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Perpetual Dreams: A coleção dos integrantes da banda catarinense

Por Ricardo Seelig
Postado em 17 de outubro de 2006

Esta matéria foi publicada muitos anos atrás, está datada, e a coleção mostrada hoje deve ser bem diferente. Mas a matéria continua sendo uma curiosa cobertura sobre uma invejável coleção, e por isso a destacamos.

Nesta edição da Collector´s Room fizemos uma entrevista diferente: batemos um longo papo com TODOS os integrantes da banda catarinense Perpetual Dreams. Os caras nos contaram diversas histórias e, como não poderia deixar de ser, nos apresentaram as suas coleções. O resultado final ficou muito interessante, mostrando em detalhes não só os acervos dos membros do grupo, mas, principalmente, o que pensa uma das maiores promessas do novo metal brasileiro.

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Bem, antes de tudo muito obrigado por nos receberem para este papo. Para começar, vocês lembram como tomaram contato com a música pela primeira vez?

Jan: Nós é que agradecemos a oportunidade de participar desta seção. Sempre achamos muito interessante saber o que os nossos ídolos costumam ouvir, e poder participar será muito legal.

Jan: Meu primeiro contato com a música foi muito criança, ainda antes dos dez anos. Comecei a tocar flauta doce, tendo aulas com uma prima minha. Depois, passei por uma série de instrumentos, como violão, acordeon, guitarra, baixo, e agora o teclado. É claro que já ouvia música desde criança, principalmente os discos de orquestras do meu pai, como Ray Coniff e James Last.

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Deny: Meu primeiro contato com a música foi algo mais de fã. Comecei a me interessar por bandas de rock na época do Rock In Rio I. Antes disto já ouvia discos dos meus pais em casa, discos de música clássica e jovem guarda, mas o contato com a música passou a ser mais intenso realmente aos dez anos. Aos quinze comecei a ter aulas de violão e um ano depois comecei a estudar guitarra.

Fábio: O meu primeiro contato foi com o meu avô e com os funcionários dele. Após o expediente no comércio nas sextas-feiras, os funcionários levavam seus instrumentos e faziam uma espécie de jam session, tocando principalmente músicas tradicionais alemãs. Por volta dos doze anos comecei a me interessar pelo rock com minha irmã e os amigos novos. Um ano depois ganhei minha bateria e os vizinhos não tiveram mais sossego até hoje.

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Eduardo: Eu escutava Led Zeppelin, Deep Purple e Guns´N Roses com meus tios. Daí pra frente foi só seguir o caminho e ir acrescentando mais bandas no repertório. Como não tinha nenhum instrumento em casa, só restou soltar a voz junto com os discos. Aos doze ganhei um violão e comecei a tocar alguma coisa também.

Chris: Foi com meu pai, que sempre tocou alguns instrumentos, e a minha família sempre foi muito musical. De tanto vê-lo tocando aos dez anos comecei a arriscar algumas notas no violão, e de ouvido fui aprendendo a tocar, já que ele não tinha paciência para me ensinar.

Realmente, o primeiro Rock in Rio teve um impacto enorme sobre toda uma geração. Ele também me despertou o interesse pelo rock. Depois deste primeiro contato, como se deu a aproximação com o heavy metal e a música mais pesada?

Deny: Depois do Rock in Rio fiquei interessado em conhecer as bandas de metal que haviam tocado, como Scorpions, Ozzy, Iron, Whitesnake e Queen. O disco em vinil do festival foi o primeiro que eu tive, e as bandas que eu mais curti foram justamente as mais pesadas. A partir daí comecei a me interessar por bandas de heavy metal.

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Eduardo: Como eu falei antes, já comecei ouvindo som pesado. Só acrescentei um pouco mais de peso com o tempo, com Metallica, Megadeth, etc...

