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Chaos Synopsis: aula de insanidade humana em forma sonora

Resenha - Art of Killing - Chaos Synopsis

Por Danilo Godinho
Postado em 21 de março de 2013

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Eis que em muito tempo não me deparo com um cd tão interessante para ouvir. Chaos Synopsis me supreendeu possitivamente outra vez (como no lançamento de Kult ov Dementia, que debut fantástico aquele!!!). Em sua nova empreitada que leva o nome de Art of Killing, a satisfação sonora é mais que garantida com uma qualidade altísssima e relevando um outro detalhe que vai além audio, que é aprimoramento de uma arte gráfica (desenvolvida pelo mestre Rafael Tavares) fazendo encher os olhos de orgulho por tamanho profissionalismo buscado por uma banda dita do underground'' em nosso país. Tamanha arte contida no cd vai de encontro ao entendimento subjetivo dos integrantes da banda no desenvolvido das letras sobre cada personagem possuidor da piscopatia, registrado nesse histórico cd (Vide a parte do encarte onde está a letra de BTK(BIND, TORTURE, KILL) e observe o plano de fundo com atenção, por exemplo). Tal capricho a obra em questão é digna de analise e compreensão, pois a elevação do estudo sobre a integridade de cidadãos portadores de psicopatias (popularmente conhecido como psicopatas), acaba por transformar esse álbum em uma interessante aula sobre a mais sombria e perturbadora inconsciência do mais íntimo humano (segue um aviso aos moralistas de plantão: não ousem chegar próximo desse álbum). Exaltadando portanto, um nova noção, daquilo que se pode considerar como uma nova concepção de album "conceitual'' (pelo menos em minha opinião, já tem lugar garantido na vitrine de clássicos brasileiros).

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Depois de uma visão panorâmica sobre a perpectiva geral do novo álbum da banda, agora é necessário analisar "A OBRA'' por cada música. Vamos a tal análise.

01 – SON OF LIGHT

Sob a precissão da possessão de riffs brutalmente constrangedores e mutiladores de ouvidos inocentes ou pouco calejados, com uma parcela do que poderia ser um solo de bateria que emerge de forma a moldar os riffs de guitarras com influências de trash/death com um baixo bem audível, tendo ainda de quebra um inacreditavel refrão em português (que descreve um dos mais insanos brasileiros sob a alcunha de: Febronio Indío do Brasil). Essa música possui o peso no instrumental do old school de trabalhos de death/trash, sendo um acerto de primeira. Um belíssimo som de boas vindas a "Sinópse do Caos''.

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02 – VAMPIRE OF HANOVER

Por uma mudança de cadência da música e analíse de um novo personagem (dessa vez um alemão), temos o pé um pouco menos afundado na velocidade mas não menos interessante. Aqui notasse uma fraseado de guitarra em contraste com o vocal de Jairo. É necessário prestar atenção aos detalhes desse som. Uma das canditadas a destaques do cd.

03 – ROSTOV RIPPER

Diferentemente da anterior, aqui temos a velocidade e agressividade inutilizando de vez nossos timpanos por tamanha insanidade instrumental. Uma bateria que martela sem piedade e um vocal deseperador envolve o ouvinte. Riffs trash com direitos a quebradas de ritmo no meio do som como exigência de um belo som de rock pede.

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04 - BAY HARBOR BUTCHER

Uma das musicas que já foi executada em alguns shows da banda, portanto já conhecida de alguns.

Com um início de som com os seguintes dizeres: "Cold, empty, emotionless / Life has no meaning / No great objetcves / To be accomplished / No porpose in normality (...)'', temos o prenúncio de um grande pandemonium sonoro. Com um belo vocal rasgado, guitarras coesas entre sí possuindo em alguns momentos algumas nuances de progressivo, terminando com um clima de suspense agonizante, se torna fenomenal. Por tal desenvoltura, como descrito na última frase da letra desse som uso tal trecho para traduzir o sentimento que fiquei após a audição. Pois aqui o que temos em forma sonora é o grande "(...) Vacuum of existence.''

