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Electric Blues Explosion: obrigatório a uma coleção que se preze

Resenha - Strenght To Go On - Electric Blues Explosion

Por Felipe Cipriani Ávila
Postado em 27 de julho de 2014

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Electric Blues Explosion é uma banda gaúcha de blues rock que impressiona até os mais incrédulos e céticos quanto ao futuro da música de um modo geral. O nível de excelência, bom gosto e sofisticação alcançado no segundo trabalho de estúdio do quarteto, "Strenght To Go On", é muito mais do que simplesmente elogiável. É até difícil descrever a satisfação de ouvir tamanha obra-prima musical!

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Formado e idealizado pelo soberbo guitarrista e vocalista Rodrigo Campagnolo, o conjunto gaúcho é muito mais do que uma grata surpresa para o cenário musical nacional e mundial. Tendo o seu ponto de partida em 2006, possui outro trabalho na bagagem, "Draw The Line", debut lançado de forma independente no final de 2011. Temos no álbum a ser analisado uma musicalidade e comprometimento que surpreende os mais desavisados. Tudo impressiona e "salta aos olhos", seja a emblemática arte de capa, a embalagem, que embora seja simples, é muito bonita e informativa, até o mais importante, claro, o conteúdo. Além do segundo álbum de estúdio, temos também um excelente DVD, que contêm a gravação ao vivo da apresentação que ocorreu no Teatro Professor Valentim Lazzarotto, na cidade de Caxias do Sul, nos dias cinco e seis de março de 2013. O conteúdo deste é de extremo bom gosto e mostra uma banda de talento ímpar, formada por músicos incríveis, muito entrosados e comprometidos com a própria arte. Privilegiado é quem pôde presenciar tal apresentação!

