Matérias Mais Lidas


Jethro Tull
Stamp

Alice In Chains: os vinte anos de "Dirt"

Resenha - Dirt - Alice In Chains

Por Igor Miranda
Fonte: Van do Halen
Postado em 29 de setembro de 2012

O sucesso do Alice In Chains com seu primeiro trabalho de estúdio, Facelift, não foi imediato. Mas chegou e foi muito considerável por se tratar de uma banda estreante. O EP Sap veio em seguida e consolidou o grupo como uma das "sensações do momento". Mas eram registros bem diferentes. O quarteto de Seattle precisava de uma obra que aliasse o peso e a visceralidade de Facelift com a melodia e a depressão de Sap. E assim foi feito.

Alice In Chains - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Dirt foi lançado há exatos vinte anos e ainda soa contemporâneo, irretocável e influente. Talvez por ser uma das únicas bandas do movimento Grunge que não estão presas ao gênero. Se tivesse surgido em outra época, o Alice In Chains seria facilmente categorizado como Heavy Metal. Assim como Dirt teria sido considerada a sua obra-prima independente de ano de lançamento.

O álbum se diferencia por ser carregado. A atmosfera do Alice In Chains é carregada de costume, mas nunca foi tão carregada (nem antes, nem depois) como em Dirt. O contexto no qual os integrantes estavam inseridos – principalmente os problemas pessoais de Jerry Cantrell, o vício em drogas de Layne Staley e os problemas com álcool de Sean Kinney e Mike Starr – geraram letras densas, depravadas e viscerais, abordando temáticas que giravam entre distúrbios psicológicos como depressão e conduta anti-social, guerra, morte e, claro, abuso de drogas (seis das treze faixas falam sobre drogas).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Obviamente, tudo isso se refletiu na musicalidade de Dirt. O título da obra ("sujeira", em tradução para o português) faz jus a este aspecto. Os riffs, as melodias e os solos de Jerry Cantrell se apresentam carregadíssimos de melancolia. Soa como um Tony Iommi reinventado e, porque não, "modernizado".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Aproveitando que o paralelo com Black Sabbath foi estabelecido, ressalto que, ao meu ver, Layne Staley lembra Ozzy Osbourne. Não em técnica ou em extensão vocal, pois considero Staley muito mais habilidoso que Osbourne, mas em sentimento e capacidade de interpretação. O feeling empregado em suas vocalizações é algo raro, assim como o Madman dos tempos áureos de Sabbath. Seja depravação, desespero ou qualquer sensação que Layne pretendia transmitir, é devidamente repassada através do microfone, com a ajuda das dobras vocais do também excelente vocalista Jerry Cantrell.

Apesar de pouco citada e reconhecida, a cozinha colabora muito para o clima e a proposta de Dirt. Mike Starr e Sean Kinney, respectivamente baixista e baterista, demonstravam entrosamento em suas execuções. A simplicidade e crueza das linhas de baixo e bateria, aliadas à boa produção e equalização do produtor Dave Jerden e seus engenheiros de som, dão o pano de fundo tenso necessário para o som aqui objetivado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Dirt foi um sucesso de vendas e de crítica. Os "especialistas" aclamaram o play em canais de comunicação enquanto a base de fãs simplesmente crescia à medida que os singles de "Would?", "Them Bones", "Angry Chair", "Rooster" e "Down In A Hole" (nesta ordem) eram lançados. Estima-se que, até os dias de hoje, mais de 3,5 milhões de cópias do álbum tenham sido vendidas apenas nos Estados Unidos, chegando ao 6° lugar das paradas norte-americanas em sua época de lançamento. Fora as certificações de disco de platina e ouro no Reino Unido e no Canadá, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Resgatando o que foi dito no segundo parágrafo: vinte anos exatos após seu lançamento, Dirt permanece soando contemporâneo, irretocável e influente. A obra-prima do quarteto de Seattle, que já teve duas vítimas fatais do abuso de drogas. Não apenas genial e musicalmente perfeito: Dirt serviu de alerta para o futuro do Alice In Chains.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Alice In Chains – Dirt
Lançado em 29 de setembro de 1992

Layne Staley (vocal, guitarra)
Jerry Cantrell (guitarra, vocal)
Mike Starr (baixo)
Sean Kinney (bateria)

Músico adicional:
Tom Araya (vocal em 10)

01. Them Bones
02. Dam That River
03. Rain When Die
04. Down In A Hole
05. Sickman
06. Rooster
07. Junkhead
08. Dirt
09. Godsmack
10. Iron Gland
11. Hate To Feel
12. Angry Chair
13. Would?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Outras resenhas de Dirt - Alice In Chains

Alice In Chains: banda de peso da cena Grunge de Seattle

Alice in Chains: Sujeira no som de Seattle

Alice In Chains: Em 1992, uma pérola da música pesada

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
Mais matérias de Igor Miranda.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS