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Scorpions: "Savage Amusement", divertido, não tão selvagem

Resenha - Scorpions - Savage Amusement

Por Pedro Henrique Aragão
Postado em 12 de junho de 2016

Suceder um bom trabalho nunca foi tarefa fácil, ainda mais quando este trabalho se tornou uma obra prima, um dos melhores duma época, dum gênero em todos os tempos. Soma-se a isso, a cobrança que você recebe para produzir algo de igual ou maior magnitude, algo que lhe mantenha no topo ou lhe leve ainda mais além. Bem, foi com essa pequena responsabilidade que os monstros germânicos do rock, Scorpions, lançaram em 1988, Savage Amusement, seu décimo álbum de estúdio, e sucessor do multi-platinado e consagrado clássico, Love At First Sting.

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Lançado mais precisamente em 16 abril de 1988, a bolacha veio quebrar um hiato de quatro anos sem disco de inéditas por parte dos alemães, que lançaram nesse meio tempo o disco ao vivo World Wide Live. Savage Amusement foi um sucesso imediato, chegando a marca de um milhão de cópias vendidas nos EUA dois meses após seu lançamento. Rendeu ainda uma bem sucedida turnê que durou mais de um ano, culminando nas históricas apresentações no Moscow Music Peace Festival, ao lado de grandes nomes como Ozzy Osbourne, Bon Jovi, Mötley Crue, Skid Row e Cinderella; e apesar do peso dos nomes, naquelas terras soviéticas eles reinavam absolutos, fruto de dez apresentações fantásticas na cidade de Leningrado (atual São Petersburgo), que geraram To Russia With Love And Other Amusements, registro em vídeo de tais apresentações. Contudo, apesar do sucesso, o álbum foi um divisor de opiniões e não só entre fãs; o baterista Herman Rarebell adora o disco, mas o sexto Scorpion e produtor da banda Dieter Dierks, odeia-o de forma visceral.

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Encontro-me na categoria dos que amam o disco, mas não é difícil entender os que não gostam do disco, e sim, eles tem suas razões. Para contextualizar, devemos nos lembrar que o Def Leppard havia sacudido as bases do Heavy Metal com seus sintetizadores e seu estilo pop com o disco Hysteria (ahhh, eu amo esse disco!). Não sabemos ao certo se isso teve haver com o som do Savage, mas digamos que... Aquele som não era o que se esperava do quinteto teutônico.

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A bolacha começa com Don't Stop At The Top, que já deixa claro que aquele não seria um disco 'tradicional' do Scorpions. Se anunciassem que houvera uma nova troca de guitarristas na banda, acho que todos acreditariam, tal era a diferença no som. Segue com Rhythm of Love, a típica Power Ballad que deu um fio de esperança aos fãs puritanos que a primeira música foi só um deslize.

Ledo engano, a terceira música entrega o caminho das pedras, Passions Rules The Game; simplesmente adoro essa música com todas as forças desde a primeira vez que a escutei- um adendo, conheci o disco pelo vídeo dos shows em Leningrado- ou vi, neste caso. Um dos melhores refrãos que já escutei, todavia, aqui acentuasse a timbragem diferente de guitarras e os sintetizadores ganham força. O pior ainda estava por vir...

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MEDIA OVERKILL! Poderia estar certamente nas sobras de Pyromania ou Hysteria, os dois discos de diamante que o Def Leppard conseguiu com seu Heavy/Hard/Pop inglês. A canção começa com uma sobreposição de vozes e bateria, depois entre o Voice Box de Mathias e a guitarra de Rudolf, não, não é The Zoo, aqui o que se ouve não é nada que pudesse ser chamado de expoente do hard rock alemão. A próxima música, Walking on the Edge, continua no clima 'se acostumem com esse novo Scorpions', mas com uma qualidade bem melhor.

We Let It Rock...You Let It Roll, é um achado no disco, parece que sobrou do Love At First Sting, Scorpions em sua melhor forma, batidas aceleradas e um hino de arena para enlouquecer qualquer desavisado que achava não estar ouvindo uma banda de heavy metal. Every Minute Every Day no entanto, devolve o disco ao seu rumo original, algo que realmente ninguém pode negar que ele tenha, coesão. Love on the Run vem como uma pedrada no vidro levantando a adrenalina para o final do disco. O disco fecha com Believe In Love, que se não está a altura de Still Loving You ou Holyday, de jeito nenhum decepciona.

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Longe de ser um disco ruim, Savage é um ser fora da tribo na discografia do Scorpions- alienígena mesmo é Eye to Eye(eca!) - e isso acentuasse quando ouvimos o resultado de Crazy World, uma paulada que se parece mais como um sucessor de Love At First Sting. Além disso, em turnês recentes dificilmente é incluída alguma música do disco de 88.
Provando a mesma tese, temos o fato de que, a despeito do sucesso imediato do disco nas paradas, ele não manteve o pique e não vendeu muito além disso, enquanto seu antecessor e sucessor venderam bem e continuamente. Mas poderia ser pior, à época, segundo o baterista Herman, as primeiras composições foram todas rejeitadas por Dieter, por serem uma 'bosta'.

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Não é uma resenha propriamente dita, então não tenho nota para esse disco, simplesmente adoro suas músicas, mas compreendo sua estranheza dentro da discografia da banda alemã. Torço para que no show em Fortaleza, eles façam uma surpresa e incluam Rhythm of Love ou Passion Rules The Game (sim eu vou, já comprei, beijinho no ombro para as recalcadas).

PS: Vale a pena dizer que este foi o ultimo álbum produzido por Dieter Dierks, o sexto Scorpion.

PS²: Usei as denominações Hard Rock e Heavy Metal a vontade, os termos eram mais confusos nos anos oitenta e quem mais liga para isso são os fãs e não os artistas.

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Sobre Pedro Henrique Aragão

Bancário, estudante de administração e um apaixonado por Rock n'Roll. Amante do Hard Rock de bandas como Scorpions,Led Zeppelin e Guns n'Roses; não dispensa o Rock nacional de bandas como Legião Urbana, RPM, Engenheiros do Hawaii, Matanza e Cachorro Grande.
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