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Halford: mestre em se atualizar e fazer discos marcantes

Resenha - Made of Metal - Halford

Por Marcos Garcia
Postado em 10 de outubro de 2010

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Certas lendas tendem a ser eternas, e nem mesmo o tempo parece passar para certas bandas e músicos, que mantendo os pés firmes em suas raízes, conseguem se atualizar, o que quase sempre resulta em resultados devastadores, e mais especificamente, em discos marcantes.

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E o God of Metal Rob Halford é, ao lado de caras como Blaze Bayley, Bruce Dickinson em sua carreira solo, e mesmo do próprio JUDAS PRIEST, um mestre em se atualizar e fazer discos marcantes. E seu novo CD, "Halford IV: Made of Metal", se encaixa nesta descrição perfeitamente.

Diferente do que faz no JUDAS PRIEST, onde mantém uma linha um pouco mais conservadora, Rob opta sempre por fazer um trabalho sempre mais atualizado com o HALFORD, e apesar do disco anterior ("Winter Songs", de 2009) ser fraquinho em relação aos dois primeiros, este retoma o alto nível dos mesmos.

Acompanhado por ‘Metal’ Mike Chlasciak e Roy Z nas guitarras, além de Mike Davis no baixo e o batera Bobby Jarzombek (que junto com Mike está com Rob desde o início), o Metal God nos trouxe um dos discos que, certamente, figurará entre os melhores de 2010.

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Abrindo com uma faixa no estilão britânico já característico do Halford, que é ‘Undisputed’, com certa cadência e guitarradas aos montes, e um belíssimo duelo de guitarras, em uma música arrasa-quarteirão. Em ‘Fire and Ice’, confesso que este típico Metalzão pesado e melodioso, que vai levar as platéias à loucura me encheu os olhos de lágrimas, pela beleza e certeza que um mito como Rob não perdeu a pegada. A faixa título, conhecida pelo single que circula por aí a um bom tempo, é outra típica faixa peso-pesada, e o jeitão de Rob cantar, priorizando mais seu timbre grave de voz, é algo de absurdo para quem passou dos 50 anos.

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‘Speed of Sound’ segue a mesma linha de ‘Fire and Ice’, só prioriza mais o peso e agressividade, e o refrão é para cantarolar após a primeira ouvida, e a base rítmica da música é daquelas que aliam peso e melodia na dose certa. ‘Like There’s No Tomorrow’ é daquelas músicas mais cadenciadas para que se possa respirar, mas o refrão é de peso e melodia absurdos, assim como ‘Till the Day I Die’, que começa com um belo dedilhado de guitarra que mais lembra bandolins, quase uma música country, que depois vira uma pancada Hard’n’Heavy cadenciada, onde as guitarras de Mike e Eddie fazem bonito, assim como Mr. Halford mostra sua excelente forma, e onde se vê algum uso de seus timbres mais agudos. ‘We Own the Night’ é outra excelente faixa, equilibrando mais uma vez peso, agressividade, melodia e cadência, assim como ‘Heartless’. Já em ‘Hell Razor’, é impossível não sentir na espinha aquele arrepio de emoção causado pelo ‘Painkiller’, embora exista o clima do Metal Tradicional americano, inclusive com belas passagens de baixo de Mike Davis e duetos de solos muito bons entre Eddie Z e Metal Mike.

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Há um forte clima da NWOBHM na música ‘Thunder and Lightning’, especialmente nas guitarras, que trazem à mente lembrança de climas à lá MAIDEN antigo, especialmente nos solos. Não poderia faltar uma balada pesada, que é ‘Twenty-Five Years’, com típico refrão pesado, assim como solos em momentos lentos, e outros mais pesados. É incrível como algo que já foi batido, nas mãos de quem entende de como se faz Metal de qualidade, se torna algo maravilhoso.

Com um início que parece ser ao vivo, mas depois vemos que é mais uma música de estúdio, vem a ótima ‘Matador’, que apesar de certa cadência, tem momentos onde os bumbos de Bobby dão impressão de querer superar a velocidade de certas bandas de Death Metal. ‘I Know We Stand a Chance’ começa como outra balada, só que bem mais melodiosa, depois ganha peso e vira uma música mais cadenciada, típica de fazer os fãs irem à loucura quando se entra no refrão, e fechando, ‘The Mower’, uma tijolada hiper pesada e agressiva, com certos toques de Metal Industrial à lá anos 90, e Rob enfim passa a usar e abusar de seus timbres agudos e rasgados.

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Um CD com tudo para ser considerado um dos 5 melhores do playlist de muitos bangers no final de 2010, e uma verdadeira aula para muitas bandas mais jovens que perderam o pique de como se faz Metal Tradicional atualizado, cheio de agressividade, energia e vida, e que confesso: ouvi umas 10 vezes até agora, e a cada ouvida, me encontro chorando de pura felicidade.

E o God of Metal, Feito de Metal, mostra que sabe o que é boa música, coisa de quem sabe fazer Metal...

Tracklist:
01. Undisputed
02. Fire and Ice
03. Made of Metal
04. Speed of Sound
05. Like There’s No Tomorrow
06. Till the Day I Die
07. We Own the Night
08. Heartless
09. Hell Razor
10. Thunder and Lightning
11. Twenty-Five Years
12. Matador
13. I Know We Stand a Chance
14. The Mower

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Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
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