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Resenha - Another Pleasant Evening - Anno Zero

Por Sílvio Costa
Postado em 23 de julho de 2004

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

É realmente muito bom ouvir uma banda de tamanha qualidade, que se propõe a fazer um som tido como 'difícil' pelo mercado, apesar do crescimento do cenário doom/gothic nos últimos cinco ou seis anos. O Anno Zero surge como legítimo sucessor do maravilhoso Monasterium, que encerrou suas atividades há mais ou menos três anos. O quarteto piauiense tem tudo para se tornar uma das maiores referências no país em termos de gothic metal/darkwave e conquistar não apenas o público brasileiro como também a grande cena gótica européia, que está atravessando por momentos de saturação e precisa de novas idéias. O Anno Zero está repleto delas e generosamente as apresenta neste seu primeiro CD.

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O Anno Zero é uma banda que mistura com perfeição os timbres de guitarras do Paradise Lost, com alguns toques mais viajantes de Evereve, a ousadia do Moonspell e outros baluartes do gênero. Além disso, é possível perceber alguns lampejos de pós-punk, especialmente em faixas como "Inside my Head" e "Hear", mesmo que isto não signifique o abandono da pegada metálica do grupo. Trata-se de um trabalho feito com tanto cuidado que chega nos limites da perfeição, feito com muita competência e talento.

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O disco abre com "Fool". É uma faixa cheia de variações, com uma espécie de clímax que chega a lembrar os bons tempos do Gothic, do Paradise Lost (visivelmente a maior influência da banda). A levada bem reta de bateria e as guitarras afiadas contribuem ainda mais para tornar essa uma das melhores faixas do disco. Na seqüência, o peso de "Why Only Me?", que tem uma letra sumamente interessante. A alternância de timbres guturais e limpos do guitarrista e vocalista Fyb C. é um dos maiores trunfos da banda. Isso acaba contribuindo para criar uma sonoridade única. "Relief", composta com Josh S. do Monasterium, é uma das melhores do disco (a minha favorita). É a faixa em que a participação da vocalista Elayne Leonel aparece com mais destaque. Não dá vontade de parar de ouvir coisas maravilhosamente belas como "Addicted" (a mais Paradise Lost do disco). O único problema no disco inteiro está na faixa "Radio Edit". Apesar de ser bastante interessante, ela destoa do resto do disco. É um som mais pancada, com riffs velozes, que acabou soando deslocado, quebrando um pouco o clima melancólico do disco. Mas, de modo algum, diminui o trabalho do Anno Zero.

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Fugindo da saturação vivenciada pelo estilo, o Anno Zero não centra suas forças nos elementos mais recorrentes do estilo. Apesar da presença dos vocais femininos, eles não são utilizados sem critério, a exemplo do que fazem alguns dos grupos de gothic metal espalhados pelo mundo, muitas vezes levando o ouvinte a perder a paciência com tantas "vozes angelicais". Aqui a voz de Elayne Leonel serve de contraponto, contribuindo para dar ainda mais beleza e qualidade ao trabalho da banda. A produção limpa também ajuda na hora de transmitir as idéias da banda. Mesmo com algumas faixas soando mais "podronas", em nenhum momento a banda perde o controle das músicas ou deixa cair a qualidade sonora. Equilíbrio e bom gosto na escolha de timbres, composições inventivas, sem fugir dos padrões impostos pelo estilo escolhido e grande talento dos músicos tornam Another Pleasant Evening um disco viciante.

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Para concluir, há no disco uma faixa multimídia em que a banda toca algumas canções em formato acústico. Infelizmente, por causa de um problema no promo que recebi, não foi possível reproduzir o vídeo. São versões acústicas de algumas faixas, que ficaram com um clima diferente, mas não perderam a potência soturna que a banda imprime a cada uma de suas canções.

Line-up:
Fyb C. - Voz e guitarra
André Melo - Guitarra
Eduardo Zee - Baixo
Chris Gomes - Bateria

Site oficial:
http://www.annozero.com.br

Material cedido por:
Superoil Records:
Caixa Postal 2343 - Ag. Piçarra - CEP 64014-973 - Teresina - PI - Brasil
[email protected]
http://www.superoilrecords.cjb.net

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Sobre Sílvio Costa

Formado em Direito e tentando novos caminhos agora no curso de História, Sílvio Costa é fanzineiro desde 1994. Começou a colaborar com o Whiplash postando reviews como usuário, mas com o tempo foi tomando gosto por escrever e espera um dia aprender como se faz isso. Já colaborou com algumas revistas e sites especializados em rock e heavy metal, mas tem o Whiplash no coração (sem demagogia, mas quem sabe assim o JPA me manda mais promos...). Amante de heavy metal há 15 anos, gosta de ser qualificado como eclético, mesmo que isto signifique ter que ouvir um pouco de Poison para diminuir o zumbido no ouvido depois de altas doses de metal extremo.
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