Jan: Eu comecei a ouvir som pesado mais tarde, já no segundo grau. Fizemos uma banda no colégio para um trabalho de aula e comecei a conhecer este tipo de música. Conheci o Deny e montamos nosso primeiro grupo, onde tocávamos Iron, Metallica, Ozzy, e fui conhecendo cada vez mais este tipo de som.

Fábio: Rock eu já havia conhecido com as minhas irmãs, mas só mesmo quando eu comprei minha bateria e passei a ter aulas que passei a conhecer o som pesado, nas lições que eu tinha com meu professor.

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Chris: Quanto ao primeiro contato com a boa música, foi durante o primeiro Rock In Rio também, onde comprei o álbum na versão internacional do festival e em seguida vários do Iron Maiden e alguns do Scorpions.

Quantos álbuns no geral cada um de vocês possui?

Fábio: Uns duzentos mais ou menos.

Eduardo: Putz, sei lá. Muita coisa, acho que em torno de uns quinhentos.

Deny: Acho que também estou em torno de quinhentos álbuns.

Jan: Minha coleção é mais modesta, mas deve ter uns duzentos também. Fui assaltado uma vez e levaram todos os meus CDs. Tive de recomeçar quase da estaca zero.

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Chris: Ainda guardo todos meus discos de vinil, que somam em torno de cem, e em CD também tenho mais ou menos uns dizendos discos.

De quais bandas vocês possuem mais material?

Eduardo: Metallica, Iron e Kiss.

Fábio: Iron, com certeza. Também tenho muitos do Purple.

Deny: Iron, Purple, Malmsteen, Rainbow, Talisman e Whitesnake.

Jan: Malmsteen, Symphony X, tenho quase todos os solos do Bruce Dickinson.

Chris: Iron Maiden, Joe Satriani, Racer X e Whitesnake.

Uma mistura interessante entre heavy metal e hard rock, sem dúvida. Além de CDs, vinis e DVDs, existe algum outro item que vocês colecionam?

Deny: Vale colecionar minhas próprias palhetas usadas? Já tenho dois copos cheios, afinal tenho que fornecer palhetas para o chupim das palhetas usadas (risos).

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Chris: Eu coleciono as palhetas usadas que eu pego do Deny, só pra ele aprender (risos).

Eduardo: Acho que é só isso, ninguém coleciona mais nada aqui.

Vamos voltar um pouco ao passado então: vocês lembram quais foram os primeiros álbuns que cada um comprou, e porque?

Eduardo: Meu primeiro foi o "Black Album", do Metallica. Um dia assisti o clip da música "One" e pirei no Metallica. Fui comprar o disco e não tinha, então comprei o que tinha na loja, que era o "Black Album", sem arrependimentos. Acabei comprando o "... And Justice For All" uma semana depois.

Fábio: Metallica está em alta aqui. Eu comprei o "Ride The Lightining" sem conhecer nem sequer o Metallica. Só sabia que era uma banda de metal. Gostei e fui comprando mais depois.

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Deny: O primeiro disco que eu comprei, tirando o do Rock In Rio, na verdade ganhei. Foi o "Bark At The Moon" do Ozzy, porque na época eu tinha curtido muito o show do Ozzy no festival e também achado a capa muito foda, pelo menos para quando em tinha onze anos de idade. O primeiro que eu realmente comprei do Ozzy, "Tribute To Randy Rhoads", foi em K7.

Jan: Eu no começo só gravava fita-cassete. Não tinha grana para comprar disco nenhum. Só fui começar a comprar alguma coisa quando eu já tinha um aparelho de CD. Comprei dois álbuns, o primeiro do Dr Sin e o "Imagens And Words" do Dream Theater.

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Chris: O primeiro que lembro foi o "Powerslave" do Iron Maiden. Em seguida fui comprando toda a coleção do Iron e do Metallica.

Qual item cada um considera o mais raro da sua coleção?

