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Em 15/08/1969: Começava o Woodstock Music & Art Fair

Por Cesar Augusto Ferreira
Fonte: Facebook
Postado em 15 de agosto de 2012

Resumo do documentário sobre Woodstock

Woodstock Music & Art Fair foi um festival de música realizado entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade rural de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como "Uma Exposição Aq
uariana: 3 Dias de Paz & Música", o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Woodstock, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância.

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O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular.

Woodstock clamava pela paz, pela não proliferação de armas, e nesse período a Guerra do Vietnã já havia matado milhares de norte-americanos.

O ano de 1969 nos Estados Unidos foi festejado em forma de contestação por grande parte da população norte-americana. Anteriormente, não só o mundo, mas inclusive a grande potência econômica mundial, enfrentou períodos conturbados como, por exemplo, o assassinato do candidato à presidência Robert Kennedy e do líder negro pacifista Martin Luther King; John Kennedy já tinha sido morto em 1963 quando era presidente. Era a esperança de tempos melhores indo por água abaixo no país. Esperanças de mudar o quê? Ocorre que nesse período valores relacionados à família, drogas, sexualidade, direito das mulheres, raça, dentre outros, estavam sendo questionados publicamente em todo o mundo. Ainda por cima, os Estados tinha se metido numa guerra cada vez mais sem sentido e delicada, de se retirar sem manchar sua imagem imperial; era a Guerra do Vietnã. De fato, os Estados Unidos foram surpreendidos por uma nação minúscula e miserável que resistiu à sua enxurrada armamentista, daquelas à la ficção-científica que lhes é tão singular.

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E quando dói internamente, fato raro de acontecer ou omitido dos noticiários, quando milhares de patriotas morrem ou são mutilados, começa a incomodar e cogitar-se alguma disfunção na máquina que havia se metido em mais uma guerra. A prepotência transformou-se em frustração sem fundamento, já tinham usado mais bombas que em toda a II Guerra Mundial e sistematicamente morriam pessoas de ambas as partes, então manifestantes foram às ruas. Mas para compreender como isso repercutiu nos Estados Unidos é preciso primeiro entender o porquê do conflito e que lugar é afinal o Vietnã, país até então desconhecido aos olhos do mundo.

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Esse pequeno país localizado na Indochina tem um histórico de total opressão que vem desde os primórdios, há mais de 500 anos, com a China e os mongóis, até se tornar, a partir de 1858, colônia francesa. Como toda lógica colonial, a França explorou sua população e os recursos naturais da região, além de entupi-los de drogas através do álcool e o ópio, tal qual no Brasil com o craque e a cocaína nas camadas populares. Até que, em 1947, o Vietnã proclama sua independência, curiosamente baseada nos princípios da constituição dos EUA, seu próximo inimigo. Isso devido à perda de força da França, pelo desgaste com a Alemanha na II Guerra Mundial e o Japão, adversário tanto da França quanto do Vietnã. Os japoneses aproveitaram para explorar a situação dominando o Vietnã, mas pouco depois são atacados em Hiroshima com a bomba nuclear e os vietnamitas, enfim, se libertam. A festa dura pouco, no ano seguinte a França volta e reivindicar sua colônia sendo amplamente financiada pelos Estados Unidos, inimigo do Japão, que a partir daí passa a ser determinante. É conflito para tudo quanto é lado e o Vietnã nesse processo encontra-se em vias de transformações sócio-culturais, comandadas pelo líder Ho Chi Min, cujo lema era simples e extremamente eficaz: plantar (arroz), estudar e guerrear. Mesmo com toda opressão os vietnamitas conseguiram culturalmente conscientizar toda a população e gerar um nacionalismo bravamente resistente independente da idade, sexo, ou o que quer que fosse.

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Em 1956, tendo forte mobilização popular e grande possibilidade de Ho Chi Min subir ao poder de maneira democrática, ocorre a intervenção externa dos Estados Unidos sob alegação de subversão interna, indo contra as leis internacionais. Nessa altura já tinham conseguido dividir o Vietnã em dois, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. A conscientização da população nativa chegou ao ponto de incomodar o primeiro mundo que, como sempre, instalou uma democracia a sua maneira, independente dos interesses locais.
O pretexto para a intervenção americana e estopim da guerra foi um ataque vietcongue no Golfo de Tonquim em 1964. Um país inexpressivo no cenário mundial e até então praticamente desconhecido atacou as esquadras norte-americanas, que seria as mais poderosas do mundo. Eis a história oficial, ao velho estilo ocidental. A partir daí começou o genocídio.

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No final das contas os Estados Unidos deram um tiro no pé, apesar de escoar todo o depósito de sua indústria bélica, pilar de sua economia. A situação foi ficando insustentável, mas os meios de comunicação deram uma mãozinha, seguiram a procissão da globalização ao distorcerem as informações, de acordo com seus interesses comerciais; afinal, não vale a pena desprestigiar o Tio Sam, portanto seu discurso foi legitimado. As conseqüências foram as piores, e deixaram seqüelas até hoje nos dois países. As baixas são inestimáveis, e a degeneração espiritual irreparável.

Essas foram algumas das razões que fizeram o povo norte-americano ir às ruas. Em 1967 estudantes fizeram a Marcha ao Pentágono, seguido de protestos na Convenção do Partido Democrata. Os Panteras Negras lutaram pela igualdade racial, jovens foram reprimidos ao se reunirem num parque que ficou conhecido como o Parque do Povo, dentre outras agitações. Até que houve o auge das manifestações, quando conseguiram aglomerar todas as discordâncias àquele sistema num só lugar, o show conhecido mundialmente até hoje como Woodstock, em agosto de 1969.

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Ninguém mais agüentava guerras. Tudo o que eles queriam era dar uma chance à paz. Resistiam ao serviço militar, clamavam pela não proliferação de armas e para que a corrida armamentista cessasse a fim de harmonizar a humanidade. A paz era uma das principais bandeiras levantadas em Woodstock, junto a tantas outras. Infelizmente, até hoje os Estados Unidos são os que mais vendem armas em todo o planeta, sua indústria irradia a morte mundo afora. Nas palavras de John Reed "as guerras crucificam a verdade". Mas, enquanto isso, o norte do hemisfério ocidental as forjam segundo seus interesses.

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