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05 – DEMON MIDWIFE

Por uma maiêutica demoniaca! Não há melhor definição, e trocadilho também, para definir essa música. E em um universo por vezes masculino, é hora de por em dúvida a sanidade pisicológia de uma mulher, trata-se de Miyuki Ishikawa executora de inocentes recém-nascidos em uma maternidade. Sobre a parte lírica e instrumental, nota-se uma certa dose de revolta e horror com guitarras e bateria arrasadoras impondo-nos uma grande tensão durante a audição da música. Sem firulas ou modas, aqui temos o caos em sua forma sonora.

06 – RED SPIDER

Aspirações de vocalizações desesperadas e instrumental preciso, com direito a refrão em polonês (isso mesmo, polonês. Diga, se não tiveram boas idéias até aqui?). E outra música que apresenta paradinhas a lá trash anos 80. Belíssimo trabalho vocal de Jairo se faz presente aqui.

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07 – ZODIAC

Aqui temos por vezes um interessante dueto de guitarras muito consistente, sempre desenvolvendo pequenos detalhes dos riffs trash bem cadenciados e, em partes da música, saltando o tom de um baixo sedento por timpanos inocentes que aliado a uma bateria que vocifera tornam-se uma carneficina mortal. Com um pitadas de vocalizações a lá John Tardy (Obituary) e direito a uma espécie de vinheta(s) no começo e no meio da música. Por fim, a história de um outro personagem sendo extremamente bem retratada.

08 – B.T.K (BLIND, TORTURE, KILL)

Talvez a grande novidade de todo esse cd seja essa música. Pois nela há acréscimos de solos bem bluseiros para constrastar com a história do americano demente. Sem baixar a guarda da brutalidade contida nos sons anteriores, aqui o ataque sonoro é exaustivamente empurrado goela abaixo impiedosamente. Viradas de bateria interessante acompanhada de uma poderosa vocalização (quase escatologica, por tamanha qualidade nos desesperados gritos emitidos aqui). Terminando com uma deixa de guitarra bem blues.

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09 – MONSTER OF THE ANDES

Com uma cozinha perfeita entre bateria e baixo com a repentina aparição de um quase choro de guitarra solo avisando que pelo caminho há um início de uma marcha funebre-imperial apontando para uma agonizante massa sonora de pura decadência da história humana sulamerica. Esse som retrata um clima denso e sinistro para o fim quase apoteótico do penultimo hino do cd.

10 – ART OF KILLING

Para finalização do álbum nada melhor que uma música instrumental para nos exterminar auditivamente. Essa opereta selvagem deveria ser a abertura dos shows, com certeza um som que não deve passar batido por ser intrumental. Pois aqui temos momentos de experimentação (pouco visto em nosso cenário brasileiro underground com as bandas de death/trash), a grande novidade, aqui também são os solos bluesão a lá Duanne Allman , acrescimos de violinos (preste muita atenção a essa parte) e a ultima surpressa é a parte acustica levada por um violão finalizando o cd. Empolgação garantida até aqui.

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Para terminar é necessário levantar uma pequena ( e interessante) ressalva. Assim, como anunciado já na segunda estrofe da primeira música do debut da banda em que se canta:

(...)Mutilation / suffocation / "the art of killing / is getting better.''(...)

Seria este trecho um canto necromantico? Se assim for, aguardo ansiosamente para descobrir a próxima peça que já deve estar contida nesse cd.

Eis o track list do play em questão:

01 – SON OF LIGHT
02 – VAMPIRE OF HANOVER
03 – ROSTOV RIPPER
04 - BAY HARBOR BUTCHER
05 – DEMON MIDWIFE
06 – RED SPIDER
07 – ZODIAC
08 – B.T.K (BLIND, TORTURE, KILL)
09 – MONSTER OF THE ANDES
10 – ART OF KILLING

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Sobre Danilo Godinho

Graduado em Filosofia. Leitor dos clássicos da literatura mundial. E admirador da boa música.
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