excelente estrutura, para um público onde boa parte não conhecia o trabalho da banda. Segundo: porque todos na banda são fãs dos humoristas "Hermes e Renato" e queríamos muito conhecê-los, o que acabou acontecendo, com o camarim virando uma grande festa!

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Mundo Rock – Aliás, qual sua opinião sobre essa "banda" em particular?

Alex Voorhees - Encaramos o Massacration como uma brincadeira, evidentemente. Já gostávamos deste tipo de brincadeira desde o Spinal Tap (um filme documentário de uma banda fictícia, que também ironizava os clichês mais caricatos de uma banda de heavy-metal).

Mundo Rock – Falando sobre o novo CD, de cara "Hall Of Souls" traz riffs mais carregados e sujos do que em outros trabalhos. Isso foge um pouco da proposta doom, embora o estilo esteja presente. Qual é na opinião de vocês a verdadeira concepção do chamado doom metal?

Alex Voorhees - Doom-metal é geralmente associado a melancolia, desespero, músicas carregadas e lentas, cheias de sentimento. A proposta do IMAGO MORTIS atual não é um afastamento do doom-metal enquanto padrão estético pois temos muitas influências de doom no nosso trabalho, sempre tivemos, porém acentuamos outras características já latentes nos nossos álbuns anteriores como o heavy tradicional e o thrash/death metal, tornando o trabalho bem mais pesado e interessante aos headbangers em geral. Foi natural esse processo, pois todos os membros da banda são fãs de heavy metal em suas mais diversas tendências, não só de doom metal ou gothic, como também de outros estilos de boa música. Portanto fluiu naturalmente. Eu também adoro o riff de "Hall Of Souls" e, curiosamente, é o riff mais antigo que temos no Transcendental, já que eu tinha criado ele, em minha mente, na época da antiga formação, mas só fomos tocá-lo com a formação atual. Acho que "Hall Of Souls" é excelente como abertura do disco!

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Mundo Rock – Outra faixa cujo trabalho de guitarras se destaca é "Across The Desert". Como vocês chegaram a essa carga nos riffs, e como trabalharam as guitarras em estúdio?

Alex Voorhees - "Across The Desert" surgiu de uma melodia que eu estava cantarolando na rua, que veio em minha mente. Depois a passei pro Pedro Santos e fizemos uma base bem heavy-metal. Essa música reafirma as convicções heavy-metal da banda e é uma música, ao mesmo tempo, com muito feeling e uma letra profunda que fala da busca pela verdade pessoal, o livre-pensar e é cheia de metáforas, além de que também há sentido literal.

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Alex Voorhees - Quanto ao trabalho de guitarras no estúdio foi bem simples, nós plugamos, achamos um timbre e mandamos ver, simples assim!

Mundo Rock – "Searching For A Touch Of Divinity" traz belos vocais femininos, em contraste com a voz de Alex Voorhees. Particularmente achei o resultado muito bom. Como surgiu essa idéia e não seria interessante explorá-la mais em futuros trabalhos?

Bruno Coe - Esta música foi uma das últimas músicas a ser composta para o "TRANSCENDENTAL". Após ter sido composta toda a parte instrumental, enquanto as linhas de voz iam sendo criadas, surgiu a idéia de chamar nossa grande amiga Mel Boa Morte (Trinnity) para fazer um dueto com Alex nesta música. Em geral preferimos não utilizar muitas idéias que teremos complicações para reproduzir ao vivo (afinal não temos uma vocalista feminina na banda, rs), por isso não sabemos se haverá outro tipo de dueto assim nas próximas composições. Mas neste caso, a idéia veio, e adoramos o resultado.

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Alex Voorhees - Essa idéia do vocal feminino foi uma idéia que me veio uma tarde aí enquanto eu escrevia a letra, que fala de uma pessoa procurando alguma essência divina em todas as coisas e a Mel interpreta a voz da consciência dessa pessoa, um anjo ou até mesmo o Deus interior que cada um de nós carrega dentro de si. Algo metafórico. Achamos que a voz feminina combinaria com a atmosfera mística dessa música e que seria um contraste interessante!

