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Hard Rock: Aqueles que ficaram para trás - Parte 8

Por Ben Ami Scopinho
Postado em 10 de fevereiro de 2007

Olá pessoal! "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás" apresenta aos amantes do gênero mais algumas bandas obscuras e com discos marcantes que foram lançados nos anos 80 e início dos 90, período que engloba a famosa "Fase de Ouro do Hard Rock".

É claro que ser considerado um conjunto sem muita expressão não é algo depreciativo. Afinal, temos por aí centenas de bandas de segundo escalão com discos interessantes e que poucas pessoas têm a oportunidade de conhecer. E isto é o importante nesta série: apenas bons discos de Hard Rock.

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HEAVY PETTIN
Lettin Loose
(1983 - Polydor Records)

Vindo de Glasgow, a maior cidade da Escócia, o embrião desta banda data de 1975, quando os amigos de infância Gordon Bonnar (guitarra), Brian Waugh (baixo) e Gary Moat (bateria), começaram a tocar juntos. Mas oficialmente a carreira do Heavy Pettin (nome retirado do disco "No Heavy Petting", do UFO) começa mesmo em 1981, quando tocou pela primeira vez em sua cidade com o Cuban Hells, já tendo sua formação completa com o vocalista Steve Hayman e o guitarrista Punky Mendoza.

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Tocando exaustivamente e com uma fita-demo que atraiu bastante interesse rodando pelo Reino Unido, a banda consegue um contrato com a Polydor, o que lhes possibilita uma co-produção com Brian May (Queen) e liberar um ótimo primeiro disco, "Lettin Loose", em 1983. E sabe-se lá qual motivo, as canções deste registro saíram também em outro disco autodenominado e apresentando uma outra capa.

Com um ótimo vocalista que chamou muita atenção, dois guitarristas talentosos e seção rítmica idem, o Heavy Pettin conquistou os críticos pela energia de seu rock´n´roll inocente, com refrãos bem sacados e solos cheios de melodias pegajosas. Faixas como "In And Out Of Love", "Love Times Love", "Rock Me" e "Devil In Her Eyes" resultaram em muita badalação em torno de seu nome, e logo de cara abrem as apresentações do Kiss e Ozzy Osbourne pela Inglaterra.

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O pessoal trabalha duro para ter chances de penetrar no concorrido e lucrativo mercado norte-americano, e a força de "Rock Ain´t Dead" (85) mantém a boa fase do conjunto, excursionando pela Europa com o Nazareth, Venom, Metallica, Pretty Maids, Magnum, etc. Tudo ia bem e estavam fazendo seu nome.

Mas eis que, em 1987, sua gravadora resolve colocar o Heavy Pettin para representar o Reino Unido no concurso Eurovision. A canção escolhida para concorrer foi "Romeo", que iria entrar em seu terceiro álbum chamado "Big Bang". Resultado: o Heavy Pettin não se elege no dito concurso, e a Polydor, num gesto bastante camarada, dá as costas ao conjunto, não se dando ao luxo de nem mesmo lançar o álbum já gravado. Fim da história.

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Tudo o que o Heavy Pettin construiu desmoronou, tanto que "Big Bang" ficou na gaveta ainda até 1989, quando o selo FM Revolver se dispôs a lançá-lo, mas o estrago foi mesmo grande, pois este disco recebeu críticas das mais diversas. O conjunto ainda libera o caça-níqueis "Demos ´98" (99) e um ao vivo "Heart Attack Live" no ano seguinte. Mas é só, infelizmente.


TWO-BIT THIEF
Another Sad Story … In The Big City
(1990 - Relativity Records)

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Em termos de música pesada, é impossível não associar San Francisco (Califórnia, EUA) com a grande cena do Thrash Metal nos anos 80. Mas nesta cidade obviamente também se executavam outros gêneros que deram alguns bons nomes ao underground, e o Two-Bit Thief é um destes produtos gratificantes, mesmo que praticamente desconhecido.

