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Dream Theater: Sensação dúbia de apreço e frustração

Resenha - Breaking The Fourth Wall - Dream Theater

Por André Prado
Fonte: descafeinadoblog
Postado em 07 de outubro de 2014

Inevitavelmente acabo caindo na mesmice de dividir o Dream Theater em duas épocas: a era Mike Portnoy e pós Mike Portnoy. Como fundador da banda, ele tem importância direta na moldagem do que o Dream Theater é agora, e se eles são como são, devem isso a ele. Obviamente ele não era o único cabeça do grupo, John Petrucci é junto a ele era a principal mente criativa e voz ativa. Guitarra e bateria são o básico de uma banda de metal. Mas rolou toda a confusão da qual todo mundo já tá cansado de saber, e Petrucci assumiu e dividiu a liderança entre todos os membros fazendo até John Myung (baixista) falar externamente, quem diria.

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Acredito que desde o excelente "Six Degrees Of Inner Turbulence" o Dream Theater não entrega um álbum à altura a sua história. Temos álbuns muito bons na sequência, mas que na minha concepção não atingiram a qualidade deste. Black Clouds & Silver Linings foi o último álbum com Portnoy e o mais sombrio e irregular, uma consequência de que a banda precisava de novas ideias.

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A relação era estremecida e o som por consequência também se perdeu, aí a treta rolou e blá blá blá, cada um seguiu seu caminho e a banda escolheu por Mike Mangini. Após dois álbuns lançados com sua presença nas baquetas - sendo o auto intitulado "Dream Theater" com sua participação ativa na composição - a banda modificou seu som. Para melhor nem pior, apenas diferente; o que era natural de acontecer.

Ano passado a banda lançou seu primeiro ao vivo "Live At Luna Park", o que tradicionalmente serve para apresentar "a nova fase para os fãs" e documentar isso em vídeo. Confesso que nem me interessei em escutá-lo por ser um álbum com um setlist que não me chamava a atenção e por ser um compilado meio que lançado somente para "tapar buraco", fora do nível de qualidade que o Dream Theater sedimentou com seus ao vivos. Entretanto com "Breaking The Fourth Wall" a treta é diferente. Esse ao vivo lançado em CD triplo juntamente com o Blu-Ray, DVD duplo e em formato digital, foi gravado no Boston Opera House no mês de março desse ano e conta com a participação da orquestra da Berklee em algumas músicas, além de apresentar toda uma produção mais cuidadosa e um conceito por trás que é a quebra da quarta parede, vulgo, a relação com o público. Pra quem sabe quem é o Deadpool, sabe muito bem a relação da qual estou falando.

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O álbum abre com a pesada "The Enemy Inside" que é o single do último álbum lançado pela banda. Sinceramente o álbum me agradou e a música até funciona ao vivo, mas para os fãs mais antigos a música acaba não funcionando e sendo meio chata, E o peso segue com a "The Shattered Fortress" do último álbum com Portnoy nas baquetas e a melhor do BC&SL. Demasiadamente longa pra sua qualidade.

O primeiro CD contém além das duas músicas, "On The Backs of Angels", "The Looking Glass", Trial of Tears", a ótima e mais recente instrumental "Enigma Machine", e as baladas "Along For The Ride" e "Breaking All Ilusions. Parte que dá uma boa compilada na era Mangini nas baquetas e que tem a "The Looknig Glass" como destaque. Á exceção da "Trial Of Tears" do controverso e ótimo "Falling Ino Infinity" do distante ano de 1997, todas as outras músicas são de álbuns recentes da banda. Talvez a ideia era fazer isso propositalmente separando essa nova fase da antiga, afinal no segundo CD temos "The Mirror", o hit "Lie", "Lifting Shadows Off a Dream" e "Space Dye Vest dando um bom apanhado no clássico "Awake" de 1993 e apresentando músicas que não vinham sendo executadas ao vivo. Entendeu porque escolhi resenhar esse ao vivo? A épica "Illumination Theory" fecha o segundo CD.

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Já o terceiro CD é um apanhado do clássico "Scenes From a Memory" de 2001 que conta com a instrumental "Overture 1928" que abre a "Strange Deja-Vu", a também instrumental "The Dance Of Eternity" e fechando a tocante "Finaly Free", que também fecha o álbum da qual pertence.

Ficou evidente a transformação lenta que o som do Dream Theater sofreu dando muito mais atenção a guitarra de Petrucci - algo que se acentuou depois da saída de Portnoy. Portanto, a sensação que o álbum trouxe em mim é dúbia, tanto de apreço quanto de frustração. Com a compilação ao vivo que apresentou músicas que não abrangeram todas as épocas da banda, apenas álbuns específicos, ficou evidente a diferença da qualidade das músicas mais recentes para as antigas. Essa é uma opinião que cabe a cada um, mas é inegável que o Dream Theater perdeu um pouco daquela essência que tinha a anos atrás, e olha que não forço muito, é apenas desde 2002 pra cá, tem aqueles que voltam a 1993 - o que acho exagero. Outro ponto que causou certas estranheza a primeira audição foram os timbres de guitarra e principalmente bateria usados na mixagem, bem diferente da época com Portnoy por trás, da qual podia se ouvir os instrumentos de forma mais cristalina, e aqui é a pegada é mais "bagunçada". São escolhas. O resultado é apenas uma questão de costume e cá entre nós o resultado é bem mais satisfatório do que o pobre "Chaos In Motion", mas não adianta, acabei sentindo falta daquela qualidade que vi no épico "Score" por exemplo.

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Falar da performance dos músicos é chover no molhado, tecnicamente eles são muito bons e fizeram uma apresentação mais visceral das músicas, o que a mixagem quis também nos passar (?). A achei pobre. E Mike Mangini? Bom, dado a sua técnica nunca duvidei de como ele poderia dar conta do recado, é um músico tarimbado e com uma técnica impressionante, claro, que com seu jeito de tocar que não se compara a Mike Portnoy que era mais mirabolante e mais direto (quando queria).

Bom, gostando ou não, perdendo fãs ou não, o Dream Theater seguiu seu caminho. Acertadamente, já que Portnoy é um genial cabeça-dura. Eu pessoalmente gostei do "Dream Theater" lançado ano passado, é uma nova visão, uma nova banda, um novo som. Um recomeço. A mentes fechadas ele soa péssimo, mas a mentes mais abertas ele é excelente. Prefiro ficar no meio termo, sempre esperando que a capacidade desses músicos me surpreenda, e apesar de ter gostado de "Dream Theater", acredito que ficou aquém do que eles já realizaram. Álbuns ao vivo trazem momentos passados das bandas, e ele meio que trouxe o sentimento ruim da qual senti com o último trabalho de estúdio: personalidade.

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Tracklist:

CD 1

1. "The Enemy Inside" 6:18
2. "The Shattered Fortress" 12:45
3. "On the Backs of Angels" 8:48
4. "The Looking Glass" 4:46
5. "Trial of Tears" 15:23
6. "Enigma Machine" 8:21
7. "Along for the Ride" 4:53
8. "Breaking All Illusions" 12:29

CD 2

9. "The Mirror" 6:47
10. "Lie" 7:56
11. "Lifting Shadows Off a Dream" 6:27
12. "Scarred" 11:41
13. "Space-Dye Vest" 7:48
14. "Illumination Theory" 19:25

CD 3

15. "Scene Two: I. Overture 1928" 3:41
16. "Scene Two: II. Strange Déjà Vu" 5:09
17. "Scene Seven: I. The Dance of Eternity" 6:16
18. "Scene Nine: Finally Free" 9:56

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