Matérias Mais Lidas


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Resenha - Consign To Oblivion - Epica

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 15 de setembro de 2005

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Ao ouvir "Consign To Oblivion" entendemos perfeitamente o porquê de Mark Jansen ter abandonado o After Forever. Se afastando de qualquer resquício "power" e criando temas que apostam claramente no goticismo de fortes tendências líricas e sinfônicas, Jansen firma sua personalidade e pavimenta o caminho deste instantâneo-respeitado sucesso que é o Epica.

Epica - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Dance Of Fate", um belo open-act, demonstra, acima de tudo, a inteligência com que a coisa é feita. Bandas de vocal soprano, influências clássicas e corais de fundo existem aos montes. Bandas que fazem disso mais do que um simples atrativo e trabalham, de fato, junto com estes elementos, são raras. A citada composição é uma das provas (dentre outras que são dadas ao longo do play) disto: a sinfonia não é um mero enfeite, a música guia-se por ela, se entrelaça, dança (o trocadilho foi inevitável) com os riffs e harmonias, e os corais são inequivocadamente verossímeis e apropriados. E é ele – o coral – com suas texturas baixas e agudas (contando com a participação de André Matos) que adiciona corpo e alma ao refrão de "The Last Crusade". A balada "Solitary Ground" é o show particular da jovem Simone Simons, arrebatando-nos com sua vocação em criar climas melancólicos e plasticamente rebuscados. Seu vocal mezzo-soprano (respeitando o que fazem questão de frisar) se equipara facilmente a todas as outras gargantas intocáveis do metal: Sharon Den Adel, Tarja Turunen e Floor Jansen. Na verdade, esta holandesa de 20 aninhos supera, em muitos momentos deste novo álbum, suas predecessoras. A diferenciação está, justamente, no "mezzo" de sua classificação. Tal detalhe permite que ela desenvolva as melhores linhas vocais e as mais sublimes variações dentro de uma mesma música, numa transposição perfeita, doce, reconhecidamente polifônica, porém, sem sobressaltos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Blank Infinity" alterna a rapidez com ocasiões exclusivas de Simmons, elevando a empatia da música. "Force Of The Shore" é a primeira faixa realmente pesada e não por acaso, a primeira onde os guturais e screams de Mark Jansen aparecem em evidência, explorando o recurso "beauty and the beast", numa composição redonda e empolgante. "Mother of Light" só perde em qualidade para a faixa título, repleta de digressões, paradas, traços operísticos, ascensões, conjunção irretocável de elementos numa simbiose fantástica (veja o que acontece a partir dos quatro minutos) e a efetiva contribuição de Coen Jassen nos sintetizadores, é um momento deveras envolvente. "Trois Vierges" é um belíssimo dueto entre Simone e Roy Khan, que retribui o favor que Simmons prestou no último álbum do Kamelot, repetindo a dobradinha. A amizade entre as bandas é tão grande que as duas irão fazer turnê conjunta pelo Brasil, e, dada a qualidade de seus mais recentes lançamentos, facilmente entre os melhores do ano em seus respectivos nichos de mercado, este show tem tudo para ser ótimo e firmar a reputação de ambas em nossas terras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Como no debut, que fechava com a faixa-título, sendo esta a composição mais longa do álbum, a fórmula se repete aqui. "Consign To Oblivion" reúne dramaticidade, velocidade, suavidade, peso, e toda classe e inteligência na variação de arranjos, melodias, vocais e climas que ficara evidente nos dez atos anteriores.

Tecnicamente nenhum dos integrantes consegue assombrar, mas, não sendo este o objetivo, torna-se claro a suma importância da contribuição de todos no resultado gerado, sendo originais não no sentido de inovar mas de fazer o melhor possível dentro de sua proposta (e é esta a concepção grega da coisa).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Precisaria falar algo sobre a produção se os responsáveis não fossem Sascha Paeth, Olaf Reitmeier, Philip Colodetti & Miro e a mesma não tivesse sido feita no Gate Studio, na Alemanha. Mas foi. E tudo é polido, claro e aperfeiçoado à exaustão, mesmo com tantos detalhes adicionais (corais, orquestra, sintetizadores e elementos extras), nada soa deslocado ou inapropriado para o objetivo, esmero de profissionais experientes que confere singularidade ao trabalho.

O gothic metal do Epica é muito mais reflexivo do que lamurioso, o que faz toda diferença. E, ao contrário de todas estas bandinhas de "dark-wave/psychotic-dance/sinister/melodic/extreme/symphonic/ gore-gothic", eles sabem o que querem, o que fazer, e de que forma fazer. Execução e criatividade aprovadas. Um grupo incipiente, sim, mas que já assume a vanguarda do gênero e demonstra uma maturidade que poucas outras agremiações mais antigas conseguiram atingir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Formação:
Simone Simons (Mezzo-Soprano)
Mark Jansen (Guitarra/Vocais Scream)
Ad Sluijter (Guitarra)
Yves Huts (Baixo)
Jeroen Simons (Bateria)
Coen Janssen (Sintetizadores/Teclados)

Site Oficial: www.epica.nl

Material cedido por:
Hellion Records
Rua 24 de Maio, 62 – Lojas 280/282/308 – Centro
São Paulo – SP – CEP: 01041-900 – Brasil
Tel: (11) 5083-2727 – 5083-9797 – 5539-7415
Fax: (11) 5549-0083
Internet: www.hellionrecords.com
Email: [email protected]

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Outras resenhas de Consign To Oblivion - Epica

Resenha - Consign To Oblivion - Epica

Resenha - Consign to Oblivion - Epica

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Jethro Tull
Stamp

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
Mais matérias de Maurício Gomes Angelo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS