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Monkees: momento especial da história em edição ampliada

Resenha - Birds, The Bees and The Monkees - Monkees

Por Alan James
Postado em 18 de abril de 2010

A banda americana The Monkees, considerada por muitos como o 1º fenômeno pop especialmente feito para os adolescentes teve sua idéia originada em 1965 por Don Kischner, que planejava criar uma banda cujos integrantes seriam protagonistas de uma série televisiva (de muito sucesso) e que também gravaria discos para os vindouros fãs. Depois de vários testes de seleção (incluindo entre os candidatos o hoje lendário Stephen Stills, do Buffalo Springfield e do Crosby, Stills, Nash and Young), foram escolhidos 2 atores e 2 músicos, respectivamente: Davy Jones (vocal, percussão), Micky Dolenz (vocal, bateria), Mike Nesmith (vocal, guitarra) e Peter Tork (vocal, baixo, teclados, banjo).

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Desde o início, foi estabelecido por Don que as músicas seriam compostas e tocadas por profissionais, e os Monkees entrariam em estúdio apenas pra gravar vocais (e paralelamente Davy e Micky tiveram de aprender a tocar seus instrumentos para shows ao vivo, sendo que o 1º viria a aprender também bateria e baixo, e o 2º já tocava guitarra). Porém, Mike bateu o pé e conseguiu que 3 de suas músicas sempre fossem incluídas nos discos, e ele quem as produziria.

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Essa fórmula durou 2 discos de muito sucesso, e singles idem, como: I'm a Believer, Last Train To Clarksville e Theme From The Monkees. Por causa dessa política, viriam a descobrir esses fatos depois, e a imprensa e público em geral passariam a tratá-los como artistas sem valor, supostamente fabricados em todos os sentidos, sem averiguar que 2 deles eram músicos de talento antes de serem Monkees.

O que quase ninguém sabe é que para fazer o 3º disco, Headquarters, os Monkees decidiram demitir Don (por 3 votos a 1) e assim eles assumirem o controle total da produção, o que incluiria tocarem no estúdio. Gravaram como banda em todas as músicas, compuseram metade delas e lançaram o álbum, que fez bastante sucesso chegando a 1º lugar, e considerado o favorito de muitos fãs (e inclusive de Peter Tork).

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Depois disso, Micky decidiu não tocar mais no estúdio, e então fizeram o disco Pisces, Aquarius, Capricorn and Jones, no qual os outros 3 tocaram, junto com músicos de estúdio.

Esses discos foram produzidos por Chip Douglas, ex-baixista dos Turtles (do sucesso Happy Together), que foi dispensado após a produção do último, pelo simples motivo dos Monkees agora quererem produzir eles mesmos, sem precisar de mais ninguém. Porém, a mudança mais drástica foi que cada um deles agora produziria suas próprias músicas individualmente, com os músicos que quisessem e em estúdios diferentes, com eventuais participações de um Monkee na música do outro.

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E nesse clima foi gerado o disco The Birds, The Bees and The Monkees, gravado entre 1967 e 1968, e lançado nesse mesmo ano, que agora é reeditado de forma luxuosíssima pela Rhino Handmade/Warner em uma caixa (com arte gráfica frontal em 3D) com 3 discos: o 1º vem com o disco em stereo e várias faixas bônus inéditas também em stereo; o 2º vem com a mixagem raríssima em mono da época e bônus também em mono; e o 3º é repleto só de raridades. Falando nelas, existem várias inéditas que saem pela 1a vez aqui, porém várias outras já haviam saído em outros CDs, o que incluem músicas não lançadas, mixagens diferentes de músicas do disco, versões alternativas, etc... A caixa vem também com um libreto com várias fotos e textos informativos sobre as sessões de gravação, com datas e créditos dos músicos, além de histórias contadas por cada integrante.

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O disco contém 3 músicas de sucesso: Daydream Believer (um grande hit, 1º lugar nas paradas, gravada na produção de Pisces, porém foi guardada pra single e pro 5º disco, e que é a única que conta com a participação de Peter no piano, que mesmo tendo produzido e gravado várias músicas pro trabalho, não viu nenhuma de suas composições vingar no mesmo), Valleri e a curiosa, psicodélica e excelente Tapioca Tundra, de Mike (originalmente o lado B de Valleri, chamou a atenção, começou a ser tocada e chegou a virar hit, o único de Mike na banda, já que havia uma política de que os hits seriam cantados apenas por Davy e Micky, que tinham vozes mais adequadas as músicas mais comerciais), o que ajudou a alavancar as vendas do álbum, sendo esse o último disco de sucesso e de vendas milionárias deles.

