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Akashic: Rafael Gubert comenta os percalços do caminho da banda

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 15 de maio de 2006

Geralmente (e infelizmente), para uma banda dar certo, é preciso muito mais do que talento e competência. Sem um bom selo, uma boa estratégia de divulgação e uma verdadeira equipe por trás, grupos que transbordam qualidade acabam no limbo. Eis que, 5 anos após o primeiro trabalho, "Timeless Realm", as coisas começam a mudar para o Akashic. "A Brand New Day", o novo álbum, lançado pela Hellion Records, nasce bem aventurado. Não só pela maturidade, tanto dos músicos quanto das composições. Mas por tudo que os cerca neste momento e tudo que o futuro, depois de muito trabalho, promete. É sobre isto que Rafael Gubert fala abaixo.

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Whiplash! – Rafael, saudações. Consta que "A Brand New Day" está pronto há mais de dois anos, mas só agora pôde ser liberado. O que, de fato, gerou toda esta demora?

Rafael Gubert - Na realidade, o CD foi gravado por uma outra gravadora e tivemos alguns problemas no processo de lançamento do mesmo. Não sabemos exatamente o que aconteceu com esta empresa, mas enfim, depois destes dois anos de insistência, a Hellion adquiriu os direitos deste CD e aí o processo andou rápido e estamos finalmente com o álbum no mercado.

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Whiplash! – Sei que, para qualquer artista em geral, a tentação de se mexer em uma obra depois de pronta é muito grande. Como vocês conviveram com o "A Brand New Day" todo este tempo sem poder mexer nele?

Rafael - No início ficamos bastante chateados com essa demora no lançamento do "A Brand New Day" porque já havíamos tido um problema semelhante no lançamento do primeiro CD ("Timeless Realm"). Pra vocês terem uma idéia, este disco ("Timeless Realm") foi gravado em Portugal e por problemas com a gravadora portuguesa, ele ainda é inédito na Europa; então acho que já estávamos "acostumados" com isso, mas felizmente it´s "a brand new day". A Hellion acabou resolvendo isto e o disco está aí pra todo mundo ouvir.

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Whiplash! – Imagino que, nesta altura, várias outras composições devam ter surgido. Há rascunhos de novas músicas prontas? Que diferenças você poderia apontar?

Rafael - A banda nunca parou de ensaiar e ter novas idéias no que se refere ao processo de composição. No atual momento estamos elaborando uma maior divulgação para o "A Brand New Day", e de fato, não temos novas músicas finalizadas, mas estamos trabalhando nisso. Em relação a possíveis mudanças, só temos certeza disso quando na medida em que vamos ouvindo o trabalho, nos damos conta do que está acontecendo com o amadurecimento da banda. O que percebemos é que, inclusive neste segundo disco, as músicas estão cada vez mais com a cara do Akashic.

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Whiplash! – Aliás, como você definiria a música do Akashic? Sem dúvida que prog metal é a alcunha mais adequada, mas, num plano mais profundo, o que a banda busca em sua sonoridade?

Rafael - Não estamos preocupados em rotular o Akashic. A meu ver isto limita um pouco a criação. O fato de algumas características instrumentais ou vocais serem "esperadas" nos estilos que cada banda tem, não nos preocupa. Vamos compondo conforme o que achamos melhor e esta é a busca do Akashic como sonoridade ideal: expressar nosso sentimento como grupo.

Whiplash! – Como funciona o processo de composição em grupo? Quando uma música é considerada boa e completa, a ponto de agradar a todos?

Rafael - Em geral, partimos de uma idéia individual: um riff, um timbre, uma harmonia, uma frase, um ritmo... Alguém traz uma idéia que será desenvolvida em grupo. O processo é bem democrático: O que a maioria gosta, fica. O que a maioria não gosta, sai. No final, cada um tem as suas preferidas, mas todas elas devem ter agradado a todos porque foram compostas com o aval de cada um.

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Whiplash! – E as letras, quem as escreve e sobre o que procuram refletir?

Rafael - Quem escreve as letras do Akashic é o baixista Fábio Alves, e, desde sempre elas se direcionam muito mais a uma idéia universal do que a coisas específicas. O intuito da banda sempre foi, além de tentar gerar uma atmosfera agradável, transmitir idéias positivas, que é o que nós mesmos buscamos constantemente e o Fábio traduz nas letras. Então acho que é mais ou menos por aí. E não canso de falar isto: eu adoro cantar as letras desse cara!

Whiplash! – Todos os instrumentistas da banda são ótimos, em especial o guitarrista Marcos De Ros que já tem uma carreira sólida e frutífera em todo território nacional. Qual a formação musical dos integrantes e como elas se relacionam para criar algo bom e coeso?

Rafael - O Marcos tem a formação clássica. Tocava violino antes mesmo de tocar guitarra e já gravou dois discos ("Masterpieces I e II") executando peças clássicas na guitarra.

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Rafael - O Fábio também têm uma formação clássica, toca o baixo acústico (rabecão) com maestria, mas também tocou em bandas de rock de grande sucesso aqui no sul. Ele e o Éder têm um CD de música instrumental extremamente interessante.

Rafael - O Éder, além da influência clássica - está lançando um dvd autoral de músicas no piano - vem de uma família de músicos populares, o que traz a ele uma linguagem ampla; costumamos chamar ele de "maestro".

Rafael - O Maurício sempre foi mais para o lado do rock, até por ser baterista. Tocou em várias bandas aqui da região. É um músico fantástico. Muito experiente e criativo e com uma capacidade incrível de adequação.

