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Asrai: interessante aposta para a música pesada

Resenha - Pearls in Dirt - Asrai

Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 25 de junho de 2010

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

Entre as bandas iniciantes que tentam trazer alguma novidade para o metal, são poucas as que realmente conseguem um resultado satisfatório. É verdade que os holandeses do ASRAI não são tão novatos assim – a banda existe desde 1988 –, mas o grupo chegou recém ao seu terceiro disco, intitulado "Pearls in Dirt": um trabalho que foge dos padrões do metal gótico, mas que mostra uma interessante aposta para a música pesada.

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Com o seu segundo álbum lançado no Brasil – "Touch in the Dark", em 2004 – o ASRAI entrou imediatamente para o pequeno grupo de revelações de futuro promissor. A banda, formada por Margriet Mol (vocal), Rick Janssen (guitarra), Martin Koo4 (baixo), Manon Van Der Hidde (teclado) e Karin Mol (bateria), investiu pesado no seu novo álbum para concretizar as expectativas criadas em torno dela. A presença do conceituado produtor Sascha Paeth (ANGRA, RHAPSODY, EPICA) deu ao som do grupo holandês um acabamento superior à média – sobretudo um encaixe perfeito entre o som pesado e os elementos eletrônicos.

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As influências encontradas em "Pearls in Dirt" são as mais variadas possíveis. Elas se movimentam com facilidade entre o punk rock, o new age e até mesmo entre a música pop mais comercial. No entanto, nenhuma dessas características arranha o espírito heavy metal do grupo, que curiosamente conta com três mulheres na sua formação. A essência da música gótica está presente – sem exceção – em todas as composições do álbum. Em quase cinquenta minutos de música, a ótima voz de Margriet Mol acompanha o instrumental arrastado e atmosférico da maioria das composições do ASRAI.

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Entretanto, "Pearls in Dirt" não possui uma ótima sequência musical. É verdade que o álbum apresenta uma banda coesa e consciente do que faz. Em minha opinião, o ASRAI deixou um pouco a desejar em seu trabalho de composição. Em grande parte das dez músicas apresentadas no CD, é difícil encontrar momentos verdadeiros de inspiração criativa. O clima mais arrastado e atmosférico, com certa acentuação pop, pode ser conferido em músicas como "Delilah’s Lie", "Go" e "Lost", por exemplo. No entanto, não acredito que esse formato, que se repete em outras faixas, como "Roses" e "Chain Me" (com maior dose de sentimentalismo) cairá no gosto dos fãs mais exigentes.

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De qualquer forma, "Pearls in Dirt" também tem seus momentos de destaque. "Your Hands So Cold" comprova que o ASRAI soube explorar muitíssimo bem a inclusão de características eletrônicas sem deixar de lado uma boa dose de riffs pesados. No lado oposto, "Stay with Me" inicia quase como uma balada – recheada de passagens sinfônicas –, mas que evolui satisfatoriamente através de um percurso mais pesado e atmosférico. Já "Awaken" chama a atenção por ser uma faixa bastante agressiva, ainda mais se comparada com a temática mais cadenciada do restante do disco. Mesmo assim, acredito que essa composição não vai ser uma unanimidade entre os fãs do grupo holandês.

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No entanto, o melhor momento do álbum fica creditado à faixa intitulada "Sour Ground". Nesta música, o ASRAI mostra de maneira evidente as influências mais pop citadas no início da matéria – claramente de bandas como o EVANESCENCE. Diferente do andamento arrastado que domina o disco, "Sour Ground" mostra uma boa melodia (a partir de um teclado mais animado e menos triste), além de um ótimo refrão atmosférico. Como bônus, o ASRAI incluiu uma versão editada dessa mesma música – o que caracteriza ainda mais o caráter importante da composição.

Embora possua qualidades técnicas (na questão da produção, principalmente) e uma porção de boas músicas, o ASRAI ainda precisa amadurecer antes de conquistar um espaço consagrado no universo heavy metal. Certamente, faltou uniformidade entre as composições em "Pearls in Dirt". O grupo tem a capacidade de fazer um trabalho melhor recheado de inspiração musical. De repente, no próximo álbum – que precisa trazer um encarte melhor elaborado também – a banda consiga um destaque maior.

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Track-list:
01. Delilah’s Lie
02. Your Hands So Cold
03. Stay with Me
04. Go
05. Lost
06. Something I Said
07. Awaken
08. Sour Ground
09. Roses
10. Chain Me
11. Sour Ground (Radio Edit)

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Sobre Paulo Finatto Jr.

Reside em Porto Alegre (RS). Nascido em 1985. Depois de três anos cursando Engenharia Química, seguiu a sua verdadeira vocação, e atualmente é aluno do curso de Jornalismo. Colorado de coração, curte heavy metal desde seus onze anos e colabora com o Whiplash! desde 2000, quando tinha apenas quinze anos. Fanático por bandas como Iron Maiden, Helloween e Nightwish, hoje tem uma visão mais eclética do mundo do rock. Foi o responsável pelo extinto site de metal brasileiro, o Brazil Metal Law, e já colaborou algumas vezes com a revista Rock Brigade.
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