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Resenha - Army of the Time - Steel Warrior

Por Leandro Testa
Postado em 16 de novembro de 2002

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Heavy Metal é uma coisa de paixão mesmo. Você forma uma banda, faz "do coração às tripas" para juntar uma grana e gravar de forma totalmente independente seu primeiro CD, continuando num ritmo anelante o empenho para divulgar aquele material. Só quem passa por isso é quem pode dizer das dificuldades... mas, e se você se visse nessas condições, e tivesse a primeira prensagem dele esgotada em pouco mais de quatro meses? Bom, não é? Questões de tiragem à parte, consideremos que só o fato de tê-lo reconhecido na Europa e no Japão, já valesse todo o esforço, o que, associado um contrato com uma das mais prolíferas gravadoras do cenário heavy brasileiro, torna-se uma grande glória para aquele músico que começou plantando uma semente de esperança, tocando o som criado por seus ídolos.

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É nestas condições que o Steel Warrior retorna em sua segunda empreitada, depois de ter excursionado por países como Bélgica, Alemanha e Portugal, contando com uma temática que de certa forma dá continuidade à apresentada no ‘debut’ "Visions from the Mistland", como se evidência logo na faixa-título, e agora, com uma produção mais apurada, seguem seu trabalho claramente influenciado por Running Wild, Maiden e eu diria até Helloween da fase "Walls of Jericho". Tá certo que, para evitar aquela estagnação, quando me apresentam uma banda, sempre espero dela alguma inovação, mesmo que pequena, ainda mais em se tratando de uma que toca Power Metal (não pejorativamente, pois aqui não tem choradeira). Todavia, eles já declararam que essa não é exatamente a sua preocupação, "afinal nunca tivemos a pretensão de reinventar o Metal", e se até mesmo o primeiro desta lista de nomes consagrados não sofre uma considerável metamorfose, uma reciclagem musical, depois de tantas mudanças de formação, não podemos esperar das bandas que bebem diretamente da sua fonte que soem originais, o que, neste caso, é trocado pelo mais puro ‘feeling’. "Guardians of the Desert Sea", a terceira faixa do álbum, já deixa tudo muito evidente e vem até com dedicatória ao lendário Rolf Kasparek, bem como aos seguidores da Jolly Roger, bandeira que se convencionou como o símbolo mor dos piratas. Creio que eu nem precise ser redundante em comentar que a letra diz respeito aos desbravadores marítimos, certo??? (ôps, foi mal... acabei falando...).

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Representantes catarinenses da terceira edição do bem sucedido Brazil Metal Union, festival a ser realizado na capital paulista em duas datas, com emergentes bandas do cenário nacional à exemplo do Eterna, Hangar, Symbols, Monster, Sagga, e é claro, Tuatha de Danann e Dragonheart, eles tem tudo para detonar no dia 1 de fevereiro com os melhores sons de Army of the Time, dentre eles a própria faixa-título, bastante poderosa, veloz, melodiosa, com um refrão marcante e um dueto de guitarra idem, precedida do ápice do CD, a apoteótica intro "Beyond the Twilight Hills", com momentos ‘cavalgados’ e um belíssimo desfecho acústico, concorrente direta da igualmente empolgante "The First Warrior", um primor metálico de estribilho possante, talvez a mais Maiden/Running Wild de todas, sendo, aliás, uma mescla delas. "Mas por ser tão igual, soa descartável?" ‘Evidentemente que não, companheiro!’ Já afirmei e ratifico: ela é ‘pra lá de boa’ e ‘bota no chinelo’ muita banda por aí que copia até os trejeitos de Steve Harris & cia, além de ser mais pesada que a dos ícones aqui arrolados.