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Rafael - Eu sempre gostei de rock, blues. O que me acerta em cheio é a expressão verdadeira sendo exposta da maneira mais honesta possível. Sou um músico mais popular mesmo.

Rafael - O que nos uniu foi o gosto pelo rock e suas vertentes e foi isto que acabou direcionando nosso estilo. Acho que esta mistura do erudito com o popular abre muitas possibilidades para criação, e a coesão se dá na troca destas idéias dentro deste processo democrático que mencionei acima.

Whiplash! – Voltando um pouco ao passado, conte-nos como o Akashic surgiu e como a atual formação se estabeleceu.

Rafael - O Akashic surgiu do power trio "De Ros", do qual faziam parte o Marcos (que dá nome ao grupo), o Fábio Alves e o Sandro Stecanela. Era banda instrumental e lançou dois cds: "Ad Dei Glorian" e "Universe". Com a idéia de expandir os horizontes, o trio resolveu acrescentar teclado e voz. Após alguns testes, eu e o Éder acabamos recrutados. Com estas mudanças achamos melhor mudar também o nome para Akashic. Em 2000, quando a banda resolveu partir para a turnê pela Europa, o Sandro (baterista), por motivos pessoais, não pôde nos acompanhar; assim convidamos o Maurício (sugestão do próprio Sandro) e esta foi a única mudança que ocorreu na formação do Akashic.

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Whiplash! – Desde o review do álbum, eu já ressaltava sua incrível capacidade vocal. A que você atribui esta performance primorosa e quais pontos sua auto crítica diz que precisas evoluir?

Rafael - Primeiramente, muito obrigado pelo elogio. Fico muito agradecido ao carinho das pessoas que apreciam o meu trabalho. Na minha formação como vocalista tem uma pessoa de importância fundamental. O Luisinho (Luis Carlos Silveira de Brito) foi meu primeiro e único professor. Até ouvir ele cantar eu não imaginava que era possível alguém da minha cidade (cidade de interior) cantar daquele jeito. Só quem viu esse cara cantando faz idéia do que eu estou falando. Após muita insistência de minha parte, ele acabou me dando aula. O Luis faleceu muito jovem, mas ele conseguiu mostrar que cantar é muito mais do que uma habilidade vocal; que ser um vocalista vai muito além de qualquer técnica ou talento.

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Rafael - Acho que a própria existência é uma eterna busca pela evolução. Preocupo-me muito em tentar transmitir o que estou sentindo enquanto canto. A evolução talvez se dê na medida em que as pessoas consigam sentir o que o músico está sentindo. Talvez o objetivo de um músico deva ser este: permitir que o ouvinte "entre" no sentimento mais verdadeiro que se conseguir expor.

Whiplash! – Na opinião geral da banda, quais os melhores momentos de "A Brand New Day"? E quais possuem maior vocação para shows?

Rafael - Como falei anteriormente, as opiniões são variadas dentro da banda... Cada um tem seus momentos e suas músicas preferidas. O que pudemos reparar foi que as músicas que as pessoas mais gostam no show são: "Give Me Shelter", "Revealed Secrets" e "Be The Hero".

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Whiplash! – Gosto sempre de perguntar a grupos progressivos quais artistas eles consideram suas influências porque as respostas são bem interessantes e variadas. Ouvindo o Akashic, quais bandas você acha que podem surgir na mente do público?

Rafael - Dream Theater e Symphony X: isto é o que todos nos dizem. Sem dúvida admiramos muito estas bandas, mas temos várias outras influências também. Poderia citar inúmeras, mas cito um dos "dinossauros" e uma das "atuais" para sintetizar a idéia: Deep Purple e Ark são consenso entre nós.

Whiplash! – Como está a agenda para 2006? Sei que vocês tocaram na segunda edição do BMU, qual a expectativa para a eleição deste ano que ocorre, pela primeira vez, no Whiplash?

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Rafael - Estamos fazendo alguns shows aqui pela região, mas temos enorme interesse em tocar no centro do país (bem como em todas as regiões). Moramos no sul de um país muito grande, o que dificulta um pouco algumas coisas e o BMU seria uma oportunidade excelente de mostrar este nosso novo trabalho em maior escala. A expectativa é grande. Estamos muito envolvidos na idéia de tocar; achamos que, tendo a oportunidade de mostrar este novo trabalho num festival tão bem organizado e com tanta visibilidade como o BMU, muitas pessoas entrariam em contato com o nosso som e acreditamos muito nele a ponto de saber que isso renderia conseqüências muito positivas.

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Rafael - Tocamos na segunda edição e temos consciência do quanto isto foi importante para o Akashic. É muito legal fazer contato com outras bandas que têm as mesmas aspirações e estão batalhando como nós.

Whiplash! – Rafael, obrigado pela entrevista. Este é o seu espaço para fazer o contato direto com o público. Fique a vontade.

Rafael - Maurício, antes de tudo, muito obrigado pelo espaço. Agradeço demais a todas as pessoas que acreditam no nosso trabalho seja como for: comprando disco; falando ou mostrando o som do Akashic pra um amigo; deixando um recado ou uma palavra de incentivo no site da banda ou no orkut... Isso é muito importante pra nós. O Akashic não pára; e esperamos ter a oportunidade de retribuir a todo esse carinho podendo em breve estar tocando pra estas pessoas que curtem o som da banda.

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Site Oficial: www.akashic.com.br

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Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
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