Mundo Rock – "Kali-Yuga" é bem rápida e metal. Qual o significado do nome e qual o conceito por trás desta faixa em particular? E como surgiu a idéia do excelente Hammond que quebra o andamento da música?

Bruno Coe - Não é a primeira vez que o IMAGO usa Hammond em suas composições.

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Bruno Coe - Adoramos a sonoridade deste instrumento e tivemos a oportunidade de gravar ela em um Hammond B3 acústico. Usamos hammonds em músicas, digamos, "diferentes" da sonoridade usual das músicas da banda, onde gostamos de explorar outras ondas. Você pode perceber que, assim como "The Silent King", no cd VIDA, esta música tem um clima meio "freak" e surgiu de várias idéias de riffs juntas. No final, gostamos muito do resultado "Frankenstein" que ficou a música, (Risos) . Pura expressão artística sem muito pensar em forma.

Alex Voorhees - "Kali-Yuga" significa Era de Kali, Era das Desavenças, segundo a filosofia védica, hindu. É uma alusão também ao Dust From Misery, que também utilizava a sabedoria milenar para escrever suas letras, como, por exemplo, na também hindu-metal "Jaya". Eu adoro essas coisas "hegemônicas", tipo denotar uma continuidade de meus trabalhos anteriores além de uma grande coerência no sentido de desenvolvimento do meu pensar e de minhas composições sem perder as raízes. No caso da Kali-Yuga, a letra fala desse momento atual que todos nós vivemos, que é o caos e a decadência dos costumes. Uma era de excesso de materialismo onde a essência espiritual e os bons valores morais estão sendo corrompidos. A letra de SANGUE E DOR aprofunda ainda mais esta visão. O mais interessante também é notar que essas profecias vaishnavas datam de 5.000 anos atrás!!!! Isso é, no mínimo, instigante, não?

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Mundo Rock – Agora fale sobre a boa "Sangue E Dor". O Imago tem o costume de compor em português, mas neste caso a faixa se destaca, por seu conceito lírico e pela levada hardcore/thrash/doom. Como surgiu tal idéia?

Alex Voorhees - A letra veio praticamente toda de uma vez, com uma idéia também de brincar com as leis do carma, os pecados capitais, como se fosse uma bíblia do materialismo moderno, dividida em capítulos e versículos. Ela faz sentido tanto ao pé da letra como nas entrelinhas, cheias de metáforas, eu me diverti muito a escrevendo e creio que seja uma das mais inspiradas, uma "poesia" em letra thrash/death metal ao mesmo tempo com um refrão épico. A levada de bateria e guitarra já tinha há algum tempo também e foi como se explorássemos o nosso lado mais thrash, ela é bem old school e há claras influências de bandas clássicas do metal nacional como o caso da Dorsal Atlântica. Essa é para "tênis branco" nenhum botar defeito (risos).

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Mundo Rock – Por sinal as letras de "Transcendental" são muito reflexivas, apontando para o ser humano, e seus dilemas enquanto ser pensante. Algum fato do mundo real os inspirou? Algo a ser citado?

Alex Voorhees - Quando iniciei os trabalhos do transcendental, tinha um primeiro conceito muito evidente. Algo além do que foi dito e transmitido no álbum Vida, que coloca o ser humano no seu limite, cara a cara com a morte. O fato de o paciente terminal agonizar e implorar tanto por algo tão frágil e efêmero como a vida em si, que é o nome da doença – por sinal, ironicamente, nos faz refletir e muito em questões como: para onde vamos? De onde viemos? Qual o sentido da vida? O que há de mais importante na vida? Qualquer pessoa ou já questionou esse tema ou certamente virá a questionar. Esse é o resultado a respeito desse nosso questionamento, abrindo um leque de possibilidades ao tema além-morte, a vida, a morte, o pensar, os desejos (em Sangue e Dor, por exemplo, há algo de budismo na idéia central do tema, colocando nossos desejos mais íntimos como um grande vilão manipulador, que nos induz a fazer o mal). Nos inspiramos em grandes pensadores como Platão, René Descartes, Schopenhauer, Sócrates mas também há pensamentos de Alan Kardec, Confúcio, Filosofia Védica, Maçonaria e gnosticismo em geral. E é claro que há muito, a maior parte, evidentemente, de interpretações pessoais. Há uma preocupação, porém, de não nos tornar doutrinadores nem "xiitas" dogmáticos, muito menos donos da verdade, deixando bem claro que não somos religiosos inveterados, apenas estudiosos e seres pensantes, como muitas outras pessoas. Esses temas são para pensar e refletir, não para seguir.

