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CPM 22: Banda acerta ao seguir por novos caminhos musicais

Resenha - Depois de um longo inverno - CPM 22

Por Sérgio Fernandes
Postado em 05 de novembro de 2011

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

O CPM 22, banda formada no final dos anos 90 em Barueri, é um desses grupos que ou você ama ou você odeia. Assim como tem acontecido com a maior parte das bandas de rock nacional surgidas entre esse período, o começo dos anos 2000 e os dias de hoje, existe uma certa dificuldade (por parte de algumas pessoas) em entender que a música deve sempre seguir por novos caminhos, criando novos estilos, ritmos e experiências sonoras. Desde que bandas como os Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd e outros nos mostraram que não podem haver limites para a música, tudo é permitido! Eles, os mestres, nos educaram dessa forma e parece que as pessoas têm se esquecido disso. Não que todos devem gostar de tudo o que ouvem, mas experimentar nunca faz mal a ninguém... Enfim, deixemos essas discussões para uma outra oportunidade e vamos ao que interessa...

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Lançado ao "mainstream" no começo dos anos 2000, o CPM 22 veio da fértil cena underground de São Paulo, onde
fazia grandes shows em casas como o lendário Hangar 110. Foi por causa desses shows que chamou a atenção de
grandes gravadoras e, posteriormente, de Rick Bonadio.

Contrato assinado, lançam seu primeiro registro pela Arsenal em 2001. A partir daí o nome da banda estava em todos
os lugares: shows e mais shows, aparições em todos os programas de TV imagináveis além da presença constante
nas rádios de todo o país. Pode se dizer que a banda é a maior responsável pelo "pipocamento" de vários outros
grupos que seguiram a tendência de utilizar as influências do Hard Core tipicamente californiano dos anos 90 e 80 com
melodias mais pops e acessíveis.

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Depois de 6 CD's oficiais (sendo um ao vivo) lançados pela gravadora de Rick Bonadio, o CPM 22 passou por uma
grande reformulação, quebrando o contrato com a Arsenal e perdendo o guitarrista e backing vocal Wally no ano de 2009. Assim sendo, partiram para a independência e lançaram em 2011 o álbum "Depois de um longo inverno".

Como um quarteto, Badauí (vocal), Luciano (guitarra e vocal), Fernando (baixo) e Japinha (bateria) preferiram seguir por novos caminhos e experimentações. Logo na primeira faixa do CD, a ótima "Abominável" vemos que é o CPM de sempre, mas totalmente diferente... Mesmo mantendo os refrões pegajosos e melodias agradáveis, a banda investe em uma sonoridade totalmente influenciada por bandas como Rancid, Mighty Mighty Bosstoness, Goldfinger e Reel Big Fish além, claro, do glorioso The Clash, ao fundirem a simplicidade e urgência do punk rock (com boas doses de Hard Core) ao ska (ritmo jamaicano que deu origem ao reggae).

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"Vamos vencer", primeiro single do trabalho, já apontava para esse novo direcionamento, que segue por todo o álbum: naipes de metal muitíssimo bem encaixados, baixo sempre marcante e guitarras simples mas carismáticas dão o tom para o vocal tipicamente paulistano de Badauí (pra quem diz que paulistano não tem sotaque, ouça Badauí cantando...).

Durante todo o álbum a banda acerta totalmente nessa mistura que, para alguns, pode soar inusitada e nos entregam músicas muito inspiradas e com letras bem diretas: "Cavaleiro metal" parece ser um recado para o ex-guitarrista da banda, Wally, que saiu em meio a brigas e processos e ja citada "Abominável" nos remete a Rick Bonadio. Apesar de serem meras suposições, fica difícil acreditar que eles estejam se referindo a outras pessoas nessas canções...

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Um belo trabalho do grupo, sendo que todas as músicas merecem reconhecimentos: desde a rápida "Quem sou eu?", as agradáveis "Minoria" (linda intervenção de violoncelo!), "Março de 76", "Filme que eu nunca vi" e "CPM 22" (um agradecimento aos fãs de longa data), até às "skazeras" "Sofridos e excluídos", "Cavaleiro Metal" e "Vida ou morte", passando pela "clashiana" "Minoria", o CD se mantém constante se torna cada vez mais divertido e agradável de se escutar. Todos os méritos, também, para Fernando Sanchez que assina a produção do trabalho junto de Luciano Gomes (respectivamente baixista e guitarrista da banda).

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Se você gosta de Hard Core com boas doses de punk setentista e ska, compre e ouça sem medo. Se você não conhece nenhum desses estilos, ou mesmo a junção destes, ouça e tire suas próprias conclusões. Se você nunca gostou do CPM 22, ouça e veja se ainda tem a mesma opinião sobre a banda. E se você tem alguma reclamação, é só deixar recados ali embaixo ...

CPM 22 - Depois de um longo inverno (2011)

1. "Abominável" 2:57
2. "Vida ou Morte" 2:52
3. "Filme Que Eu Nunca Vi" 2:58
4. "Hospital do Sofredor" 2:59
5. "Cavaleiro Metal" 3:38
6. "Quem Sou Eu?!" 3:04
7. "Na Medida Certa" 3:37
8. "Um Pouco de Paciência" 3:11
9. "Sofridos e Excluídos" 2:52
10. "Nova Ordem" 2:01
11. "CPM 22" 3:25
12. "Minoria" 2:41
13. "Março 76" 7:20

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Nota: na faixa "Março 76" está escondida uma faixa de 2:43 conhecida como "10 Mil Vozes"

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Sobre Sérgio Fernandes

Paulistano desde abril de 1988, Sérgio Fernandes é baterista da banda CARAPUÇA (www.youtube.com/tvcarapuca), diretor de imagem e produtor multimídia do portal Terra e formado em Rádio e TV pela UNISA em São Paulo no ano de 2009. Ouve rock desde pequeno por influência de seus pais. Entre suas bandas preferidas estão Sepultura, Rolling Stones, Rancid, Muse, Fresno, Slayer e qualquer outra que toque algo que lhe agradar os ouvidos, nunca se fechando a gêneros e estilo, mantendo a mente aberta a novas experiências sonoras. E-mail para críticas e sugestões: [email protected].
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