O conjunto começou suas atividades em 1990, com a união dos amigos Andy Andersen (voz), Chris Scaparro (guitarra), Rick Strahl (baixo) e Eric Brecht (bateria). Assim como o Junkyard (Hard Rock - parte 02), este quarteto pertencia à cena punk da cidade, situação que perdurou por apenas alguns meses, pois, seja lá se foi com a entrada do guitarrista Ron Shipes ou uma opção decidida entre todos os músicos, o fato é que sua orientação musical acabou indo para os lados de um Hard Rock um tanto quanto visceral.

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E o pessoal trabalha rápido, pois neste mesmo ano debutaram com "Another Sad Story… In The Big City", um trabalho com muita atitude e que não negava completamente as origens de seus músicos. Suas canções possuem uma seção instrumental que é Hard Rock, mas a voz gritada de Andy mantém influências do passado, com linhas vocais que lembram as bandas de Hardcore. Um cruzamento um tanto quanto difícil e que confunde o ouvinte numa primeira audição.

Como resultado, várias canções bem sujas e com momentos velozes como "City Boys", "Love/Hate" e "Broke Again", que inclusive traz alguns riffs praticamente Thrash Metal (?!?). Mas o álbum também tem faixas mais acessíveis em "Hard Times" e na empolgante "Desperado", com um refrão cheio de testosterona, além da tradicional baladinha explosiva "Broken Hearts".

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Também é impossível deixar de mencionar os covers para "Remedy" (Rose Tattoo's), e principalmente "Folson Prison Blues", onde destroem um clássico de Johnny Cash, transformando-o num suco de metal, punk e rockabilly em pouco mais de dois minutos e meio de execução.

Apesar de muitos considerarem "Another Sad Story… In The Big City" uma grande promessa, as ambições pelo mainstream da banda foram frustradas pelo apego que tinham com o underground. Quem iria prestar atenção em músicas tão nervosas, com letras que tinham conteúdo social e uns músicos que se vestiam com o desleixo punk? E nem vou entrar em detalhes sobre suas apresentações... Basta dizer que eram de uma energia crua e contavam com vários moicanos, amigos dos tempos idos, abrindo algumas rodas entre o público.

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O conjunto segue aos trancos e barrancos, levando uma vida insana pelas estradas, liberando ainda "Gangster Rebel Bop" (93) e "One More For The Road" (95), quando decide encerrar suas atividades. O vocalista Andy Andersen ainda teve forças para montar um novo projeto chamado Andyboy, com canções mais acústicas e que contou com alguns ex-membros do Two-Bit Thief gravando como convidados, registro que também não vingou.


CRAAFT
Second Honeymoon
(1988 - RCA Records)

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O Craaft é um dos pioneiros da cena rock´n´roll da Alemanha, pois começou suas atividades em Frankfurt no ano de 1983, tendo como núcleo inicial dois músicos que haviam tocado no grupo Tokyo: o vocalista Klaus Luley e o tecladista Franz Keil, que logo trazem para o time o guitarrista Reinhard Besser. O trio trabalha duro, vai refinando sua música e consegue um contrato com a gravadora Epic, que libera um debut auto-intitulado em 1986, numa linha musical com influência das bandas norte-americanas da época.

Como a repercussão é bastante favorável, o baixista Tommy Keiser (ex-Krokus) e o baterista Tom Schneider se juntam ao conjunto, e então o Craaft começa a excursionar com o Europe e Queen. Mesmo tendo conquistado bom terreno em pouco tempo, Besser se despede do grupo e, para seu segundo disco, o novo homem da guitarra é Marcus Schleicher.

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Em 1988 liberam o novo álbum que leva o título "Second Honeymoon", cujo tema gráfico é bem curioso: na capa o vocalista está levando para a cama uma noiva feia de doer, enquanto na contracapa a mesma aparece transformada numa bela gostosa (taí um truque que iria resolver o problema de vários maridos frustrados por aí!!!), com os músicos posando de cara feia e tocando pelo quarto.

