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Queen: Fundamental para todos amantes do bom e velho rock'n'roll

Resenha - Queen II - Queen

Por Raphael Chermont
Postado em 12 de junho de 2014

1974. Um novo ano se iniciava para a banda inglesa promissora, que poucos meses antes em 1973 lançara seu primeiro disco. A recepção planetária de seu primeiro álbum intitulado 'Queen' não tinha sido o bastante para eles aceitarem a nova condição de rockstars. E sinceramente, não estavam satisfeitos. Eles queriam surpreender mais. Eles queriam mostrar ao mundo o que é o Queen.

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O Queen ainda não tinha grana. O Queen não tinha nem estúdio pra gravar (ou melhor tinham sim, gravavam nos estúdios Trident, famoso estúdio de Londres onde estrelas como David Bowie e Elton John utilizavam para gravações, porém o Queen só podia utiliza-lo em horários onde ninguém gravaria, ou seja, de madrugada). Durante a sua primeira turnê, o grupo era apenas coadjuvante, conseguiam somente abrir shows para a banda 'Mott The Hoople' (por sinal, grandes amigos deles). Mesmo com pouca moral, o Queen já surgia como uma promessa muito grande ao público, principalmente pela sua originalidade nos traços únicos de 'opéra-rock' artísticos. Um novo álbum já estava sendo idealizado mesmo quando 'Queen I' acabara de estrear (é aquela história que contei de gravar no estúdio de madrugada, o tempo era pouco, eles então gravaram dois discos como se fosse um só). Esse segundo álbum se intitulou Queen II, um álbum que Brian May já afirmou em uma antiga entrevista ser o melhor álbum do Queen. E ele está certo. Quer dizer, não está certo, pra mim todos os álbuns do Queen são os melhores (até o pop-dance-funk-soul-r&b 'Hot Space'). Sem mais blablabla, Queen II é fundamental para qualquer ouvinte e amante do bom e velho rock n roll. E para quem ainda não sabe da onde surgiu o Queen, sejam bem vindos ao mundo do Queen, parte II.

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A Capa do Álbum:

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Os dois lados do LP original simbolizavam literalmente o lado branco e lado negro da banda, ou melhor dizendo, da Rainha. Na capa de frente o lado negro, na contracapa o branco. No 'black side', músicas com temas mais pesados, fortes e até sombrios. Já no 'white side', músicas leves e emocionais. Todos já devem ter notado a famosa capa black side que lembra o videoclipe da gloriosa 'Bohemian Rhapsody', só que esse clássico nem existia (nem era imaginado, acredito eu), 'Bohemian Rhapsody' apenas foi criada um ano depois no épico álbum 'A Night At The Opera' (1975). O lado negro foi composto inteiramente por Freddie e isso não é surpresa, ele mesmo disse em entrevista naquela época que queria demonstrar seu lado sombrio para essa parte do álbum. E ao contrapartida, surge Brian May como compositor principal para o lado branco, o lado mais 'angelical'.

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Procession – Faixa 1

Aqui uma amostra do poder 'guitarrítmico' de Brian May, que já se destacava na época pela sua maneira única e distinta de tocar guitarra, como nenhum outro guitarrista. Como já sabemos, Brian May tinha sua guitarra produzida por ele mesmo, com ajuda de seu pai. O som característico da 'RedSpecial' soa num ritmo de funeral em 'Procession', com pulsos cardíacos ao fundo. Apesar do feeling estilo 'lado negro', a canção está contida no 'lado branco', as guitarras então não estão sombrias, apesar da levada nuviosa. A faixa é especialmente contida com apenas solos de guitarra de Brian May, muito aprovada, é sim um bom prato de entrada para Queen II.

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Father to Son – Faixa 2

Um ponto positivo característico do álbum é que as faixas não terminam uma pela outra. Enquanto uma faixa está quase terminando, ao mesmo tempo outra está começando e isso em um mesmo ritmo/harmonia onde parece que as músicas são uma só. E é muito legal isso, o álbum fica ainda melhor. 'Father to Son' é muito especial. Ela começa lenta, suave, e depois surge feroz e abdominável em um hard rock puro. A letra foi muito bem escrita por Brian, conta sobre a relação entre pai e filho, muitas vezes conturbada pelo filho não prefirir escutar o que seu pai quer dizer. Destaque máximo para a voz poderosa de Freddie. Ponto altíssimo do álbum.

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White Queen – Faixa 3

A Rainha Branca está aqui.. tão triste e tão frágil. Canção- poema brilhantemente escrita também por Brian May. E a melodia calma nos traz um lado bem emocional pra faixa, a letra da música me leva a crer em uma sedução pura que o eu-lirico sente pela Rainha, talvez uma paixão platônica, mas também doce. Canção com um rock n' roll puro, Freddie e Brian começam em um acústico e depois surgem Roger e John Deacon para completar a canção em picos de um hard rock envolvente. Mais um ponto alto no álbum, grande canção. O álbum só tá começando..

Some Day One Day – Faixa 4

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Nesses primeiros anos do Queen até os anos oitenta, cada membro do Queen gostava de cantar uma canção em especial que compusesse, menos John Deacon que não tinha dom para cantar. Brian May tinha características para ser um bom vocalista se não desse tão certo em sua guitarra. Essa música ele fez cantou de cantar. É uma faixa bem tranquila, calma, Brian conduz acusticamente com seu violão, alternando em breves momentos com guitarra. Uma boa canção para se ouvir em um ambiente natural, uma boa opção para relaxar..

