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Slayer: os 30 anos de Reign In Blood, vanguarda do metal extremo

Resenha - Reign In Blood - Slayer

Por Igor Miranda
Postado em 07 de outubro de 2016

O Slayer é uma banda cercada de admiradores fanáticos por seu som. É comum ler textos sobre o grupo ou seus discos escritos por fãs, mas, geralmente, quem não gosta de seu som um pouco mais extremo que o normal, não se arrisca a falar sobre o assunto. Terreno pantanoso para quem não adora seus trabalhos.

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A minha tentativa ao falar de "Reign In Blood" é um pouco arriscada, porque não sou fã de Slayer, tampouco tenho este disco em minha playlist. Ainda assim, é loucura deixar de reconhecer o quanto essa banda foi importante para o thrash metal e, posteriormente, para o desenvolvimento de estilos mais extremos.

Formado em 1981, o Slayer demorou, praticamente, cinco anos para chegar ao estrelato. Dois discos haviam sido lançados neste meio tempo: "Show No Mercy" (1983) e "Hell Awaits" (1985). O grupo conseguiu reconhecimento no underground, mas não havia explodido como os colegas do Metallica.

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Também pudera: o som do Slayer era, de fato, um pouco mais intenso. Enquanto as letras basicamente falavam de inferno e Satã, as melodias eram pesadas, trilhavam caminhos irregulares em termos de harmonia e contavam com performances enérgicas de Tom Araya nos vocais - especialmente por seus gritos, às vezes inusitados.

Em "Reign In Blood", o som sujo e charmosamente tosco do Slayer começou a ganhar algum refinamento, ainda que a essência tivesse sido bem preservada. A parceria com o produtor Rick Rubin, anteriormente consagrado por trabalhos de hip hop, fez bem à banda. Muitas vezes, um olhar externo pode proporcionar alguma evolução.

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A principal visão de Rick Rubin com relação ao Slayer foi a qualidade do som. Os instrumentos precisavam soar mais limpos - sem perder o peso, é claro. Em "Reign In Blood", dava para ouvir cada nuance.

O grupo também apostou em músicas mais curtas - "Reign In Blood" tem menos de 30 minutos de duração - e diretas. Quase punk. Somente a faixa de abertura "Angel Of Death", "Postmortem" e o encerramento "Raining Blood" têm mais de 3 minutos de duração - o restante não passa de 2min50seg. As letras também melhoraram. Ganharam, em definitivo, um tom menos adolescente.

O resultado foi satisfatório. Ainda que não caia em meu gosto, não dá para ignorar a ousadia de "Reign In Blood". É um disco bem feito para o que se é proposto. O Slayer nunca foi conhecido pelo primor técnico, apesar de Dave Lombardo ser uma referência na bateria. Dentro do que era almejado, estava ótimo.

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Com melhor produção e distribuição, o reconhecimento, enfim, chegou. "Reign In Blood" foi o primeiro álbum do Slayer a fazer sucesso. Chegou ao top 100 de discos da Billboard, nos Estados Unidos, e ao top 50 do Reino Unido. Com o tempo, atingiu a marca de 500 mil cópias vendidas nos EUA e obteve disco de ouro.

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No entanto, o maior trunfo de "Reign In Blood" tem a ver com legado e não com sucesso comercial. O terceiro álbum do Slayer influenciou fortemente o desenvolvimento do death e black metal, ainda que os estilos já existissem em 1986. Além disso, outros subgêneros têm um pouco de "Reign In Blood", do new metal ao, pasmem, gothic metal.

No futuro, o Slayer faria discos que encaixam melhor em meu gosto, como o mais técnico "Seasons In The Abyss" ou até mesmo o recente "Repentless". No entanto, "Reign In Blood" tem um som vanguardista repleto de méritos.

Tom Araya (vocal, baixo)
Jeff Hanneman (guitarra)
Kerry King (guitarra)
Dave Lombardo (bateria)

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1. Angel of Death
2. Piece By Piece
3. Necrophobic
4. Altar of Sacrifice
5. Jesus Saves
6. Criminally Insane
7. Reborn
8. Epidemic
9. Postmortem
10. Raining Blood

Comente: Qual a sua opinião sobre a capa de Reign In Blood?

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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