E agora sim as canções de "Second Honeymoon" parecem ter saído de uma banda verdadeiramente alemã! Os arranjos estão praticamente irretocáveis para os amantes de Hard Rock melódico com referências do AOR. Com certa pompa, refrãos marcantes e teclados em profusão, as músicas mostram uma banda que faz questão de não abrir mão de guitarras com boas doses de distorção. Em suma, mesmo mais melódico, o Craaft honrou as boas posições alcançadas pelo trabalho anterior.

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É um disco recomendado aos fãs do Bonfire, Scorpions e até mesmo do Kiss da década de 80. Com um repertório bem variado, destacam-se pesos-pesados como "Chance Of Your Life", "Twisted Up All Inside", "Running On Love", e a bonita balada "Jane".

Mas a formação do Craaft continua instável e são adicionados Denny Rothardt (baixo) e Vitek Spacek (guitarra) para concluir seu terceiro e último registro, "No Tricks Just Kicks" (91). Infelizmente a gravadora não faz uma divulgação que renda frutos concretos fora do mercado alemão e, mesmo o grupo tendo colocado no mercado discos incríveis, sua carreira não dura por muito mais tempo e deixa muitos admiradores na saudade, em especial pelo continente europeu.

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KIK TRACEE
No Rules
(1991 - BMG/RCA)

Formado em 1988, em Los Angeles, Califórnia, pelo vocalista Stephen Shareaux, os guitarristas Michael Marquis e Gregory Hex, no contrabaixo Rob Grad e nas baquetas Johnny Douglas, o Kik Tracee apareceu bem no finalzinho dos dias de glória do glam rock, recebendo amplo apoio de uma grande gravadora e tendo seus negócios gerenciados por ninguém menos que Sharon Osbourne.

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Em 1991 a banda debutou em alto estilo com "No Rules", tendo Dana Strum (Slaughter) como o responsável pela sua produção. E, como bem disse Strum, este disco realmente é um cruzamento entre Living Colour, The Cult e Guns N'Roses.

Mas, como todos se lembram, a década de 90 não foi o melhor dos momentos para os grupos de Hard Rock... Mesmo assim, a banda ainda insiste e disponibiliza o EP "Field Trip" (92), com seis canções que não entraram em "No Rules". Mas este é outro registro que passa despercebido em meio à displicência do mercado para com as bandas que não tocassem música alternativa.

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E nem mesmo os rumores de 1992, onde se cogitava que Shareaux seria o novo vocalista do Motley Crue, ajudaram a conseguir apoio para o Kik Tracee liberar outro disco, que já estava todo composto e acabou sendo rejeitado pela BMG. Resumindo: a banda termina no ano seguinte totalmente ignorada pelas grandes massas.

Shareaux ainda se manteve no meio musical fazendo parte do Flipp e criou ainda uma nova banda que tocava psicodélico chamada Revel 8. Já o guitarrista Gregory Hex montou o Deep Audio e o baixista Rob Grad se envolveu com o Superfine, projetos que não deram em absolutamente nada.


BLACKTHORNE
Afterlife
(1993 - Blackthorne Music)

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O termo melhor aplicável para o Blackthorne é "Supergrupo"!

E não subestimem esta denominação. Este projeto ganhou forma no começo da década de 90 com o guitarrista Bob Kulick (que já passou pelo Meat Loaf, quebrou um "galho" para o Kiss e W.A.S.P., etc). Aos poucos foram chegando músicos importantíssimos para o mundo do rock´n´roll, como o vocalista Graham Bonnet (Alcatrazz, Rainbow, MSG, Impelliteri, etc), o tecladista Jimmy Waldo (Alcatrazz), o baixista Chuck Wright (Quiet Riot, Giuffria, House Of Lords) e, por fim, o baterista Frankie Banalli (Quiet Riot, W.A.S.P.), que acabou substituindo o baterista original, Grag D´Ângelo (Antrax, White Lion).