Deny: Ainda tenho muitos discos de vinil, que na época não eram tão raros, mas hoje em dia são difíceis de encontrar, como os primeiros do WASP e do Cinderella. Acho que bem raro o single de "Aces High" do Maiden em vinil, o single de "One" do Metallica e alguns bootlegs do Iron, como o "World Slavery Tour" e um do "Somewhere In Time", que agora me esqueci o nome. Também tenho alguns bootlegs do Malmsteen, como o "Forever One", outro da fase Joe Lynn Turner que não lembro o título e o bootleg "Pyramid Of Queops". Quase esqueci: tenho 50% das cópias de uma gravação em cassete do show do Malmsteen em Curitiba em 96. Levamos um gravador escondido para dentro e gravamos o show, eu fiquei com uma cópia e meu amigo com a outra. Mas este é somente para uso doméstico, sem pirataria.

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Fábio: Eu não tenha nada de grandes raridades. Hoje, o que talvez seja mais difícil de encontrar, ao menos aqui no Sul, é o "Maiden Japan" do Iron e o "2112" do Ruch, os dois em vinil. Tenho dois bootlegs, um do Purple e outro do AC/DC, mas não lembro o nome deles.

Jan: Algum ladrãozinho está com o CD que não sei se é raro, mas diferente. Uma versão russa do "Slip Of The Tongue" do Whitesnake, com seis faixas bônus. O que eu tenho hoje é bem fácil de achar. Talvez as primeiras demos do Perpetual (risos).

Eduardo: Eu não tenho nada de raridade. Em qualquer site da internet você acha tudo o que eu tenho.

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Chris: Eu também não tenho nada de incomum na minha coleção, mas fiquei muito empolgado quando comprei um Metallica "Ride The Lightining" piratão, antes mesmo deles lançaram oficialmente. A capa era xerocada e não tinha nenhuma informação na bolacha. E o mais aninal é que troquei por um Jethro Tull que eu também gostava muito, e nunca mais consegui aquele disco de novo.

Quantos álbuns em média vocês compram por mês?

Fábio: Essa resposta vale para a banda toda. Não temos um número fixo. Às vezes nenhum, às vezes vários. Atualmente estamos numa fase de trocar CDs entre nós mesmos (risos).

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Vocês lembram qual foi o maior número de álbuns que compraram de uma única vez?

Deny: Teve uma vez que fui na Galeria do Rock em São Paulo e comprei uns dez de uma vez. Geralmente quando vou para São Paulo já vou economizando para fazer uma compra maior na Galeria.

Fábio: Minha maior compra foi de três CDs do Black Sabbath.

Jan: Eu também geralmente compro mais CDs quando vou na Galeria em SP, mas nunca cheguei a dez. Mas o maior negócio que eu já fiz, de barbada, foi trocar uma demo super valorizada do Perpetual, num momento de alta da Bolsa de Londres (risos), por três CDs do Metallica: "Kill´Em All", "Master Of Puppets" e "... And Justice For All" (risos).

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Chris: Não lembro, mas não foi nada de espetacular, porque sempre andava muito duro e só comprava em sebos (risos).

Todo colecionador possui seus itens favoritos. Qual item vocês tem mais ciúmes, tem um carinho esepcial e não venderia de jeito nenhum?

Chris: Um vinil do Racer X "live" dos anos oitenta, e o meu "Slip Of The Tongue" do Whitesnake, que para garantir tem até o backup no PC. Além de uma gravação com o Bonfante cantando, o que não tem preço... Podemos sempre dar boas risadas (risos).

Fábio: O "Heaven And Hell" do Black Sabbath, que comprei importado.

Deny: Não venderia nenhum dos meus CDs autografados, e os raros que já havia mencionado. Tenho alguns do Talisman, Dio, Symphony X, Malmsteen, Jeff Scott Soto e mais alguns outro que consegui autógrafos.

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Eduardo: O meu vinil do "Somewhere In Time", do Iron Maiden.

