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Stratovarius: Timmo Tolkki não faz a menor falta

Resenha - Elysium - Stratovarius

Por Júlio André Gutheil
Postado em 21 de fevereiro de 2011

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Este "Elysium" chegou repleto de questões envolvendo como ele soaria sendo já o segundo trabalho dos finlandeses desde a saída do problemático guitarrista Timmo Tolkki. E sobre essa questão, pode-se dizer: ele não faz a menor falta.

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O EP "Darkest Hour" fez com que minhas expectativas acerca do novo disco crescessem. A percepção que tive ouvindo o EP foi certeira; "Elisyum" é um disco moderno, que traz uma cara nova ao som do Stratovarius, mas sem nunca perder de vista as características que alçaram a banda para o topo do cenário do metal internacional. Não é uma cópia do passado, muito menos alguma aventura insana sem pé nem cabeça (vide o auto-intitulado de 2005); é um disco perfeitamente equilibrado, unindo muito bem a virtuose e a velocidade dos tempos áureos com coisas novas e muitíssimo interessantes.

A já conhecida 'Darkest Hours', mesmo sendo exatamente a mesma do EP, me soou ainda mais interessante. Ela não segue exatemente aquele padrão de música de abertura de disco de trabalhos anteriores, como por exemplo 'Hunting High and Low' (Infinite, 2000) ou 'Eagleheart' (Elements Pt I, 2003), curtas, super aceleradas e com forte apelo comercial. Dessa vez a música soa um pouco diferente disso, é menos rápida e com o refrão um pouco mais complexo, mas não menos empolgante. Temos virtuosidade, peso e alguns momentos de velocidade, porém é repleta de personalidade e carisma.

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'Under Flaming Skies' por sua vez remete ao momentos dourados da época de Tolkki na banda. Mas mesmo assim tem cara própria, força e intensidade; ótimos riffs de Matias Kupiainen, que tem uma atuação tão satisfatória que não deixa a mínima saudade de Tolkki. 'Infernal Maze' é outra já conhecida, e que consegue misturar riff's velozes, bateria cavalgante e teclados melódicos típicos da banda com alguns outros riffs mais pesados e arrastados e algumas passagens até certo ponto sombrias. Ótima faixa.

A seguir vem 'Fairness Justified', que tem um bonito começo de piano, que ao lado do inconfundível timbre de Timmo Kotipelto dão um belíssimo clima para a canção, que a seguir cresce bastante, se tornando grandiosa e épica, com corais no refrão que rementem aos já citados clássicos "Infinite" e "Elements Pt I". E o mais interessante de tudo na música: riffs que transbordam feeling. Agitada e com bastante pegada é 'The Game Never End's', que conta com mais uma ótima atuação de Jörg Michael nas baquetas. Em geral, pode parecer algo clichê, mas de alguma forma eu sinto que a forma como as partes de guitarras foram compostas tem uma cara completamente diferenciada. Pode ser só uma impressão minha, e se por acaso for fato, é um grande fato postivo!

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'Lifetime In a Moment' segue mais ou menos a ideia de 'Fairness Justified', só que bem mais intensa; com grandiosidade, belo refrão e excelentes linhas de teclado. Mais um canção muito boa. Creio ser possível enquadrar 'Move the Mountain' como uma balada. E uma grande balada diga-se de passagem! Kotipelto só reintera porque é um dos melhores vocalistas da história, esbanjando feeling, carisma e técnica. Música bonita e tocante, contando com bela melodia de piano (e linhas de teclados quase psicodélicas), interpretação de Johansson, que se mostra bem mais do que simplesmente um tecladista que toca na velocidade da luz.

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As vozes eletrônicas dos primeiros segundos de 'Event Horizons' nos levam para os momentos derradeiros do disco. Uma faixa bem característica, um prato cheio para quem tiver vontade de ouvir coisas que de fato são bem próximas do passado da banda. Não prima pela originalidade, mas é excepcional e impecável em sua execução. E pra fechar temos a maior peça já escrita pelo conjunto: 'Elysium' tem 18 minutos, com momentos épicos, de grandiosidade, de flertes progressivos e toda uma vasta gama de sonoridades que proporciona uma verdadeira epopéia musical. Uma faixa fabulosa, nem um pouco maçante e que cativa o ouvinte do início ao fim. Maneira mais que perfeita de terminar o disco!

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Como questão de curiosidade, o termo Elysium significa Elísio em português, que por sua vez trata-se na mitologia grega como sendo uma forma de paraíso, onde a alma de pessoas dignas (artistas, filósofos, reis, etc...) descansavam em paz e alegria por toda a eternidade, ou poderiam voltar para o mundo, dependendo de suas escolhas. Atentando por cima as letras, pode-se notar que os temas das músicas podem ter muito a ver com essa ideia. Mas isso só mesmo será confirmado ou não quando você comprar o CD e acompanhar as letras, e é isso que eu recomendo para qualquer um que leia estas linhas, comprar o disco, pois vale muito a pena!

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E o Stratovarius dá claros sinais de que pode se perpetuar muito bem sem a figura de Tolkki, com criatividade, entusiasmo e muito amor pela música.

O Stratovarius é:

Timo Kotipelto – Vocais
Jens Johansson – Teclados
Matias Kupiainen – Guitarra
Jörg Michael – Bateria
Lauri Porra – Baixo

Track List:

1. Darkest Hours (4:11)
2. Under Flaming Skies (3:51)
3. Infernal Maze (5:33)
4. Fairness Justified (4:20)
5. The Game Never End's (3:53)
6. Lifetime in a Moment (6:38)
7. Move the Mountain (5:33)
8. Event Horizon (4:23)
9. Elysiun (18:07)

Site oficial:
http://www.stratovarius.com/

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Sobre Júlio André Gutheil

Nascido em Feliz, interior do Rio Grande do Sul, de origem alemã e com 20 anos de idade. Grande fã de Blind Guardian, Paradise Lost e Opeth, além de outras várias bandas de diversos estilos distintos. Pretende cursar jornalismo e também se dedicar o máximo possível à crônica do mundo Heavy Metal. Escreve no blog www.metalmeltdowndiscos.blogspot.com. Twitter: @jagutheil.
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