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Destra: "As coisas estão difíceis pra qualquer banda!"

Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 02 de junho de 2005

Edição: Thiago Pinto Corrêa Sarkis

Whiplash! - Em primeiro lugar, o que significa o nome Destra?

Ricardo Parronchi / Destra significa mão direita, no caso a mão de Deus, no antigo testamento o povo de Israel sempre usava o termo "a tua destra nos salvou" em agradecimento a Deus quando ganhavam alguma guerra ou algo assim, e diante de tantos problemas que tivemos, achei essa palavra propícia pra nós, pois cremos que Deus tem nos ajudado bastante nesses anos, além dessa palavra soar bem legal.

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Whiplash! - O primeiro CD de vocês, "Sea Of Doubt", foi lançado pela Destroyer Records. Como vocês chegaram até essa gravadora para efetivar esse lançamento?

Ricardo Parronchi / Nós iríamos lançar o CD inicialmente pela Megahard, mas devido a alguns problemas no decorrer das gravações decidimos tentar outra gravadora, e por indicação do Heros do Korzus, que co-produziu o álbum comigo, levamos o trabalho ao Renato (um dos donos da Destroyer) que gostou muito. Então, dois dias depois, nós já estávamos negociando e o lançamento foi bem rápido.

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Whiplash! - E por falar em "Sea of Doubt", que tipo de repercussão e importância o disco teve, especialmente quando chegou a hora de lançar este segundo álbum da banda, o "Joe’s Rhapsody"?

Ricardo Parronchi / Ele foi fundamental porque ficamos quatro anos sem gravar nada e era por ele que as pessoas lembravam de nós. Foi incrível que depois desse tempo todo as pessoas ainda nos mandavam e-mails nos convidando pra shows e elogiando o CD. Apesar de todas as dificuldades e pouco recursos que tivemos, o pessoal entendeu que o fizemos com muito carinho, e que as músicas soavam muito verdadeiras, tanto que criamos um respeito que as bandas de white metal não tinham antes, afinal, ele foi o primeiro álbum de metal cristão a ser lançado por uma gravadora secular e como ele foi muito bem sucedido. As portas se abriram mais facilmente no "Joe´s Rhapsody"... Fora que aprendemos muito com ele no estúdio, pois éramos muito inexperientes e não tínhamos quase que nenhum equipamento, por isso a diferença de produção entre os dois é absurda.

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Whiplash! - Nós sabemos que "Joe’s Rhapsody" é um disco conceitual. Gostaria que vocês nos explicassem um pouco mais sobre a estória em que é compreendido o álbum.

Ricardo Parronchi / É a historia de um cara pobre que se envolve com a criminalidade por que acha que só assim vai conseguir as coisas que deseja, já que veio do interior e vai pra cidade grande e não encontra o apoio, nem oportunidades que esperava encontrar. Nesse processo ele vira um chefão do crime e acaba cometendo um assassinato. É condenado, mas acaba conhecendo a palavra de Deus na cadeia através de um prisioneiro. Essa história foi baseada num documentário que eu vi há alguns anos atrás onde uma reportagem mostrava a última noite de um condenado a morte por homicídio chamado Joe, então, tirando a parte da conversão, o jantar com o diretor e as coisas que acontecem na noite da execução, o resto da historia é ficção.

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Whiplash! - O nome Destra já chegou no mercado estrangeiro? Há alguma possibilidade deste novo álbum sair em versão importada no exterior?

Ricardo Parronchi / A nossa nova gravadora (Hellion Records) está trabalhando muito pra isso e creio que em breve o CD será licenciado lá fora, se bem que ele já tem sido vendido, com muito êxito, diga-se de passagem, para outros países e a aceitação tem sido muito positiva a julgar pelos e-mails que temos recebido e pelas resenhas que temos visto em ‘sites’ e revistas especializadas.

Whiplash! - "Joe’s Rhapsody" tinha anteriormente o seu lançamento agendado para ocorrer via Frontline Records. Quais foram os problemas que acarretaram o seu lançamento por uma outra gravadora, a Hellion Records?

Ricardo Parronchi / Não só nós como muitas outras bandas tiveram muitos problemas com a Frontline, pois eles investiram muito no começo, com propagandas e produções, mas não conseguiram concretizar ou lançar ninguém. A situação ficou insustentável, pois o CD estava há mais de um ano atrasado. Então fomos atrás de outra gravadora, no caso a Avantage Records , pela qual, aliás, temos muito carinho pois fizeram tudo o que podia ser feito dentro das suas possibilidades. Porém, achamos que a distribuição e divulgação realmente não estava sendo apropriada, então optamos por tentar procurar outra gravadora, que acabou sendo a Hellion .

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Whiplash! - E por falar em Hellion Records, como está sendo o trabalho ao lado desta gravadora que é bem conhecida em todo o território brasileiro e até em alguns lugares do exterior?

Ricardo Parronchi / Quando decidimos que o melhor caminho seria procurar outra gravadora, o meu irmão (Eduardo) conversou com o Toninho da Brigade, pois ele tinha gostado muito do CD e tinha prometido nos ajudar caso precisássemos de algo, então ele disse que a Hellion estava fazendo um grande trabalho e que tentássemos algo por eles. Então procuramos o Moisés através da nossa empresária, e ele se mostrou muito interessado no nosso trabalho. Acertamos o contrato e estamos com eles há dois meses e até agora tem corrido tudo bem.