Jan: Os que eu realmente não queria perder já roubaram. O russo do Whitesnake e alguns autografados que eu tinha, como uma versão japonesa do "Divine Wings Of Tragedy" do Symphony X e mais alguns.

Entre todos os itens de suas coleções, quais foram aqueles que deram mais trabalho para conseguir?

Jan: Nenhum de nós nunca teve obsessão por conseguir itens. Apenas quando achamos algo interessante e estamos com condições ($$$), compramos.

Existem alguns itens que vocês estão já há algum tempo atrás, alguns "objetos de desejo", e ainda não conseguiram encontrar?

Deny: Eu tenho alguns. O "Truth" do Talisman, que ainda não encontrei, além dos instrumentais do Jake E. Lee.

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Jan: Eu tenho procurado os discos solo do Jon Lord, mas até hoje eles não passam de uma lenda para mim. Nunca vi em lugar algum.

Chris: Na verdade têm dois que eu já tive e me roubaram, e que gostaria de adquirir novamente. Um é o "Rock Island" do Jethro Tull e o outro é o "Intuition" do TNT. Sei que estão em catálogo, mas não são tão fáceis de encontrar.

Que álbuns as pessoas ficariam surpresas em descobrir que vocês possuem?

Eduardo: O que eu não sei porque comprei é o "Destiny" do Kiss. Aquilo está mais para Abba do que pra rock and roll.

Deny: Tenho algumas coletâneas de bandas que eu já tenhos os álbuns, que realmente não sei porque comprei uma coletânea se eu já tinha os discos. Eu tenho também vários álbuns de música regionalista e instrumental brasileira que talvez possam deixar alguém surpreso.

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Fábio: O "Greatest Hits" do Bob Dylan.

Jan: Eu ganhei um DVD acústico do Roupa Nova e acho muito bom. Os arranjos instrumentais e vocais foram bem montados, junto com a orquestra que os acompanha, e também uma coleção de CDs de compositores clássicos como Bach, Mozart.

Chris: Na verdade sou muito eclético, mas o que mais deixa meus amigos e namoradas abismados são alguns do Napalm Death e do Carcass que possuo e gosto. Por outro lado, tem um hard farofa do Two Fires e um Dangerous Toys que também escuto bastante.

Vocês possuem algum lugar específico para guardar suas coleções, e, além disso, têm alguma dica de conservação para passar pra gente?

Eduardo: Acho que se alguém depender das nossas dicas de conservação e armazenamento, está perdido. Um dia desses descobri um ninho de formigas dentro do encarte do "Ride The Lightning". Estavam todas balançando as cabeças (risos).

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Eu queria agora que cada um de vocês fizesse um top#5 com os itens da sua coleção que mais gosta.

Eduardo: Whitesnake – Whitesnake; Metallica – Todos da década de oitenta, mais o "Black Album"; Iron Maiden – Todos os discos com o Bruce Dickinson; Mr Big – Todos os álbuns com o Paul Gilbert; Ozzy Osbourne – Os dois primeiros com o Zakk Wylde.

Deny: Ah, isso é complicado, não conseguiria escolher só cinco. Não conseguiria decidir entre as minhas bandas favoritas, pois cada uma delas têm muito álbuns.

Fábio: UFO, Star One, Talisman, Primal Fear e Dust.

Chris: É difícil, mas vamos lá: Iron Maiden – Somewhere In Time; Metallica – Master Of Puppets; King Diamond – Them; Dream Theater – Images And Words; Whitesnake – Slip Of The Tongue.

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Jan: Alguém deveria proibir essas perguntas difíceis (risos). Vamos lá: Virgo – Virgo; Whitesnake – Slip Of The Tongue; Iron Maiden – Powerslave; Bruce Dickinson – Tyranny Of Souls; Jeff Scott Coto – Lost In The Translation.

Vamos falar um pouco de música em geral. Para vocês, quais são os dez melhores álbuns de todos os tempos?