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Mundo Rock – Alex, você neste CD investiu em vocais aonde o que impera é a carga emocional. Sabe-se que na época da gravação de "VIDA" um dos ex-integrantes da banda chegou a ter problemas cardíacos. Como você administra suas influências (vejo Messiah Marcolin do Candlemass como tal) e essa carga. Qual o limite entre o vocalista e o intérprete?

Alex Voorhees - Engraçado, quase todo mundo me compara a esse cara e eu nunca tive influência dele (Risos) A minha escola, talvez, seja a mesma que a dele, já que no heavy-metal há muito de vocalizações com esse conceito mais "operístico" e talvez meu timbre, em algum momento, lembre o dele. Eu gosto de deixar fluir, acho que tenho um timbre próprio e uma maneira de cantar bem única, gosto de interpretar bem a letra, sem soar apelativo ou "over" demais e também explorar todos os tipos de emoções, desde raiva, angústia até mesmo solidão. Basicamente eu canto para o que a música e a letra pedem, transparecendo uma emoção real, de coisas que eu realmente acredito e sinto.

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Mundo Rock – A banda apostou em boas baladas, como a doce "Lovepath". "Transcendental" é uma fusão de vários estilos que a princípio pode (e acredito que irá) confundir alguns ouvintes desavisados. O que vocês esperam atingir com este CD, e de que maneira isso pode mudar o som do Imago Mortis.

Alex Voorhees - Musicalmente apostamos sim em um trabalho bem variado, procuramos mesclar várias emoções, vários sentimentos, como sempre fizemos, para o trabalho não se tornar maçante ou enjoativo de ser escutado de cabo a rabo. Mas se você reparar bem, notará que há uma linha principal que conecta todas as músicas, uma identidade. Tocando tanto um tema brutal com direito, inclusive, a blast-beats e vocais urrados, podemos soar tão Imago quanto a citada "Lovepath" que é bem light, quase um new-age. Ou seja, nosso trabalho realmente é muito variado e é por isso que é muito difícil de nos prender a rótulos. Se bem que o Heavy-Metal sempre me soa bem confortável. (risos)

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Mundo Rock – O trabalho gráfico está muito bom. Fale-nos um pouco sobre ele e como o mesmo se encaixa no conceito do CD.

Alex Voorhees - Esta capa com as cadeiras pode gerar diversas interpretações. Deixamos, porém, cada um de vocês, livres para interpretar de acordo com suas próprias visões. Eu tenho a minha, é claro. A gente sempre faz algo com a capa, algo abstrato ao mesmo tempo bem realista, que mexe com a imaginação das pessoas. É uma forma de interação que eu acho muito interessante. Mas para não ser chato e satisfazer algumas curiosidades, diria que as cadeiras representam tanto o estudo (conhecimento) quanto espera (as mutações, a vida). O campo pode ser os Campos Elíseos. Ou seja, estamos num grande aprendizado. Essa é a mensagem central da capa. Há outras metáforas e outras coisas interessantes ao longo da arte gráfica e até mesmo na capa mesmo assim acho mais interessante cada um tirar sua própria conclusão (outra idéia do CD em si, o livre arbítrio e o livre pensar). E, obviamente, não podemos deixar de agradecer ao Wendell Penedo pela elaboração de toda a arte gráfica do cd.

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Mundo Rock – A banda já tem shows agendados para a promoção de seu novo trabalho. Quais as expectativas para 2006 e 2007?

