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Hellhammer: Eles tiveram coragem de enfrentar tudo e todos

Resenha - Apocalyptic Raids - Hellhammer

Por Marcos Garcia
Postado em 22 de fevereiro de 2012

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Quando se fala em Metal, existem basicamente duas correntes de pensamento que concorrem entre si: a do Metal mais trabalhado e a do mais simples, ambas separadas apenas pela técnica dos músicos das bandas, e em geral, a segunda sai sempre como ‘analfabeta’, ‘sem nada a apresentar’, ou ainda pior, ‘lixo’.

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Mas o fato é: desde que o Rock surgiu lá nos anos 50, quem foi que disse que música precisa ser bem tocada, no sentido do músico disparar mais de mil notas por minuto em seu instrumento?

Cada um na sua, mas as bandas mais influentes, em geral, são que possuem menos técnica, uma vez que seu trabalho não é indigno de nota por tal motivação. Ou todos esquecem que o próprio BLACK SABBATH, em seus três primeiros discos, era uma banda menos técnica que seus pares de época? E no entanto, o modelo que vingou e dá estrutura e corpo ao que conhecemos por Metal, apesar das contribuições dos outros, é o do quarteto de Birminghan. O motivo é algo insondável, mas não exposto a contestações baseadas em gosto e opiniões pessoais, porque o fato é incontestável.

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O HELLHAMMER, trio suíço capitaneado por Tom Warrior, é mais um a comprovar a tese, pois seu sucesso e importância transcendem seus críticos, e ‘Apocalyptic Raids’, de 1984, seu único testemunho vinílico próprio, quase 30 anos depois de seu lançamento, continua sendo tão atual quanto na época de seu lançamento, e fonte de influência e admiração para futuras gerações no Death e no Black Metal.

Chamado na época de ‘a banda mais analfabeta do mundo’, ‘a coisa mais horrível, odiosa, e atroz que ‘músicos’ poderiam fazer’ (pela revista Rock Power), e quase sempre sendo crivado de críticas negativas pela imprensa especializada (a própria Rock Brigade, ainda em seus tempos de zine, deu-lhe uma resenha extremamente negativa), eles tiveram coragem de enfrentar tudo e todos, e angariaram legiões de fãs por todo mundo, inclusive no Brasil, onde as cópias importadas do EP eram disputadas quase que a tapas nas lojas, mesmo com os preços absurdos de então (é, isso não mudou daquela época para cá).

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Produzido por Tom Warrior e Martin Main nos Caet Studios em Berlin (na época, ainda na Alemanha Oriental, que foi reunificada mais tarde) entre 2 e 7 de Março de 1984 (lembrando que a banda não possuía fundos, muitas vezes, nem para poder ensaiar em locais decentes), e tendo como engenheiro de som Horest Muller, a produção visual é boa, pois a capa marcante (com o design de Tom, e se chama ‘The Sitting Death’, e já se vê o legendário Heptagrama da banda, criado por Mr. Jeckil) já faz parte do onisciente coletivo dos fãs do estilo, e o encarte é bem simples, em branco, com fotos da banda e letras (estou me referindo ao EP em vinil, e não ao CD). No que tange a produção sonora, ela está bem feita, ouvem-se os instrumentos com clareza, já que o próprio som da banda por si exige uma aura de produção menos limpa, logo, o resultado é mais que satisfatório.

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As quatro faixas originais do EP possuem uma divisão bem distinta, já que o lado A, com ‘The Third of the Storms (Evoke Damnation)’ e ‘Massacra’ (um dos maiores hinos da banda, que teve uma versão arrasadora feita pelo EMPEROR em um tributo) são faixas mais rápidas (mas cuidado com seu conceito de velocidade em andamentos, pois a música da banda não é feita com velocidades absurdas, pois isso nem existia nos anos 80) e curtas, que mais empolgam os fãs e levam ao frenesi com facilidade. Já o lado B possui ‘Triumph of Death’ (outro clássico da banda) e ‘Horus/Agressor’, sendo ambas bem cadenciadas, mas longas, com um clima macabro de assustar muitos desprevenidos até os dias de hoje.

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Mas apesar do EP ter chegado às lojas em 08 de março de 1984, isso não impediu que no dia 31 de maio do mesmo ano, a banda acabasse, para no dia 01 de junho (ou seja, o dia depois), surgir de suas cinzas o CELTIC FROST, que traria um som um mais técnico e ousado que seu antecessor, mas que é visto por vários de seus fãs como segmento do primeiro.

Um detalhe interessante: a versão ‘Apocalyptic Raids 1990 A.D.’ tem dois bônus em ‘Revelation of Doom’ e ‘Messiah’, ambas faixas lançadas na coletânea ‘Death Metal’, da Noise Records (que tinha ainda DARK AVENGER, HELLOWEEN e RUNNING WILD). Mas faltaram pôr ‘Crucifixion’, da compilação americana ‘Metal Massacre Vol. V’, de 1984, da Metal Blade Records (que lançou o EP nos EUA na época).

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Tracklist:

01. The Third of the Storms (Evoked Damnation)
02. Massacra
03. Triumph of Death
04. Horus/Agressor

Formação:

Satanic Slaughter (Tom Warrior) – Guitarras, vocais
Slayed Necros (Martin Ain) – Baixo, backing vocals
Denial Fiend (Bruce Day) – Bateria

Contatos:

http://www.hellhammer.org
http://www.myspace.com/hellhammerband

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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