Chris: Aqui faremos o top#10 da Perpetual, pelo menos os dez que vieram nas nossas cabeças agora. Provavelmente se pensarmos nisso daqui há dois dias outros CDs irão aparecer nesta lista.

Chris: Não necessariamente nesta ordem: Iron Maiden – Powerslave; Iron Maiden – Somewhere In Time; Queensryche – Operation Mindcrime; Deep Purple – Machine Head; Yngwie Malmsteen – Rising Force; Whitesnake – Slip Of The Tongue; Dream Theater – Images And Words; Metallica – Master Of Puppets; Black Sabbath – Heaven And Hell; Megadeth – Rust In Peace

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Que grupos vocês têm ouvido ultimamente e que tem chamado a atenção, e que vocês recomendaria aos leitores do Whiplash.Net?

Eduardo: Talisman e Jorn Lande solo.

Fábio: As minhas cinco bandas do top#5: UFO, Star One, Talisman, Primal Fear e Dust.

Jan: Algumas não tão recentes, mas que eu conheci a menos tempo, como Talisman, Ayreon, Star One, Astral Doors, Akashic e Jeff Scott Soto.

Deny: Não são bandas que conheci há pouco, mas estou numa fase de ouvir muito Rainbow, Rata Blanca e Talisman.

Chris: Eu também estou escutando muito os trabalhos do Jef Scott Soto e do Jorn Lande. E costumo escutar algumas coisas de bandas nacionais.

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O que veio antes: a paixão pela música, a vontade de conhecer mais e mais álbuns, a sede de colecionador, ou o desejo de montar uma banda e levar esta paixão para mais e mais pessoas?

Eduardo: Antes de tudo, boa música.

Fábio: Para mim foi a vontade de conhecer novas bandas.

Jan: Acho que tudo junto. Sei lá o que foi primeiro, mas tudo isso tem a ver com a vontade de ouvir um som, fazer um som, estar num palco nos divertindo com muita gente. Tudo isso é muito bom.

Deny: Para mim foi exatamente na ordem da pergunta: paixão pela música, vontade de conhecer novas bandas e álbuns, sede de colecionador e desejo de montar uma banda.

Chris: Concordo com o Deny.

Pelo que deu para perceber, dentro do grupo todos possuem um gosto musical meio parecido, certo?

Jan: Nossos gostos são semelhantes. Tem algumas variações, mas todos curtimos hard rock e metal em geral, principalmente dos anos oitenta. Aí o Binho e o Chris gostam um pouco mais de Rush e também de thrash, eu e o Deny curtimos bastante música clássica.

Chris: Eu curto de tudo dentro do metal, desde progressivo até death metal, mas o que mais me agrada são as bandas dos anos oitenta, em todos os segmentos.

Como músicos, como vocês vêem esta paixão e devoção dos fãs pela obra de um artista, com acervos muitas vezes mais completos que os dos próprios músicos?

Deny: Achamos muito interessante. É uma forma de demonstrar respeito e admiração pelo trabalho daquele artista. Nós somos músicos mas também temos os nossos ídolos, e sabemos que muitas vezes eles influenciam nossas vidas, tanto em seu aspecto profissional quanto pessoal. Conhecer bem o acervo de um artista é também conhecer um pouco da sua personalidade.

Eduardo: Veja o caso curioso dos fãs mais aficcionados do Ozzy. Eles conhecem melhor as letras das músicas do que o próprio Ozzy (risos). Só brincadeira, nós também gostamos do Ozzy e sabemos muitas de suas letras de cor (risos).

Todo colecionador adora um bootleg, isso é fato. Registros de shows estão entre os itens mais desejados em todo o mundo. Qual é a opinião de vocês, que são músicos, sobre os bootlegs?