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Destaques do álbum são: Auntie's Municipal Court (Micky cantando em uma bela composição de Mike que, como sempre, explorava suas raízes folk, gênero esse que ele viria ser um dos pioneiros a misturar com o rock, criando assim o folk-rock), as já citadas Daydream Believer e Tapioca Tundra, a ultra-psicodélica Writing Wrongs (também de Mike, que nessa época viria a fazer letras non-sense pras suas composições, e que tem um arranjo tão viajante quanto a letra, com um órgão tocado pelo próprio Mike conduzindo uma música que começa arrastada, lenta pra depois virar uma improvisação rápida e chapada, e depois voltar a ser lenta) e também I'll Be Back Upon My Feet (com um arranjo interessantíssimo, com destaque para a bateria com bastante presença, conduzindo essa música que é bem leve e muito bem cantada por Micky).

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Magnolia Simms é outra de Mike, que dessa vez busca um clima anos 30 pra ela (com direito a emulação de um som de vinil bem antigo, o que inclui em certa hora parecer que o disco está arranhado), e que mesmo não sendo excelente, é um bom momento no álbum.

As outras são aquelas músicas típicas pra encher um álbum (segundo definiria Paul McCartney), e que não mantém o nível de coesão do trabalho, como: Dream World, The Poster, We Were Made For Each Other (todas compostas e cantadas por Davy, que demonstra nelas sua preferência por músicas com clima de Broadway, e com interpretações exageradas nessa linha), entre outras.

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Curiosa é Zor and Zam, cantada por Micky, que encerra o disco e é uma música épica, cujo clima é de trilha sonora. Não é ruim, porém não é excelente. Fica no meio termo.

Se fosse falar das faixas bônus, teria de fazer um post IMENSO comentando todas e suas diferenças, porém vale destacar algumas:

- Come On In: excelente cover gravada e produzida por Peter, que faz um ótimo trabalho nos vocais e na guitarra, tendo seu amigo Stephen Stills colaborando também na guitarra, nessa e em várias outras. Música que começa bem romântica e depois vira um rock. Ouvindo, fica a dúvida: por que não entrou no disco?

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- Lady's Baby: outra da lavra de Peter, que a compôs em homenagem a sua esposa e ao seu filho recém-nascido, música essa na qual Peter trabalhou exaustivamente, gravando várias versões, com diferentes músicos e em diversos estúdios. Destaque para uma versão de 1968 gravada com o grande Buddy Miles na bateria (famoso por ter tocado com Jimi Hendrix). Apesar da letra pueril (especialmente no 1º verso), é inventiva, começando como um soul e depois virando um rock.

- Long Title, Do I Have To Do This All Over Again: aqui mais uma contribuição interessante de...Peter! Sim, ele de novo, que conseguiu produzir esse rockão com belas guitarras, mas que entraria somente no disco seguinte, a trilha do filme Head.

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- Seeger's Theme: novamente ele, Peter Tork, que já havia gravado uma versão dessa composição instrumental (feita por seu ídolo folk Pete Seeger) de modo informal nas sessões de Headquarters, e que foi explorada seriamente por ele em várias versões gravadas para o atual trabalho, com destaque para a versão elétrica com bateria de Buddy Miles.

- Nine Times Blue: desta vez é Mike quem produz uma bela, mas não lançada colaboração pro disco, uma composição bastante country, que já havia sido gravada em versão acústica nas sessões de Headquarters, sendo que depois Mike trabalharia em 2 versões (uma com vocal dele, outra com vocal de Davy) que também não saíram neste disco. Seria regravada e lançada por Mike em sua carreira solo nos anos 70.

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- Versões acústicas de Tapioca Tundra e Magnolia Simms.

- Uma versão de Auntie's Municipal Court, com Mike fazendo o vocal principal.

Na época desse disco, a série dos Monkees tinha acabado de ser cancelada (depois de duas temporadas), e em breve eles fariam uma turnê (a 2a), um filme (e também a trilha) e um especial de TV, e também encerrando o ano de 68 após essa ocasião, a saída de Peter da banda, que continuou como trio por mais 2 discos e uma turnê, e que depois viraria dupla com a saída de Mike, que por sinal viria a durar até 1971 com um disco e um single fracassados, e que depois se reuniriam em diferentes configurações até os dias atuais, incluindo uma breve volta do quarteto original para um disco e alguns shows.

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Porém, esse disco registra um momento especial na história dos Monkees, e que por isso será sempre válido e adorado pelos fãs da banda, e da música pop em geral.

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