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Voltando à seqüência natural dos fatos, depois da já mencionada homenagem ao digníssimo Sr.Rock ‘n’ Rolf, a pancadaria é retomada com "Spell of Witches’ World", típica e pesada faixa speed que conta com uma melodia grudenta, abrindo alas a outro momento especial no álbum, com a trinca "Power Metal", "Divine Wind of Sho" e "The First Warrior". Nesta dupla inicial, bem como em "Your Majesty’s Return", o destaque fica pelas mudanças de andamento costumeiramente executadas aos dois minutos e meio, de modo assaz elegante. A primeira, uma confissão de amor a este estilo que tanto nos consome tempo, dinheiro e horas de sono, é mais ‘mid-tempo’, e ainda que cantada de um modo que não me agrada muito (pois em não se encaixando perfeitamente ao instrumental, parece forçada), conta com um refrão que desvanece tal empecilho, superado totalmente quando a música dá a supracitada engrenada, seguida de solos bem encaixados, para depois retomar à sua levada principal, nesta que provavelmente será a canção da maior projeção para esta nova fase do "guerreiro de aço". Sua subseqüente é outra ode, porém, desta vez, à memória dos kamikazes, pilotos japoneses da Segunda Guerra Mundial, que conjeturo terem alguma relação afetivo-cultural com Boon Yu e Culver Yu, respectivamente guitarrista e baterista da banda, naturais de Hong Kong (que fica lá pr’aquelas paragens). Melhora ainda quando sofre a cronometrada alternância, seguida de um curto pronunciamento não creditado, estilo Winston Churchill, cujo ao instrumental matador acompanham os patriotas orientais em suas máquinas voadoras, dando lugar para o esquema solo/levada principal.

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Quase que chegando ao finalmentes, uma balada para acalmar os ânimos, "When we were kings" (estranhamente redigida em tudo que é lado com o acréscimo da letra ‘h’ (where), inclusive no encarte, o que aí se torna um vacilo), que novamente poderia ter sido melhor em algumas vocalizações individuais, principalmente a de início, antes do grandioso refrão. Aliás, André Fabian se mostra bem mais agressivo desta feita, algo deveras louvável, numa mistura entre um Ronnie James Dio germânico, Mike Howe do Metal Church (ai que saudades do "The Human Factor"), Bobby Blitz Ellsworth do Overkill, ou melhor, no lugar dele, Thomas Rettke do Heavens Gate (esse sim!). Portanto, não espere aquele ‘xaropismo’ de sete em cada dez bandas do estilo, pois além do CD ser pesado e ter esse diferencial vocálico que certamente melhorará no próximo disco, apresenta uma boa intercalação de faixas tradicionais com as mais rápidas, o que de modo algum cansaria o ouvinte.

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Após "Your Majesty’s Return", repleta de climas épicos, que é como a própria letra diz, "mais rápida do que os olhos podem ver" (ou será que significa "tente nos acompanhar ao vivo") entra o ‘grand finale’, quer dizer, ‘quase grand’, pois "Farewell Ride", é a mais batida de todas e por ser curta só tem espaço para dar maior enfoque, à exemplo das outras, às melodias marcantes, seja ela dos solos que primam pelo bom gosto ou do refrão, parte muito bem executada na obra, por completo.

Com um lançamento destes, o Steel Warrior fez jus ao convite da Hellion Records para participar do True Metal Festival junto às bandas Metalium (Alemanha) e Edenbridge (Áustria), todas de seu ‘cast’, que seria realizado no último mês de outubro, também na cidade de São Paulo ("seria" porque com a alta do dólar, ele teve de ser adiado para o início do ano que vem). Se você é da região e já pretendia ir a este concerto, ou irá, quando ele se concretizar, porém quer evitar a sensação desagradável de ficar moscando enquanto uma banda deste calibre despeja peso, ‘feeling’ e melodia, cuidado, então você precisa ouvir "Army of the Time". Apenas posso dizer que em tal ensejo, quero vê-los de perto, pois, para mim, eles indubitavelmente serão a atração da noite. Ou melhor, ainda que de estilos diferentes, não dá nem para comparar com os que estarão no mesmo evento... nosso produto interno bruto é, em definitivo, bem mais agradável.

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Formação:
André Fabian Mees Tulipano (guitarra/vocal)
Culver Yu Lit Sim (bateria/backing vocals)
Yu Boon Sim (guitarra/ backing vocals)
Anderson Gomes Agostinho (baixo/backing vocals)

Website Oficial - www.steelwarrior.com.br

Material cedido por:
Hellion Records – www.hellionrecords.com
Rua 24 de Maio, 62 – Lojas 280 / 282 / 308 – Centro
São Paulo – SP – BRASIL
CEP: 01041-900
Tel: (11) 5083-2727 / 5083-9797 / 5539-7415
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