Jan: Bootleg é realmente o que eu chamaria de um item de colecionador. Ouvir um álbum mal gravado de algum show é coisa realmente de quem é muito fã. Para as bandas é algo honroso. Descobrir que alguém tem um bootleg nosso seria algo extraordinário!!! Do lado comercial, isto não prejudica em nada a venda dos CDs oficiais, e ainda ajuda a divulgar a banda.

O Brasil é um dos únicos países onde o formato single não vingou, seja por uma decisão das gravadoras ou por um costume do mercado. Como vocês vêem isso?

Deny: Nós achamos que não vinga porque os CDs e os singles, por consequência, são muito caros. Vivemos em um país de poder aquisitivo limitado e aí, quando você for comprar um CD, vai comprar qual: o single, com três ou quatro músicas, ou o CD completo, que muitas vezes vem com as mesmas três ou quatro músicas e ainda outras?

Deny: Para colecionador o single ainda pode ter algum valor, mas para o mercado em geral é um item sem muita importância, ainda mais agora que você pode encontrar tudo na internet antes mesmo do lançamento do próprio single.

Nós, colecionadores, conhecemos o mercado do lado de cá. As lojas, os lançamentos, as diferentes versões de um mesmo álbum, singles, bootlegs, reedições. Vocês, além de colecionadores, como músicos estão também do outro lado. Desta maneira, o que vocês gostariam que mudasse no mercado fonográfico brasileiro?

Eduardo: Principalmente o preço dos CDs. O valor cobrado no Brasil é um absurdo. É inconcebível um CD novo chegas às lojas a mais de R$ 30, perto de 10% do nosso salário mínimo. Sabendo que a maior parte da população tem uma renda muito baixa, não é de se estranhar que as vendas fiquem prejudicadas.

Eduardo: O fato de ser músico certamente proporcionou a realização de vários sonhos, inclusive conhecer pessoalmente alguns dos ídolos de vocês. Contem para a gente algumas histórias interessantes a respeito disso.

Jan: Com certeza a realização de muitos sonhos. Ter conhecido um ex-integrante do Iron e o pessoal do Shaaman foram dois fatos bem interessantes. Até hoje me correspondo por e-mails com o Fábio Ribeiro e inclusive gravamos os teclados do último álbum da Perpetual, o "Arena", no estúdio dele, com todos aqueles "brinquedinhos" que ele tem.

Jan: Mas a história mais legal foi quando abrimos para o Blaze. Depois do show, acho que até depois do show do Blaze inclusive, todos já bem alterados pela cerveja, estávamos no camarim tentando conversar com o pessoal da banda do Blaze, que eram bem gente fina, quando apareceu mais alguém no meio da roda. O Chris, sem saber nem ver muito bem o que estava acontecendo de tão bêbado, olho para o cara e falou "we are the open band". Neste momento nós já caímos na gargalhada e fomos avisar o Chris que o cara era o Paulo Baron, que estava trazendo o show e que ele entendia português, não precisava tentar falar em inglês com ele. O Chris nos olhava, dizia que sabia disso, voltava a olhar para o Paulo e lançava outro "we are the open band". Foi muito engraçado (risos).

O que o Perpetual Dreams está preparando para os seus fãs em 2006?

Jan: Estamos com alguns shows marcados para a divulgação do "Arena". Já fizemos alguns shows bem legais, como os de Itajaí, Brusque, Ribeirão Preto, e a partir do segundo semestre iremos iniciar os trabalhos no novo álbum, ainda sem a menor idéia de quando iremos concluí-lo. Só estamos pensando em começar a gravar no ano que vem, mas não estipulamos nenhum prazo ainda para isto.

Pessoal, muito obrigado pela entrevista. Este espaço é de vocês.

Jan: Obrigadão pelo espaço, e Ricardo, desculpe a demora na resposta das perguntas. Ao pessoal, acessem nosso site (www.perpetualdreams,net) , visitem nossa comunidade no orkut e, principalmente, apareçam nos shows para agitarmos bastante e depois tomarmos algumas biras geladíssimas. Um abraço a todos.


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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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