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Gravado em Hollywood, o disco trazia ainda alguns convidados também já conhecidos, como o irmão de Bob, Bruce Kulick (o famoso guitarrista do Kiss), Steve Plunket (do infame Autograph) e Astrid Yung (Sacred Child), colocando suas vozes nos refrãos. Há canções co-escritas em parceria com Mark Ferrari (Kell) em "Hard Feelings"; e Dennis St. James (Speedway Boulevard, Balance) na faixa "Breaking The Chains".

E com um time deste porte fica impossível não dar um voto de confiança ao Blackthorne... "Afterlife" é o único fruto desta união de estrelas e foi lançado em 1993, sendo que tanta habilidade reunida em prol da música resultou num disco de um rock´n´roll tão enlouquecido que, em algumas ocasiões, beira o Heavy Metal.

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Com uma seção rítmica deliciosa, "Afterlife" tem como destaques a própria faixa-título, vigorosa e muito pesada; e a incrível "We Won't Be Forgotten", que se caracteriza pelo belo trabalho da guitarra e um refrão totalmente melódico. Há hards clássicos como a divertida "Breaking The Chains", onde os instrumentistas colocam seus egos para fora e praticamente brincam com a canção; e ainda "Over And Over" e "Baby You're The Blood".

Naturalmente que os compromissos de seus músicos não permitiriam que um projeto deste porte rendesse muito mais do que um registro. Tanto que, por exemplo, Banali levou adiante o então extinto Quiet Riot; Bonnet ainda cantou muito no Forcefield e posteriormente em sua carreira-solo, com o álbum "Underground" (97).

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De qualquer forma, Blackthorne, assim como qualquer outro projeto onde Mr. Bonnet ponha sua voz crua e distintiva, fez de "Afterlife" um trabalho amado, odiado e até mesmo devidamente ignorado.


HONEYMOON SUITE
Racing After Midnight
(1988 - WEA Records)

Vindo do Canadá, o veterano Honeymoon Suite - assim chamado em homenagem às Cataratas do Niágara, a capital não-oficial das luas-de-mel canadenses - está na ativa desde o distante ano de 1982. Formado pelo vocalista Johnnie Dee e o guitarrista Derry Grehan, a dupla assina com a WEA de seu país e a formação se completa com Ray Coburn (teclados), Gary Lalonde (baixo) e Dave Betts (bateria).

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Algumas músicas de seu primeiro disco auto-intitulado (84) entram no esquema dos vídeos-clipe, algo que estava começando naqueles tempos. Assim o disco se sai muito bem nas paradas de sucesso de seu país e, inclusive, no cobiçado mercado norte-americano, possibilitando excursões com o Jethro Tull, Jouney e Heart.

A boa fase continua com "The Big Prize" (85), com vários hits que tocam agora também pelo continente europeu e Japão, com novas turnês que são bastante comentadas. Deste álbum, a canção "What Does It Take" foi incluída na trilha sonora do filme "One Crazy Summer", de John Cusack. E pelo jeito o Honneymoon Suite gostou da experiência, pois a partir daí emplacam várias faixas para séries de TV como "Miami Vice" e filmes como "Lethal Weapon", com Mel Gibson e Danny Glover; "The Wraith" e alguns outros.

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Como Coburn deixa temporariamente a banda, seu terceiro álbum de estúdio, "Racing After Midnight", tem como tecladista Rob Preuss. Produzido por Ted Templeman (também produtor do Van Halen), o disco sai em 1988 e segue com a mesma fórmula já conceituada, mesclando muito Hard Rock com doses cavalares de pop. Graças às músicas "Love Changes Everything", "Looking Out For Number One", "Cold Look" e "It's Over Now", o álbum fica entre os 10 primeiros do Canadá, mas não obtém a mesma repercussão nos EUA.

Independentemente disto, este belo trabalho se caracteriza por ser o último álbum que consegue realmente fazer sucesso. Somente em seu país, as vendas de seus primeiros três discos excederam a 600.000 unidades, resultando por aí em muitas e merecidas premiações.

