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Resenha - Thunder Seven - Triumph

Por Rodrigo Werneck
Postado em 10 de dezembro de 2006

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Em mais um lançamento dentro de sua "Millennium Remastered Series", a Sanctuary relança mais um álbum clássico do trio canadense Triumph. "Thunder Seven", como o nome já demonstra, foi o sétimo trabalho dessa inspirada banda, lançado originalmente em 1984 e agora remasterizado.

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Seguindo firme com a formação original que incluía Rik Emmett (guitarra e vocal), Mike Levine (baixo e teclados) e Gil Moore (bateria e vocal), o grupo havia deixado porém a gravadora RCA e se mudado de mala e cuia para a MCA. Com o status de superbanda, o desgaste da relação com a RCA não os impediu de rapidamente encontrar nova casa. Mais uma vez gravado no estúdio da banda, Metalworks, esse novo disco foi no entanto produzido pelo mestre Eddie Kramer (Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Kiss).

A gravadora MCA queria um álbum numa linha um pouco mais comercial do que eles vinham fazendo, e Rik Emmett concordava com a idéia. Moore e Levine, porém, queriam se manter fiéis à linha musical original do grupo, e para ajudá-los na tarefa conseguiram o apoio do produtor Kramer. O disco, de certa forma, retrata um pouco esse choque de intenções, que seria mais flagrante nos próximos trabalhos. A história se repete, e sabemos o final: o grupo estava apenas começando sua lenta decadência (ainda não facilmente notável na época), embora este "Thunder Seven" fosse ainda um disco muito bom.

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Abrindo como usual com uma música pesada e direta cantada pelo baterista Gil, no caso "Spellbound", seguida por "Rock Out, Roll On", um AOR com Emmett nos vocais. Nada de muito novo, basicamente uma repetição da fórmula que o Triumph tão competentemente sabia fazer. A terceira faixa do disco, entretanto, mostrou uma novidade que era por outro lado um retorno ao estilo dos discos iniciais: "Cool Down" foi feita no melhor estilo Led Zeppelin (e muito bem feita, por sinal), talvez por influência de Kramer, que havia trabalhado com o Zep no passado. Um início acústico (um dobro?), seguido por um riff de guitarra à la Jimmy Page, vocais à la Robert Plant, e mesmo a bateria à la Bonzo. Lá pelos 3 minutos de duração o ritmo acelera e Emmett nos brinda com mais um solo memorável de guitarra.

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"Follow Your Heart" se segue, uma música feita para as "classic rock radios" norte-americanas, e que cumpre bem o seu papel, com Moore no vocal principal e Emmett providenciando as harmonias vocais agudas. "Time Goes By" vem a seguir, mais uma (boa) canção típica do grupo, um hard rock melódico onde Emmett pode demonstrar toda a força de seu vocal e de sua guitarra.

A partir daí é que o disco apresenta seus melhores momentos, na minha opinião. O infalível tema instrumental de Emmett no violão, "Midsummer’s Daydream", abre caminho para um breve tema vocal chamado "Time Canon", onde o grupo paga seu tributo a algumas de suas influências: Yes, Gentle Giant, e até Queen. Na verdade, apenas um intróito para "Killing Time", uma das melhores músicas desse trabalho, com os ótimos vocais principais divididos entre Emmett e Moore, algo não tão comum na história fonográfica da banda.

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Já no final do disco está a música "Stranger In A Stranger Land", um hardão pontuado pelo baixo de Levine, mas com nobre presença da bateria de Moore e da guitarra e do vocal de Emmett, na melhor tradição do power trio. A última faixa, "Little Boy Blues", é mais um tema instrumental, onde Rik destila todo seu inegável talento, com grande sensibilidade e feeling. Uma autêntica aula de como se tocar guitarra bem, sem a necessidade de velocidade, que pode ser uma aliada mas também um terrível inimigo em mãos equivocadas.

O Triumph seguia sua trajetória de sucesso, e naquele ano ainda tocaria no American Rock Festival junto a outros artistas de grande sucesso na época, como Ozzy Osbourne, Quiet Riot, Mötley Crüe, Accept, Ratt e Night Ranger.

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Tracklist:
1. Spellbound
2. Rock Out, Roll On
3. Cool Down
4. Follow Your Heart
5. Time Goes By
6. Midsummer’s Daydream
7. Time Canon
8. Killing Time
9. Stranger In A Strange Land
10. Little Boy Blues

Site: www.triumphmusic.com

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Sobre Rodrigo Werneck

Carioca nascido em 1969, engenheiro por formação e empresário do ramo musical por opção, sendo sócio da D'Alegria Custom Made (www.dalegria.com). Foi co-editor da extinta revista Musical Box e atualmente é co-editor do site Just About Music (JAM), além de colaborar eventualmente com as revistas Rock Brigade e Poeira Zine (Brasil), Times! (Alemanha) e InRock (Rússia), além dos sites Whiplash! e Rock Progressivo Brasil (RPB). Webmaster dos sites oficiais do Uriah Heep e Ken Hensley, o que lhe garante um bocado de trabalho sem remuneração, mais a possibilidade de receber alguns CDs por mês e a certeza de receber toneladas de e-mails por dia.
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