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No que diz respeito ao já mencionado segundo álbum de estúdio, "Strenght To Go On", provavelmente soará clichê abordar tudo de tal maneira, mas é até complicado explicar a miscelânea de sentimentos e emoções que a audição integral é capaz de proporcionar. A faixa título de abertura já envolve e prende até o mais despretensioso ouvinte, com um trabalho de guitarra classudo e notável, aliado a ótimas camadas do tecladista Graziano Anzolin. O vocal prontamente chama a atenção, com inspiradas e belíssimas linhas, daquelas que dá gosto de se ouvir. O talento incomparável de Rodrigo Campagnolo é indubitavelmente digno de elogio, pois além de ser um grande vocalista é também excepcional como guitarrista. Voltando à faixa título, temos aqui um tema repleto de elegância e classe, com um instrumental muitíssimo envolvente e bem trabalhado. O solo de guitarra aqui presente é melódico, bonito, climático, do tipo que se toca com a alma e o coração. Não poderia haver modo melhor de se iniciar o álbum, com toda a certeza. Sem muito tempo para respirar, logo somos brindados com uma introdução lindíssima, com uma entrada vocal repleta de sentimento e emoção. A voz de Rodrigo é muito especial e logo encanta o ouvinte, prendendo-o a todas as nuances e viagens da canção. "Cowboy Hat" logo fica mais encorpada, intercalando momentos mais enérgicos, com ótimos riffs de guitarra, a outros mais climáticos e repletos de paixão. A banda toda é extremamente talentosa e entrosada. O solo de guitarra é, em mais uma entre várias ocasiões, de "cair o queixo", sendo muito diferenciado e de bom gosto. Incrível tema, que mantêm o ouvinte entusiasmado e na expectativa do que ainda virá pela frente. E a viagem musical continua mágica, repleta de momentos brilhantes e memoráveis. "Drawned Again" já começa marcante e característica, com linhas vocais cativantes. O refrão é muito bem construído, daqueles que logo ficam guardados na mente. O bom gosto imprimido pelos instrumentistas é bastante elogiável. Graziano Anzolin merece menção pelo ótimo solo de teclado e pela sua performance integral na faixa em questão. A guitarra e o teclado se "comunicam" em perfeita harmonia, com solos que são muito criativos e versáteis. É aquela canção tão acima da média que quando se imagina não haver possibilidade de melhora, o quarteto consegue se superar e nos surpreender ainda mais. Já em "Lines In The Sand", temos uma verdadeira pérola, com um princípio acústico muito bonito e envolvente. Há belíssimas linhas vocais jungidas a um instrumental que não cansa de impressionar, seja nas partes mais vigorosas, seja nas partes mais emocionais. O refrão, então, é de um encanto e simplicidade ímpar. É gratificante demais se ver diante de um material tão bonito e bem caprichado. Exagero? Ouça por si só e comprova. Uma banda dessa estirpe merece muito mais atenção e reconhecimento do público e mídia especializada. Seguindo a ordem das faixas, temos "Just Fine", um tema com uma abertura "arrasa quarteirões", repleto de força e empolgação, com a energia no máximo. Esta é daquelas músicas para ficar cantarolando o dia todo, nos fazendo esquecer todos os percalços e problemas da vida. As seis canções seguintes mantêm o altíssimo nível de qualidade e bom gosto. "Tell Me" é outro tema de muito bom gosto, repleto de momentos marcantes. Incrível como as melodias vocais e instrumentais são poderosas, de modo que o ouvinte logo se sente imerso na magia da música, sem nenhuma dificuldade ou esforço. Eis uma bela mostra do quão transcendental a arte é e como ela toca profundamente o coração e a alma. "For So Long" é nada menos que belíssima. Feche os olhos e sinta os belos solos de guitarra... Fantástico! "Back To You" tem uma introdução classuda e sacana, com um vocal que logo captura o ouvinte. É uma daquelas canções ótimas para se ouvir com um bom uísque a tiracolo, para relaxar e se desprender dos problemas do cotidiano. Ela varia entre momentos mais encorpados e enérgicos, até outros mais atmosféricos e envolventes. A nona faixa, "Point Of View", já se inicia com ótimas linhas de contrabaixo bem evidentes, com o vocal bem criativo e singular. Outro momento para relaxar e refletir. Deveras injusto tentar descrevê-la! Ouça e sinta por si só! Notou, prezado leitor, que o ritmo, empolgação e emoção não diminuíram até agora? Então, como pode ser observado, não há destaques isolados, o conjunto da obra é muito rico, sendo indispensável a audição integral. As duas últimas canções do play fecham tudo com "chave de ouro". "House Of Beer" é muito animada e sofisticada. Aliás, como uma música com esse título poderia ser ruim? Já "Spittin’ Out", com duração de menos de três minutos, encerra tudo de modo mais do que satisfatório.

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"Strenght To Go On" é uma verdadeira obra-prima musical, não apenas recomendável aos fãs de blues e southern rock, mas a todo bom apreciador de música feita com garra, coração, alma e amor. Magnífico trabalho, nada menos do que isso! A banda merece muito mais do que aplausos e congratulações. Item obrigatório na sua coleção! Não perca tempo e corra atrás da sua cópia!

Formação da banda:
Rodrigo Campagnolo – Voz, guitarras, violões (12 e 6 cordas) e contrabaixo em "Point Of View"
Graziano Anzolin – Teclados
Nino Henz – Contrabaixo
César de Campos – Bateria

Participações especiais: Toyo Bagoso (harmônicas) e Vini Rocha (washboard) nas faixas "House Of Beer" e "Spittin’ Out".

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Faixas:
1 – Strenght To Go On
2 – Cowboy Hat
3 – Drawned Again
4 – Lines In The Sand
5 – Just Fine
6 – Tell Me
7 – For So Long
8 – Back To You
9 – Point Of View
10 – House Of Beer
11 – Spittin’ Out

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Sobre Felipe Cipriani Ávila

Headbanger convicto e fanático, jornalista (graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas), colecionador compulsivo de discos, não vive, de modo algum, sem música. Procura, sempre, se aprofundar no melhor gênero de música do mundo, o Heavy Metal, assim como no Rock'n'Roll, de um modo geral, passando pelo clássico, pelo progressivo, pelo Hard setentista e oitentista, e não se esquecendo do Blues. Play It Loud!
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