Em 1991, Lalonde e Betts deixam o conjunto, sendo substituídos por Steve Webster (da banda de Billy Idol) no baixo e Jorn Anderson na bateria. Neste mesmo ano lançam "Monsters Under The Bed", que consegue apenas uma moderada repercussão. Mas os canadenses gostam de sua música e vão tocando pelos anos seguintes com várias trocas de músicos, tendo somente os amigos Dee e Grehan como os membros da formação vencedora.

Somente em 2002 liberam outro álbum de estúdio chamado "Lemon Tongue", que sai sob um selo independente. E este mesmo álbum foi disponibilizado na Europa sob o título "Dreamland", com algumas canções inéditas. O Honeymoon Suite segue firme tocando em sua terra, tendo soltado em 2006 uma coletânea dupla chamada "Feel It Again: An Anthology", sendo um ótimo item para os amantes de rock´n´roll orientado para as rádios.


DIRTY WHITE BOY
Bad Reputation
(1990 - Polydor Records)

Um excelente conjunto cuja existência foi muito breve… O Dirty White Boy, inicialmente denominado China Bull, começou suas atividades em Los Angeles, Califórnia, no ano de 1988, tendo como fundador o conceituado guitarrista norte-americano Earl Slick, que fez fama ao tocar com John Lennon, David Bowie, Jonh Wait, entre vários outros.

Apesar de haver rumores de que Slick tenha tentado trabalhar com o vocalista Steve Hayman (ex-Heavy Pettin), o fato é que a formação do Dirty White Boy se completou com a voz de David Glen Eisley (ex-Giuffria), além de F. Kirk Alley no contrabaixo e Keni Richards (ex-Autograph) na bateria.

Com o time pronto, os músicos passam a trabalhar rapidamente nas canções de seu primeiro registro, liberado sob o nome "Bad Reputation". Mas não há sincronia entre os ouvintes: enquanto o público de seu país não mostra interesse nos singles "Lazy Crazy" e "Let's Spend Momma's Money", boa parte da crítica especializada tece elogios rasgados a seu rock´n´roll de alta qualidade embebido em blues.

Como as vendas não iam bem pelas terras norte-americanas, o Dirty White Boy não perde tempo e parte para extensas apresentações pela Europa, onde foram muito bem recebidos. Mas a política da gravadora acabou por dispensá-los rapidamente. Isso é que é vida curta...

Mas vários de seus músicos ainda estão na ativa e tocando com músicos conhecidos por aí. Slick juntou-se ao Little Caesar (Hard Rock 05), que até executava um som parecido com o do Dirty White Boy; David Glen Eisley mostrou as caras em Murderer's Row com Bob Kulick, tocou com seu velho colega Giuffria e ainda com o guitarrista Craig Goldy (Dio) no Craig Goldy´s Ritual.

Em 2001, Eisley lançou seu segundo álbum solo, "The Lost Tapes", que inclusive traz três canções ("Boot Hill Blues", "Lay Down Your Love" e "Back Of My Hand") que tinham como destino entrar no segundo e nunca lançado álbum do Dirty White Boy.


E aqui se encerra mais um capítulo desta série.

Ficam meus agradecimentos às sempre muito bem-vindas sugestões de conjuntos para constarem em "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás". Em especial, um grande abraço ao irmão Márcio Tadeu Rodrigues, que forneceu alguns dos discos que estão presentes neste texto e, por fim, mas não menos importante, meus cumprimentos a Tina Suzuki, que se disponibilizou a revisar estas linhas.

Valeu e um abração a todos!

Contato: [email protected]


Hard Rock - As Bandas que ficaram para trás

Hard Rock: Aqueles que ficaram para trás - Parte 2

Hard Rock: Aqueles que ficaram para trás - Parte 4

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Hard Rock: Aqueles que ficaram para trás - Parte 6

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Hard Rock: Aqueles que ficaram para trás - Parte 10 (Edição Verde-Amarela)

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Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
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