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U2: Novo trabalho pode ser resumido como sendo saudosista

Resenha - Songs of Innocence - U2

Por Doctor Robert
Postado em 14 de setembro de 2014

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Recentemente Ian Gillan, do Deep Purple, reclamou em entrevista sobre o rótulo "Classic Rock" que foi criado nos últimos tempos, como se fosse um gênero musical, tornando-os reféns de "Smoke On The Water" e "Highway Star", pois aparentemente o público não se interessava pelas músicas novas. O U2, uma banda que não cansa de surpreender, fez o contrário e abraçou de vez o rótulo com este trabalho saudosista contando com a parceria da tecnologia moderna – envelhecendo junto aos seus fãs mais antigos e abraçando a garotada que continua a descobrir seu som. Numa jogada de marketing junto à Apple durante o lançamento do cobiçado iPhone 6 o quarteto irlandês lança gratuitamente seu novo álbum, "Songs of Innocence" – dizer que é um lançamento exclusivo para usuários do sistema iOS seria de uma inocência sem tamanho, com o perdão do trocadilho, visto que o álbum neste momento já deve estar pipocando por diversos servidores de download e torrents mundo afora...

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Com o lançamento oficial (do CD físico) previsto para o próximo mês, Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen se tornam o centro das atenções no mundo musical, tanto pela mídia quanto pelos fãs – com certeza 99,9% dos seguidores do grupo já deve ter ouvido as novas canções neste momento, recriando aquele clima de quando não havia internet e todos corriam para as lojas para comprar um disco novo e voavam para a casa para ouvir.

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Marketing à parte, o novo trabalho do grupo pode ser resumido em uma palavra: saudosismo. E o saudosismo citado acima, de criar um alvoroço com o lançamento de um disco, é apenas um dos diversos tipos que vêm à tona. Há algum tempo o U2 já sinalizava que este álbum seria uma volta aos velhos tempos, e o que vemos, tanto nos conteúdos das músicas quanto na parte gráfica do álbum é uma verdadeira viagem no tempo.

A começar pela capa, que reproduz um disco de vinil dentro de uma embalagem branca apenas com o logo da banda e a sigla "LP" manuscrita em destaque. Já no encarte (sim, o trabalho completo foi disponibilizado digitalmente), tudo escrito reproduzindo as velhas máquinas de datilografia (que a garotada de hoje em dia não deve nem sonhar o que seja). E as letras, escritas a quatro mãos por Bono e The Edge, todas remetem a momentos pessoais do grupo, tudo devidamente explicado no encarte.

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Há homenagens aos grandes ídolos: "The Miracle (of Joey Ramone)", que já diz tudo em seu título – e em sua letra onde lembram da primeira vez que ouviram aos Ramones ("O som mais bonito que já ouvi") ; "California (There is No End to Love)", cujos vocais iniciais já entregam que trata dos Beach Boys – Bono relata no encarte que em sua primeira visita à Califórnia, fazia questão de ir à casa de Brian Wilson, pois imaginava um piano no meio da areia da praia; "This Is Where You Can Reach Me" por sua vez é dedicada a Joe Strummer, do The Clash – inspirada em um show assistido por eles ainda garotos, em 1977 (no encarte: "Joe Strummer era um soldado e sua guitarra era sua arma").

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No túnel do tempo do disco, revisitamos ainda o U2 de "Achtung Baby" em "Sleep Like a Baby Tonight" e ainda a sonoridade do grupo no começo deste século – "Song For Someone", belíssima canção que fala de amor, poderia perfeitamente fazer parte de "All That You Can’t Leave Behind".

Há ainda espaço para temas mais pessoais, como "Iris (Hold Me Close): numa sonoridade U2 clássica, com as guitarras reverberadas de The Edge, Bono relembra a perda da mãe quando ele ainda era adolescente. Um clássico instantâneo. Já em "Every Breaking Wave" criador e criatura se fundem: o U2 aqui apresenta alguns ecos de Coldplay, banda fortemente influenciada por eles próprios, numa canção que pode desagradar alguns, mas com certeza vai ganhar a maioria dos ouvintes.

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Na moderninha "Volcano", Bono brada: "VOCÊ É ROCK N ROLL / VOCÊ E EU SOMOS ROCK N ROLL", em uma das faixas onde o U2 soa mais contemporâneo em todo o álbum, assim como na faixa final "The Troubles", com suas influências eletrônicas e participação da cantora sueca Lykke Li. Deve gerar também algumas controvérsias...

Resumindo, o U2 mudou, "só que não"... que bom!

U2 - Songs of Innocence

Produzido por Danger Mouse, Paul Epworth, Ryan Tedder, Declan Gaffney e Flood

1 – "The Miracle (of Joey Ramone)"
2 – "Every Breaking Wave"
3 – "California (There Is No End to Love)"
4 – "Song for Someone"
5 – "Iris (Hold Me Close)"
6 – "Volcano"
7 – "Raised by Wolves"
8 – "Cedarwood Road"
9 – "Sleep Like a Baby Tonight"
10 – "This Is Where You Can Reach Me"
11 – "The Troubles"

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Sobre Doctor Robert

Conheceu o rock and roll ao ouvir pela primeira vez Bohemian Rhapsody, lá pelos idos de 1981/82, quando ainda pegava os discos de suas irmãs para ouvir escondido em uma vitrolinha monofônica azul. Quando o Kiss veio ao Brasil em 1983, queria ser Gene Simmons e, algum depois, ao ver o clipe de Jump na TV, queria ser Eddie Van Halen. Hoje é apenas um bom fã de rock, que ouve qualquer coisa que se encaixe entre Beatles e Sepultura, ama sua esposa e juntos têm um cãozinho chamado Bono.
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