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Resenha - Pariah's Child - Sonata Arctica

Por Raphael Freitas
Postado em 01 de abril de 2014

Nota: 9

O quinteto finlandês SONATA ARCTICA esteve recentemente em turnê pelo Brasil e superou as expectativas dos fãs por onde passou. Até por isso, muitos fãs estavam ansiosos pelo novo registro deles, intitulado "Pariah’s Child". Com uma promessa de resgate dos elementos que os colocaram na boca e nos music players dos amantes do Power Metal até 2004, o álbum veio para colocá-los de novo entre as cabeças do Power (e agora do Prog) Metal. Deu certo.

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Um lobo, que sempre foi o símbolo deles, na capa, a volta pelo logo usado até a coleção "Deliverance" de 2008 e as próprias entrevistas com os integrantes da banda prometiam um disco mais animado que o mal-visto "The Days of Grays" e o bom "Stones Grow Her Name". O álbum cumpre o que promete, deixando até uma sensação de "quero mais" ao final. O grande destaque, novamente, é Henrik ‘Henkka’ Klingenberg, merecendo cada vez mais um posto nas listas de melhores tecladistas do gênero incluindo harmonias que ora relaxam, ora ativam até aquele último neurônio adormecido do ouvinte. Tony, como sempre, nos presenteia com vocais sólidos, apesar de gritar muito em momentos desnecessários. A chegada de Pasi Kauppinen para assumir a vaga de baixista deixada por Marko Paasikoski deu uma nova cara aos ritmos da banda. Só em "The Wolves Die Young" o baixo já ganhou mais espaço do que em todas as músicas dos CDs anteriores juntas.

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O CD começa com "The Wolves Die Young", primeiro single relacionado a este álbum e já conhecido pelo público. Convenhamos, não é o power poderoso (redundante, não?) dos primeiros álbuns da banda, mas é bastante animada, o refrão pegajoso e fácil de cantar ajuda bastante, tanto que já é bastante acompanhada nos shows ao vivo. É o cartão de visitas de Pasi Kauppinen, com uma técnica de baixo jamais vista no Sonata. A entrada de teclado de Henkka deixa a música com um tom animado, e até natalino. Esse clima "festivo" acompanha a música até o seu final, realmente é uma boa pra se escutar em momentos alegres.

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Passou a euforia dos lobos que morrem jovens para uma linha de bateria que lembra bastante a usada nos primeiros álbuns, um som de carros de corrida e uma entrada bem power que, se forçar um pouco, parece com a My Selene. A "Running Lights" enche o ouvinte mais saudosista de expectativa, que logo se acaba nos primeiros versos. Gente, vamos entender uma coisa: o Sonata nunca vai voltar ao power de origem, mas sempre vai ficar flertando com ele, e aí está o exemplo. Esta é a mais rápida das músicas do álbum: nada mal para uma letra que fala de velocidade. É estranha no início, mas logo ganha o ouvinte.

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"Take One Breath" é uma música que chama atenção logo no início, pois põe à prova o entrosamento da banda com acordes bastante ricos e instáveis e que nunca foram vistos antes nos álbuns do Sonata. O metrônomo no início e o ritmo da música se confundindo com ele dão uma espécie de nó no cérebro – uma pegadinha do Tommy para nós. O som do teclado de Henkka dá realmente uma ótima sensação quando se escuta. Em si é uma ótima música e, se for pra ser assim, espero que a banda fuja do padrão novamente. Destaque para Tony que brinca com a voz nessa.

Logo depois, a música que eu achei a melhor do álbum. "Cloud Factory" é daquelas que têm uma habilidade especial de ir nas nossas glândulas supra-renais e mandar elas nos encherem de adrenalina. Um refrão longo, mas com melodia bem criada. Se no álbum passado o Elias ‘E.Vil.’ Viljanen ficou totalmente em segundo plano, esta música dá um destaque maior para o trabalho do guitarrista. Foi o segundo single lançado – e tem tudo pra galera cantar o "the cloud factory!" do fim do refrão nos shows.

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"Blood", só pelo título, dá uma intenção sombria. E assim é o início: parece que eles andaram ouvindo os seus conterrâneos do Lordi... Logo depois, ela se mostra uma música mais comedida, em mid tempo, que a princípio não empolga. Mas dê pelo menos 3 minutos de chance para a música... depois do 3º minuto, vem o momento que o fã saudosista do Sonata mais queria no álbum inteiro: rapidez, melodias pegajosas, solo, um breakdown abrupto... Mesmo eu que não gostei do início dela, escuto bastante só pela segunda metade.

A música mais, digamos, ideológica do CD está em "What Did You Do in the War, Dad?" – afinal, todos os CDs do Sonata (exceto o Ecliptica) têm que ter uma música com um título avantajado. Lembra a The Day – do Stones Grow Her Name – no início, uma melodia triste e bela, mas na metade ela adquire características bastante progressivas e, digamos, finlandesas – e eu gostei do esforço dos finlandeses em deixar o som mais complexo. Admiro prog metal, e essa complexidade aumentada está sendo um desafio para todos, mas estão conseguindo vencer e bem. Henkka que o diga, faz um trabalho perfeito nessa música.

