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Lacuna Coil: distância das lembranças góticas do passado

Resenha - Shallow Life - Lacuna Coil

Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 02 de agosto de 2010

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Em 2006, o LACUNA COIL deixava evidente indícios de que adotava uma nova proposta musical com o álbum "Karmacode". Diferente dos trabalhos executados em "Unleashed Memories" (2001) e "Comalies" (2002), o sexteto italiano apresenta, em sua fase mais recente, muitos elementos alternativos e um esquecimento da essência mais gótica da banda. Embora os fãs mais tradicionais possam torcer o nariz para essas novas influências, não há como subjugar, por isso, o mais recente álbum do grupo, intitulado "Shallow Life", que chegou às lojas brasileiras em edição especial em 2010.

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Em atividade desde 1994, a banda conquistou reconhecimento internacional através do trabalho gótico, arrastado e melancólico de "Unleashed Memories" e "Comalies". No entanto, o LACUNA COIL não desfrutou o mesmo sucesso em território norte-americano. A nova sonoridade empregada por Cristina Scabbia (vocal), Andrea Ferro (vocal), Cristiano Migliore e Marco Biazzi (guitarras), Marco Coti Zelati (baixo) e Cristiano Mozzati (bateria) assume uma postura mais moderna, sobretudo baseada em nomes como MACHINE HEAD, KORN e EVANESCENCE. Com produção de Don Gilmore (o nome por trás do LINKIN PARK), "Shallow Life" mostra uma banda mais madura – mesmo que a postura musical diferente possa causar estranhezas.

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Embora tenha divido a opinião de fãs mais conservadores, "Shallow Life" necessita ser reconhecido como um grande álbum do LACUNA COIL. É verdade que o disco não supera os maiores sucessos da banda – seja pela originalidade ou pelo nível das composições –, mas não há como negar que existem ótimos momentos espalhados entre os quarenta e cinco minutos do CD. De qualquer forma, o novo trabalho do grupo toma distância das lembranças góticas do passado para investir em composições mais curtas – com, no máximo, quatro minutos de duração. No entanto, não é oportuno considerar esse aspecto musical mais direto como depreciativo frente às composições.

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Entre os principais destaques do disco, o primeiro é, sem dúvida, a faixa que abre o material. "Survive" pode aproximar o LACUNA COIL de uma intenção mais comercial, mas distancia os italianos de nomes mais famosos do gothic/rock mais pop, em razão do espírito honestamente heavy metal encontrado em riffs pesados. Além disso, as composições em que a banda aposta em momentos mais agitados – e não preferencialmente influenciados pela música gótica –, como as ótimas "I Won’t Tell You" e "I’m Not Afraid", se mostram quase que perfeitos. Nesses casos, a articulação entre a voz de Cristina Scabbia com a voz masculina (porém, não agressiva ou extrema) de Andrea Ferro consolida de vez a nova proposta musical do LACUNA COIL.

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Em contrapartida, faixas como "Spellbound" e "Unchained" evidenciam claramente uma preocupação em conquistar novos fãs e/ou agradar o público que sempre classificou o LACUNA COIL como uma banda metal demais. É verdade que essas músicas repetem as mesmas fórmulas que já fizeram sucesso nos anos anteriores com o EVANESCENCE e o LINKIN PARK. De qualquer forma, não há motivos para que elas sejam deixadas de lado: afinal, não comprometem o resultado de "Shallow Life" – aliás, colaboram para a existência de um disco ligeiramente mais diversificado.

O CD bônus de "Shallow Life" precisa ser analisado à parte. Entre as composições inéditas, a ‘deluxe edition’ do álbum conta com outras três faixas: "The Last Goodbye", "Leaving Alone" e "Oblivion". Enquanto que as duas primeiras distanciam a sonoridade do LACUNA COIL por meio de um caminho mais rock e alternativo, a terceira mantém as características principais de "Shallow Life". O disco ainda conta com versões acústicas para "Spellbound", "Closer" e "Within Me" – extraídas do anterior "Karmacode". Da mesma forma, "Survive", "I’m Not Afraid", "I Wont’ Tell You" (e outras três composições de discos anteriores) aparecem em versões gravadas ao vivo. Curioso que, sem nenhuma exceção, as faixas foram registradas nos Estados Unidos, entre 2006 e 2009 – justamente onde a banda tenta conquistar mais adeptos.

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Não há como dimensionar com precisão a importância de "Shallow Life" na carreira do LACUNA COIL, sobretudo por ser o último registro do grupo, ainda sem números e consequências bem definidas. Entretanto, o álbum deve consolidar o nome da banda italiana entre as principais do gênero. Embora muitos admiradores possam desprezar a nova sonoridade assumida pelo LACUNA COIL em "Shallow Life", é inegável que o sexteto chegou a um álbum acima da média – e com músicas verdadeiramente interessantes. Não há nenhuma perspectiva em que a banda deva se perder no futuro.

Track-list:

CD 1:
01. Survive
02. I Won’t Tell You
03. Not Enough
04. I’m Not Afraid
05. I Like It
06. Underdog
07. The Pain
08. Spellbound
09. Wide Awake
10. The Maze
11. Unchained
12. Shallow Life

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CD 2:
01. The Last Goodbye
02. Leaving Alone
03. Oblivion
04. Spellbound (Acoustic)
05. Closer (Acoustic)
06. Within Me (Acoustic)
07. Survive (Live)
08. I’m Not Afraid (Live)
09. I Won’t Tell You (Live)
10. Tight Rope (Live)
11. Fragments of Faith (Live)
12. The Game (Live)

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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