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Nick Drake: Um dos maiores gênios musicais do século passado

Resenha - Bryter Layter - Nick Drake

Por Elias Rodigues Emídio
Postado em 15 de setembro de 2013

Nick Drake, ao lado de nomes como Gene Clark (que gravou em 1971 o maravilhoso "White Light" talvez o melhor álbum de cantor/compositor de todos os tempos), Gram Parsons, Velvet Underground, The Sensacional Alex Harvey Band, Moby Grape, entre outros talvez seja um dos poucos artistas que fazem jus ao epíteto de artista mais injustiçado da história do rock.

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Apesar de ter deixado uma curta discografia com apenas três álbuns lançados em vida e um álbum de inéditas após sua morte, Drake se tornou uma lenda e hoje em dia sua obra vem sendo redescoberta pelas nova gerações.

Em 1969, sob a tutela do produtor Joe Boyd é editado seu primeiro disco o maravilhoso "Five Leaves Left", um brilhante conjunto de maravilhas acústicas somente voz e violão adornadas por belas seções de cordas que trazem verdadeiras preciosidades como "River Man" e "Time Of No Reply".

O disco não fez sucesso na época, porém longe de se contentar com essa situação Boyd e Drake, já de contrato com uma selo maior a Island Records, arriscam uma segunda tentativa com o excepcional "Bryter Layter".

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Diferentemente do trabalho anterior, este álbum mistura as influências folks de Drake com o Rock, graças a grande sacada de Boyd ao convidar a Fairport Convention (o maior nome do folk rock inglês, que era liderado pelo monstruoso guitarrista Richard Thompson) para servir de banda de apoio do músico.

A abertura do disco se dá com "Introduction", um belo instrumental com um maravilhoso dedilhado de Drake ao violão que vem acompanhado por belas cordas. Quebrando com clima suave da faixa anterior "Hazey Jane II" é permeada de uma sutil ironia que contrasta bem com o clima soft rock da canção, graças ao preciso acompanhamento o membros do Fairport Convention e ao brilhante fraseados da seção de metais.

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"At Chime Of A City Clock" traz somente Drake ao violão acompanhado por um marcação simples de bateria e um interessante sax que confere um clima meio boêmio a canção. Já o tédio expresso "One Of These Things First" vem acompanhado por uma melodia que mescla jazz a sutis elemento country que estão mais bem delineados no rápidos arpejos de Drake ao violão na reflexiva "Hazey Jane I", o lamento de uma pessoa em busca de sua própria identidade.

A animada "Bryter Layter" traz uma suntuosa seção de cordas, que também embelezam a perturbadora "Fly", talvez a única composição do disco que mostre a lenta deterioração do estado mental de Drake, tomado por uma profunda depressão, em virtude do pouco reconhecimento de sua obra em vida.

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"Poor Boy" tem um instrumental jazzístico irresistível que é aconchegante, mas o álbum chega aos seu clímax é com a notória "Northern Sky". Com a participação de John Cale ex-membro do Velvet Underground, esta é talvez a maior canção sobre o amor já escrita na história do rock, uma rica variedade de instrumentos como xilofone, piano e celesta conferem uma beleza atemporal a esta canção, que continua a ser o maior legado da carreira de Nick Drake. É realmente impossível de acreditar que uma canção tão boa não conseguiu fazer sucesso ao ser editada como compacto na época.

Encerrando o trabalho temos a boa "Sunday", meio ofuscada pela faixa anterior, que traz Drake ao violão acompanhado por uma seção de cordas e uma deliciosa flauta doce, que confere uma clima meio bucólico a música.

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Logo após o lançamento, Boyd vendeu a Island Records e se mudou para Los Angeles, foi trabalhar com a Warner Bros para o desenvolvimento de trilhas sonoras para filmes. A perda de seu mentor, além das escassas vendas do álbum, levaram Drake a ser assolado pela depressão. Sua atitude em Londres havia mudado: ele estava descontente, visivelmente nervoso e desconfortável com o desempenho de uma série de concertos no início de 1970.

A gravadora não estava interessado em um terceiro disco de Drake, visto o fracasso comercial e de crítica que fora "Bryter Layter" que conseguiu vender menos de 3 mil cópias em seu lançamento oficial (!!!). Mas, no final de 1971 sob a orientação de John Wood, ele inicia as gravações do seu terceiro e último disco editado em vida (1972) o sombrio "Pink Moon", que trazia uma produção mais crua e simples que retrata o gravíssimo estado mental em que o compositor se encontrava. Reza a lenda que, certo dia, Nick Drake entrou no prédio da gravadora e deixou as fitas-mestres de "Pink Moon" sob o balcão da recepção e saiu sem falar com ninguém. Somente dias depois é que alguém se deu conta de que ali havia um álbum.

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"Bryter Layter" é um disco que ainda trazia uma certa esperança num futuro mais promissor, embora muitas vezes soe melancólico, mas independente de tudo continua a ser uma audição obrigatória de um dos maiores gênios musicais do século passado.

FAIXAS
1. Intrduction
2. Hazey Jane II
3. At Chime Of A City Clock
4. One Of These Things First
5. Hazey Jane I
6. Bryter Layter
7. Fly
8. Poor Boy
9. Northern Sky
10. Sunday

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