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Wonkavision: Uma das revelações do novo rock alternativo gaúcho

Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 31 de julho de 2006

São poucos os gaúchos que conhecem a banda Wonkavision. Com uma proposta inovadora e de bastante personalidade, a banda já possui um CD lançado, auto-intitulado. O grupo, já relativamente conhecido no eixo Rio-São Paulo, ainda busca o seu merecido espaço no seu estado natal, o Rio Grande do Sul. O Whiplash! conversou com o guitarrista Will, que contou mais sobre a história da banda, sobre o então primeiro e único álbum, além de nos passar novidades sobre os planos futuros do grupo.

Whiplash! - Em primeiro lugar, muitos que estão acompanhando essa entrevista estão perguntando: o que significa Wonkavision? É verdade que o nome veio do filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate"?

Will - Sim, total verdade. Eu queria um nome que tivesse algo em comum com todos na banda, algo que tivesse sido uma experiência pra todos. E aquelas sessões da tarde sem dúvida marcaram a infância. Sem falar que o filme tem a mesma atmosfera da banda: um cenário colorido, com conteúdo um tanto sarcástico, chegando às vezes a ser até um pouco sádico.

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Whiplash! - Que tipo de retorno a demo de vocês, "Preview 2002", teve para a continuidade do trabalho do Wonkavision?

Will - A "Preview" foi a demo com mais músicas, produção mais elaborada, e com mais tempo de banda, então estava mais fechada, tinha mais unidade. Foi na distribuição desta demo que acredito que começamos a construir um público maior. Existem músicas naquele disco que não entraram no CD oficial e que são cantatas em plenos pulmões nos shows.

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Whiplash! - E por falar na demo, há nelas interessantes músicas, como "Ah! É Assim!" e "Power Bossa", para citar as duas que mais gostei. Por que elas não acabaram entrando no primeiro disco de vocês, o "Wonkavision"?

Will - Decidimos por mostrar material novo. Do "Preview", entrou "O Plano Mudou", "Nanana" e "A Garota Mais", músicas que a gente tinha mais retorno. Queremos colocar "PowerBossa" no novo disco.

Whiplash! - Antes de lançar o ‘debut’, vocês venceram um concurso de música que envolveu a Coca-Cola, a MTV e as rádios Atlântida, Ipanema e Pop Rock. "Nanana", a música de vocês, venceu em votação popular, pela Internet.

Will - "Debut" é o primeiro da Björk! (risos) O nosso foi homônimo, mas era pra se chamar "Wonkainvasion" (vide os discos voadores na capa), mas a gravadora achou que ia confundir (wonkavision com wonkainvasion). Eles não sacaram que era esta mesma a intenção. Quanto a "Nanana" e o prêmio: Bom, a música teve uma exposição tão massiva que nem eu agüentava mais de tanto ouvir. Teve uma vez que eu ouvi três vezes nas rádios do caminho da minha casa até o trabalho. Foi legal, o pessoal se lembra. Mas o melhor foi nos dar a liberdade pra gravarmos o CD com quem queríamos. No caso, o John.

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Whiplash! - Falando agora do álbum, "Wonkavision" contou com a produção de John Ulhoa, do Pato Fu. Que tipo de contribuição ele trouxe para a sonoridade do disco? Ele chegou a se envolver com os arranjos de algumas músicas, também?

Will – O John é o cara. Ele sacou a banda desde o momento um. A gente chegou com as músicas arranjadas, e ele deu uma roupagem bem mais profissional. Eram pra ser quatorze músicas, mas de cara ele cortou duas: "Comportadinho" e "Arminhas Espaciais". Uma por ter um arranjo meio bizarro e outra por não ter arranjo algum. Ele puxou toda a banda para outro nível, nos incentivando a fazer melhor. Me puxou a orelha pra caprichar mais na prosódia das letras, na Grazi pelas linhas de baixo, e assim por diante. Hoje, quando arranjamos as músicas, temos outro tipo de cuidado. O disco levou cinco meses para ser mixado, porque fomos realmente exigentes em termos de sonoridade. Acho que o John estava mais acostumado com a sonoridade limpa e precisa do Pato Fu e a gente queria um pouco da estranheza do "Pinkerton" do Weezer.

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Whiplash! - Após o "mistério" desvendado na primeira pergunta em torno do nome da banda, vem agora o segundo. O que representa a capa de "Wonkavision", com aqueles discos rosas vindos do céu?

Will - Bom, acho que boa parte se explicou quando eu contei sobre o nome. Era a Wonkavision invadindo e explodindo tudo. (risos) O curioso está nos discos. Eles são disquinhos musicais. Que iam num trem de brinquedo famoso nos anos oitenta. Ele tem saliência e funciona como uma caixa de música. Aquele disco toca "Twinkle-Twinkle Little Star". Consegui num antiquário em São Paulo e um amigo (Alexandre Sianto, hoje morando em Portugal) fez a réplica em 3-D. É o mesmo que está impresso no próprio CD.