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Whiplash! - O primeiro álbum da banda possuía uma cara muito mais heavy tradicional; já o atual instrumental está mais puxado para o progressivo. Quais são os fatores internos que acarretaram estas mudanças em nível de direcionamento?

Ricardo Parronchi / Eu acho que a principal diferença entre os dois trabalhos não são elementos progressivos já que o "Sea Of Doubt" tem uma forte influência de rock progressivo nas músicas, mas sim que o "Joe´s Rhapsody" está mais anos setenta e com muito mais influências distintas, pois acho que agora conseguimos achar o caminho de misturar tudo o que gostamos realmente. Não que não tenhamos feito isso em "Sea Of Doubt", mas tínhamos mais receio e ainda estávamos tentando achar a nossa "cara". Agora, com o amadurecimento da nossa música, tudo isso foi natural, não pensamos pra fazer o disco assim, ele simplesmente foi tomando essa forma. Isso sem contar que a idéia original era que vários vocalistas cantassem no CD, por isso as músicas muitas vezes soam bastantes diferentes entre si, mas com certeza nossa essência está em todas elas. Outro dia o nosso técnico de som disse que foi um cara no estúdio e estava tocando o Destra. Apesar da pessoa só conhecer o nosso primeiro CD, ele disse "ei, isso é Destra, não é?". Isso é muito legal, pois mostra que conseguimos uma identidade no nosso som.

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Whiplash! - Em um trabalho conceitual sempre é muito complicado destacar alguma composição em especial. Mas para vocês, representando a banda que criou a obra, quais são as músicas de maior impacto dentro de "Joe’s Rhapsody"?

Ricardo Parronchi / Isso realmente é muito difícil, mas creio que "My Little War ", "Goodbye Blue Sky", "Cruel Jungle Part 2" e "One Last Prayer" são as nossas favoritas. "My Little War" por conseguir captar todo o estilo da banda que é misturar peso com coisas que gostamos como o blues. "Good Bye Blue Sky" por que conseguimos mesclar muito bem baião com rock e as pessoas tem gostado muito. "Cruel Jungle Part 2" por que nos remete ao nosso primeiro disco, um autêntico ‘prog’ com uma melodia muito bonita e uma levada espetacular de bateria. "One Last Pray" por eu achar que foi a música mais bonita que eu consegui fazer até hoje, sem contar que o solo do Eduardo, sem exagero algum, é um dos melhores que eu já escutei na minha vida, e o coral gospel ficou muito bem colocado.

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Whiplash! - A capa de "Joe’s Rhapsody" além de simples é muito bonita. Gostaria de saber se há alguma relação entre a imagem e o título do álbum, ou talvez em relação a alguma faixa em especial do CD.

Ricardo Parronchi / Sim, a capa é o seguinte: os dois rostos são o antes e o depois de Joe, quando ele era cego e depois por ele conseguir enxergar que dinheiro e poder não são tudo na vida e que a única liberdade verdadeira que temos é com Jesus, pois, mesmo preso, há uma hora em que ele se sente mais livre do que em qualquer outro momento de sua vida, mesmo quando não estava preso. A figura abaixo do rosto da esquerda é o corredor da morte; a arma representa o homicídio cometido por ele, e a mulher é a sua mãe, que é lembrada durante toda a história por ele ser muito ligado a figura materna.

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Whiplash! - Agora que a banda possui dois discos lançados, vocês já planejam realizar uma série de shows pela região Sudeste? E, por que não, em todo o Brasil?

Ricardo Parronchi / Já estamos tocando e agendando shows. Os interessados mandem um e-mail para [email protected] ou [email protected] , ou entrem no site da banda www.destraonline.com.br, que está fora do ar por um tempo mas está sendo totalmente reformulado e muito em breve voltará.

Whiplash! - Atualmente, como vocês vêem a cena underground nacional para uma banda do porte do Destra? Há ainda um pouco de preconceito por parte de fãs mais árduos do estilo heavy metal?

Ricardo Parronchi / As coisas estão difíceis pra qualquer banda a não ser que ela seja o Angra ou Shaaman. Há muito preconceito por parte da mídia pra qualquer tipo de banda que faça heavy metal, faltam espaços legais pra shows, infra-estrutura e pessoas sérias pra se trabalhar, infelizmente...

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Whiplash! - Obrigado pela entrevista. Para finalizar, uma mensagem aos fãs da banda e leitores do Whiplash!...

Ricardo Parronchi / Agradeço a oportunidade e às pessoas que têm nos acompanhado nos shows, comprando CD, ou mesmo mandando um e-mail. Queria dizer que foram criadas duas comunidades para o Destra no Orkut e quem quiser é só se associar, ficaremos muito felizes com isso. Valeu, Deus abençoe a todos. Vejo vocês na estrada.

Site Oficial – http://www.destraonline.com.br
Site da Hellion Records – http://www.hellion.com.br

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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