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Kiss: Talento não se compra e nem se empresta

Resenha - Destroyer - Kiss

Por Paulo Severo da Costa
Postado em 05 de setembro de 2012

Dentre aquelas famosas frases de pára-choque de caminhão, há uma que diz: "Contra fatos não há argumentos". Assim, HENDRIX foi o marco zero da guitarra, o JUDAS espalhou a semente plantada pelo SABBATH aos quatro ventos, LITA FORD era deliciosa e – sim - o KISS, junto ao mestre ALICE COOPER foram os fundadores do 'rock horror show' , foram pioneiros do marketing no rock n'roll, " cometeram" 'Kiss Meets the Phantom of the Park´ e povoaram o imaginário de milhões de moleques - incluindo eu e provavelmente você – pelo mundo afora.

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O 'x´ da questão é que nessas ponderações, muita gente se apega ao outro lado da história: críticas(fundadas) ao capitalismo incontrolável de GENE SIMMONS, aos ataques de diva de STANLEY, aos milhões de produtos licenciados, a polêmica da maquiagem, acabam solapando o principal: a música. Evidente é que em quarenta anos de carreira, discos bons e ruins serão lançados e, justiça seja feita, o KISS lançou algumas porcarias das quais ele próprios se envergonham; entretanto, perto da grandiosidade da obra da banda, essa discussão é tão vazia quanto analisar a vida de PELÉ por suas aventuras de alcova - no lugar de se discutir sua longa e prolífica carreira como jogador.

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Em 1976 acabara de sair do purgatório após o bem sucedido "Alive!", lançado no ano anterior. Foi a partir desse registro que música e dinheiro começaram a aparecer na vida da banda, que já havia comido o pão que o diabo amassou nos anos anteriores- apesar dos ótimos discos que já havia lançado. E o KISS não deixou barato: como nas melhores safras de vinhos, lançou, naquele ano, dois clássicos: "Rock And Roll Over" e o colossal "Destroyer".

Gravado entre janeiro e fevereiro de 1976 e lançado no mês seguinte - fato raro na indústria fonográfica até para os padrões atuais – e produzidos pelo mago BOB EZRIN, "Destroyer" é auto-explicativo: direto e potente. EZRIN pôs, pela primeira vez, o som do KISS "na cara" do ouvinte, captando o que eles tinham - e têm - de melhor: a pungência ao vivo. Não a toa, "Detroit Rock City" e "Shout It Out Loud" se tornaram clássicos instantâneos: foram pensadas e produzidas no melhor estilo arena - grandiosas, eloqüentes e propícias para botar fogo no mundo.

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"God of Thunder" é cinematográfica e apropriadíssima para o estilo vocal e performático de SIMMONS. Nessa mesma linha de dramaticidade, mas com enfoque completamente diferente, a magnífica "Beth" segue a linha balada orquestral que depois viraria moda, nas mãos de SCORPIONS e METALLICA e outros, nos anos 1990 e 2000.

Agora, é inegável que o KISS, inobstante às críticas, sempre teve um lado melódico ressaltado: seja nas levadas despretensiosas de "Do You Love Me", na leveza de "Great Expectations" ou no hard riffeiro de "Flaming Youth", é nítido que o circo montado em torno da banda se supera quando o assunto é som de qualidade. Aliás, por mais redundante que seja essa afirmação, PETER CRISS e ACE FREHLEY dão o brilho que sempre caracterizou a passagem de ambos na banda - destaque para as guitarras do "Starman" em "Sweet Pain".

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Outra frase de pára-choque famosa é "Talento não se compra e nem se empresta". Ouvindo esse disco é fácil perceber o quanto isso é verdade.

Track List:
• "Detroit Rock City"
• "King of The Night Time World"
• "God of Thunder"
• "Great Expectations"
• "Flaming Youth"
• "Sweet Pain"
• "Shout It Out Loud"
• "Beth"
• "Do You Love Me"
• "Untitled"

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Sobre Paulo Severo da Costa

Paulo Severo da Costa é ensaísta, professor universitário e doente por rock n'roll. Adora críticas, mas não dá a mínima pra elas. Email para contato: [email protected].
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