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Whiplash! - "Wonkavision" saiu pela Orbeat Music, uma gravadora importante aqui do Rio Grande do Sul. Que tipo de repercussão o álbum teve tanto aqui no estado, como fora? O CD chegou a ser enviado para algum lugar do exterior, como Portugal ou Espanha?

Will - A Orbeat fez apenas mil cópias do disco e distribuiu apenas por aqui (RS). Nós vendemos mais da metade através do site. Uma loja online da Espanha vendia o "DemoDisc#3" pirata. Não me pergunta como, mas tinha. Pena eu não ter mais o link. O pessoal do Nasentocas do Nordeste fez uma coletânea e divulgou por lá. De repente começou a chover e-mails da Espanha: Madrid, Barcelona, Valência. Japonês também adora Wonkavision, não sei porque. Tem um fã que mandou uma linda escaleta rosa da Yamaha pra Manu, direto do Japão. Teve um pessoal de Manchester na Inglaterra que entrou em contato também. E somos amigos do pessoal do The Petit Project, do Canadá e do pessoal do The Cautions dos Estados Unidos.

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Whiplash! - Por falar nisso, fiquei com a impressão que a Wonkavision é mais conhecido no eixo Rio-São Paulo do que no seu estado natal, o Rio Grande do Sul...

Will - Cara, na real isto é uma merda. Adoramos São Paulo e Rio, mas seria legal tocar mais em casa. Fim-de-semana passado (nota: entrevista realizada no dia 13/06) descobrimos algo interessante. Fizemos um show no parque da Redenção em Porto Alegre, no domingo a tarde, e ficamos impressionados com o número de fãs presentes. Então nos demos conta que tinha muita gente de quatorze, quinze e dezesseis anos. Pessoal que normalmente não vai ou nem pode entrar nos locais onde temos tocado em Porto Alegre. Acho que temos um furo na logística dos nossos shows. (risos)

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Whiplash! - Em 2005 vocês venceram outro concurso, agora o Prêmio Claro de Música Independente, na categoria "Melhor Álbum de Indie Rock". Os rótulos da banda nunca foram unanimidades: Indie Rock, Power Pop, Pop/Rock ou apenas Rock...

Will - Rótulo tem suas vantagens. Por exemplo, pra achar álbuns em lojas de CD’s, ou pra estabelecer categorias de premiação. Na real, Wonkavision é um pop-rock. De vez em quando, nas terças, chamamos de powerpop, por causa das guitarras com distorção e dos moogs e tal.

Whiplash! - Na minha opinião, além de "Nanana", há outras músicas muito legais no CD. Como é o caso de "O Plano Mudou", "Comprimidos" e "Aquele Alguém". São essas as músicas de maior repercussão por parte do público nos shows da Wonkavision? E para vocês, como criadores, quais são as músicas preferidas?

Will - Cara, cada show a gente se surpreende com a preferência do público. Quando a gente tira uma do ‘setlist’ é que a gente vê a força da música. É o caso de "Tente Por Mim" ou "Rejection Junkie", que tiramos do ‘set’ e o pessoal reclama. No momento, minha música favorita é "Brinquedos", na versão Piano Bar que a Manu anda tocando.

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Whiplash! - "Quando 16" teve até clipe produzido. O mesmo chegou a ser vinculado em algum programa de televisão? O quanto é importante para uma banda independente ter um videoclipe produzido e rodando na TV?

Will - Rolou na MTV e na RBS, mas pouquíssimas vezes. Ter clipe é fundamental pra divulgação. Acho que temos um furo no marketing da banda.

Whiplash! - Por falar em shows, a Grazi, que era vocalista e tocava baixo, não está mais na banda. Mas ao vivo, vocês continuam como um trio, sem baixista. É assim que vocês irão continuar ou a presença de um baixista no palco é realmente indispensável?

Will - Cara, o Gustavo vai ter dar um soco por falar isso. Tocamos os shows com um baixista convidado, ou "wonkagregado", que é o Gus Steffens, ex-Video Hits, mega talento. Ele está participando do arranjo das novas músicas, e está fazendo toda a diferença. Inclusive, amigos comentam que agora a banda devia se chamar Outravision! (risos) Agora, se vai ficar assim ou vamos integrar mais um, somente o tempo dirá. E o tempo não é um cara que tem falado muito.

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Whiplash! - Quais são os planos futuros da banda? Vocês já pensam em um novo álbum, ou ainda pretendem trabalhar mais em cima da divulgação de "Wonkavision", o CD?

Will - Ambos.

Whiplash! - Obrigado pela entrevista, para finalizar eu peço que deixem uma mensagem para os leitores aqui do Whiplash!. Parabéns pelo trabalho, o CD ficou realmente muito bom.

Will - Vou confessar pro leitores do Whiplash! que eu ouvi muito, mas muito Satriani, Steve Vai, Malmsteen, Van Halen, Kiss, e mais um monte de caras legais. Mas confesso que nunca esperei ganhar uma nota "nove" pelo review do CD no site. Fico feliz e acho afu o trabalho de vocês. Muito sucesso e rock!

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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