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Noturnall: Mais agressiva, moderna e seca que antes

Resenha - Back to F*** You Up - Noturnall

Por Marcos Garcia
Postado em 27 de maio de 2015

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Em geral, o segundo disco de uma banda é sempre aguardado com muita ansiedade. E este fator ainda se torna mais evidente quando falamos em uma banda de sucesso, reconhecida por um trabalho cujo nível é bem elevado. Óbvio que muitos ficam na torcida para algo dar errado, mas o NOTURNALL não deixou a peteca cair e volta com seu segundo álbum, cujo título é uma declaração aos detratores de seu trabalho: "Back to F*** You Up", que nos trás algumas ótimas surpresas.

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Mantendo o nível que encontramos em "Noturnall", em "Back to F*** You Up", a banda está mais agressiva, moderna e seca que antes, sem deixar o lado melodioso e progressivo de sua música de lado. Ou seja, o trabalho do NOTURNALL está ainda mais coeso, fruto de uma boa integração da banda. Thiago está mostrando uma versatilidade em sua voz muito boa, indo de tons mais agressivos e secos a outros melodiosos, sem perder a classe costumeira; ao mesmo tempo, Léo Mancini mostra-se um mestre nos riffs brutos e solos melodiosos, sem ficar se limitando apenas a um aspecto do instrumento; Juninho Carelli está se mostrando ainda melhor que antes nos teclados, com belas intervenções e enriquece cada música maravilhosamente; Fernando Quesada mostra-se ainda mais técnico no baixo que antes, sem deixar o peso de lado; e Aquiles Priester é algo de fenomenal na bateria, versátil e ilimitado. Ou seja, um time dos sonhos, que transforma a audição de cada uma das dez faixas do CD em uma experiência maravilhosamente prazerosa.

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Todo o trabalho de gravação foi feito no Brasil, desta vez, no estúdio Fusão, em São Paulo. E o nível de qualidade em relação a "Noturnall" não caiu em termos de gravação, mixagem e masterização. A sonoridade está ainda mais pesada que antes, embora mais seca (o que deu uma clareza extra ao trabalho do quinteto). A arte da capa chega a ser uma declaração de guerra, extremamente consensual com o conteúdo lírico do grupo.

O NOTURNALL mostra em "Back to F*** You Up" que marasmo ou o bom e velho dito popular de que "não se mexe em time que está ganhando" não é com eles. Eles sabem explorar todos os limites de sua música, com arranjos esmerados e uma dinâmica de andamentos explosiva. E isso resulta em algo vibrante, cheio de energia e cativante. Mas não se enganem: se preciso, eles colocam os limites musicais no chão e vão além.

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Após a introdução "Enquanto a Trégua Não Vem...", começa o massacre sonoro com a bruta e ganchuda "Back to F*** You Up", onde o trabalho de Thiago é perfeito (veja como os timbres variam muito bem, transitando harmoniosamente entre o agressivo e o suave) e a bateria dá um show em termos de técnica e peso. Em "Zombies (The Holy Trinity)" não dá para não ficar de boca aberta, pois temos um andamento envolvente, inserts mais jazzísticos e Prog, além de um trabalho de guitarras absurdo (o uso de timbres mais claros e limpos em certos momentos mais melodiosos deu um toque de requinte à canção), junto com Fernando mostrando uma técnica fenomenal no baixo. Outra paulada é "Fight the System", com um toque de groove acentuado (especialmente nos momentos em trechos em português são cantados), muitos momentos mais progressivos, embora no geral seja uma canção com aquela pegada pesada moderna bem azeda. Já "Major Cover Ups", sob todo peso e agressividade, pulsa uma forte noção melódica que nos prende pelos ouvidos, com muitos tempos quebrados e ótimo trabalho de Léo. E esses mesmos tempos quebrados e mais agressivos aparecem novamente na empolgante "Industry of Fear", outra em que baixo e bateria se destacam bastante, fora os teclados de Júnior estarem mais evidentes com efeitos bem encaixados, mais alguns toques de piano incríveis, dando aquele toque a mais de inovação. Um belo fundo de teclados etéreos e acordes limpos de violão e piano dão início a "This is Life", uma canção mais introspectiva, ou seja, uma balada pesada e cheia de emoção, com belíssimos vocais, bateria. "Green Disease" retoma o peso e agressividade, novamente com bela exibição técnica de baixo e bateria, mas mesmo com tudo isso, mais uma vez, a força da melodia surge, inclusive onde a emoção fica evidente (como no refrão). O trabalho das guitarras mais uma vez ganha maior expressão em "We Are Not Alone", outra em que os níveis de energia e técnica vão às alturas. Um pouco menos técnica e brutal é a pegajosa "Rise Now!", com uma pegada mais melodiosa e acessível, um dos pontos altos do CD (se é que podemos realmente dizer que há um ponto baixo nele), recheada de ótimos vocais, um refrão maravilhoso e riffs muito bem sacados. E fechando, temos a rápida, empolgante e raivosa "Sick and Tired of This All", onde mais uma vez Fernando e Aquiles mostram seu arsenal de técnica e peso.

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O NOTURNALL mostra que evoluiu, e que é um dos nomes mais fortes do Metal nacional. E "Back to F*** You Up" os credencia para vôos bem mais altos. E o CD está disponível para a pré-venda na Die Hard (http://www.diehard.com.br/lojaweb/detalhes.asp?codprod=34615&codtipo=1).

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Back to F*** You Up - Noturnall
(2015 - Independente - Nacional)

Tracklist:
01. Enquanto a Trégua Não Vem...
02. Back to Fuck You Up
03. Zombies (The Holy Trinity)
04. Fight the System
05. Major Cover Ups
06. Industry of Fear
07. This is Life
08. Green Disease
09. We Are Not Alone
10. Rise Now!
11. Sick and Tired of This All

Formação:
Thiago Bianchi – Vocais
Léo Mancini – Guitarras
Fernando Quesada – Baixo
Juninho Carelli – Teclados
Aquiles Priester – Bateria

Contatos:
http://noturnall.com/
https://www.facebook.com/noturnallband
http://www.twitter.com/noturnall
http://www.youtube.com/channel/UC_iaU7yqpRG5QASwN2dM_jA

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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