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Acho que o pessoal da banda percebeu que colocar elementos puxados pro country/folk nas músicas funcionou bem com Cinderblox, no último CD, e assim começa "Half a Marathon Man". Mas ela começa tão tranquila, parece que vai ser mais uma balada triste do Sonata... Ledo engano. Quando se menos espera, uma música empolgada, com Tony cantando como se fosse a última música da vida dele. Se você é daqueles que gostam de ouvir a música e cantar junto, solto aqui um ALERTA DE VÍCIO: não vai ser fácil evitar o "it’s a beautiful day!" em locais públicos. Minha única crítica para esta música vai para o final dela: tudo bem ela resgatar o início, mas a transição foi muito abrupta. Para uma música regular como ela foi, ficou estranho.

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Recuperando-se da canseira de uma meia-maratona matadora, vem a "X Marks the Spot". Certo, essa aí é o joio no meio do trigo, a merda no meio do jardim de flores, a Land of the Free no meio do álbum "Silence". Mais um flerte com o power das antigas, mas com tanta inovação que chegou a ser forçada que a música fica totalmente estranha, sem sentido algum. Sonata Arctica, vocês são fodas no que fazem, não tentem ser o Yes!!! Não sei se, em alguma entrevista, o Tony vai explicar o fato dessa música ser assim. É claro que a música ficou intencionalmente estranha e forçada, e não dá pra ouvi-la sem uma cara de "que merda é essa?" sem uma explicação. Nem o teclado de Henkka conseguiu salvar essa.

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Então nosso coração cheio de ódio se depara com uma balada de 3 minutos chamada "Love". Ouso dizer que esta música veio pra substituir Tallulah como a música que os fãs do Sonata vão dedicar para suas namoradas. Primeiro: o clima que a música traz não é de tristeza, mas de tranquilidade. Segundo: a letra não é de CORNO que nem a Tallulah, mas sim de amor correspondido. Terceiro: tudo foi bem dosado nesta música, é o ponto alto pra quem gosta do lado mais ‘doce’ de Tony e cia. O destaque, claro, vai pra Tony e sua altíssima inspiração para canções de amor. Com essa música, "we are in love"!

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Pra finalizar de ótima maneira, "Larger Than Life" traz em sua longa extensão o resultado final dessa mistura power/prog/estilo-específico-do-Sonata. Um começo que nos faz viajar, até um pouco cinematográfico, com toda a versatilidade de Tony e – DO NADA – uma mudança abrupta, uma total mudança de história. Normal em músicas longas do prog. A música fica louca, empolgante... pra depois se acalmar novamente. Como se fosse um ataque de fúria, um burnout que logo passou. As harmonias orquestrais na metade da música são dignas de serem uma música separada. Trazem um ótimo clima, uma sensação de realmente estar em calma, em paz. Pra quem gosta de prog metal, vai lembrar a "Embrancing Circle", parte orquestral da música "Illumination Theory", do DREAM THEATER. Só que, desculpe-me Jordan Rudess, desculpe-me Eren Basbug, desculpem-me os fãs sempre ortodoxos do DT: o Sonata conseguiu melhorar o que já era perfeito. Sem contar que a Larger Than Life continua com sua calma, sua viagem transcendental pela vida, animando aos poucos, arrepiando. O fim dela é uma coroação de ouro de 10 minutos, da faixa 10, de um CD que por pouco não ganhou 10.

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O destaque negativo vai para Elias Viljanen, que parece ter medo de ser o destaque, exceto em pequenas partes de Running Lights e Cloud Factory. Faz bem o feijão-com-arroz, mas quando é na hora de ele fazer o nome dele, ele se esconde. Talvez este CD fosse mais animado com o ex-guitarrista Jani – que anda fazendo ótimos projetos com o vocalista Timo Kotipelto, do STRATOVARIUS – porque o ruivo tinha mais criatividade para o Power. Em geral, vai ser, junto do Silence e do Reckoning Night, os CDs mais tocados da banda em meu player.

Convenhamos, os finlandeses não querem simplesmente colocar o metrônomo no 170 e desfilar velocidade assim. Eles não vão voltar de uma vez, eles agora têm fãs diferentes, é mais responsabilidade agradar a todos, tem que ter um ponto de equilíbrio que não sei se alguma banda de prog/power metal conseguiu. Aos poucos, o Sonata vai encontrando o ponto certo. E assim, vai continuar atraindo fãs por todo o mundo, não só pelos shows empolgantes, mas pela música diferenciada.

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Line-up:
Tony Kakko (vocais)
Henrik Klingenberg (teclados)
Elias Viljanen (guitarra)
Pasi Kauppinen (baixo)
Tommy Portimo (bateria)

Tracklist:
The Wolves Die Young (4:11)
Running Lights (4:23)
Take One Breath (4:18)
Cloud Factory (4:16)
Blood (5:54)
What Did You Do in the War, Dad? (5:12)
Half a Marathon Man (5:43)
X Marks the Spot (5:21)
Love (3:46)
Larger Than Life (10:00)

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