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The Doors: A distinção artística entre Jim e Robby

Por Marcos Ferreira Prudencio
Postado em 21 de novembro de 2016

Os anos sessenta passaram por uma série de mudanças e transformações que influenciaram o cotidiano da sociedade, apresentando diferentes revoluções nos meios políticos, econômicos, sociais e artísticos. Seguindo esse conceito, surgiam músicos e bandas de todos os lugares com novas propostas musicais prontas para conquistar o mundo. É nesse contexto que uma banda específica emergia em 1967, e chamava a atenção de todos com o lançamento de seu primeiro álbum.

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Sendo umas das bandas mais influentes do século XX, os DOORS misturava a performance de seu vocalista JIM MORRISON com um som psicodélico e característico do próprio grupo que consistia elementos do Blues, Jazz e até mesmo música flamenca.

JIM MORRISON é lembrado por muitos como um poeta incompreendido de seu tempo, que lutava contra seus próprios demônios em um mundo que o mesmo criara para si. Acontece que dentro do curto período de vida do grupo, o vocalista dividia o espaço das letras com o guitarrista ROBBY KRIEGER. Ambos com suas particularidades, trazendo suas próprias bagagens de vida e diferentes inspirações. Formava-se então uma distinção artística e em alguns casos, uma pareceria bem construtiva.

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Antes dos 80 milhões de discos vendidos, da fama e multidões que alimentavam o ego da banda, JIM era só um jovem introvertido que escrevia letras e guardava para si, e ROBBY um jovem talentoso que havia começado a tocar guitarra apenas seis meses antes da banda gravar seu primeiro álbum. Eles eram dois poetas e duas personalidades diferentes que procuravam o mesmo ideal, mas com diferentes meios de expressá-los. O que se tem aqui é a poesia trágica e libertadora de JIM MORRISON contra a idealização amorosa de ROBBY KRIEGER.

Para JIM, o ser poeta era ser o que Rimbaud (poeta francês que viveu de1854 até 1891) descreve como: "Um sonhador, longo, ilimitado, sistemático. Alcança o desconhecido, e que interessa se for destruído no seu voo estático por coisas inauditas ou inomináveis". O próprio vocalista afirmava: "Se a minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem".

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O nome da banda THE DOORS (As portas), vem do título de um livro de William Blake (As portas da percepção), a qual o autor explica o mesmo com a seguinte citação: "Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito". Isso exemplifica bem a forma como o "frontman" pensava. Uma forma de libertação através da arte ou da poesia, algo muito além do físico que apenas o imaginário podia alcançar.

ROBBY era o oposto, voltado para o romantismo, explorava temas como o amor, utilizando diferentes perspectivas para representar e falar do mesmo. Suas letras, parecem sempre mostrar uma sinceridade profunda do que o mesmo vivia na época, com um sentimentalismo um tanto exacerbado.

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Um tanto simplista, o guitarrista compensava essa característica com os elementos pessoais que o mesmo incorporava ao acrescentar a melodia de seu instrumento nas canções da banda. Talvez a complexidade das letras não chegasse a tanto quanto as de JIM, mas a sua verdadeira poesia era construída quando seus dedos tocavam as cordas de sua guitarra.

JIM era um poeta trágico, explorou muito esse tema (tragédia), e gostava de retratar a realidade que vivia na época de uma forma um tanto decadente. Em "Break On Through To The Other Side" (Atravesse Para O Outro Lado), ele diz: "Você sabe que o dia destrói a noite" (...) "Ainda se lembra da época em que choramos?" (...) "Atravesse para o outro lado". Sugerindo que atravessem as portas da percepção, e procurem a sua versão do que verdadeiramente significa a vida.

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Em "This Is The End" (Esse é o fim), o vocalista incorpora elementos teatrais, interpretando uma miniópera experimental com elemento de Freud acerca do rei Édipo, começando como uma simples canção de despedida até chegar ao ponto alto de sua complexidade: "Esse é o fim, belo amigo" (...) "O fim dos risos e das mentiras leves, o fim das noites em que tentamos morrer".

A música "When The Music Is Over" (Quando a música acabar), possui certo misticismo, um tom de crítica por traz dos versos e uma voz potente que afirma: "Quando a música acabar apague as luzes" (...) "Bem a música é sua amiga especial, dance no foco quando ele tencionar, a música é sua única amiga, até o fim, até o fim, até o fim".

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Por outro lado em "Love Her Medley" (Ame-a loucamente), ROBBY mostra um retrato da realidade que estava vivendo com sua namorada da época. Trata-se das inúmeras vezes que ela quis terminar a relação, utilizando-se de um método que demonstra ser uma mensagem para si próprio, incorporando um personagem que conversa consigo mesmo dentro da canção, quando questiona: "Você não a ama loucamente?" (...) "Você não ama o rosto dela?", "Você não a ama enquanto ela sai por aquela porta, Como a mesma já fez milhões de vezes antes".

Em "Love Me Two Times" (Me ame duas vezes), é um pequeno conto, uma história que é contada através de um personagem criado por ROBBY. Um soldado ou marinheiro que decide passar seu último dia na cidade com o amor de sua vida (provavelmente o mesmo iria partir para a guerra do Vietnã), a canção segue com elemento de um amor que irá sofrer pela carência e pela falta, sendo ela (canção) por inteiro a própria fala do personagem: "Me ame duas vezes querida, me ame em dobro hoje" (...) "Uma para amanhã, uma só por hoje, me ame duas vezes, eu estou indo embora".

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E por fim em "Touch Me" (Toque-me), o guitarrista faz uso de um amor exagerado, uma idealização forte que demonstra o tanto de afeto que alguém pode sentir. É uma declaração de alguém para sua amada que possa estar com raiva dele por algum motivo. O mesmo demonstra que o que sente vai durar enquanto o amor de sua vida existir: "Por que não me conta o que ela diz eu vou te amar até o paraíso parar a chuva, eu vou te amar até as estrelas caírem do céu, por você e por mim".

Esses foram alguns exemplos para tentar compreender a distinção artística que envolvia ROBBY e JIM, apesar de ambos, vez ou outra possuírem letras influenciadas pelos temas dos próprios. Como em "Wishful Sinful" (Ansioso pecador) em que o guitarrista faz uma crítica à guerra do Vietnã, ou "MoonLight Driver" (Passeio ao luar) em que o vocalista da banda faz uso de um romancismo para descrever um passeio a noite pela praia junto a uma garota.

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Da parceria entre os dois veio "People Are Strange" (Pessoas são estranhas) que aborda a alienação e a posição de marginalizado. E talvez a canção mais famosa do grupo "Light My Fire" (Ascenda meu fogo), cuja guitarrista escreveu o primeiro verso e o refrão, e o "frontman" o segundo verso, incorporando elementos sombrios e fúnebres, como a morte. JIM é muito visado por fãs e pela mídia, visto como o centro da banda, embora as letras de ROBBY tenham sido as mais bem sucedidas comercialmente.

Essas duas personalidades ajudaram a consolidar a banda como uma essência imprescindível para a sua geração, e que influencia até hoje diversos meios, tanto artísticos como sociais. JIM MORRISON afundou-se em sua própria tragédia, utilizando meios para alcançar o imaginário que acabou o levando para a mortee ROBBY KRIEGER ainda vive para a sua arte, embora muito mais velada do que jamais fora antigamente. Ambos ajudaram a formular o THE DOORS, (seja com uma distinção ou com uma parceria),sempre através da arte, como uma das maiores bandas do rock and roll que já existiu.

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