Loser in the End – Faixa 5

Mais uma vez não é Freddie no vocal e sim o baterista Roger Taylor. Roger também tem um vocal bem potente, sua voz rouca é diferente e se sobressai em muitos backvocals que faz, principalmente ‘Bohemian Rhapsody’ em que ele produz uma ópera aguda perfeita em seus gritos. Como pode? Voz rouca cantando agudo? Ele é capaz. Essa canção, assim como 'Some Day One Day', não há muito blablabla. É um rock muito direto ao ponto, mas confesso não ser um dos meus favoritos em 'Queen II'. É a única faixa escrita por Roger no álbum.

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Ogre Battle – Faixa 6

A partir daqui se inicia o 'Black Side', o lado negro do álbum. E aqui conhecemos uma das primeiras canções heavy metal que surgia na época. Na minha opinião, uma das melhores canções feitas pelo Queen e curiosamente para alguns novos fãs ela ainda soa um pouco 'desconhecida'. Décadas depois, um jogo japonês de RPG lançado para o vídeogame SuperNintendo se inspirou nessa canção, não só nessa mas também na canção The March Of The Black Queen, contida também nesse álbum e aí fizeram um game bem interessante. O game se chama Ogre Battle/The March of The Black Queen. É difícil destacar uma parte preferida dessa canção pois ela é muito foda. Incrível ouvir (e se assustar) com o back vocal de Roger Taylor gritando um agudo logo no inicio da canção. E a partir daí, um heavy metal puro com guitarra nervosa e bateria em ação, sem parar. E só essa explosão de sonoridade só para com novos gritos de Roger com Freddie e, sem surpresas, Freddie retoma a canção e a conduz com toda sua singela maestria. Narrar música não é das minhas, é melhor botar essa parada aí no ouvido e se deixar levar. E muito importante, não ouvir essa música ao último volume é pecado extremamente mortal. 'Come to Ogre Battleeeeeeeeeeee'

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Fairy Feller’s Master Stroke – Faixa 7

Uma música inspirada em uma pintura do artista inglês Richard Dadd, onde a canção faz referências aos personagens da tela. Sim, o Queen fez uma música inspirada em uma pintura de arte. Incrível não? A canção narra essa história de fantasia, e como estamos vendo, esse álbum é muito cheio disso, é rico em poesias, histórias e fantasias. Essa música é bem diferente, tanto na letra poética quanto na melodia, um rock bem gostoso de se ouvir. E claro, sempre com um toque de Ópera, uma característica única do Queen.

Nevermore – Faixa 8

Talvez, podemos intitula-la também como uma 'pré-Love of My Life'. Sim, essa canção na minha opinião se assemelha muito com esse hino romântico, pois além de ser também muito romântica, ela abriga em sua letra temas de abandono e tristeza amorosa, presentes também em 'Love Of My Life'. 'Nevermore' possui poucos um minuto e dezenove segundos de música mas é grandiosa. Freddie já se mostrava um grande pianista. Outro ponto alto do álbum, já tá chato ficar falando isso.. Faixa linda demais.

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The March of The Black Queen – Faixa 9

Essa canção de 6 minutos e meio pode ser a faixa mais pesada do álbum ao lado de 'Ogre Battle' em todos os sentidos, ritmo, letra.. Ao contrário da White Queen, aqui temos a Black Queen: a rainha má e severa. Essa canção heavy metal para muitos fãs que sabem escolher a dedo a melhor música da sua banda favorita (eu não me incluo nessa), é a melhor que o Queen já fez em sua história, ultrapassando muitos de seus hinos. Grande dosagem de ópera e rock’n roll, 'The March of the Black Queen' veio antes de Bohemian Rhapsody e também vejo semelhanças entre as duas canções. Escolher a melhor entre as duas? Não ousarei responder. Entretanto.. quem veio primeiro mesmo?

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Funny How Love Is – Faixa 10

Canção simples e com um ritmo leve de se ouvir. Freddie trata o amor com leveza, descontração, em cada trecho há a afirmação 'funny how love is' e um exemplo de como o amor pode ser realmente engraçado. Não é uma música 'sombria', mas está no 'black side'.

Seven Seas Of Rhye – Faixa 11

O Queen já havia lançado essa canção no seu primeiro álbum, só que lá era apenas instrumental. E eles acertaram em cheio em fazerem essa releitura para a canção. Humildemente para mim, é uma das melhores canções deles de todos os tempos, inclusive está merecidamente contida no primeiro Greatest Hits do Queen. Tão especial e querida essa canção que foi tocada até nos últimos shows de Freddie vivo. Um grand finale para um álbum histórico de uma banda que surgia para nunca mais ser esquecida.

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Após Queen II, no mesmo ano de 1974, o quarteto não perdeu tempo e construiu um novo álbum capaz de ser tão surpreendente quanto Queen II, falo de 'Sheer Heart Attack', um álbum que culminou no reverenciamento total pela realeza Queen. Os súditos já conseguiam enxergar que estavam diante de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.

White Side:
1. "Procession" (Instrumental) 1:12
2. "Father to Son" 6:14
3. "White Queen (As It Began)" 4:34
4. "Some Day One Day" 4:23
5. "The Loser in the End" (Roger Taylor) 4:02

Black Side:
1. "Ogre Battle" 4:10
2. "The Fairy Feller's Master-Stroke" 2:40
3. "Nevermore" 1:15
4. "The March of the Black Queen" 6:33
5. "Funny How Love Is" 2:50
6. "Seven Seas of Rhye" 2:50

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Gravadora: Hollywood Records
Produção: John Anthony, Roy Thomas Baker e Queen

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Sobre Raphael Chermont

Carioca da gema, Aquariano da alma. Respira a banda Queen desde os 11 anos de idade. Idolatra Freddie Mercury. Venera Brian May. Cultua Roger Taylor. Glorifica John Deacon. Mesmo tendo nascido na década de 90 (1992), acha que tem espírito de velho pois só ouve música antiga. Eu já mencionei que a banda favorita dele é o Queen?
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