Dennis Pombo - Já estamos agendando o máximo de datas que conseguirmos. Não pretendemos parar muito em casa em 2007. Faremos, agora em novembro e dezembro de 2006, uma "tour" no centro-oeste e no nordeste. Para 2007 já estamos fazendo contatos pra mais e mais shows. Nossa idéia pro Transcendental é fazer o máximo de shows possível.

Mundo Rock – A Die Hard Records tem sido parceira do Imago desde "VIDA". Como vocês avaliam o trabalho deles com a banda?

Dennis Pombo - Não há o que reclamar do trabalho deles. Fausto e André são duas pessoas ótimas de se trabalhar. Sempre fazemos os acordos na boa, de forma que agrade a banda e a gravadora. Nós fazemos um trabalho de parceria mesmo com a Die Hard. Sempre os deixamos informados das nossas decisões e planos. É bem legal ver que, mesmo com a indústria fonográfica em baixa, eles lutam pelo metal nacional. E fazem isso com muito profissionalismo e qualidade.

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Mundo Rock – O cenário carioca é repleto de bandas talentosas mas carente de iniciativas para que tais bandas possam vir a explodir e ganhar o Brasil. Como vocês, que já têm um nome na cena, podem ajudar as bandas que estão começando?

Bruno Coe - Infelizmente mesmo estando repleto de bandas muito boas, o cenário metal carioca carece e muito de estrutura. Pouquíssimas casas de show e produtores no Rio de Janeiro ainda se empenham no metal. O dinheiro, sem dúvida, é outro grande problema. Infelizmente underground no Brasil não bota comida no prato de ninguém e não é toda banda que tem disponibilidade para fazer "tour" pelo país. Poucos são loucos como nós de chutar tudo pro alto e ver o que acontece.(Risos)

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Bruno Coe - Ao contrário do que muitos acreditam, há pouco que uma banda em si pode fazer para ajudar outras a crescer, além de indicar pra elas os melhores caminhos e possibilidades. Mas a partir daí é ralação e pé na estrada por conta própria. Tem que ter disposição e amar muito o heavy metal.O que nós fazemos é incentivar os produtores conhecidos da cena a não desistirem do metal, e levantamos uma certa bandeira contra a proliferação de bandas covers. Nada contra os covers em si, mas acreditamos que nada melhor para um cenário local do que seus músicos mostrarem sua cara, com suas composições, e incentivar com isso o público a dar mais valor às bandas locais.

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Mundo Rock – Há planos para um segundo Imago Fest? O show que reuniu várias bandas do metal carioca funcionou bem. Se sim, como seria desta vez?

Bruno Coe - Sem planos por enquanto. No momento estamos voltados para a TRANSCENDENTOUR. Depois do Centro-Oeste e Nordeste estaremos também agendando shows em São Paulo, no sul do país e negociando uma tour pelos outros países América do Sul. Outro motivo forte, foi a perda aqui no RJ de uma excelente casa de shows, o Ballroom, onde eram realizados vários shows de metal, inclusive o Imago Fest. De tempos em tempos, no entanto, Alex organiza o festival RIO METAL FEST, que é uma grande JAM de músicos de várias bandas de metal e hard-rock do Rio de Janeiro, tocando clássicos do metal. Já tivemos duas edições bem sucedidas do festival e a próxima já está sendo planejada.

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Mundo Rock – Obrigado pela entrevista e sorte na divulgação deste trabalho. O espaço final é de vocês.

Alex Voorhees - Gostaria de agradecer ao interesse demonstrado e que essa entrevista tenha sido tão gratificante para quem estiver lendo quanto foi para nós respondê-la. Quem quiser nos contatar para maiores informações, ouvir músicas, trocar idéias, nos procurem através de nossos links no myspace, trama virtual (MP3), orkut (trocar idéias diretamente com a banda e outros fãs) e também o nosso fotolog.

Frase de encerramento: "O medo da morte é o que move a vida que há". o)+

Foto: Site Oficial

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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